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02/03/2015 13:29
00.000.2.3.14.0733359.5
Petição de Marca
Nulidade Administrativa de Registro de Marca
Número da Petição: 850150041361
Número do Processo: 902174797
Ato publicado na RPI nº: 2278
Dados do Requerente
Nome: TREND FOODS FRANQUEADORA LTDA
CPF/CNPJ/Número INPI: 10849922000121
Endereço: Rua Verbo Divino, 663 - Granja Julieta
Cidade: São Paulo
Estado: SP
CEP: 04719-001
Pais: Brasil
Natureza Jurídica: Pessoa Jurídica
e-mail: patentes@solmark.com.br
Dados do Procurador/Escritório
Procurador:
Nome: Elaine Ribeiro do Prado
CPF: 11604690836
e-mail: patentes@solmark.com.br
Nº API: 1208
Nº OAB: 162100SP
UF: RJ
Escritório:
Nome: Solmark Assessoria em Propriedade Intelectual Ltda
CNPJ: 00795301000159
Texto da Petição
À
Diretoria de marcas
Prezados Senhores
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902174797.
Atenciosamente
Anexos
Procuração Procuracao_TREND_INPI_2013.pdf
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Doc 6_decisão de agravo_parte 8 Doc. 6_sentenca - parte 8_red.pdf
Declaro, sob as penas da lei, que todas as informações prestadas neste formulário são verdadeiras.
Esta petição foi enviado pelo sistema e-Marcas (Versão 2.1) em 02/03/2015 às 13:29
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Banco Itaú - Comprovante de Pagamento
Títulos Outros Bancos
Identificação no extrato: SISPAG FORNECEDORES
Dados da conta debitada:
Nome: TRENDFOODS FRANQUEADORA LTDA
Agência: 8576 Conta: 01715 - 9
Dados do pagamento:
Nome do favorecido: INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIED
Código de barras: 00192 40589 50000 023148 07333 595218 1 00000000059000
Valor do documento: R$ 590,00
Valor de juros/multa: R$ 0,00
Valor de desconto/abatimento: R$ 0,00
Valor do pagamento: R$ 590,00
Data de vencimento: 01/10/2014
Informações fornecidas
pelo pagador:
Operação efetuada em 01/10/2014 às 00:00:00 via Sispag, CTRL 823576407000029.
- O cliente assume total responsabilidade por eventuais danos decorrentes de inexatidão ou insuficiência nas informações
por ele inseridas.
Autenticação:
7CEF9E75B0EB9A83CDB660B7B289395109827DA7
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Dúvidas, sugestões e reclamações: na sua agência. Se preferir, ligue para o SAC Itaú: 0800 728 0728 (todos os dias, 24h) ou acesse o Fale Conosco no www.itau.com.br.
Se não ficar satisfeito com a solução apresentada, ligue para a Ouvidoria Corporativa Itaú: 0800 570 0011 (em dias úteis, das 9h às 18h) ou Caixa Postal 67.600, CEP
03162-971. Deficientes auditivos ou de fala: 0800 722 1722 (todos os dias, 24h). 1
Processo nº 902174797
Depositado em: 07/12/2009
Marca: CROCK! BOX
Apresentação: Mista
Classe internacional NCL (09) 43
1) DOS FATOS
1.2 - A Requerente se insurge contra o ato de registro da marca CROCK! BOX pelo
fato de ser titular dos registros e dos pedidos de registro da marca “CHINA IN BOX” de
produto e de serviço, principalmente, sob os números 816.863.490, 819.503.738, 819503720,
822477548, 822993287, 822993279, 901381365, 901381357, 905292120, 905291808 e
905291646. Veja-se:
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FRANQUEADORA LTDA alimentação
TREND FOODS 38 : 60 - Serviços de
819503738 30/09/1996 CHINA IN BOX Registro
FRANQUEADORA LTDA alimentação.
TREND FOODS 38 : 60 -Serviços de
819503720 30/09/1996 CHINA IN BOX Registro
FRANQUEADORA LTDA alimentação.
