Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2023
INTRODUÇÃO
Fala Criminalista,
Nesse E-BOOK eu trago de forma objetiva qual é o passo a passo que você
deve proceder para atender o seu cliente quando ele te contratar para
acompanhá-lo em qualquer expediente na sede de Depol.
Muitas são as dúvidas de advogados que estão iniciando na área criminal no
tocante a um APF (auto de prisão em flagrante) e IP (Inquérito Policial) e
isso inclui jovens advogados ou advogados mais experientes em outras áreas,
todavia com dúvidas de como atuar na criminal.
Sabe o porquê dessa dúvida quanto a prática em sede de delegacia?
Porque nas salas de aulas das faculdades e de cursinhos só ensinam teoria e
mais teorias que somente servem para concursos (nem para Exame da OAB
servem, pois a banca exige cada vez mais conhecimento prático).
Por isso você terá um verdadeiro Guia Prático: Passo a Passo de como
ADVOGAR na DEPOL.
O objetivo deste Ebook é te ensinar em 30 minutos o que você não
aprendeu na faculdade inteira e nem em exaustivos cursinhos pela vida.
E o melhor de tudo, de forma GRATUITA!
Se isso acontecer, só quero que COMPARTILHE esse Guia Prático com
o maior número de colegas advogados e bacharéis em Direito prestes a
ingressar nos quadros da OAB, pois o conhecimento só é transformador
quando aplicado e compartilhado.
Obs: Lembrando que crimes cuja pena é inferior a 04 anos comportam fiança
pelo delegado.
2 – O QUE FAZER AO TOMAR CONHECIMENTO DOS AUTOS
POR ESCRITO?
R: Jamais prometa que ele irá sair na audiência de custódia (quem decide é
o juiz(a). Sempre o alerte que a natureza do crime é grave, como também o
quantum da pena em abstrato para aquele tipo de delito é alto, e diga que
pela sua experiência existe uma alta probabilidade de soltura (ou se o
crime é hediondo, diga que a probabilidade não é tão alta), mas você irá
fazer o seu melhor para o mais rápido possível alcançar a liberdade
novamente para o mesmo.
2) Investigação Defensiva.
O exercício de diligências:
Art. 4 [...] promover diretamente todas as diligências
investigatórias necessárias ao esclarecimento do fato, em especial a
colheita de depoimentos, pesquisa e obtenção de dados e
informações disponíveis em órgãos públicos ou privados,
determinar a elaboração de laudos e exames periciais, e realizar
reconstituições.
Art. 3º - B
IX - determinar o trancamento do inquérito policial quando não
houver fundamento razoável para sua instauração ou
prosseguimento; (Incluído pela Lei nº 13.964, de 2019).
CONCLUSÃO
Criminalista, esse foi Guia Prático: O passo a passo de como ADVOGAR
em sede de DEPOL.
Se você seguir especificamente esse passo a passo estará seguro para fazer o
atendimento do seu cliente em qualquer procedimento na delegacia de
polícia.
Lembrando que quando ele ou os familiares dele te ligarem já avise de
antemão o valor dos seus honorários, bem como, pergunte como será a forma
de pagamento. Isso evitará que você se desloque até a Depol e trabalhe de
graça.
Leve em uma pasta o modelo de procuração e contrato já prontos para
preencherem e assinarem (tenha máquina de cartão).
Segue abaixo os modelos de peças processuais que você irá utilizar e também
os modelos de procuração e contrato.
Espero que esse E-book tenha lhe ajudado e compartilhe com os seus amigos
Advogados e Bacharéis do Direito.
Bons estudos e SUCESSO!
Dr. Fabiano Dalloca
ARTIGOS
Fala criminalista,
O hack de hoje é para quem ainda não sabe como analisar as probabilidades do
seu cliente de ser liberado pelo juiz na homologação do auto de prisão em
flagrante (APF) – seja por despacho em gabinete ou na audiência de custódia.
Você sabe que o delegado de polícia não pode arbitrar fiança em crimes cuja
sanção máxima ultrapasse 04 anos de reclusão.
Então, quando você for acionado na delegacia para atender o seu cliente preso
em flagrante delito, o primeiro expediente seu é procurar o escrivão ou delegado
e saber por qual crime ele está preso.
E agora vai a dica (ou seja, o HACK).
Via de regra, nessas situações que o delegado está impedido de arbitrar a fiança,
há uma chance de 90% de ser concedida a liberdade do seu cliente no momento
da homologação do APF pelo juiz (como eu disse, seja por despacho em
gabinete ou na audiência de custódia), e pode ser quer ele o juiz determine o
pagamento da fiança, já explique isso aos familiares e ao seu cliente.
Se você não fizer isso, o juiz concederá a liberdade do cliente e você ficará em
situação chata com quem te contratou, pois não fez o pedido.
MODELOS DE PEÇAS
APF: XXXXXXXXX
FLAGRANTEADO: XXXXXXX
XXXXXXXX, já devidamente qualificados nos autos em epígrafe, por meio de seu advogado
que esta subscreve, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no art. 5º, inciso LXVI da Constituição Federal e artigo 310, III do Código
de Processo Penal, requerer LIBERDADE PROVISÓRIA, pelos motivos a seguir
delineados:
I – DOS FATOS
II – DA HOMOLOGAÇÃO DO APF.
