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A AUDIÊNCIA DE

INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

DEFINIÇÕES, FINALIDADE E NATUREZA DA AUDIÊNCIA

A audiência, consoante preleções que a respeito são formuladas por


doutrinadores de nomeada com o escopo de construir um conceito e
identificar a sua finalidade e natureza “é o ato processual solene realizado na
sede do juízo que se presta para o juiz colher a prova oral e ouvir
pessoalmente as partes e seus procuradores”1. Afirma-se, outrossim, que
“trata-se de ato complexo porque a audiência compreende uma série
conjugada de atos praticados pelo juiz, pelas partes e terceiros, e que
culminam com a sentença”2. Adita-se, ainda, que “na audiência de instrução e
julgamento se concentra a causa. Sob a presidência do juiz, nela se produzem
as provas de natureza oral, completam-se outras provas, debatem as partes os
fatos e o direito, proferindo o juiz a decisão da causa”3.

Colhe-se, em tais considerações indiscutivelmente apropriadas à


abordagem do tema que ora se enfoca, preocupação em criar uma
conceituação alusiva à audiência de instrução e julgamento a que se refere o
Código de Processo Civil quando, em especial, regula o procedimento comum
(art. 444 a 457). Nesta se busca não só concentrar a coleta da prova oral e
colher os depoimentos pessoais, mas também estimular uma solução que,
afastando ou minimizando o litígio entre as partes, resulte em transação entre
ambas.

1
Theodoro Júnior, Humberto. “Curso de Direito Processual Civil” – 40ª ed. Vol. I – Rio de Janeiro:
Forense, 2003 – p. 439.
2
Marques, José Frederico. “Manual de Direito Processual Civil” – São Paulo: Saraiva, 1986 – p. 1.
3
Santos, Moacyr Amaral. “Primeiras Linhas de Direito Processual Civil” - 2º vol. – São Paulo: Saraiva,
1985 – p. 282/3.
Advogado no Distrito Federal e professor da Universidade Católica de Brasília-UCB e da Escola
Brasileira de Administração Pública -EBAP/FGV
Não se olvide, todavia, que não se tem apenas a audiência de instrução e
julgamento no Processo Civil. Outros atos são também assim identificados.
Veja-se, por exemplo, que ao referir-se ao Julgamento Conforme o Estado do
Processo, regulado no capítulo V, do Título VIII, o Código prevê, no art. 331, a
realização de audiência preliminar no procedimento ordinário, voltada esta,
como explicita Athos Gusmão Carneiro, à conciliação das partes, atividades
finais de saneamento, ordenação da instrução e designação, quando isso se
mostrar necessário, da audiência de instrução e julgamento4.

Ao regular o Processo Cautelar (Livro III), dispõe o Estatuto Processual


que ao juiz é permitido conceder a medida cautelar liminarmente ou, não
havendo elementos probatórios suficientes para a formação de seu
convencimento acerca da presença dos pressupostos específicos, após
audiência de justificação prévia em que ofertará a parte interessada os
elementos faltantes e necessários à formação da convicção do magistrado,
ainda que de modo sumário como se exige nesse âmbito processual. Também
se observa a previsão alusiva à audiência de justificação nos Procedimentos
Especiais regulados no Livro IV do Código de Processo. Quando cuida das
ações de manutenção e de reintegração de posse a ela se refere no bojo do art.
928. Estatui, em relação à ação de nunciação de obra nova, que é lícito ao juiz
conceder embargo liminarmente ou após justificação prévia (art. 937). Repete-
se essa mesma orientação no art. 1.050, § 1º, relativo aos embargos de
terceiro, admitindo-se, ali, a prova da posse.

Forçoso notar, assim, que a audiência de instrução e julgamento tem por


objeto precípuo colher a prova oral e os depoimentos pessoais no curso do
procedimento, enquanto as demais audiências citadas cumprem função bem
mais específica e voltada ao atendimento de determinadas providências
tendentes, como no caso do Processo Cautelar e dos Procedimentos
Especiais, a gerar a certeza sobre certos requisitos que se fazem necessários
à formação da convicção do magistrado, visando à obtenção de uma medida
liminar.

4
“Audiência de Instrução e Julgamento e Audiências Preliminares” – 11ª ed. – Rio de Janeiro: Forense,
2003 – p. 12.
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DISPOSIÇÕES GERAIS RELATIVAS À AUDIÊNCIA

Em capítulo específico, disposições gerais informam que a audiência,


como normalmente acontece com os demais atos processuais, será pública,
embora, quando se trate de temas que correm em segredo de justiça (art. 155),
deva ser realizada a portas fechadas (art. 444).