TREND FOODS NCL(7) 39 - Entrega De
822477548 31/07/2000 CHINA IN BOX Registro
FRANQUEADORA LTDA Pacotes (Delivery)
TREND FOODS NCL(7) 39 - - Entrega De
822993287 07/02/2001 CHINA IN BOX Registro
FRANQUEADORA LTDA Pacotes (Delivery)
TREND FOODS NCL(7) 42 - restaurantes e
822993279 07/02/2001 CHINA IN BOX Registro
FRANQUEADORA LTDA lanchonetes
TREND FOODS NCL(9) 39 - Entrega de
901381365 19/12/2008 CHINA IN BOX Registro
FRANQUEADORA LTDA refeições (delivery)
TREND FOODS NCL(9) 43 - Restaurantes;
901381357 19/12/2008 CHINA IN BOX Registro
FRANQUEADORA LTDA Lanchonetes
TREND FOODS NCL(10) 39 - Entrega de
905292120 14/09/2012 CHINA IN BOX Ped.Com.
FRANQUEADORA LTDA refeições (delivery);
TREND FOODS
905292219 14/09/2012 CHINA IN BOX Ped.Com. NCL(10) 43 - Restaurantes
FRANQUEADORA LTDA
CHINA IN BOX TREND FOODS
905291808 14/09/2012 Ped.Com. NCL(10) 43 - Restaurantes;
EXPRESS FRANQUEADORA LTDA
CHINA IN BOX TREND FOODS NCL(10) 39 - Entrega de
905291646 14/09/2012 Ped.Com.
EXPRESS FRANQUEADORA LTDA refeições (delivery);
1.4 - Desta forma, a Requerente requer que seja o registro da marca CROCK! BOX
declarado nulo, com fundamento no artigo 124, incisos XIX e XXIII, todos da LPI, por
indevidamente se associar à marca “CHINA IN BOX” .
2) DO DIREITO
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2.2 - Através dos investimentos com marketing e com a qualidade dos produtos e
serviços ofertados no mercado para os consumidores, a Requerente tornou-se um
FENÔMENO DE DISTINTIVIDADE, não comportando no mercado a ação de terceiros que
visem extrair dessa distintividade qualquer vantagem através de REPRODUÇÃO ou
IMITAÇÃO da marca “CHINA IN BOX”, principalmente, em relação aos termos “IN BOX” ou
“BOX”.
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2.6 - Quanto aos elementos nominativos das marcas “CHINA IN BOX” e CROCK!
BOX, a possibilidade de associação e confusão encontra-se no fato de haver prática de
imitação e reprodução parcial do principal elemento que confere distintividade à marca da
Requerente o termo “IN BOX”, ou seja, o “BOX”.
2.8 - Além disto, adotando em sua prática comercial atos de contrafação de violação
de marca pela modalidade de imitação e reprodução parcial de um termo consagrado no
mercado, é muito mais fácil tornar o estabelecimento conhecido dos consumidores, pois,
reduzirá, consideravelmente, os investimentos em publicidade e divulgação para tornar a sua
marca conhecida.
2.9 - O que acontece no presente caso é explicado por Gama Cerqueira1 e Clovis
Costa Rodrigues:
"A imitação pode assumir as mais variadas formas, sendo tarefa impossível
indicá-las todas. Tanto nos casos propriamente de contrafação, isto é nos casos
de delito, como naqueles em que se procura registrar marca semelhante a outra
já registrada, o contrafator recorre a toda sorte de artifícios para alcançar os fins
visados e, ao mesmo tempo, embaraçar a ação do prejudicado. Procura dar a
nova marca aspecto semelhante, capaz de criar confusão com a marca
legítima, mas precavidamente introduz elementos diferentes, às vezes
muito sensíveis, os quais, sem prejudicar a impressão do conjunto da
marca, possam servir para a sua defesa, no caso do processo de
1
CERQUEIRA. João da Gama Cerqueira Tratado da Propriedade Industrial, 2ª Edição, Editora Revista dos Tribunais, São
Paulo, 1982, p. 915 e 916
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impugnação do registro. O contrafator não visa iludir apenas o consumidor,
mas também a Justiça ou a repartição incumbida do registro. Por isso,
quanto mais hábil é a imitação, tanto mais perigosa se torna. Para desmascará-la
há que possuir alguma argúcia, uma sensibilidade especial, uma intuição
particular capaz de descobrir o que se acha oculto através daquilo que
propositadamente se ostenta. As marcas imitadas, pode-se assim dizer,
distinguem-se das legítimas pelo que mostram e com elas se assemelham pelo
que escondem." (grifos nossos)
2.10 - Diante disto, o INPI não pode compactuar com os atos de imitação e reprodução
de registro marcários, devendo através do processo administrativo de nulidade decretar a
nulidade do registro da marca CROCK! BOX para identificar serviço na ÁREA DE
ALIMENTAÇÃO por se caracterizar em ato de imitação de marca e de concorrência desleal
pela modalidade de aproveitamento parasitário.