IV – DOS PEDIDOS
XXXXXXXXXXXXXX
Advogado
XXXXXXXXXXXXXXXX, já devidamente
qualificada nos autos em epígrafe, por intermédio de seu advogado Dr.
XXXXXXXXXXXXXX, inscrito na OAB sob o nº 00000/O com escritório na
XXXXXXXXXXXX, nº 000, Sala 00 – XXXXXXXXX- XXXXXXXXXXXXX – XX,
vem, respeitosamente, à honrosa presença de Vossa Excelência, com fulcro no artigo 5°,
incisos, LVII e LXV da nossa CONSTITUIÇÃO FEDERAL, cominado com artigo 316
e 319 do Código de Processo Penal requerer a imediata REVOGAÇÃO DA PRISÃO
PREVENTIVA, pelos fatos e motivos a seguir explanados:
I – DOS FATOS
Muito que bem, inicialmente a indiciada foi presa no dia 20/10/2017 por
supostamente ter praticado os crimes descritos nos artigos 33 e 35 da Lei de Drogas.
É o necessário relatório.
II - DOS DIREITOS
Cediço que o prazo para oferecimento da denúncia é de 5 dias (se o indiciado estiver
preso).
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
Em que pese a indiciada ter sido presa em flagrante, não pode haver a
conspurcarção de seu direito constitucional de inocência. Pois com base no artigo 155,
caput do CPP, a sentença do Juiz não pode ser proferida exclusivamente com provas na
fase pré-processual. Mas enfim, tal discussão não cabe neste instante, devendo no
momento processual oportuno ser discutida a sua culpabilidade nesse incidente.
O doutor Aury Lopes Jr. com sua sabedoria peculiar, nos ensina:
1
LOPES JR., Aury. Prisões Cautelares. 4º Ed. Editora Saraiva. São Paulo, SP. 2013. P. 115
Já quanto à conveniência da instrução criminal, assim nos ensina o
renomado Guilherme de Souza Nucci2, vejamos:
Vejamos nos ensinamentos do ilustre autor que este requisito é para proteger
possíveis vítimas e assegurar a integridade dos elementos probatórios. No caso em
deslinde, não se aplica ao acusado, pois o mesmo em nada pode prejudicar o andamento
processual, logo, determinado elemento ensejador da prisão preventiva torna-se débil
nesse caso específico. Consequentemente, tornando ilegal a prisão uma vez tal decisão
basear-se tão somente nesse requisito capitulado no artigo 312 do CPP.
2
NUCCI, Guilherme de Souza. Manual de Processo Penal e Execução Penal. 11º Edição. Rio de
Janeiro, RJ. Pág. 1526,4 – Livro Digital.
FERREIRA DA SILVA, TERCEIRA CÂMARA CRIMINAL, Julgado em
09/01/2013, Publicado no DJE 11/02/2013)
Por tanto, Vossa Excelência, uma vez não constatado que a prisão preventiva
é desprovida de concretude fática, como perceptível nesse caso, não redunda em lesão à
garantia da ordem pública, à conveniência da instrução criminal, à garantia da aplicação
da lei penal, ou, quiçá, à garantia da ordem econômica, devendo ser restaurada a
liberdade da Sra. XXXXXXXXX em detrimento da fragilidade do artigo 312 do CPP no
caso concreto.
3
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 21° Edição. Editora Saraiva. São Paulo, Sp. P. 750 –
Livro digital.
Outrossim, as Medidas Cautelares servem para serem aplicadas sempre que
houver a necessidade, visto a excepcionalidade da prisão preventiva. As Medidas
Cautelares não são substitutivas, contudo, é necessário a aplicação.
III – DO PEDIDO
Nestes Termos,
_______________________________________
NOME DO ADVOGADO
Nº DA OAB
Habeas Corpus com Pedido de Liminar
Conceito: é um instrumento que visa proteger o cidadão contra abusos de
autoridades, bem como garantir a soltura de réus.
Finalidade: proteger o direito de liberdade de locomoção lesado ou ameaçado
por ato abusivo de autoridade.
Destinatário: A petição será dirigida diretamente ao presidente do Tribunal.
Após a voz de prisão dada pela autoridade policial ao paciente, o mesmo foi
conduzido para a DEPOL (fls.05/06)
Nesta senda;
Percebe-se de forma patente que o MM° não trouxe à sua decisão certa análise
ponderada do caso em concreto, pois sequer citou num primeiro momento as condições
da prisão em flagrante do paciente, apenas citando que “a materialidade delitiva e os
indícios suficientes de autoria estão encartados nas investigações perpetradas pela
Autoridade Policial no caderno investigativo” (fls.28). Nota-se indubitavelmente a grave
generalidade por parte autor do constrangimento ao analisar os autos de prisão em
flagrante do paciente.
4
NUCCI, Guilherme de Souza. Prática Forense Penal. 8º Edição. Editora GEN, RJ. Pág. 272.
