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Principio da Oralidade aplicado sendo aplicado nos dias atuais; A oralidade corresponde
um direito fundamental determinado pelo diálogo processual, ou seja, pela comunicação entre as
partes. A CLT, nos artigos 840, e 850, como, exemplo, assegura a defesa verbal. Deste modo,
segue a redação dos respectivos dispositivos: “não havendo acordo, o reclamante terá vinte
minutos para aduzir sua defesa ”. “Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais
em prazo não excedente de dez minutos”.Pelo exposto, o princípio da oralidade garante ao
magistrado uma percepção maior no direcionamento do processo e segurança jurídica na análise
probatória.
1. Princípio da Oralidade: aspecto processual e terminológico
Toda decisão judicial deve ser motivada e fundamentada. O princípio da livre convicção do
magistrado ou da independência dos juízes assegura ao julgador a liberdade de decidir conforme
a realidade fática do processo. Deste modo, o juiz deve fazer valer da apreciação da prova,
atendendo as circunstâncias constantes dos autos, indicando na sentença o motivo da decisão, o
que transcreve os requisitos do artigo 131 do CPC.
Neste sentido, incumbe ao magistrado a observância quanto aos fatos elencados pelas
partes, como, por exemplo, a produção de prova testemunhal, em que o depoimento das
testemunhas contribui com a interpretação do magistrado acerca da discussão do mérito.
A CLT não prevê em nenhum artigo o princípio da oralidade, mas estabelece no capítulo III
dos dissídios individuais, a denominada forma de reclamação e de notificação trabalhista,
caracterizando o procedimento oral como técnica de celeridade processual.
Como se vê, trata-se de uma característica peculiar do Direito do Trabalho, que configura
uma flexibilidade e simplicidade processual. Merece registrar que a instrução trabalhista deve
privilegiar o processo oral, como, por exemplo, o disposto no art. 847 da CLT, que não havendo
acordo, assegura ao reclamado a defesa oral por vinte minutos.
A partir da oralidade, a doutrina entende que se exterioriza outros princípios, como salienta
Carlos Henrique Bezerra Leite:
Este princípio não encontra residência em nenhuma norma expressa do CPC ou da CLT. A
rigor, ele se exterioriza interagindo com outros quatro princípios: I - princípio da imediatidade; II -
princípio da identidade física do juiz; III – princípio da concentração e; IV – princípio da
irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias. (LEITE, 2012, p.76).