quisição ao MTb para realização de perícia em estabe-
lecimentos ou setores deste, com objetivo de caracte-
rizar e classificar as atividades insalubres ou perigosas. A Lei atribuiu ao Poder Executivo a competên- cla para realização de perícia. Na prática, dificilmen- te isso ocorre, pois o MTb teria prejudicada a sua função de fiscalização e cumprimento das Normas de Segurança e Medicina do Trabalho. O correto seria o MTb credenciar entidades, em- presas e profissionais da área para executar tal serviço. Muitas vezes, sindicatos e empresas, através de acordos, fazem perícia por intermédio de profissio- nais e empresas terceirizadas. Essa prática, também, é recomendada para substituir a atribuição conferida ao MTPb pelo artigo 195 da CLT. Destacamos que também ocorre a perícia a pe- dido do MTb, quando a empresa faz a perícia ou contrata serviço de terceiro e, em seguida, submete o laudo à aprovação do órgão competente do MTb. Mesmo fora do âmbito judicial, a perícia é im- prescindível para a determinação da insalubridade e periculosidade, tanto no aspecto legal, quanto no prejuízo que poderá trazer às partes, devido o en- quadramento errôneo ou inadequado das funções/ atividades insalubres ou perigosas.
4,4. PERÍCIAS JUDICIAIS
O $ 2.º do artigo 195 da CLT traz estabeleci- do que quando a insalubridade ou periculosidade for arguida perante a Justiça, o juiz nomeará perito habilitado (engenheiro do trabalho ou médico do trabalho), e, onde não houver, requisitará ao órgão competente do MTP. Existia controversa com relação à perícia de pe- ticulosidade ser realizada por engenheiro e a insalubri- dade por médico. O TST pacificou a matéria na Orlen- tação Jurisprudencial n.º 165 da SDI, ratificando o dis- posto no artigo 1951, não fazendo qualquer distinção entre médico e engenheiro para efeito da elaboração do laudo pericial sobre periculosidade e insalubridade. A perícia judicial ocorre nas ações trabalhistas propostas perante a Justiça do Trabalho, visto que essa é competente para processar e julgar os confli- tos oriundos das relações de trabalho. Quando arguida em juízo, a perícia é regida pela lei processual trabalhista e subsidiariamente pelo Código de Processo Civil (artigo 769 da CLT). No processo trabalhista, a perícia tramita com observações como segue:
“Lei n.º 5.584 de 26 de Junho de 1970 Dispõe sobre
normas de Direito Processual do Trabalho, altera dis- positivos da Consolidação das Leis do "Trabalho, dis- ciplina a concessão e prestação de assistência judiciá- tia na Justiça do Trabalho, e dá outras providências.”
Art 3.º. Os exames periciais serão realizados por peri-
to único designado pelo Juiz, que fixará o prazo para entrega do laudo. “Parágrafo único. Permitir-se-á a cada parte a indi- cação de um assistente, cujo laudo terá que ser apre- sentado no mesmo prazo assinado para o perito, sob pena de ser desentranhado dos autos.”