Em que pese tal discussão não caber nesse instante, devendo no momento
processual oportuno ser discutido a sua culpabilidade, invoco o artigo 5° da Constituição
Federal de 1988 que nos traz o Princípio da Presunção da Inocência do acusado para
creditar crível ao depoimento do paciente;
Infere o MM°;
5
PACELLI, Eugênio. Curso de Processo Penal. 18º Edição. Editora Atlas, São Paulo. Pág.557.
receptação pois com ele foi encontrado um aparelho celular
Moto G2 que é produto de roubo; Que dando prosseguimento
às diligências foi localizado XXXXXXX e com ele recuperado
uma aparelho celular S5 dourado; Que em diligências a casa de
XXXXXX em seu quarto foi encontrada uma caixa de sapatos
marrom com um pote de vidro com substâncias análogas a
maconha e cocaína; Que houve a apreensão de outro celular
Samsung com XXXX; Que ainda no quarto foi encontrada
aproximadamente 180 gramas de substâncias análoga a
cocaína, um pote plástico de pó royal com uma substância
semelhante a ácido bórico, além de sacolas plásticas picotadas,
cartão de plástico, um isqueiro branco, duas facas e uma colher
de cabo amarelo que se caracterizam em materiais usados para
preparar, embalar e separar as porções de entorpecentes.”
(fls.09 – código: 000000 – depoimento da Policial Civil
XXXXXXXXXXXXX).
6
GOMES, Luiz Flávio. Prisão e Medidas cautelares – Comentários à Lei 12.403/2011. São Paulo.
Editora RT, 2011.
Insta mencionar que tal argumento não encontra qualquer respaldo legal e não
constitui argumento idôneo para o encarceramento do paciente. Nessa mesma
perspectiva, o STJ já se pronunciou:
(…)
Vossas Excelências, trago a este writ com pesar, mais uma genérica, carente
e lastimável fundamentação do MM° XXXXXXXXXXXXXX, no que concerne a
garantia da aplicação da lei penal e conveniência da instrução criminal, leiamos;
7
PACELLI, Eugênio. Curso de Processo Penal. 18º Edição. Editora Atlas, São Paulo. Pág.557.
invocar-se formalmente, no decreto prisional, dispositivos
ensejadores da prisão cautelar (CPP, art. 312)”.
Segue;
8
Pellegrini. Ada Grinover. As Nulidades no Processo Penal; 6º Edição, Ed. RT 1997; p 289)
2. Transitada em julgado a condenação sem qualquer
insurgência contra a denúncia, não há que se falar em falta de
justa causa para a persecução penal.
IV) DO PEDIDO
...
PACIENTE: XXXXXXXXXXXXXXXXXXX
I.DOS FATOS
O paciente está sendo investigado pela suposta prática do crime de
TENTATIVA DE HOMICÍDIO QUALIFICADO, que teria ocorrido em desfavor de
XXXXXXXXXXXXXXXX, no dia 00/00/0000 por volta das 03h53min na avenida
XXXXXXXXXXX nesta urbe.
O presente inquérito policial foi baixado pela portaria constante nas fls. 02/03,
na data de 00 de XXXXXX de 0000.
Que deram base para o relatório policial no qual indiciou o Paciente pela
suposta prática do crime previsto no artigo 121, §2, inc.IV c/c art.14, II ambos do Código
Penal, conforme fls. 50/51.
É o necessário relatório.
Diante disso, ao realizar uma análise, ainda que perfunctória aos autos do IP
em epígrafe, nota-se que na data da suposta prática do fato criminoso no dia
14.06.2008, o Paciente tinha 18 anos, tendo em vista que conforme documento (CNH)
juntado aos autos, demonstra que o mesmo nasceu no dia 06.04.1990, não tendo 21
anos completo na data do cometimento do delito, ou seja, menor relativo para
incidência penal.
Como é cediço, o prazo prescricional para a pretensão punitiva do Estado é
diminuído pela metade, quando o agente à época dos fatos era menor de 21 (vinte e um)
anos.
Como na data dos fatos o paciente era menor relativo (18 anos e dois
meses), o prazo prescricional é reduzido pela metade, ou seja, fixa-se em 10 (dez)
anos a pretensão punitiva estatal, estabelecendo o marco prescricional em
00/00/0000, improrrogável, para extinção da punibilidade, conforme previsto no artigo
107 do CP, leiamos:
Por fim, a Defesa requer o imediato trancamento do inquérito policial, para que finde
as diligências em andamento, pois tal procedimento conspurcar os direitos constitucionais
do paciente, em especial, a liberdade, que é o supedâneo desse requerimento, leiamos:
IV. DO PEDIDO
NOME DO ADVOGADO
Nº DA OAB
NOME DO ADVOGADO
Nº DA OAB
NOME DO ADVOGADO
Nº DA OAB
CIDADE E DATA
Contratante:
______________________________
XXXXXXXXXXX
Contratado:
______________________________
XXXXXXXXXXX
Testemunhas:
__________________________
NOME E CPF
__________________________
NOME E CPF
INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROCURAÇÃO COM PODERES GERAIS
E ESPECIAIS
Local e data.
ASSINATURA DO FLAGRANTEADO