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Mauro Schiavi. Teoria Geral Da Prova No Processo Do Trabalho À Luz Do Novo Cpc. P.259
2
Ana Carolina Moura Targueta, Guilherme Paulo Garulo e Marina Ribeiro de Freitas. Princípios gerais do
Direito. Disponível em:
https://anacarolinatargueta.jusbrasil.com.br/artigos/307654998/principios-gerais-do-direito
3
Caio César Soares Ribeiro Patriota. Princípio da contraditório e da ampla defesa. Disponível em:
https://jus.com.br/artigos/56088/principio-da-contraditorio-e-da-ampla-defesa
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Tiago Fernandes De Souza. Provas No Processo Do Trabalho. P.2
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Amanda Fagundes. Princípio da necessidade da prova no processo do trabalho. Disponível em:
http://estudojustrabalhista.blogspot.com/2013/01/principio-da-necessidade-da-prova-no.html
A necessidade da prova depende do encargo probatório das partes no processo e da avaliação
das razões da inicial e da contestação, como expressa o art. 818, da CLT.6 Assim, o ônus da
prova é das partes que alegam os fatos e o julgador não pode se deixar convencer apenas por
meras alegações7, mesmo que essas sejam convincentes, devendo sua decisão ser respaldada
pelo arcabouço comprobatório.
O princípio da unidade da prova, por sua vez, designa que a prova deve ser analisada
em seu conjunto, e não separadamente. Do contrário, seria admitir-se o exame isolado de
provas contraditórias entre si, gerando instabilidade jurídica no processo de composição da
lide8. É o que podemos ver nesse julgado do Tribunal Regional do Trabalho da 22ª Região:
6
Amanda Fagundes. Princípio da necessidade da prova no processo do trabalho. Disponível em:
http://estudojustrabalhista.blogspot.com/2013/01/principio-da-necessidade-da-prova-no.html
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FILHO, Manoel Antonio Teixeira. A Prova no Processo do Trabalho. 8 ed. São Paulo: LTr, 2003.
8
Tiago Fernandes De Souza. Provas No Processo Do Trabalho. P.2
9
Marinoni, Luiz Guilherme; Arenhart, Sérgio Cruz. Manual do processo de conhecimento. São Paulo: RT, 3ª.
Edição, 2006. p. 325.
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Tiago Fernandes De Souza. Provas No Processo Do Trabalho. P.2
infraconstitucional a proibição de provas ilícitas a contrario sensu, ao admitir a
produção de provas atípicas desde que sejam legais e moralmente legítimas11
11
Amaral, Paulo Osternack. Provas. São Paulo: RT, 2015. p. 190.
12
Tiago Fernandes De Souza. Provas No Processo Do Trabalho. P.2
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CINTRA, Antônio Carlos de Araújo. GRINOVER. Ada Pelegrini. DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria
Geral do Processo. 24 ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2008.
14
Maria Luiza Oliveira. Princípios no direito processual trabalhista. Disponível em:
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/12141/Principios-no-direito-processual-trabalhista
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Tiago Fernandes De Souza. Provas No Processo Do Trabalho. P.2
16
ALMEIDA, Cleber Lúcio de, 2009, p.72
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Tiago Fernandes De Souza. Provas No Processo Do Trabalho. P.2
TRT 3 Região. Prova. Valoração. Princípio da imediatidade da prova.
Prestígio à avaliação probatória efetuada em primeiro grau de jurisdição. A tarefa de
se atribuir novo valor à prova oral em sede de recurso é bastante complexa, porque
o juiz que preside ao interrogatório, em contato direto com as partes, prepostos e
testemunhas, detém, em regra, maior possibilidade para valorar os depoimentos
colhidos, pois possui melhores condições de observar o modo dúbio ou esquivo
como elas respondem às perguntas, bem assim suas expressões corporais, o que lhe
permite chegar bem mais próximo da verdade. No corpo do acórdão: “É oportuno
lembrar que a tarefa de se atribuir novo valor à prova oral em sede de recurso é
bastante complexa, porque o juiz que preside ao interrogatório, em contato direto
com as partes e testemunhas, detém, em regra, maior possibilidade para valorar o
depoimento colhido, pois possui melhores condições de observar o modo dúbio ou
esquivo como elas respondem às perguntas, bem assim sua expressões corporais, o
que lhe permite chegar bem mais próximo da verdade. De tal modo, deve ser
prestigiado, como regra, o convencimento do juiz que colheu a prova. Ele, afinal, é
que manteve o contato vivo, direto e pessoal com as partes e testemunhas,
mediu-lhes as reações, a segurança, a sinceridade, a postura. Aspectos, aliás, que
nem sempre se exprimem, que a comunicação escrita, dados os seus acanhados
limites, não permite traduzir. O juízo que colhe o depoimento" sente "a testemunha.