Portanto, embora o artigo 433, $ único do CPC,
traga que o assistente técnico poderá apresentar o lau- do em dez dias após a apresentação do laudo, a lei processual trabalhista fixa o mesmo prazo para os pe- ritos, prazo este que poderá ser flexibilizado pelo juiz. Deverá o perito utilizar de todos os meios ne- cessários para cumprir escrupulosamente o encargo que lhe foi conferido; ouvindo testemunhas, obten- do informações, solicitando documentos que este- jam em poder de parte ou repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, foto- grafias e quaisquer outras peça que achar necessário para o seu cumprimento. Todos os peritos e assistentes deverão utilizar formas fixadas em lei, cumprindo com ética e im- parcialidade o encargo que lhe foi confiado pela jus- tiça. O fato de o assistente ser de confiança da parte não significa que ele tenha que omitir ou mascarar a realidade da situação, especialmente na questão da insalubridade e periculosidade, pois estão ligadas di- retamente à saúde do trabalhador. No passado o artigo 130 do CPC dispunha que O perito e o assistente técnico, depois da averiguação individual ou conjunta, debateriam a matéria obje- to da perícia e, de acordo elaborariam o laudo em conjunto. Já, o artigo 431 do CPC estabelecia que, no caso de divergência, cada um emitia seu laudo, fundamentado com a razão da discordância. Esses dispositivos foram revogados pela Lei n.º 8.455/92. Artigo 433 da Lei n.º 5.869 de 11 de Janeiro de 1973, estabelece:
“Art. 433. O perito apresentará o laudo em cartório,
no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 (vinte) dias antes da audiência de instrução e julgamento.” (Reda- ção dada pela Lei n.º 8.455, de 24.8.1992)
Parágrafo único. Os assistentes técnicos oferece-
rão seus pareceres no prazo comum de 10 (dez) dias, depois de intimadas as partes da apresentação do laudo." (Redação dada pela Lei n.º 10.358, de 27.12.2001),
O juiz nunca fica adstrito ao quanto demons-
trado numa ou noutra prova, ainda que seja o laudo pericial. O juiz é livre para acolher tal ou qual prova como melhor lhe soar, desde que sua escolha seja feita de maneira motivada. (Art. 436 CPC) Essa situação demonstra a responsabilidade do perito como colaborador da justiça, pois terá que in- vestigar e levar aos autos elementos e pareceres téc- nicos bem fundamentados, de forma a propiciar ao juiz a decisão mais justa, sem precisar lançar mão de outros elementos que a lei lhe faculta. À lei confere ao juiz a faculdade de realizar ins- peção judicial, de ofício ou requerimento das partes, em qualquer fase do processo, a fim de esclarecer tudo sobre fatos do interesse à decisão da causa. O perito oficial, no caso de necessitar de exa- mes ou avaliações mais complexas para fundamentar seu laudo pericial, poderá utilizar serviços de tercei- ros, desde que tal fato seja informado às partes, an- tecipadamente, e haja autorização do juiz. Cabe destacar também, que se a perícia estiver em local desativado ou que for impossível sua reali- zação, o julgador poderá utilizar-se de outros meios de prova, isso é atribuição do juiz e não do perito. Assim, a prova pericial não poderá presumir a exposição do agente a insalubridade ou periculosi- dade, quando não houver dados técnicos registrados ou situações similares que permitam que o perito embase seu parecer. Os honorários do perito na perícia judicial é as- pecto do artigo 790-b da CLT, acrescentado pela Lei n.º 10.537/02, que dispõe:
“Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento
dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.” (Acrescentado pela 1-010.537-2002) obs.dji.grau.4: Custas e Emolumentos)
Sendo assim, não seria justo o perito suportar
esses ônus, visto que a obrigação de patrocinar a justiça é dever do Estado. Alternativa, seria a parte economicamente mais forte, arcar com o pagamento dos honorários. A solução adotada pelo TST foi de responsa- bilizar a União pelo pagamento dos honorários dos peritos, quando a parte sucumbente no objeto da pe- tícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, procedimentos dispostos na Resolução n.º 35/2007 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho. Quanto ao pagamento dos honorários do assis- tente, a responsabilidade é da parte, conforme Sú- mula n.º 341 do TST:
Sámula n.º 341 HONORÁRIOS DO ASSISTENTE
TÉCNICO “A indicação do perito assistente é faculdade da par- te, a qual deve responder pelos respectivos honorá- rios, ainda que vencedora no objeto da perícia.” (Res. 44/1995, DJ 22.03.1995)
4.5. A SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
O Sindicato, autorizado pelo parágrafo 2.º do
