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@prof.fabianatome
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@direito_tributário_na_prática
2
Eu sei que você está preocupado.
3
judiciais e outras que me assustaram. A mudança sempre vem,
sempre veio e sempre virá.
Mas eu sei que você está preocupado também por outros motivos.
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5
Enquanto muitos estarão com medo das mudanças no direito
causadas por uma eleição, os verdadeiros combatentes enxergarão
a oportunidade de serem pioneiros, de terem um diferencial, de
dominarem primeiro aquele novo conhecimento e levarem
esclarecimento aos seus clientes.
Fabiana Tomé
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O TREINAMENTO VAI ACONTECER DE
15 A 18 DE AGOSTO DE 2022
As aulas acontecerão ao vivo, às 20h (horário de Brasília) no meu
canal do Youtube.
AULA 01
15 de agosto, às 20h, ao vivo
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AULA 02
16 de agosto, às 20h, ao vivo
AULA 03
17 de agosto, às 20h, ao vivo
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AULA 04
18 de agosto, às 20h, ao vivo
AULA EXTRA
21 de agosto, às 19h, ao vivo
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Não deixe para depois.
Antes de mais nada, é claro que o melhor é acompanhar o
aquecimento e o Treinamento AO VIVO. Você estará lá interagindo
comigo, tirando dúvidas e compartilhando ideias com seus colegas.
Assim, aqui vai uma dica: coloque o horário da aula ao vivo em sua
agenda (20h, horário de Brasília) e se comprometa com ele, como se
tivesse marcado uma reunião com um cliente, para não deixar para
depois.
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Cuidado com as distrações!
O Treinamento não é um evento qualquer, que finge ter conteúdo para
te convencer a comprar algo.
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Exercite a atenção plena no conteúdo que você
está consumindo.
Você também pode conversar com sua família ou com quem você
mora e explicar que esta é uma semana especial para você. Peça a
colaboração deles, para que deem um tempinho para que você possa
estudar, e explique que está investindo em educação que será
revertida em uma melhoria de vida para todos vocês.
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Sempre cheque sua caixa de entrada e, por
precaução, também a caixa de spam e a de
promoções do seu provedor de e-mail.
Também recomendo que você participe do meu canal do Telegram,
o Direito Tributário na Prática, em que vou aprofundar os temas que
você verá aqui.
Acredito muito nesta frase e ela faz muito sentido quando estamos
aprendendo algo ou trabalhando. Quando temos alguma companhia,
nossas ideias ficam mais completas, já que podemos trocar
impressões diferentes, que temos a partir dos pontos de vista.
Se você tem algum amigo que ainda não se inscreveu, o chame logo
para se inscrever. Ainda dá tempo.
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O Direito Tributário é o melhor ramo para você advogar e isso eu não
canso de falar. É o ramo em que você mais tem oportunidades, pois
pode trabalhar tanto para pessoas físicas quanto para pessoas
jurídicas, sendo sua atuação sempre necessária para defendê-las do
sistema tributário mais insano do planeta, em que o Fisco está
constantemente cometendo abusos e ilegalidades.
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tanto que muitos chamam as teses de recuperação de "portas de
entrada para o tributário''.
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não tem dinheiro para pagar um advogado, então por que eu iria
querer conversar com ele?
Eles não sabem que os seus honorários são justos e acessíveis para
ele (e eu falo de honorários acessíveis, mas que ainda te remunerem
bem e dignamente) e que vocês podem negociar como esse
pagamento vai se dar, podendo parcelá-lo, inclusive.
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condenada ao pagamento de honorários sucumbenciais, que são
devidos ao advogado, não ao devedor. Já os honorários de êxito são
pagos pelo seu próprio cliente, em uma porcentagem calculada em
cima do que ele deixou de pagar ao Fisco (se estava prescrita a
totalidade daquela dívida, então o êxito será calculado em cima do
valor total da cobrança, por exemplo).
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Mas o que é recuperação de créditos tributários? Nada mais é que
você pedir, por via administrativa ou através de uma ação judicial, para
que o poder público devolva para o seu cliente um valor que foi
recolhido indevidamente, seja por meio de compensação com
tributos que ele deveria pagar, seja por repetição do indébito.
