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Live de Aquecimento 01

Prof.ª Daniela Pessoa


07/10 - 20:20h

QUAIS OS MEIOS DE
PROVA MAIS EFICAZES
UTILIZADOS EM
AUDIÊNCIA?

1. O que é a prova?
Meio da para apurar a verdade dos fatos em juízo.

2. O que legitima a prova?


A tutela de uma situação subjetiva dado que somente fatos
verdadeiros permite a correta resolução de um litígio para
correta aplicação de uma regra.

3. Qual o fundamento constitucional da


prova?
Devido processo legal.
4. O que é a verdade?
A verdade é algo que se constrói segundo uma realidade. A
verdade reporta-se a uma preposição e resultada da
correspondência entre o que essa proposição descreve e o
estado das coisas.

5. Qual o resultado da prova?


A formação do convencimento pelo magistrado que irá julgar a
demanda.

6. Delimitação dos fatos

6.1. Os fatos controvertidos são delimitados pela


narração da inicial e da defesa.

6.2. Perguntas imprescindíveis


- o fato existiu?
- o fato é verdadeiro?

6.3. Diferenças entre matéria de direito e matéria


de fato
A chamada matéria de direito refere-se à aplicação de norma
jurídica acerca de fato que é controvertido. A matéria de fato
depende de prova da existência e veracidade do fato.

EXEMPLO TIPO: INCOMUNICABILIDADE DAS INSTÂNCIAS


I. AGRAVO DE INSTRUMENTO DO RECLAMANTE. RECURSO DE
REVISTA ANTERIOR À VIGÊNCIA DA LEI Nº 13.015/2014. JUROS E
CORREÇÃO MONETÁRIA SOBRE INDENIZAÇÃO POR DANOS
MATERIAIS. RESPONSABILIDADE DO AUTOR. TERMO INICIAL. A
jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça, no
entanto, admite que a decisão do juízo criminal repercuta sobre
outras esferas, mas apenas em caso de reconhecimento da
inexistência material do fato ou da negativa de autoria em
sentença de mérito no processo penal. Na hipótese, o juízo
criminal acolheu integralmente o parecer do Ministério Público,
cuja conclusão é pela ausência de prova suficiente da prática do
crime. Não se trata, portanto, de decisão de absolvição do
reclamante no juízo criminal, por estar provada a inexistência do
fato ou da autoria. Trata-se, in casu, do arquivamento do
inquérito policial por ausência de provas suficientes da prática
do crime de falsidade ideológica. Nessa linha, ao contrário do que
pretende o reclamante, a decisão do juízo criminal não é
suficiente para afastar a penalidade da dispensa por justa causa,
especialmente diante do quadro fático delineado no acórdão
recorrido acerca das faltas cometidas pelo reclamante. Pelo
exposto, não se constata violação literal dos arts. 8º, parágrafo
único, da CLT, 935 do Código Civil, 65 e 66 do CPP. Recurso de
revista de que não se conhece. (TST; RR
0215500-31.2008.5.02.0465; Segunda Turma; Relª Min. Maria
Helena Mallmann; DEJT 04/09/2020; Pág. 1219)

7. CONDUTA ATIVA DO ADVOGADO NA


PRODUÇÃO DA PROVA: Convencer o juiz

8. QUAL A PROVA MAIS EFICAZ? Aquela que


convence o juiz – Nunca perder esse foco
9. LEGISLAÇÃO CELETISTA
Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla
liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento
rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência
necessária ao esclarecimento delas.
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para
determinar as provas a serem produzidas, considerado o ônus
probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir as que
considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como
para apreciá-las e dar especial valor às regras de experiência
comum ou técnica.
Art. 852-I. § 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que
reputar mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e
as exigências do bem comum.

JORNADA DE TRABALHO:
JORNADA DE TRABALHO. ÔNUS DA PROVA. AUSÊNCIA DOS
CARTÕES DE PONTO. FIXAÇÃO DE JORNADA. OBSERVÂNCIA
DO PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. A não apresentação
injustificada de parte dos cartões de ponto implica na presunção
relativa de veracidade da jornada de trabalho declinada na inicial
(art. 74, § 2º, da CLT e Súmula nº 338 do TST). Porém, ao arbitrar
a jornada trabalhada, deve o magistrado se atentar para o
contexto do trabalho realizado, os limites impostos pelas demais
provas produzidas nos autos, aplicando as regras de experiência
comum (art. 375 do CPC) e o princípio da razoabilidade, o que foi
observado na r. Decisão recorrida. (TRT 3ª R.; ROT
0010412-81.2019.5.03.0109; Segunda Turma; Relª Desª Maristela
Íris da Silva Malheiros; Julg. 08/09/2021; DEJTMG 09/09/2021;
Pág. 182)