É por assim dizer um testemunho do depoimento. Seu convencimento, portanto,
está melhor aparelhado e, por isso, deve ser preservado, salvo se houver elementos
claros e contundentes a indicar que a prova diz outra coisa. Destarte, não emergindo
dos autos nenhum elemento que induza à convicção de que se equivocou o Juízo
monocrático na valoração da prova coligida aos autos, deve prevalecer o
convencimento por ele firmado, com base nas vivas impressões colhidas por
ocasião da produção das provas. É que o critério de valoração da prova atende,
também, ao princípio da imediatidade do contato com a prova produzida.18
Sendo o fim da prova levar a certeza à mente do juiz, para que possa falar
conforme a justiça, diz Echandia, há um interesse indubitável e manifesto em razão
da função que desempenha no processo. É o princípio do interesse público na
função da prova. É evidente, cada parte persegue, com suas próprias forças, um
benefício próprio e imediato. Contudo, há de se considerar, ainda, o interesse
18
BRASIL. Jurisprudência. TRT-3 - RECURSO ORDINARIO TRABALHISTA : RO 00547201214303007
0000547-73.2012.5.03.0143
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Tiago Fernandes De Souza. Provas No Processo Do Trabalho. P.3
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Maria Eduarda Sangalli Silva. O princípio da comunhão da prova e o processo eletrônico. Disponível em:
https://egov.ufsc.br/portal/conteudo/o-princ%C3%ADpio-da-comunh%C3%A3o-da-prova-e-o-processo-eletr%
C3%B4nico
público mediato que está acima dos benefícios específicos das partes. Em
consequência, a prova nunca pertence a uma ou outra parte, mas ao juízo. Por igual,
o benefício que se retira do elemento probatório não se vincula somente ao interesse
da parte que produziu tal prova. É o princípio da comunhão ou comunidade da
prova, também chamado de aquisição.21
Por fim, o Princípio in dúbio pro misero, é aplicado em harmonia com o princípio da
Livre Persuasão racional, autoriza ao juiz, presente dúvida razoável na valoração da prova,
interpretá-la em benefício do trabalhador22. Assim, quando houver a hipótese de uma norma
comportar mais de uma interpretação possível, em respeito ao princípio da proteção e do in
dubio pro misero, o aplicador da lei deve optar pela hipótese mais favorável ao trabalhador.
Dessa forma, o princípio do in dubio pro misero é uma forma de garantir o direito dos
empregados (considerado mais frágil) em casos de dúvida do processo pelo julgador ou juiz,
como quando ocorre algum tipo de conflito referente a normas23. É necessário destacar,
porém, que existe grande divergência doutrinária sobre a possibilidade de aplicação da regra
do in dubio pro operario no âmbito processual, sobretudo em se tratando de matéria
probatória.
21
PORTANOVA, Rui. Princípios do processo civil. 3. ed. Campinas: Livraria do Advogado, 1999.
22
Tiago Fernandes De Souza. Provas No Processo Do Trabalho. P.3
23
JOÃO VITÓRIO NETTO. Princípio do In Dubio Pro Misero. Disponível em:
https://vitorionetto.com.br/principio-do-in-dubio-pro-misero/
ALMEIDA, Cleber Lúcio de. Direito Processual do Trabalho. 3°ed.Belo Horizonte: Del Rey,
2009.
FILHO, Manoel Antonio Teixeira. A Prova no Processo do Trabalho. 8 ed. São Paulo: LTr,
2003.
SCHIAVI, Mauro. Teoria Geral Da Prova No Processo Do Trabalho À Luz Do Novo Cpc.
P.259. Disponível
em:https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/93951/2016_schiavi_mauro_te
oria_geral.pdf?sequence=1&isAllowed=y
TARGUETA, Ana Carolina Moura; GARULO, Guilherme Paulo; FREITAS, Marina Ribeiro
de. Princípios gerais do Direito. Disponível em:
https://anacarolinatargueta.jusbrasil.com.br/artigos/307654998/principios-gerais-do-direito