Mas, tome cuidado! É muito comum que um advogado ouça falar das
teses, veja algo nos jornais ou veja que um amigo tributarista está bem
de vida com elas, e queira entrar nessa área de qualquer maneira,
apenas se limitando a decorar uma tese e abordando os contribuintes.
Viram decoradores de teses.
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fazer uma boa apresentação, vencer objeções, mostrar vantagens da
atuação e fechar o contrato, como trabalhar com os documentos do
cliente e estruturar de forma correta sua petição inicial e como lidar
com os percalços do processo administrativo ou judicial com
segurança.
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Os Estados exigem o ICMS calculado não apenas sobre o preço da
mercadoria, mas também sobre todos os encargos inerentes ao
consumo de energia elétrica, como é o caso da TUST e TUSD.
Absurdo, não é?
Essa é uma cobrança indevida que vem sendo feita dos consumidores
de energia elétrica. Na conta de energia elétrica, o ICMS deveria incidir
somente sobre o valor da energia consumida e não sobre esses
encargos.
Vale registrar que a questão ainda não está pacificada, tendo sido
afetada ao rito dos recursos repetitivos nos autos dos Recursos
Especiais nºs 1.692.023/MT, 1.699.851/TO e ERESP nº 1.163.020/RS,
pendentes de julgamento definitivo pelo STJ.
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Outra pergunta muito comum sobre essa tese é a seguinte: será que
vale a pena, em termos de retorno financeiro (honorários), entrar com
essa ação?
Outra pergunta ainda sobre essa tese: como ela fica após a Lei
Complementar 194/2022?
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Ela ganha ainda mais força! A LC 194 determina, expressamente, que
os encargos de transmissão não se incluem na base de cálculo do
ICMS. Apesar disso, a grande maioria dos Estados continua cobrando
indevidamente, além de permanecer a possibilidade de recuperar os
valores relativos aos últimos 5 anos.
Já dá para perceber que essa pode ser uma boa forma de iniciar a
advocacia tributária! E, tratando-se de grandes consumidores
(indústrias, hospitais, academias de ginástica etc.), é uma tese que
pode ser bem rentável!
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3. teses aplicáveis a todos os regimes.
As teses sobre folhas de salário não se aplicam para a maior parte das
empresas do Simples. Por que a maior parte? Porque há uma certa
divisão de empresas no Simples Nacional em “anexos”, conforme suas
atividades, e, para aquelas do anexo IV, a exemplo das empresas que
prestam serviços de limpeza e de vigilância privada, podem ser
apresentadas as teses de folhas de salário. Para as demais, não dá.
23
em uma cidade pequena ou no interior e a maioria das empresas à sua
volta é do Simples Nacional.
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Ah, e se for um comerciante que tem a matriz em um Estado, mas
possui um estabelecimento em outro estado? Verifique se o estado
está querendo cobrar ICMS quando ele remete as mercadorias para
esse outro estabelecimento, pois isso é indevido!
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Não custa lembrar que, diante desse entendimento, é cabível a
propositura da ação judicial tanto para o reconhecimento do direito
ao recolhimento das contribuições calculadas sobre o limite de 20
salários mínimos (e não sobre o total da folha de pagamento), mas
também para reaver os valores indevidamente adimplidos nos
últimos 5 anos.
Então, você não precisa entrar com a ação. Pode fazer a retificação
administrativa.
Aí eu vou falar “SIM”. Porque o Fisco tem uma orientação, uma solução
de consulta também, no sentido de que o STF teria decidido apenas
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em relação à contribuição previdenciária patronal e, quanto ao
empregado, ele nada teria falado.
E não esqueça das taxas! Municípios adoram criar taxas de todo tipo
e boa parte com algum grau de ilegalidade ou até mesmo
inconstitucionalidade.
Certa vez, uma aluna minha do Você Tributarista foi à dentista dela. Era
uma consulta de rotina, mas ela, tendo em mente meu método, o
“Pensar Tributário”, acabou vendo ali uma oportunidade para
advogar.