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3) DO FENÔMENO DA DISTINTIVIDADE DA MARCA “CHINA IN BOX” E DA
INACEITAVEL EROSÃO POR ATOS DE TERCEIROS
3.2 - Resta evidente que as expressões IN BOX e BOX apenas se tornaram objeto de
cobiça por terceiros no mercado a partir do pioneirismo e do sucesso da rede de franquia
“CHINA IN BOX”.
3.3 - Pontes de Miranda assim dispõe sobre o pioneirismo de uma marca e o sucesso
de um produto. Veja-se:
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vultuosos investimentos, mas estes sim somados ao tempo de existência da marca no mercado,
sem dúvida, como líder em tal segmento.
3.6 - Corroborando com este entendimento, leciona Denis Borges Barbosa, em seu
trabalho Proteção de Marcas, Lumen Juris, 2007:
2 Art. 6o quinquies C. - (1) Para determinar se a marca é suscetível de proteção deverão ser levadas em consideração todas
as circunstâncias de fato, particularmente a duração do uso da marca.
3 15.1 Qualquer sinal, ou combinação de sinais, capaz de distinguir bens e serviços de um empreendimento daqueles de
outro empreendimento, poderá constituir marca. Estes sinais, em particular palavras, inclusive nomes próprios, letras,
numerais, elementos figurativos e combinação de cores, bem como qualquer combinação destes sinais, serão registráveis
como marcas. Quando estes sinais não forem intrinsecamente capazes de distinguir bens e serviços pertinentes, os Membros
poderão condicionar a possibilidade do registro ao caráter distintivo que tenham adquirido pelo seu uso.(...)” Vide quanto à
interpretação do dispositivo UNCTAD. Resource Books on TRIPS and Development. New York: Cambridge University Press,
2005, p. 242
4 BODENHAUSEN, op. cit. , p. 117 e 118. “After the Revision Conference of The Hague in 1925 and until the Revision
Conference of Lisbon in 1958, the Article under consideration contained a provision whereby, in order to determine the
distinctive character of a mark, all factual circumstances, particularly the length of time the mark hás been in use, must be
taken into account. The Revision Conference of Lisbon gave a more general scope to this principle by applying it to the
determination of the question whether a mark is elegible for protection, that is, to all possibilities of refusal or invalidation of
marks covered by Article 6quinquies, Section B.”
5 Id. ibdem, p. 118. “The factual circumstances may, for example, show that, during a long period of simultaneous use, two
not very dissimilar trademarks have nevertheless not caused any confusion, so that registration of one of them will not infringe
the rights in the other. Or the circumstances may show that a trademark which originally was not distinctive has, in the long
run, through use, acquired a "secondary meaning" which makes it distinctive. Or, again, the circumstances may show that a
mark which seems to contain a deceptive suggestion has not, in fact, led to any deception and may therefore be held not to be
of such a nature as to deceive the public. The competent authorities of the country in which protection of the mark is claimed
may draw conclusions of this kind also from circumstances which have arisen in other countries”.
6 Vide, quanto à questão, o nosso Uma introdução à propriedade intelectual, 2ª Ed.,Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2003, p. 87.
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reconheceu o DIREITO DE EXCLUSIVA que detém a marca “CHINA IN BOX” pelo instituto
do secondary meaning. Veja-se:
“De fato, a parte embargante demonstrou que o termo “IN BOX” perdeu a
generalidade no ramo de alimentação chinesa, considerando-se que atualmente,
o consumidor associa o termo em comento à comida chinesa acondicionada em
caixas/pacotes, com entrega a domicílio, nas quais inclusive, é possível o
consumo imediato”.