artigo 195, da CLT, pode propor ação como substi- tuto processual de associados, pleiteando adicional de insalubridade ou periculosidade. À autorização se limita à propositura da ação, não podendo como substituto processual transigir sobre direito indivi- dual do associado. (TRT-SP 02980125193 RO - Ac. 06.º T. 02990035472 - DOE 26/02/1999 - Rel. SER- GIO PRADO DE MELLO) À legislação trabalhista não prevê a exigência de depósito prévio para garantia dos honorários pe- riciais, por quaisquer das partes, para que seja ela- borada perícia técnica para comprovar a eventual existência de insalubridade no local de trabalho do empregado, não comportando aplicação subsidiária dos artigos 19 e 33 do Código de Processo Civil, mormente considerando o disposto no artigo 790-B da Consolidação das Leis do Trabalho, sendo certo que o assunto foi pacificado através da OJ n.º 98 da SDI-II do Colendo Tribunal Superior do Trabalho. Ademais, a prova técnica é legalmente necessá- tia, a teor do que estabelece o artigo 195 da Consoli- dação das Leis do Trabalho, não podendo ser dispen- sada para a formação do convencimento do Juízo. Assim, ao exigir esse pagamento o MM. Juízo im- petrado negou vigência ao princípio constitucional do devido processo legal e gerou cerceio do direito de produzir prova. (TRT/SP - 12752200500002005 - MS01 - Ac. SDI 2007001290 - Rel. VANIA PARA- NHOS - DOE 29/03/2007)
4.6. AUDITORIA
Podemos iniciar com os questionamentos: O
que é uma Auditoria? O que faz um Auditor Fiscal do Trabalho? Importante destacar entre as respostas que den- tre as funções do cargo de auditor fiscal do trabalho, estão as de assegurar que em todo o território nacio- nal se faça o cumprimento de disposições legais e re- gulamentares, inclusive as relacionadas à Segurança e à Medicina do Trabalho. Dentre de suas atribuições inserem-se as de:
a. a verificação dos registros em Carteira de
Trabalho e Previdência Social (CTPS), visando-se à redução dos índices de informalidade; b. a verificação do recolhimento do FGTS, ob- jetivando maximizar os Índices de arrecadação; ao cumprimento de acordos, convenções e contratos coletivos de trabalho celebrados entre empregados e empregadores.
Características importantes da Auditoria é tra-
tar de um exame sistemático das atividades desen- volvidas em determinada empresa ou setor, que tem o objetivo de averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas e/ou estabelecidas previa- mente, se foram implementadas com eficácia e se estão adequadas. Destacado também, na auditoria, é um exame analítico e pericial que acompanha o desempenho das operações. Muitas vezes, é usada a expressão au- ditoria contábil, que serve para descrever a avaliação de uma empresa em nível de contabilidade. Os Auditores Fiscais do Trabalho - servidores públicos que fazem a fiscalização do trabalho — tra- zem para você trabalhador, importantes informa- ções sobre os serviços que realizam para assegurar os seus direitos trabalhistas. É a Constituição Brasileira quem determina que o Auditor Fiscal do Trabalho deva fiscalizar se os direitos trabalhistas estão sendo garantidos e se você está sendo respeitado como trabalhador e como cidadão. A Lei Maior, como também é chamada a Cons- tituição, fala da cidadania, da dignidade da pessoa humana, dos valores sociais do trabalho, da redução das desigualdades sociais e regionais e dos direitos humanos. Todas essas garantias estão diretamente relacionadas com os direitos trabalhistas. Esses seus direitos estão no art. 7.º da Consti- tuição Federal, na CLT e no Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho assinada entre o Sindicato dos Trabalhadores e o Sindicato das Empresas. Sempre que você tiver dúvidas, se você achar que seus direitos trabalhistas não estão sendo res- peitados procure um Auditor Fiscal do Trabalho, ele estará na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego - SRTE de seu Estado (antiga Delegacia Regional do Trabalho - DRT). Se você mora em uma cidade que não seja Ca- pital de seu Estado, o Auditor Fiscal do Trabalho estará na Gerência Regional do Trabalho e Empre- go (antiga Subdelegacia do Trabalho) ou, ainda, nas Agências de Atendimento.
4.7. AUDITORIA EXTERNA E INTERNA
As auditorias podem ser classificadas em: audi-
toria externa e auditoria interna. À auditoria externa distribui-se em diversas áre- as de gestão, como auditoria de sistemas, auditoria de recursos humanos, auditoria da qualidade, audito- ria de demonstrações financeiras, auditoria jurídica, auditoria contábil etc. À auditoria interna tem como objetivo, avaliar oO processo de gestão, no que se refere a aspectos como a governança corporativa, gestão de riscos e procedimentos de aderência às normas, a fim de apontar eventuais desvios e vulnerabilidade, às quais a organização está sujeita. Enquanto o auditor externo é um profissional que é contratado de fora e tem um tempo limitado para resolver problemas da empresa, o auditor inter- no é funcionário da própria empresa, que dispõe de mais tempo e de conhecimento em relação à empre- sa em questão.