27
Todas as minhas aulas, desde as gratuitas no Youtube até os cursos,
como o Você Tributarista, são pautadas por esse método.
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É algo que poderia ser derrubado com facilidade, pois não houve fato
gerador, mesmo que ela não tenha informado à prefeitura da sua
mudança. Isto porque a taxa é um pouco diferente de outros tributos:
ela é a contraprestação, o pagamento, que o particular deve fazer em
resposta a alguma atuação estatal. Ou seja, o contribuinte se beneficia
de uma atuação estatal, porque usufrui de um serviço público
específico e divisível (vide coleta de resíduos sólidos), ou então causa
uma despesa ao Estado, como a necessidade de fiscalizá-lo (vide taxa
de fiscalização de anúncios).
Neste caso, minha aluna iria, na defesa de sua dentista, agora cliente,
demonstrar que ela não teria causado aquela despesa de fiscalização
pela prefeitura de São Paulo, juntando a rescisão de contrato do
aluguel antigo, mensagens trocadas com o antigo proprietário, o novo
contrato de aluguel, do novo estabelecimento na nova cidade, contas
de energia do novo local do consultório. Se for possível, ela até deveria
comprovar quem é o novo locatário do seu antigo espaço, buscando
contrato de aluguel, contas de energia ou algum anúncio que ele
tenha feito na internet e por aí vai.
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E em um segundo momento, verificar outros critérios de incidência,
como a efetiva ocorrência do fato gerador, ou seja, no caso da taxa,
a efetiva prestação do serviço público ao contribuinte ou geração
de despesa para o poder público. Pois é, muitas vezes se cobra uma
taxa sem que haja um fato gerador real (como a prestação de um
serviço, por exemplo).
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Ah, eu falei bastante de pessoa jurídica aqui, mas sabia que você
também pode advogar para pessoas físicas?
Além disso, você poderá atuar, por exemplo, para impedir uma
cobrança indevida de ITCMD.
Mas a maior parte dos Estados, como São Paulo, por exemplo, fixa o
ITCMD de forma diferente, de acordo com o valor de mercado, ou seja,
um valor bem mais alto, e o faz por meio de decreto, de forma
inconstitucional, ferindo o princípio da legalidade, já que a Constituição
manda estabelecer esta base de cálculo por meio de lei.
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Um tema recém julgado pelo STF é o da não incidência de Imposto
de Renda sobre Pensão Alimentícia.
Vale lembrar, porém, que essa decisão ainda não transitou em julgado,
de modo que, para suspender o recolhimento e repetir o indébito é
necessário adotar medida judicial. Está aí, portanto, um excelente
tema para atuar no tributário.
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É o que mais vemos hoje, muitas pessoas fazendo MEI e trabalhando
em casa ou tendo a casa como domicílio no registro dele. São
cozinheiros, boleiras, professores particulares, e por aí vai.
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Ainda, vale lembrar que muitas vezes uma oportunidade vem
embalada junto com uma parceria.
Imagine que ele possua um cliente que deveria ter recebido horas
extras por dez anos e a empresa nunca tenha pagado e agora está
processando sua empregadora por conta desse pagamento que
nunca foi realizado. Quando o juiz deferir seu pedido, vai estabelecer
o pagamento dessa verba com juros de mora, não é? E será que o
cliente do seu colega pagou Imposto de Renda sobre esses juros?
Provavelmente pagou. E pagou errado!
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E quantos clientes do advogado trabalhista não estarão em situação
assim? Provavelmente todos, já que a maioria das reclamações
trabalhistas acabam tendo alguma verba que não foi paga pelo
empregador, como horas extras, adicional noturno ou férias. E olha
que nossos colegas de trabalho costumam ter muitos clientes, pois é
uma área em que se trabalha com volume.
Ah, e uma coisa boa: NÃO houve modulação dos efeitos desta decisão
do STF, o que até é algo raro, já que o Ministro Toffoli foi o relator (e
ele é o rei das modulações). Então, vocês podem dar uma olhada lá
para o passado do seu colega trabalhista, em vários anos (respeitando,
claro, o período de prescrição, dos últimos cinco anos).