“Na verdade, analisando o caso concreto, é possível inferir que a parte ré, ora
embargada, ao adotar o termo IN BOX, em seu registro, procurou se beneficiar
da fama alcançada pela empresa autora que atua há anos no mercado de
alimentação, tentando-se de certo modo associar seus produtos àqueles
oferecidos pela CHINA IN BOX”.
3.10 - Denis Borges Barbosa defende que ao INPI compete o dever de proteção da
UNICIDADE e EXCLUSIVIDADE de um sinal distintivo.8
“...ao INPI não é permitido diluir (na verdade, violar) uma marca registrada,
enfraquecendo sua distintividade, valor econômico e proteção jurídica, ou até
7
CABRAL, Felipe Fonteles. RRI 58/2002 Diluição de uma marca Uma teoria Defensiva ou ofensiva?
8
BARBOSA. Denis Borges. Proteção das Marcas – Uma perspectiva semiológica. Rio de Janeiro: Lumens Júris, 2008, p.
127-128.
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mesmo lançando esta em domínio público, por meio do apostilamento desta em
outros registros de marcas posteriores.
...
“O INPI não tem competência para apostilar o conteúdo de marcas registradas
em outros registros de marcas posteriores. Não existe nenhuma regra de
competência que permita que o INPI declarar a genericidade ou a ineficácia erga
omnes de uma marca registrada, tornando-a de domínio público, por concluir
que a mesma tornou-se uma marca de descritiva, vulgar, ou genérica. Apostilar
marca registrada no momento da concessão de marcas posteriores causa lesão
ilícita à distintividade, valor econômico e proteção jurídica da marca já registrada.
(...)
O INPI, o mesmo órgão que concedeu a propriedade e o uso exclusivo de uma
marca registrada para alguém, não pode, através do apostilamento, retirar a
propriedade e o uso exclusivo desta marca, direitos que são protegidos por lei,
colocando esta marca em domínio público. (grifos nossos)”
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MARCA CHINA IN CONCORRENTES INDIRETOS CONCORRENTES DIRETOS PÁGINAS
BOX
COMIDA EM GERAL A marca ocupa a 4º posição A marca Lig Lig alcança a 9ª 187/188
ficando atrás de Habibs, Mc posição.
Donalds e Pizza Hut
CONHECIMENTO A marca ocupa a 3ª posição A Lig Lig ocupa a 5ª. posição 190
ESPONTÂNEO ficando apenas atrás de Habibs nesse ranking .
e Mcdonalds.
CONHECIMENTO A marca ocupa a 3ª posição, A concorrente Lig Lig passa 199
ESTIMULADO atrás somente das marcas para 5ª. posição.
Habibs e Mcdonalds.
DELIVERY DE A marca China in Box é a líder de reconhecimento tanto pelo 168 a 174
COMIDA CHINESA
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parâmetro “top of mind”, como o de “conhecimento espontâneo” e
de “conhecimento estimulado”.
DELIVERY DE Em São Paulo e interior, Rio de Janeiro, região Sul e Nordeste a 175 a 185
COMIDA CHINESA
marca lidera as posições de “top of mind”, “conhecimento
NAS PRINCIPAIS
REGIÕES espontâneo” e “conhecimento estimulado”. Em Salvador a marca
tem o segundo melhor índice de conhecimento, ficando em
primeiro lugar a marca Yan Ping.
4.2 - O investimento que a empresa faz para divulgar, valorizar e diferenciar a sua
marca das demais concorrentes do mercado é de grande monta. A empresa investe
maciçamente em propaganda, para manter o renome da marca, em tecnologia e aquisição de
produtos selecionados para manter a qualidade dos produtos. A quantia gasta na valorização
e na manutenção da reputação e qualidade da marca e dos serviços e produtos por ela
protegidos soma milhares de reais por mês, conforme planilhas anexas (Doc. de nº 03).
4.4 - O artigo 124, inciso XXIII, determina que “não são registráveis como marca
sinal que imite ou reproduza, no todo ou em parte, marca que o requerente
evidentemente não poderia desconhecer em razão de sua atividade, cujo titular seja
sediado ou domiciliado em território nacional ou em país com o qual o Brasil mantenha
acordo ou que assegure reciprocidade de tratamento, se a marca se destinar a
distinguir produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar
confusão ou associação com aquela marca alheia.”