4,8. TIPOS DE AUDITORIAS
4.8.1. AUDITORIA AMBIENTAL
À auditoria ambiental consiste na investigação
das normas ou parâmetros de uma empresa, em ní- vel da sua interação com o meio ambiente. A fiscalização ambiental dependendo do tipo de atividade econômica, caberá ao Instituto Brasilei- ro do Meio Ambiente (IBAMA) e/ou órgãos estadu- ais e municipais, a fiscalização ambiental. À aplicação da NR 25 deve ser feita a partir da consulta da legislação federal, estadual e municipal. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Co- nama), no uso das atribuições que lhe confere a Lei Federal n.º 6.938 (31/08/81), é o órgão competente para elaborar as diretrizes técnicas para implementa- ção da Política Nacional de Meio Ambiente. Dependendo da competência de cada caso, a fiscalização ambiental ficará a cargo do IBAMA, Se- cretarias Estaduais de Meio Ambiente e respectivos órgãos estaduais de controle ambiental. Este tipo de auditoria serve para verificar se uma empresa está cumprindo, regularmente, os dis- postos pelas leis no âmbito da proteção ambiental. Em alguns casos, uma empresa pode esquecer a vertente ambiental e ecológica, para conseguir obter mais lucros. A Resolução CONAMA n.º 6/88 apresenta uma definição mais técnica sobre resíduos, exigindo, também, a elaboração do inventário para fins de con- trole e registro junto ao órgão de controle regional que será encaminhado posteriormente ao IBAMA. A legislação estadual deve ser consultada para fins de aplicação dos requisitos de controle ambiental. Não se deve transformar uma solução ambien- tal, proveniente do tratamento de resíduos, em um problema de ordem ocupacional, no momento em que estes resíduos são lançados sem um tratamento adequado no ambiente de trabalho, podendo ocasio- nar efeitos nocivos aos trabalhadores. A NR 25 não determina parâmetros de con- troles ambientais, deixando a critério das legislações federal, estadual e municipal. Vale ressaltar que cada estado possui um órgão ambiental competente para emitir licença ambiental, realizar as fiscalizações, emitir multa e, até mesmo, processar os empregado- res que desrespeitarem as leis ambientais vigentes. A Lei Federal n.º 9.605/98 introduz a crimi- nalidade da conduta do empregador e determina as penas previstas para as condutas danosas ao patri- mônio ambiental.
4.8.2. AUDITORIA NA SAÚDE
No âmbito da saúde, existe a auditoria hospita-
lar que pode ser aplicar nas várias áreas de um hos- pital, como auditoria em enfermagem, por exemplo. Nestes casos, a auditoria tem como objetivo averiguar se os serviços disponibilizados têm quali- dade e cumprem as normas estabelecidas. À auditoria é uma questão de aprendizagem e formação, para que todas as pessoas envolvidas no atendimento dos pacientes possam ter a melhor prestação possível.
4.8.3. AUDITORIA FINANCEIRA
À auditoria é uma revisão das demonstrações
financeiras, sistema financeiro, registros, transações e operações de uma entidade ou de um projeto, efe- tuada por contadores, com a finalidade de assegurar a fidelidade dos registros e proporcionar credibilida- de às demonstrações financeiras e outros relatórios da administração. A auditoria também identifica deficiências no sistema de controle interno e no sistema financeiro e apresenta recomendações para melhorá-los. As auditorias podem diferir substancialmente, dependendo de seus objetivos, das atividades, para os quais se utilizam as auditorias e dos relatórios que se espera receber dos auditores.