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simples portaria não pode fazer isso, não pode impor condições não
previstas em lei. Essa ilegalidade é manifesta e vem sendo
reconhecida pelo Judiciário.
Perceba que você fará tudo isso, toda essa diferença, mexendo em
questões mais objetivas, mais técnicas, que envolvem documentos.
Isso tira um grande peso das costas, não é? Tem muita gente com
timidez de atuar em audiência. Eu vou te dizer que sempre tive.
É muito mais fácil apenas ter que despachar com o juiz ou com a
autoridade tributária, com documentos. Isso sem falar que audiência é
sempre algo imprevisível, você nunca sabe o que vai sair da boca de
uma testemunha.
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Além disso, com a virtualização da justiça, isso ainda possibilitará que
você assuma processos de qualquer lugar do país e tenha parceiros
em todo o território nacional.
Cá entre nós, embora eu não possua uma bola de cristal, duvido muito
que uma reforma tributária ampla venha a ser aprovada. São muitos
interesses políticos e econômicos envolvidos. É muito mais fácil, e
muito mais provável, termos apenas alterações pontuais, em um ou
outro tributo, como vem acontecendo desde a Constituição de 1988.
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interpretação para cobrar mais, enquanto o contribuinte interpretará
de modo mais benéfico a ele. Com isso, cabe ao advogado tributarista
entrar no campo de batalha para afastar interpretações e cobranças
indevidas, resguardando os direitos dos contribuintes.
Conclusão disso tudo é que, a cada dia, o tributarista terá mais e mais
trabalho, mais e mais oportunidades de atuação. O tributário é
realmente a melhor e mais rentável área do direito!
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Não pense que só de litígio vive a advocacia tributária.
Por que não atuar desde já, para evitar esses pagamentos indevidos?
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verifica, por exemplo, na opção entre os regimes de tributação pelo
Lucro Real, pelo Lucro Presumido ou pelo Simples Nacional.
Em vista disso, caso o particular opte por praticar um fato não previsto
em lei, este fica fora do âmbito de tributação.
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E, se havendo duas estipulações legais distintas, a opção do
contribuinte de praticar o fato previsto na lei com consequência
tributária menos onerosa, impede que se exija tributo diverso.
41
2. O POSICIONAMENTO DA ADMINISTRAÇÃO E
DO JUDICIÁRIO A RESPEITO DO
PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
42
2. Essas razões estão consubstanciadas em fidedignos
laudos, pareceres, estudos ou relatórios?
43
Caso 2 – Incorporação às avessas – desconsiderada,
entender que a declaração de vontade não refletia o ato
efetivamente praticado:
“IRPJ – “INCORPORAÇÃO ÀS AVESSAS” – MATÉRIA DE
PROVA – COMPENSAÇÃO DE PREJUÍZOS FISCAIS. A
definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-
se da validade jurídica dos atos efetivamente praticados.
Se a documentação acostada aos autos comprova de forma
inequívoca que a declaração de vontade expressa nos atos
de incorporação era enganosa para produzir efeito diverso
do ostensivamente indicado, a autoridade fiscal não está
jungida aos efeitos jurídicos que os atos produziriam, mas à
verdadeira repercussão econômica dos fatos subjacentes.”
(CSRF/01-02.107)
44
Caso 3 – Simulação por inadequação entre a forma adotada
e a substância do ato:
“SIMULAÇÃO/DISSIMULAÇÃO – Configura-se como
simulação, o comportamento do contribuinte em que se
detecta uma inadequação ou inequivalência entre a forma
jurídica sob a qual o negócio se apresenta e a substância ou
natureza do fato gerador efetivamente realizado, ou seja, dá-
se pela discrepância entre a vontade querida pelo agente e o
ato por ele praticado para exteriorização dessa vontade, ao
passo que a dissimulação contém em seu bojo um disfarce,
no qual se encontra escondida uma operação em que o fato
revelado não guarda correspondência com a efetiva
realidade, ou melhor, dissimular é encobrir o que é.” (Ac. 101-
94.771)
45
A maior parte das controvérsias sobre planejamento tributário e
desconsideração de negócios jurídicos têm sido apreciadas, até o
momento, no âmbito do CARF. No entanto, recentemente estão sendo
levadas ao Judiciário, com perspectiva de alteração dos critérios até
então adotados.