Ao magistrado se confere legalmente o exercício do poder de polícia,


sendo-lhe, com esse escopo, atribuída competência para manter a ordem e o
decoro; ordenar que se retirem da sala os que se comportarem de modo
inconveniente, bem como, quando necessário, requisitar a força policial para
fazer valer as suas deliberações nesse âmbito (art. 445). Defere-se ao juiz,
outrossim, competência para presidir a audiência e dirigir os seus trabalhos,
proceder direta e pessoalmente à colheita das provas, exortar os advogados e
o órgão do Ministério Público a que discutam a causa com elevação e
urbanidade (art. 446).

Registre-se, por oportuno, que ao dar-se ao magistrado poderes para


dirigir os trabalhos não se confere a ele uma condição hierárquica superior e
não é ele colocado em posição inatingível, distante das partes, dos advogados
e do membro do Ministério Público. Cabe-lhe, em tal condição, coordenar as
atividades, dando início aos trabalhos e estimulando o seu desenvolvimento,
sem jamais descuidar-se de que é seu dever “tratar com urbanidade as partes,
os membros do Ministério Público, os advogados, as testemunhas, os
funcionários e auxiliares da Justiça,...” (Lei Complementar nº 35, de 14 de
março de 1979 – art. 35, inciso IV). Rememore-se, demais disso, que o Estatuto
da Advocacia é expresso quando a isso se refere em seu art. 6º, claramente
explicitando que “Não há hierarquia nem subordinação entre advogados,
magistrados e membros do Ministério Público, devendo todos tratar-se com
consideração e respeito recíprocos” (art. 6º).

Não raro, todavia, olvidam alguns esse dever de respeito e urbanidade -


que é típico e sempre visto em pessoas bem educadas e dotadas de
qualificação para o exercício de cargos tão relevantes para a sociedade - e
conduzem os atos da audiência com arrogância, mau humor, desprezo pelas
partes e profissionais que as representam, gerando o surgimento de
indesejáveis e desagradáveis incidentes, o que não se deve aceitar e nem
tolerar, denunciando tais atitudes aos órgãos competentes de imediato e sem
complacência.

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Tenha-se em vista, outrossim, que enquanto depuserem as partes, o
perito, os assistentes técnicos e as testemunhas, não é permitido aos
advogados das partes intervirem ou apartearem, sem que previamente estejam
autorizados pela autoridade judiciária, a quem se comete o encargo de presidir
o ato processual (art. 446, parágrafo único). Anote-se, por oportuno, que a Lei
nº 8.906, de 04 de julho de 1994 (Estatuto da Advocacia), ao dispor sobre as
prerrogativas profissionais, assevera que é direito do advogado “usar da
palavra, pela ordem, em qualquer juízo ou tribunal, mediante intervenção
sumária, para esclarecer equívoco ou dúvida surgida em relação a fatos,
documentos ou afirmações que influam no julgamento, bem como para
replicar acusação ou censura que lhe forem feitas” (art. 7º, inciso X).

DA CONCILIAÇÃO ENTRE AS PARTES

Estatui-se a seguir, com o escopo de tentar-se a conciliação entre as


partes, pondo fim ao litígio que entre elas se desenvolve, que quando versar o
litígio sobre direitos patrimoniais de caráter privado, determinará o juiz, de
ofício, compareçam as partes5 à audiência de instrução e julgamento (art. 447).
Acrescenta-se, ainda, que em demandas relativas a assuntos de família, terá
lugar igualmente a conciliação, nos casos e para os fins em que a lei consente
a transação (parágrafo único).

Logrando êxito na tentativa de conciliação, levada a efeito antes mesmo


da instrução do processo, mandará o juiz que seja a transação então obtida
reduzida a termo para que, após assinado pelas partes, seja homologado pelo
juiz para que surta os efeitos idênticos àqueles que adviriam da sentença que
a ele incumbiria oportunamente prolatar nos autos (arts. 448 e 449). Orientação
jurisprudencial a respeito explicita que, independentemente da homologação,
apenas com a assinatura do termo, torna-se irretratável a conciliação
alcançada (RT 497/87).

DA INSTRUÇÃO E JULGAMENTO

5
“Não obstante seja obrigatória a intimação das partes, não se exige destas o dever de comparecer à
audiência para a tentativa de conciliação, sendo o não comparecimento interpretado como recusa a
qualquer acordo” (STJ – 4ª Turma – Resp 29.738-6-BA, rel. Min. Torreão Braz, j. 24.5.94, não
conheceram, v.u., DJU de 15.8.94, p. 20.337).
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Regulando de modo direto e específico a audiência de instrução e
julgamento, dispõe o Código de Processo, em seu art. 450, que no dia e hora
designados, o juiz declarará aberta a audiência, mandando apregoar6 as partes
e os seus respectivos advogados. Tentada a conciliada e não obtendo êxito,
dará o juiz início à instrução do processo, devendo a prova recair sobre os
pontos controvertidos, que não mais devem ser delimitados ao iniciar-se a
audiência de instrução, mas sim por ocasião da audiência preliminar de
conciliação, consoante estatui o art. 331, § 2º7, do CPC.