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4.5 - Artigo 195 inciso III, todos, da Lei nº 9.279/96 – “Comete crime de concorrência
desleal quem”: Inciso III – “emprega meio fraudulento, para desviar, em proveito próprio
ou alheio clientela de outrem”.
5.1 - Apresentamos uma seleção parcial dos anúncios e propagandas feitos com a
marca “CHINA IN BOX”, durante o período de 1992 até 2007 (Doc. de nº 04): Gazeta de
Santo Amaro, Painel de Negócios do Estado de São Paulo, Estadão, Estado de Minas Gerais,
Revista Veja, Exame, Carta Capital, Caras, Gazeta Mercantil, Revista Empreendedor, Revista
Cláudia, Época, Playboy, Nova, Contigo, Caras, Isto é Gente, Vip, Marie Claire, Jornal Nippon
Brasil, Criativa, Pequenas Empresas & Grandes Negócios e O Estado de São Paulo.
5.2 - Na relação, anexa, listamos as principais franquias “CHINA IN BOX” por região,
estado e cidade (Doc. de nº 05). Em cada grande cidade existe pelo menos um restaurante.
Em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo, há praticamente uma loja em cada bairro, para
marcar a presença da marca no mercado nacional, demonstrando que é um sinal
evidentemente conhecido.
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6.2 - Pela diligência da Requerente, esta Autarquia vem proferindo decisões em
processos de terceiros, indeferindo as marcas com base nos registros da Requerente “CHINA
IN BOX”. Vejamos:
6.3 - A Requerente, em âmbito judicial, vem adotando medidas para abstenção do uso
de marcas que reproduzam/imitem a sua marca.
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6.5 - O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, nos autos do Agravo de
Instrumento nº 0138158-21.2012.8.26.0000 (Doc. nº 06 – decisão do Agravo) e no processo nº
0082903-72.2012.8.26.0002 (Doc. nº 07) e Agravo de instrumento nº 2044789-
02.2013.8.26.0000 (Doc. nº 08) concedeu liminares para que os titulares dos pedidos de
registro de marca UAI IN BOX, MINEIRO IN BOX e MASSA IN BOX suspendessem o uso da
marca por se entender conflitante com a marca “CHINA IN BOX”. Veja-se:
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comida chinesa oferecida em domicílio dentro de caixas plastificadas,
facilitando o imediato consumo por dispensar pratos e demais utensílios”.
“A tutela antecipada deveria ser concedida, para que a ofensa aos ditames
dos arts. 5º, XXIX, da CF e 124, XIX, e XXIII, da Lei 9279/96, não
permaneça irradiando danos progressivos em continuação. A requerida
deverá se abster da expressão in box em todos os ramos de sua
apresentação e publicidade, retirando da página da interna o endereço
eletrônico que utiliza o nominativo citado, e encerrar a utilização de caixas
plásticas semelhantes aos que a autora obteve o registro do desenho
industrial, no prazo de 15 dias a contar da intimação. Caso ocorra
desobediência, pagará multa diária de R$ 5.000,00 até o montante de R$
500.000,00 (quinhentos mil reais)”. (TJESP. 1ª Câmara Reservada de Direito
Empresarial. Des. Enio Zuliani. AI 0138158-21.2012.8.26.0000. Julgamento
unânime. Trecho do voto do Relator. Julgamento em 31/07/2012).
(...)
“Não há dúvida de que o conjunto de elementos gráficos que formam a
aparência geral de um produto (trade dress) representa aspecto distintivo da
marca e, portanto, goza de proteção legal. A Lei de Propriedade Industrial
veda a utilização de sinais que possam causar confusão ou associação com
signo alheio (art. 124, XIX), não se exigindo, é importante acentuar, que a
imitação seja perfeita, mas apenas que entre os produtos analisados haja
elementos significativos de identidade capazes de causar confusão no
público consumidor. No caso vertente, colhe-se dos documentos que
instruem a inicial que a autora detém onze registros marcários e quatro
registros de Desenho Industrial referentes ao signo China in Box. Por outro,
consta que a ré se utiliza do signo Mineiro in Box e vale-se de padrão visual
similar ao da autora, conforme se infere dos documentos juntados, situação
que, a despeito da diversidade da comida oferecida, poderá levar o
consumidor a crer que se trata de uma ramificação do china in box. (...)