46
economia pretendida), ou bem o Estado se conforma com o
montante pago, não sendo aceitável que o Fisco, a pretexto
de reparar o que parece uma injustiça fiscal aos seus olhos,
desconsidere tal ´planejamento´, porque é do Poder
Legislativo, e não da administração pública (por mais
elevados que sejam os seus propósitos), a competência
para regular e interferir no exercício das liberdades
econômicas e no patrimônio dos indivíduos.”
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intelectuais podem constituir empresa para o desempenho de suas
atividades, sujeitando-se à tributação própria das pessoas jurídicas.
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Acrescentou que continua hígido o artigo 110 do CTN (que assegura a
observância das formas de direito privado pela legislação tributária) e
não está "autorizado o agente fiscal a valer-se de analogia para
definir fato gerador e, tornando-se legislador, aplicar tributo sem
previsão legal", nem a socorrer-se "de interpretação econômica".
49
perdas consideráveis para os contribuintes, especialmente os
pequenos e as pessoas físicas.
50
E por falar em ISS (imposto sobre serviços), a mudança do local do
estabelecimento pode gerar grande economia tributária. Às vezes
uma cidade vizinha tem uma alíquota menor!
Pra começar, todo ano a empresa deve fazer uma análise para verificar
se o Simples Nacional continua sendo o regime mais apropriado para
ela. Afinal, quanto maior seu faturamento, maior a alíquota. Então,
dependendo do faturamento e das despesas que a empresa tenha, às
vezes é melhor ir para o Lucro Presumido ou para o real, pois neles há
direito a créditos de tributos.
51
Você sabe o que são as teses tributárias? Nada mais são do que
formas de recuperação de créditos tributários. Isso mesmo! É a boa
e velha repetição do indébito.
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do Treinamento Advogue no Tributário, em 18 de agosto, às 20h,
enquanto outras demoram alguns anos, mas trazem um ótimo retorno
financeiro para advogados e clientes, servindo como uma espécie de
poupança para vocês (com um rendimento, infinitamente melhor que
o da poupança de verdade; isso sem falar os honorários iniciais, que
recomendo sejam cobrados nesses casos).
Neste capítulo, eu vou te apresentar cinco passos para que você saia
do zero e possa aproveitar as oportunidades do tributário, em
especial na recuperação de créditos tributários.
53
PASSO 1
CONHEÇA AS ATIVIDADES DO CLIENTE E OS
TRIBUTOS QUE ELE PAGA
Ah, fazer essa pesquisa prévia também é bom porque, quando você
for conversar com o cliente, ele vai perceber que você está por
dentro da atividade dele, que tem uma familiaridade, teve um esforço
maior, um cuidado em estudá-lo, e isso causará uma boa impressão.
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muito por seus serviços) e uma dessas iniciativas é justamente
depositar tempo em conhecer o cliente e mostrar para ele que gastou
esse tempo. Quando o cliente percebe que você dedicou seu tempo
(que é muito precioso) para se tornar mais familiar dele, ele estará
mais aberto a você e ao que você tem a dizer.
“Mas, se eu fizer essas perguntas sobre sua atividade, ele não vai
achar que eu sou um idiota?” Se você fizer perguntas bem
estruturadas, já com um mínimo de conhecimento prévio e estratégia,
e realmente estiver disposto a ouvir, ele não vai achar isso.
Pelo contrário, ele vai perceber que você está interessado nele (algo
que já comentei) e que é um advogado diferente dos outros, pois a
maioria dos advogados só quer falar, se exibir, não quer ouvir o
outro.
