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Questões:
01) Quando se deve utilizar as tutelas de urgência? Quais as modalidades
previstas no CPC/15? Quais os requisitos autorizadores para a concessão da
tutela de urgência? O juiz poderá não conceder a tutela de urgênca? Caso
positivo, em qual situação?
Conforme inscrito no artigo 300 do CPC, ‘’a tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo’’. A tutela de urgência poderá ser cautelar ou satisfativa, segundo
art. 294, § único, CPC. Seguindo os termos requerentes para a concessão da tutela de urgência
são, conforme disposto no artigo 300, §1º do CPC:
‘’ para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou
fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a
caução ser dispensada se a parte economicamente hipossuficiente não puder oferecê-la. ‘’
O juiz poderá não conceder a tutela de urgência de natureza antecipada, e não será concedida
quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão, conforme art. 300, §3º, CPC.
02) Caso a petição inicial preencha os requisitos essenciais e não for o caso de
improcedência liminar do pedido, o juiz designará audiência de conciliação ou
de mediação, devendo o réu ser citado com pelo menos 20 (vinte) dias de
antecedência. Em quais hipóteses essa audiência não será realizada?
Conforme o Art.334/CPC, incisos I e II, não serão realizadas as audiências se:
‘’por convenção das partes, caso em só será admissível uma vez’’. No novo código de processo
civil não há tal limitação; informando apenas em caso de convenção de partes, a AIJ poderá ser
adiada.
Uma segunda hipótese do art. 362 cita-se que será adiada a AIJ se qualquer pessoa que iria
participar não puder comparecer tendo um motivo justificado.
O art. 367, §5º e §6º, do NCPC tratam da probabilidade de gravação em imagem e vídeo da AIJ.
É necessário que seja assegurado o rápido acesso das partes e dos órgãos julgadores, e que
conste em ata. Além disso, qualquer das partes pode realizar a gravação em audiência,
independentemente de autorização judicial.
07) A prova oral na audiência de instrução e julgamento será colhida
preferencialmente em qual ordem? Essa ordem, poderá ser alterada pelo juiz?
O juiz detém do poder de fazer a modificação da ordem de produção da prova, se assim
entender necessário; mas para isso, o saneamento do processo tem que ser realizado de
forma plena e efetiva, de forma que o magistrado entenda e tenha conhecimento do processo
anteriormente. A primeira alteração com relação a legislação do CPC de 1973 se faz no caput
do art. 361 que menciona ‘’preferencialmente’’. O CPC de 1973 é de um procedimento mais
rijo, ao passo que no novo código de processo civil, o procedimento é adaptável as situações,
podendo o juiz ter margem para conduzir os trabalhos da melhor forma possível.
08) O juiz poderá distribuir o ônus da prova de forma diversa daquela prevista na
regra geral (ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito, e ao réu, quanto
à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor), a
partir da análise de quem está em melhores condições de produzir a prova?
Como é chamado esse instituto processual?
Segundo a organização metódica processual vigente, em caso de o juiz identificar que uma das
partes tem mais facilidade de produzir determinada prova, poderá fazer a dinamização de
ônus probatório, fundamentando a decisão e respeitando a regra do procedimento, de forma
a garantir á parte a oportunidade de afastar o ônus que lhe foi concedido, todavia conhecido
como ‘’inversão do ônus da prova’’. Ressaltando que a desincumbência do encargo probatório
para uma parte não poderá gerar para a outra ônus impossível ou excessivamente difícil,
conforme artigo 373, §2º do novo CPC:
§ 2º A decisão prevista no § 1º deste artigo não pode gerar situação em que a
desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil.
09) Quais são os fatos que não dependem de prova? Cite e explique. Ademais, o
CPC/15 admite que o juiz utilize de prova produzida em outro proceso (prova
emprestada)? Caso positivo, deverá ser observado qual garantia processual?
O art. 374, CPC/15 faz a regulação dos fatos cuja prova é isenta. Não há a dependência de
prova os fatos notórios, os afirmados por uma parte e confessados pela parte contraria, os
admitidos no processo como incontroversos e aqueles em cujo favor milita presunção legal de
existência ou de veracidade.
O CPC de 2015 passa a adotar de modo expresso, a possibilidade do uso de uma prova
emprestada, ou seja, da prova produzida em outro processo e que também afeta a causa em
questão.