“Nesse contexto, configurada a ilicitude da conduta da ré, procede a
pretensão de obrigação de fazer e não fazer, confirmando-se a antecipação
de tutela concedida em grau recursal. Nem se alegue que o consumidor não
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poderia ser levado a erro por conta da distinção dos produtos. Em caso
semelhante, a propósito da discussão que envolveria a impossibilidade de
um consumidor atento enganar-se ao adquirir um produto que utilizaria rótulo
semelhante ao de outro produto, assim decidiu o Superior Tribunal de
CHINA IN BOX Justiça: "A interpretação dada pelo Tribunal ao art. 129 da LPI/96, com todas
vs.
UAI IN BOX as vênias, não é a mais consentânea com a Lei. Em nenhum momento a Lei
(Sentença) exige que a semelhança entre as marcas seja grande a ponto de confundir
até mesmo o observador mais atento. Para a Lei, basta que os produtos
sejam parecidos a ponto de gerar confusão. Naturalmente, uma pessoa
atenta percebe a diferença entre duas marcas, ainda que sejam quase
idênticas. Entretanto, é necessário que se tenha em mente que não se trata
de um "jogo de sete erros". A Lei se destina, não ao consumidor atento, mas
justamente ao consumidor que, por qualquer motivo, não se encontra em
condições de diferenciar os produtos similares. Não se pode descurar o fato
de que, muitas vezes, o consumidor não pode ler a embalagem de um
produto ou, ao menos, tem dificuldade de fazê-lo, seja por seu grau de
instrução, por problemas de saúde ocular o mesmo por pressa. Nesses
casos, tudo o que o consumidor distinguirá será a forma da embalagem, as
caraterísticas gerais do produto, as cores apresentadas e assim por diante.
Ora, ao observar as fotografias dos produtos com a marca "Brilhante" e dos
produtos com a marca "BioBrilho" que constam do processo, é nítida a
possibilidade de confusão”. (TJESP. 3º Vara Cível do Foro de Santo Amaro
nº 0038734-97.2012.8.26.0002. Julgamento em 26/01/2015). (grifos nossos)
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No caso vertente, colhe-se dos documentos que instruem a inicial que a
autora detém onze registros de marcários e quatro registros de desenho
industrial referentes ao signo China in Box.
Por outro constata que a ré se utiliza do signo Mineiro in Box e vale-se de
padrão visual similar ao da autora, conforme se infere dos documentos
juntados, situação que, a despeito da diversidade da comida oferecida,
poderá levar o consumidor a crer que se trata de uma ramificação do China
in Box.” (TJSP. 8ª Vara Cível do Foro Regional II – Santo Amaro. Autos n.
0082903-72.2012.8.26.0002. Decisão em 20/03/2013).
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IV- A proximidade dos signos "CHINA IN BOX" e "ASIA IN BOX" pode ensejar
confusão mercadológica, eis que o consumidor pode imaginar que a marca "ASIA
IN BOX" seja uma ramificação da "CHINA IN BOX", com o propósito de oferecer
itens diferenciados de alimentação, levando o consumidor a crer que está
adquirindo aquele produto/serviço já conhecido.
V - Embargos infringentes providos.
7) CONCLUSÃO
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DOC 3
Em cada grande cidade existe pelo menos um restaurante CHINA IN BOX. Em cidades como Rio
de Janeiro e São Paulo existem praticamente uma loja em cada bairro.
A territorialidade de presença marca CHINA IN BOX no mercado nacional está em todas as
regiões.