55
Além do mais, ele sabe que não tem como você saber as minúcias do
pet shop, do mercadinho ou do salão de beleza dele, por exemplo. É
o cliente que te dará o número de empregados que tem, que lhe dirá
se são terceirizados (pessoas jurídicas que prestam serviço para ele)
ou CLT, que te dirá se o carro que a empresa usa é propriedade dela
ou alugado e assim por diante, informações necessárias para as
diversas teses.
Se ele for prestador de serviços, deve pagar ISS. Se ele paga ISS, eu
posso pensar em uma tese filhote da Tese do Século, a exclusão do
ISS da base de cálculo do PIS e da COFINS1.
Se ele for industrial, então teremos IPI. Aliás, se é uma indústria que
industrializa e comercializa, não presta serviços, não faz aquela
1
A Tese do Século, julgada pelo STF em 2021, é a exclusão do ICMS das bases de cálculo do PIS
e da COFINS e, embora ela seja atualmente aplicada na via administrativa, dado o julgamento pelo
Supremo, há várias teses “filhotes” que podem ser aplicadas judicialmente.
56
industrialização por encomenda (que acaba sendo um serviço), ela vai
ter ICMS e IPI.
Minha sugestão é que você faça uma lista desses tributos e faça um
checklist para, então, ir estudar o contribuinte.
Será que ele é do Lucro Real? Será que ele é do Lucro Presumido?
Será que ele é do Simples Nacional? Conforme o regime de tributação,
eu tenho teses que podem ou não ser aplicadas.
57
mesmo. Oras, você não tem obrigação (e nem mesmo possibilidade)
de saber de quem ele compra aqueles remédios veterinários que
revende no pet shop.
Estou falando aqui de empresas, mas é preciso deixar bem claro que
as teses tributárias não se aplicam apenas para pessoas jurídicas.
Temos várias que se aplicam também para pessoas físicas.
Será que aquela pessoa física ou jurídica comprou algum imóvel nos
últimos cinco anos? Por que isso é importante? Temos muitos
problemas com o ITBI 2 em vários municípios, com cobranças usando
uma base de cálculo indevida.
2
Imposto de Transmissão de Bens Imóveis
3
Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação
58
PASSO 2
ENTENDA QUAL O REGIME DE TRIBUTAÇÃO DO
CLIENTE
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Lembra que no capítulo 01 eu te apresentei muitas teses tributárias
divididas de acordo com o regime tributário das empresas? Por isso é
tão importante descobrir qual o regime certo para cada empresa.
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PASSO 3
SE APROXIME DO CLIENTE - O MOMENTO MAIS
DELICADO DA PROSPECÇÃO
Significa que há situações em que o cliente nem sequer sabe que tem
um problema. Ou seja, ele não faz ideia de que pagou e continua
pagando tributos acima do devido. Nesses casos, são a maioria, é
preciso mostrar para ele que esse problema existe e que você tem a
61
solução, evidenciando as vantagens de ele tomar as atitudes
necessárias para tanto.
Por isso, o contato inicial com o cliente precisa ser feito com
segurança, demonstrando seu conhecimento sobre o assunto e os
benefícios que sua atuação pode proporcionar. Deixe muito claro
que você é um TRIBUTARISTA, um especialista na área, e que seu
objetivo é apresentar oportunidades tributárias.
62
Assim, você pode passá-lo de um estágio de baixa consciência (ou
inconsciência) para o momento de total consciência, quando ele está
preparado para fechar o contrato.
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Nichar e focar em uma tese pode ser um bom caminho para iniciar,
conquistar a confiança e, depois, deslanchar para outras teses.
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DICA EXTRA: IDENTIFICAR PREVIAMENTE
POSSÍVEIS OBJEÇÕES DO CLIENTE E SE
PREPARAR PARA RESPONDÊ-LAS E AFASTÁ-
LAS
65
Preocupação com os custos da ação e dos honorários
advocatícios
Sobre esse tópico, é preciso conscientizar o cliente que não lhe falta
dinheiro para adotar a medida necessária; o que lhe falta é
prioridade.
Se deixar de fazer isso, ficará para trás e será difícil acompanhar e lidar
com a concorrência no seu ramo de atuação.