VÍNCULO EMPREGATÍCIO:
VÍNCULO EMPREGATÍCIO. FORMALIDADES LEGAIS ESPECIAIS.
INEXISTÊNCIA. ÔNUS DA PROVA. É presumível que o trabalho
humano seja prestado mediante subordinação e,
consequentemente, presume-se a existência da relação de
emprego. A presunção pode e deve ser validamente estabelecida
porque é isto o que mostram as regras de experiência comum,
subministradas pela observação daquilo que ordinariamente
acontece (CPC, art. 375). Assim, não havendo formalidades legais
especiais, se negada a prestação laboral caberá ao obreiro o ônus
da prova, porque é o fato constitutivo de seu direito (CLT, art.
818, I), mas será do tomador do serviço o ônus de provar a
inexistência do vínculo empregatício se o trabalho for admitido
(CLT, art. 818, II). (TRT 18ª R.; RORSum 0010666-21.2020.5.18.0103;
Segunda Turma; Rel. Des. Mário Sérgio Bottazzo; Julg.
09/08/2021; DJEGO 11/08/2021; Pág. 3343)

DANO EXISTENCIAL:
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
REVISTA. PROCESSO REGIDO PELA LEI Nº 13.467/2017 1. DANO
EXISTENCIAL. JORNADA EXAUSTIVA. REVISÃO
FÁTICO-PROBATÓRIA. O TRIBUNAL REGIONAL CONSIGNOU
NÃO TER HAVIDO A MERA EXTRAPOLAÇÃO EVENTUAL DA
JORNADA DE TRABALHO, MAS SIM A SUBMISSÃO DO
TRABALHADOR A JORNADA SUPERIOR A 12 HORAS DIÁRIAS EM
VÁRIOS DIAS, AINDA ACRESCIDA DE TRABALHOS AOS FINAIS
DE SEMANA, SEM DESCANSO, SENDO USURPADO DO
CONVÍVIO FAMILIAR. A DISCUSSÃO PROPOSTA NO RECURSO
DE REVISTA SE ENCONTRA INEQUIVOCAMENTE ADSTRITA À
PROVA DOS AUTOS, POIS A CONDUTA DESCRITA PELA CORTE
A QUO SE ENQUADRA COMO PASSÍVEL DE INDENIZAÇÃO POR
DANO EXISTENCIAL, NA MEDIDA EM QUE CONSTITUI
EXCESSIVO TEMPO DE VIDA SUPRIMIDO DO RECLAMANTE,
QUE POUCO DISPUNHA DO CONVÍVIO COM A FAMÍLIA, COM
OS AMIGOS, DE TEMPO PARA O LAZER E PARA A DEVIDA
RECUPERAÇÃO DA FADIGA INERENTE À LABUTA DIÁRIA.
SEGUNDO O ENTENDIMENTO DESTA CORTE, O DANO
EXISTENCIAL DISPENSA PROVA DO DANO, SENDO PRESUMIDO
IN RE IPSA, ISTO É, EM RAZÃO DE UMA LÓGICA NATURAL OU
DE UMA PRESUNÇÃO HOMINIS, DECORRENTE DAS REGRAS DE
EXPERIÊNCIA COMUM. 2. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE.
CONFIGURAÇÃO. REVISÃO FÁTICO-PROBATÓRIA. O TRIBUNAL
REGIONAL, COM BASE NO CONJUNTO DA PROVA DOS AUTOS,
INCLUSIVE PERÍCIA JUDICIAL, ENTENDEU PRESENTES AS
CONDIÇÕES DE RISCO À SAÚDE DO TRABALHADOR, PELA
EXTRAPOLAÇÃO DO LIMITE DIÁRIO DE EXPOSIÇÃO AO
AGENTE NOCIVO RUÍDO. A REVISÃO DO JULGADO EM FUNÇÃO
DOS ARGUMENTOS DA RECLAMADA, SOBRETUDO QUANTO AO
TEMPO DE EXPOSIÇÃO, DEMANDARIA NOVA INCURSÃO SOBRE
O ACERVO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS, O QUE ESBARRA
NO ÓBICE DA SÚMULA Nº 126 DO TST. Agravo não provido.
(TST; Ag-AIRR 0011088-85.2016.5.15.0081; Segunda Turma; Relª
Min. Delaide Alves Miranda Arantes; DEJT 14/05/2021; Pág. 1580)
AGRAVO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO EM RECURSO DE
REVISTA. DESPACHO EM QUE SE NEGOU SEGUIMENTO AO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. NA DECISÃO MONOCRÁTICA ORA
AGRAVADA FOI RESSALTADO, EM RELAÇÃO AO TEMA
CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA, QUE DIANTE DA
FUNDAMENTAÇÃO REGISTRADA NO ACÓRDÃO REGIONAL, É