A coleta da prova far-se-á, durante o desenvolvimento da audiência,


observando a ordem a que se refere o art. 452, onde consta que, em primeiro
lugar, o perito e os assistentes técnicos responderão aos quesitos de
esclarecimentos, requeridos no prazo e na forma do art. 435; a seguir, tomará
o juiz os depoimentos pessoais, primeiro do autor e depois do réu; finalmente,
serão inquiridas as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu,
respectivamente.

Ordem em que será produzida


a prova em audiência

Peritos e Assistentes

Depoimento do Autor

Depoimento do Réu

Testemunhas do Autor

Testemunhas do Réu

6
É nula a audiência que se realiza sem o prévio pregão; mas o órgão do MP deve comparecer à audiência
independente do chamamento pelo meirinho -RT 658/89 (Negrão, Theotonio – “Código de Processo
Civil e legislação processual em vigor – 32ª ed – São Paulo: Saraiva, 2001 – p. 461, nota art. 450:1).
7
CPC – Art. 331, “§ 2º. Se, por qualquer motivo, não for obtida a conciliação, o juiz fixará os pontos
controvertidos, decidirá as questões processuais pendentes e determinará as provas a serem produzidas,
designando audiência de instrução e julgamento, se necessário.”
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O adiamento da audiência acha-se previsto e pode ocorrer quando
houver convenção das partes, caso em que só será admissível uma vez, e,
ainda, se não puderem comparecer, por motivo justificado, o perito, as partes,
as testemunhas ou os advogados (art. 453). Impõe-se ao advogado provar o
impedimento até a abertura da audiência; não o fazendo, o juiz procederá à
instrução (§ 1º).

Atente-se para o fato de que, ausente o advogado sem qualquer


justificativa a respeito, faculta-se ao juiz dispensar a produção das provas
requeridas pela parte por ele representada, o que decerto poderá acarretar
grave dano ao direito e à pretensão deduzida, que ver-se-á frustrada pela
impossibilidade de produção da prova necessária à confirmação das teses
sustentadas em prol de seu pleito (art. 453, § 2o).

A responsabilidade pelas despesas que vierem a ser acrescidas ao


processo em decorrência do adiamento, deverão ser suportadas pela parte que
a ela houver dado causa (art. 453, § 3o).

Ao dar-se o encerramento da instrução, dever-se-á deferir prazo aos


advogados da partes, iniciando-se pelo representante do autor, para que
formulem verbalmente suas alegações finais pelo tempo de vinte (20) minutos
cada um, pena de nulidade da sentença (RJTJESP 94/39). O membro do
Ministério Público desfrutará de igual prerrogativa e falará por último. O tempo
deferido pode, havendo pedido nesse sentido, ser prorrogado em mais dez (10)
minutos, o que fica a critério do juiz conceder (art. 454). Havendo litisconsorte
ou terceiro, o prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-
á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso (§ 1o). O
opoente, quando for o caso, sustentará as suas razões em primeiro lugar,
seguindo-se-lhe os opostos, cada qual pelo prazo de 20 (vinte) minutos (§ 2o).

Os debates orais, quando a causa apresentar questões complexas de


fato ou de direito, poderão ser substituídos por memoriais, caso em que o juiz
designará dia e hora para o seu oferecimento (§ 3o). Em tal hipótese, às partes
incumbirão oferecer, por petição, as razões que deveriam ter anteriormente
aduzido verbalmente em audiência. Encerrado o debate ou oferecidos os
memoriais, o juiz proferirá a sentença desde logo ou no prazo de 10 (dez) dias
(art. 456).

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A audiência é una e contínua. Una porque única e também porque os
atos que nela se desenvolvem constituirão uma unidade. Contínua porque
deverá ser iniciada e encerrada no mesmo dia ou em dia próximo, tornando-se
isso possível. Não sendo, todavia, possível concluir, num só dia, a instrução, o
debate e o julgamento, ao juiz é dado marcar o seu prosseguimento para dia
próximo (art. 455).

Em relação à documentação da audiência de instrução e julgamento, fixa


o Código de Processo orientação no sentido de que o escrivão lavrará, sob
ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido na audiência, bem
como, por extenso, os despachos e a sentença, se esta for proferida no ato
(art. 457). O termo, após lavrado, exigirá a rubrica do juiz em todas as folhas (§
1o), assim como a sua assinatura, a dos advogados, do órgão do Ministério
Público e do escrivão (§ 2º). Ao escrivão incumbe-se o dever de trasladar para
os autos cópia autêntica do termo de audiência (§ 3o).