Ainda, quanto aos custos, na maior parte das vezes a medida judicial
cabível é o Mandado de Segurança, em que não há ônus de
sucumbência.
66
Tempo que levará o trâmite do processo
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Falta de anuência dos sócios ou familiares
Diga, por exemplo: “Vá falar com o seu sócio seguro, que a opção que
você está tomando de contratar advogado tributarista, de buscar
aquela recuperação é a melhor para sua empresa”. Com essa
confiança, certamente demonstrará a relevância da decisão tomada.
Objeção velada
68
Ainda, na negociação, você pode demonstrar essa segurança
assumindo o risco com ele: por exemplo, pode negociar redução de
pro-labore e aumento de honorários de êxito.
ATENÇÃO!
Para você quebrar as objeções dos seus clientes, antes você precisa
quebrar as suas próprias objeções. Se você não acreditar no que fala,
se você não acredita em superar o medo, em superar a insegurança,
em colocar prioridades, você não consegue trabalhar isso no seu
cliente.
Mostre ao contribuinte que ele não pode esperar muito para dar
entrada na ação judicial para aplicar alguma tese ou então ele perderá
69
milhares de reais em créditos passados que não poderão ser
aproveitados.
Deixaram trinta mil reais nas mãos do Fisco porque não entenderam a
urgência da situação. E era função do advogado demonstrar essa
urgência, através dos gatilhos da escassez e da urgência.
70
Essa era uma excelente tese que alguns advogados conseguiram
aproveitar: aqueles que não ficaram esperando que o julgamento do
STF acontecesse e deram entrada antes, apostando na tese (e agora
colhendo frutos desta aposta).
E olha que nem era uma aposta muito arriscada, pois daria para discutir
essa tese através de mandado de segurança ou, a depender do valor,
em uma ação ordinária no Juizado Especial. Em ambos os casos, não
haveria condenação em honorários sucumbenciais caso se perdesse.
71
PASSO 4
VERIFIQUE SE O CLIENTE ESTÁ RECOLHENDO
ALGUM TRIBUTO INDEVIDAMENTE
Agora que você já tem uma lista de teses tributárias em mãos, já sabe
o regime de tributação do cliente, já conhece as atividades dele e sabe
quais são os tributos que ele paga, vem o próximo passo: analisar se
ele está recolhendo esses tributos de forma correta ou de forma
indevida.
E, claro, há um outro passo que eu vou incluir aqui dentro, quase como
um subitem: Caso o contribuinte recolha indevidamente um tributo
específico, verifique se por acaso ele já não deu entrada num
pedido de recuperação deste tributo (ou até mesmo já recuperou
esse tributo), para evitar um trabalho em duplicidade em que nem ele
nem você ganharão nada (aliás, ele até já deve ter ganhado, é você
que vai sair de mãos abanando, mesmo).
Por exemplo, se ele não está recolhendo o PIS e COFINS com o ICMS
em sua base de cálculo, porque o excluiu através da Tese do Século,
será que ele não está recolhendo o próprio ICMS de forma indevida?
Talvez aplicando uma alíquota indevida, talvez nas hipóteses de
remessa de produtos para seus próprios estabelecimentos em outras
cidades.
72
E como você vai descobrir se ele já deu entrada em uma tese?
Converse com o cliente! A sua reunião com ele não pode ser uma via
de mão única em que só você fala. Esteja aberto ao diálogo.
“Ah, mas muitas vezes o cliente não sabe me responder isso”. Então
agende uma segunda reunião com ele, para que ele possa pesquisar
isso, te trazer documentos ou, então, trazer alguém que preste esses
esclarecimentos, como o contador da empresa, o chefe do
departamento financeiro ou o de Recursos Humanos.
Tem coisas que nem o dono da empresa sabe, mas o RH sabe. Será
que ele pagou contribuição previdenciária sobre o salário
maternidade? Quem vai saber disso é o RH.