REGIÃO SUDESTE
SÃO PAULO
Bela Vista Gd. São Paulo
Vila Mariana Gd. São Paulo
Ribeirão Preto Ribeirão Preto
Alphaville Gd. São Paulo
Jundiaí Jundiaí
Aclimação Gd. São Paulo
Bauru Bauru
Tatuapé Gd. São Paulo
Pinheiros Gd. São Paulo
Lapa Gd. São Paulo
Higienópolis Gd. São Paulo
Pompéia Gd. São Paulo
Butantã Gd. São Paulo
Ceasa Gd. São Paulo
Osasco Gd. São Paulo
Guarulhos Gd. São Paulo
Itaim Gd. São Paulo
Freguesia do Ó Gd. São Paulo
Campo Limpo Gd. São Paulo
São José do Rio Preto São José do Rio Preto
Chácara Santo Antônio Gd. São Paulo
São José dos Campos São José dos Campos
Moema Gd. São Paulo
Saúde Gd. São Paulo
Vila Mascote Gd. São Paulo
Jabaquara Gd. São Paulo
RIO DE JANEIRO
Botafogo Rio de Janeiro
Tijuca Rio de Janeiro
Barra Da Tijuca Rio de Janeiro
Recreio Rio de Janeiro
Jacarepaguá Rio de Janeiro
Vila da Penha Rio de Janeiro
Volta Redonda Volta Redonda
Méier Rio de Janeiro
Campos dos Campos dos
Goytacazes Goytacazes
Copacabana Rio de Janeiro
MINAS GERAIS
ESPIRITO SANTO
Vitória Vitória
REGIÃO SUL
RIO GRANDE DO SUL
Canoas Canoas
Caxias do Sul Caxias do Sul
Moinhos de Vento Porto Alegre
Zona Norte Porto Alegre
Zona Sul Porto Alegre
SANTA CATARINA
Blumenau Blumenau
Camboriú Camboriú
Florianópolis Florianópolis
Joinville Joinville
São José Florianópolis
PARANÁ
GOIÁS
Asa Norte Brasília
Asa Sul Brasília
Guará Guará
Lago Sul Brasília
Taguatinga Taguatinga
Goiânia Goiania
MATO GROSSO
Cuiabá Cuiabá
REGIÃO NORDESTE
CEARÁ
Fátima Fortaleza
Meireles Fortaleza
MARANHÃO
PARÁ
Nazaré Belém
Souza Belém
PARAÍBA
PERNAMBUCO
Boa Viagem Recife
Caxangá Recife
Olinda Olinda
Rosarinho Recife
SERGIPE
Aracajú Aracajú
ALAGOAS
BAHIA
Pituba Salvador
REGIÃO NORTE
AMAZONAS
Cachoeirinha Manaus
Chapada Manaus
PARÁ
Nazaré Belém
Souza Belém
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B C D 3 4 3 0 E D 6 ;
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DOC 8
Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 2044789-02.2013.8.26.0000 e o código 4F2DF9.
Órgão Julgador: 2ª Câmara Reservada de Direito Empresarial
CONCLUSÃO
Faço estes autos conclusos ao Des. Araldo Telles.
São Paulo, 5 de novembro de 2013.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
Despacho
Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 2044789-02.2013.8.26.0000 e o código 5051ED.
Trata-se de agravo de instrumento tirado contra r. decisão
que, em autos de ação cominatória com pedido cumulado de indenização,
negou tutela antecipada pela qual a agravante pretendia que a agravada se
abstivesse imediatamente da utilização da expressão In Box, objeto de
registro de sua titularidade como expressão constante de marca mista
acrescentada à expressão China, da comercialização, exposição e
distribuição do conjunto-imagem que represente violação ao desenho
industrial também de sua titularidade e suspensão dos registros dos sítios
https://www.massainboxxip.com.br/index.php e
https://massainboxpe.com.br.
Este documento foi assinado digitalmente por JOSE ARALDO DA COSTA TELLES.
resultou na embalagem. Agora, utilizando-se das mesmas ideias e em
contrafação a esta última propriedade, a agravada optou por comercializar
massas com as mesmas características.
É o relatório.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ramo específico, sinal distintivo e invólucro.
Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 2044789-02.2013.8.26.0000 e o código 5051ED.
inclusive sobre se a recorrida já se fez representar nos autos.
Araldo Telles
Relator
Este documento foi assinado digitalmente por JOSE ARALDO DA COSTA TELLES.