FORÇOSO CONCLUIR QUE O INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO
DE PROVAS CONSIDERADAS DESNECESSÁRIAS PARA A
FORMAÇÃO DO CONVENCIMENTO DO JUÍZO NÃO RESULTOU
PREJUÍZO PROCESSUAL NENHUM PARA A PARTE, COMO
EXIGIDO PELO ARTIGO 794 DA CLT. ALÉM DISSO, NÃO SE
CONSTATOU NENHUM DESEQUILÍBRIO NAS POSSIBILIDADES
DE MANIFESTAÇÃO DAS PARTES NO PROCESSO. NÃO SE PODE
FALAR EM CERCEAMENTO DO DIREITO DE DEFESA SE OS
ELEMENTOS DE PROVA FORAM SUFICIENTES PARA FORMAR O
CONVENCIMENTO DO JUÍZO. CONSOANTE O ARTIGO 371 DO
NCPC, CABE AO MAGISTRADO DETERMINAR QUAIS PROVAS
SÃO ESSENCIAIS À INSTRUÇÃO DO PROCESSO, INDEFERINDO
AS DILIGÊNCIAS QUE CONSIDERE INÚTEIS À ELUCIDAÇÃO DA
DEMANDA. MERECE DESTAQUE TAMBÉM, O CONTEÚDO DO
ARTIGO 852-D DA CLT, QUE PREVÊ. O JUIZ DIRIGIRÁ O
PROCESSO COM LIBERDADE PARA DETERMINAR AS PROVAS A
SEREM PRODUZIDAS, CONSIDERADO O ÔNUS PROBATÓRIO DE
CADA LITIGANTE, PODENDO LIMITAR OU EXCLUIR AS QUE
CONSIDERAR EXCESSIVAS, IMPERTINENTES OU
PROTELATÓRIAS, BEM COMO PARA APRECIÁ-LAS E DAR
ESPECIAL VALOR ÀS REGRAS DE EXPERIÊNCIA COMUM OU
TÉCNICA. ADEMAIS, O INTERROGATÓRIO DAS PARTES, EX VI
LEGIS, É FACULDADE DO JUIZ INSTRUTOR (ART. 848 DA CLT).
DESTAQUE-SE AINDA QUE, EM RESPEITO À CELERIDADE
PROCESSUAL (ARTIGO 5º, LXXVIII, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA), PODE O JUIZ DISPENSAR A PRODUÇÃO DE NOVAS
PROVAS QUANDO JÁ FORMADO O SEU CONVENCIMENTO.
NESSE ESTEIO, O RECURSO NÃO ULTRAPASSA A BARREIRA DO
ARTIGO 896, §7º, DA CLT. Por fim, quanto à doença ocupacional,
o quadro fático delineado pelo TRT é de que o autor foi portador
de orquiepididimite, sendo tratado adequadamente, sem
sequelas funcionais e que o exame atual foi normal. Foi
ressaltado ainda que não há incapacidade para exercer atividades
laborativas compatíveis com sua idade e grau de instrução e que
não há relação entre esforço físico e a patologia apresentada pelo
reclamante. Por essas razões, a Corte regional entendeu que não
há nexo causal entre as patologias desenvolvidas pelo reclamante
e o trabalho na reclamada. Nesse contexto, a pretensão recursal
encontra óbice intransponível na súmula desta Corte, porquanto,
para se confrontar o decisum regional com os argumentos
autorais seria necessária a incursão no conjunto fático-
probatório, circunstância vedada pela Súmula nº 126 do TST, que
impede o reexame de fatos e provas nesta fase processual.
Indenes os artigos 20, I, e 21, I, da Lei nº 8.213/91 e 7º, XXII, XXIII
e XXVIII, 200, VIII e 225, caput, da Constituição da República. E a
divergência jurisprudencial também não impulsiona o apelo, na
medida em que os arestos colacionados são inespecíficos, nos
termos da Súmula nº 296, I, do TST, por discrepância de quadro
fático. Tendo em vista que a parte não trouxe, nas razões de
agravo, nenhum argumento capaz de infirmar a decisão
denegatória do agravo de instrumento, há que ser mantida a
decisão. Agravo conhecido e desprovido. (TST; Ag-AIRR
0022254-16.2015.5.04.0030; Terceira Turma; Rel. Min. Alexandre
de Souza Agra; DEJT 19/03/2021; Pág. 3629)

VALORAÇÃO DO DEPOIMENTO PESSOAL:


O juiz pode se convencer somente pelo depoimento pessoal

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