Desenvolve-se a audiência de instrução e julgamento, pois, com


observância dos critérios que, anteriormente vistos, regulam o seu
processamento.

A PREPARAÇÃO
PREPARAÇÃO PARA A AUDIÊNCIA
ATUAÇÃO ATENTA DO ADVOGADO

Realizar a audiência e bem assistir ao cliente exige e impõe ao advogado


mais do que apenas estar atento ao procedimento que é em lei estabelecido
para o seu desenvolvimento. Acarreta a obrigação de adotar, de forma prévia e
cuidadosa, uma série de providências específicas, conforme se sugere a
seguir:

a) Revisão e reexame dos autos.


Uma primeira providência, de
fundamental importância, refere-se à realização de uma revisão das
peças e dos elementos probatórios já produzidos e carreados ao feito,
deles extraindo elementos que podem, no curso da instrução, se tornar
relevantes para a coleta da prova oral, ou mesmo para o momento das
alegações finais, quando serão colocados em destaque.

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b) Avaliação das provas já produzidas. É de todo relevante, outrossim,
avaliar as provas já produzidas por uma e por outra parte, determinando,
tanto quanto possível, o grau de certeza gerado para o seu cliente. Isto
pode simplificar e até tornar desnecessária a produção de prova em
audiência, ou exigir o reforço de pontos específicos.

c) Formulação prévia de perguntas. Preparar previamente as indagações


que deverão ser formuladas no momento do depoimento pessoal da
parte contrária e quando estiverem depondo as testemunhas arroladas,
apenas pode facilitar em muito a instrução processual, agilizando a
tomada de depoimentos e assegurando resultados mais satisfatórios.
Quem sabe o que deseja provar e formula questões a isso relacionadas,
evita o constrangimento de ver indeferidas perguntas mal formuladas.
Evita-se, com isso, a improvisação, além de não se ter qualquer
impedimento para acrescer novas questões que se mostrem, no instante
do depoimento, relevantes.

d) Orientação ao cliente. De todo relevante, também, que se busque


proporcionar ao cliente informações acerca do desenvolvimento e dos
diversos atos que serão praticados em audiência, de modo a dar-lhe
maior segurança quando estiver presente à sessão. Deve ele, também,
ser informado do estágio em que se encontra o processo e dos riscos
que resultam, para si, da pretensão deduzida, orientando-o acerca de
eventual proposta de acordo.

e) Seleção prévia de testemunhas. O rol de testemunhas deve estar no


processo no prazo designado pelo magistrado para esse fim, conforme
se determina no art. 407 do CPC. Não havendo prazo fixado, o rol terá
que ser apresentado, pena de preclusão desse meio de prova, até dez
(10) dias antes da audiência. Incumbe ao advogado, de modo cuidadoso,
selecionar as testemunhas previamente de modo a escolher aquelas que
tenham conhecimento efetivo dos fatos que se pretende demonstrar.
Quem nada sabe, ou apenas ouviu dizer, nada poderá oferecer para o
deslinde da causa. Testemunhas impedidas e suspeitas também devem
ser rejeitadas.

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f) Contradita às testemunhas arroladas pela outra parte. É de suma
importância que se busque, antes da audiência, conhecer as
testemunhas arroladas pela contraparte de modo a ter-se condições
efetivas de formulação de contradita, conforme previsão que se acha
inscrita no § 1º, do art. 414, do CPC. Evitar a contradita sem fundamento
é um dever do advogado, pois apenas atrasa a audiência e de nada lhe
serve.

Estes são apenas alguns aspectos para os quais devem os advogados


atentar, preparando-se adequadamente para a realização da audiência. Ao
assim procederem, estarão, com certeza, ampliando as chances de êxito para
o seu cliente e, em contrapartida, colhendo os frutos que naturalmente disso
advirão.

COMO SE POSICIONAM AS PARTES NA SALA DE AUDIÊNCIAS


AUDIÊNCIAS

Embora não se tenha expressa e específica disposição legal orientando


o posicionamento das partes na sala de audiência, este é um aspecto simples
que chama a atenção e que não deve se transformar em motivo para desgastes
indesejáveis antes mesmo de iniciada a audiência, gerando, em desfavor do
advogado que não orienta adequadamente o cliente, a desconfiança.

Orienta a praxe que devem os advogados tomar assento o mais próximo


da bancada em que estará posicionado o juiz, porquanto a eles incumbe o
dever de representar a parte e formular os requerimentos que se mostrarem
cabíveis no curso da sessão. A parte vem logo a seguir, ao lado de seu
advogado. O autor e seu representante se posicionarão à direita do
magistrado. O réu e seu advogado, à esquerda.

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MP JUIZ Secretário

ADVOGADO ADVOGADO

AUTOR RÉU

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