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO
Secretaria Judiciária
Serviço de Processamento do Grupo de Câmaras Reservadas de Direito Empresarial
Pátio do Colégio, nº 73 7º andar - Sala 704 São Paulo SP CEP. 01016-040
Fone: (11) 3115-0749 - e-mail: sj3.1.6@tjsp.jus.br
Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 2044789-02.2013.8.26.0000 e o código 50DB83.
Agravante: Trend Foods Franqueadora Ltda
Agravado: Marca Comércio de Alimentos Ltda
Meritíssimo(a) Juiz(a),
Rogério Fraissat Tersariol Este documento foi assinado digitalmente por HENRIQUE ANTONIO CALABRESE.
Supervisor de Serviço
Nº CNJ : 0523618-64.2008.4.02.5101
RELATOR : DESEMBARGADOR FEDERAL MARCELO
PEREIRA DA SILVA
EMBARGANTE : RHS FRANCHISING LTDA
ADVOGADO : PEDRO MARCOS NUNES BARBOSA E OUTROS
EMBARGADO : KAREN REGINA ALCON - ME
ADVOGADO : RUBENS CLEISON BAPTISTA E OUTROS
EMBARGADO : INSTITUTO NACIONAL DE PROPRIEDADE
INDUSTRIAL - INPI
PROCURADOR : MARCIA VASCONCELOS BOAVENTURA
ORIGEM : TRIGÉSIMA PRIMEIRA VARA FEDERAL DO RIO
DE JANEIRO (200851015236180)
RELATÓRIO
“(...)
Assim, de fato, “CHINA IN BOX”, cujo registro é anterior ao da
requerida, e “ASIA IN BOX”, são evidentemente semelhantes, além de
remeterem ao mesmo segmento mercadológico, qual seja, comida chinesa
“na caixa”, como lhes define as expressões separadamente: “CHINA” e “IN
BOX”, assim como, “ÁSIA”, continente no qual encontra-se o país em
questão, e a expressão em inglês “IN BOX”.
Nesta linha de raciocínio, vislumbra-se a possibilidade de existência de
eventual confusão para o consumidor, no sentido de a empresa ASIA IN
BOX fazer parte do grupo CHINA IN BOX, oferecendo comida de outras
partes do continente asiático, como aquelas que são muito apreciadas pelo
consumidor no mundo todo, tais como a comida tailandesa, japonesa e
vietnamita.
Acrescente-se que a expressão inglesa “IN BOX” não me parece uma
expressão de uso tão recorrente em nosso País, a ponto de afastar a
incidência da hipótese prevista no referido artigo antes transcrito.
(...)
Entretanto, quanto ao apelo da autora, acompanho o voto do Relator,
uma vez entender que o agravo de instrumento em tela não fez coisa julgada,
mesmo em se tratando de matéria de competência, eis que tal recurso foi
interposto contra uma decisão interlocutória do MM.Juízo, perdendo sua
eficácia com a prolação da sentença de mérito, a qual teve sua matéria
devolvida a este Tribunal com a vinda das apelações e da remessa oficial.
VOTO
“EX POSITIS,
JULGO PROCEDENTE O PEDIDO, com resolução do
mérito:
com fulcro do inciso II, do artigo 269, do CPC, quanto
ao INPI (1º Réu), considerando o reconhecimento do
pedido expresso em sua resposta, às fls. 997/1000.
Com fulcro do inciso I, do artigo 269, do CPC, no
tocante à Empresa KAREN REGINA ALCON – ME
(2ª. Ré), para decretar a nulidade do Registro de nº
825691257, relativo à marca ASIA IN BOX;
1
Art. 129. A propriedade da marca adquire-se pelo registro validamente
expedido, conforme as disposições desta Lei, sendo assegurado ao titular seu
uso exclusivo em todo o território nacional, observado quanto às marcas
coletivas e de certificação o disposto nos arts. 147 e 148.
§ 1º Toda pessoa que, de boa fé, na data da prioridade ou depósito,
usava no País, há pelo menos 6 (seis) meses, marca idêntica ou semelhante,
2
SILVA, Alberto Luís Camelier da Silva, Concorrência Desleal - atos de confusão; Editora Saraiva, 2013.
10
É como voto.
EMENTA
11
ACÓRDÃO
12
13