4.8.4. AUDITORIA FISCAL TRABALHISTA
No caso da auditoria fiscal trabalhista, bá inte-
resse nas demonstrações da empresa como um todo. O objetivo geral de uma auditoria trabalhista é fazer com que o auditor expresse uma opinião sobre se as demonstrações da empresa ou do ambiente au- ditado, verificando se estão razoavelmente apresen- tadas de acordo com os princípios da legislação do trabalho aceitos.
4.8.5. AUDITORIA DE CUMPRI-
MENTO E OPERACIONAL
À auditoria de cumprimento e a auditoria opera-
cional têm objetivos específicos e podem ou não estar relacionadas à contabilidade de uma empresa. Normal mente, a contabilidade é base destes exames. Daí, sua im- portância para diferentes usuários e objetivos. À auditoria de cumprimento engloba a revisão, comprovação e avaliação dos controles e procedi- mentos operacionais de uma empresa. À auditoria operacional é um exame mais am- plo da administração, recursos técnicos e desempe- nho de uma empresa ou organização de trabalho. O propósito desta auditoria é medir o grau em que as atividades das empresas estão alcançando os limites estabelecidos em lei.
4,8.6. ATIVIDADES DE AUDITORIA
FISCAL DO TRABALHO
Para exercer o cargo de Auditor Fiscal do Tra-
balho deverá saber que a carreira exige habilidade e dedicação, pois tal atividade requer sensibilidade nas questões entre patrões e empregados. O trabalho da auditoria fiscal trabalhista, dife- rente da Auditoria da Receita Previdenciária e da Au- ditoria da Receita Federal, consiste em inserir-se em relações de âmbito privado, como ocorre nos con- tratos de trabalho nas relações patrão/ empregado. É diferenciada por não ficar apenas restrita à re- lação Estado (governo) x Contribuinte, como acon- tece com as demais carreiras federais de fiscalização. A função de Auditor Fiscal do Trabalho, chefe da Seção de Inspeção do Trabalho das Delegacias Regionais do Trabalho de todos os Estados, pode ser um exemplo desta atividade tão importante. Muitas vezes, os patrões e empregados não en- tendem o papel de um Auditor Fiscal do Trabalho. Para isto, precisa-se de muita sensibilidade e conhe- cimento da realidade da empresa fiscalizada, a fim de fazer valer a legislação trabalhista que é a de prote- ção ao empregado.
4.8.6.1. Agente Transformador
Para se ter uma ideia, em média de 20 a 30 em-
presas são fiscalizadas mensalmente, em cada Estado, fora os plantões de atendimento direto ao público e alguns trabalhos especiais de auditoria, constata-se que o dia a dia do auditor fiscal do trabalho é intenso. Essa atividade também envolve conhecimentos de várias áreas do conhecimento, para contornar as questões difíceis da relação entre patrões e empregados. O papel do auditor fiscal do trabalho é prati- camente de um agente transformador da realidade social procurando dar soluções nas questões do em- pregado x patrão e de “conciliador” nos vários con- flitos originados nesta área. Em diversas circunstâncias, as empresas têm dificuldade até mesmo de pagar os salários em dia, atrasando suas contas. Simplesmente, impor mul- tas pode ser danoso para a empresa e indiretamen- te para o trabalhador. Neste momento, o melhor é buscar uma solução e concluir a fiscalização com a situação normalizada. É interessante lembrar, que de cada duas em- presas fiscalizadas uma é punida, e que também o fenômeno da terceirização é crescente. Hoje, a fiscalização trabalhista dentro de uma empresa deve ser diversificada, porque ali existem prestações de serviços interpostos e cabe ao auditor verificar se esta terceirização é legal e se o trabalha- dor não está sendo prejudicado ou exposto à agente de riscos de saúde.
4.8.6.2. Identificação
Estabilidade e salário compensador são impor-
tantes, mas a identificação com a carreira também é fundamental. Sabemos que apesar de ter uma ótima remuneração e estabilidade pode se tornar frustrante a atividade, porque não se identificaram com o trabalho. É necessário identificar a sua vocação para essa atividade e para ser servidor público tem que haver compromisso de estar ao lado da população, saber que problemas nesta área terão que ser solucionados. Um chefe de inspeção do trabalho do DRT exi-