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PASSO 5
FAÇA O PEDIDO DA RECUPERAÇÃO USANDO A
MEDIDA ADEQUADA
Agora que você já sabe exatamente quais teses são cabíveis para
aquele cliente - e quais, inclusive, são as mais interessantes, que vão
dar mais retorno - e que você fechou o contrato com ele, chega a hora
de fazer o pedido de recuperação.
Será que vai ser na vida administrativa ou por meio de uma ação
judicial? Que ação judicial nós teremos? Será um Mandado de
Segurança ou uma Ação Ordinária? Devo pedir repetição do indébito
ou compensação de tributos?
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Um outro exemplo importante é a tese do limite dos 20 salários
mínimos para contribuições do setor S. Nesse caso, como ainda é
controverso, você também vai utilizar a via judicial, especificamente o
Mandado de Segurança, pois não depende de produção de provas
durante o trâmite processual e o ato coator vem sendo realizado
mensalmente, estando dentro do prazo de 120 dias, necessário a
adoção dessa medida.
Sem isso, você corre um sério risco de cometer erros que vão manchar
seu nome e prejudicar o direito de seu cliente, fazendo-o perder
dinheiro ou coisa pior.
75
estão se mudando para o Direito Tributário, como também podem - e
devem - ser usadas por quem tem mais experiência.
Um professor meu uma vez me disse que tem uma hora na vida em
que a gente se comporta como adolescente e esse é o pior momento
para nossas carreiras. E o que é o adolescente? É aquele que aprende
um pouquinho, tem um pequeno sucesso, e depois acha que já sabe
o suficiente, que não precisa continuar estudando, não precisa dar
ouvidos a quem tem mais experiência.
Isso tem que acontecer com você, não importa qual seja seu grau de
preparação e de experiência.
76
Toda empresa tem um plano de negócios, todo aventureiro tem um
mapa, todo general tem um plano para a batalha, todo diretor de um
filme tem um roteiro. Por que tem que ser diferente com você?
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Não raro, escuto de muitos advogados que estão começando no
tributário que eles não têm para quem apresentar as teses
tributárias.
78
São empresas que estão em grandes capitais como São Paulo, Recife
ou Rio de Janeiro, em capitais com menos habitantes como Curitiba,
Natal ou João Pessoa, cidades de interior de grande porte, como Juiz
de Fora e Santa Maria, ou até pequenas cidades como a minha querida
Diamantino.
Todas essas cidades, aliás, têm alunos do Curso Você Tributarista que
estão prospectando clientes.
São empresas que estão aí no seu bairro, talvez até na sua rua. São
mercadinhos, padarias, farmácias e postos de gasolina.
79
mais apropriado. É preciso, anualmente, analisar o regime tributário
mais vantajoso.
Isso sem falar no "fator R". Esse é nome dado ao cálculo realizado
mensalmente para saber se uma empresa prestadora de serviço será
tributada com uma alíquota maior ou menor (Anexo III ou V). Muitas
vezes, ao aumentar o salário do sócio ou contratar mais alguns
empregados, obtém-se o fator R que implica em uma tributação
menor. Algo simples, lícito e que gera economia tributária.
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IRPJ 4, o IPI5, o CSLL 6, a COFINS, o PIS/Pasep7, o CPP8, o ICMS 9 e o
ISS 10.
4
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica.
5
Imposto sobre Produtos Industrializados.
6
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.
7
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
8
Contribuição Patronal Previdenciária.
9
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.
10
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
11
§ 4o O contribuinte deverá considerar, destacadamente, para fim de pagamento, as receitas
decorrentes da:
I - revenda de mercadorias, que serão tributadas na forma do Anexo I desta Lei Complementar;
II - venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte, que serão tributadas na forma do
Anexo II desta Lei Complementar;
III - prestação de serviços de que trata o § 5o-B deste artigo e dos serviços vinculados à locação
de bens imóveis e corretagem de imóveis desde que observado o disposto no inciso XV do art. 17,
que serão tributados na forma do Anexo III desta Lei Complementar;
IV - prestação de serviços de que tratam os §§ 5o-C a 5o-F e 5o-I deste artigo, que serão tributadas
na forma prevista naqueles parágrafos; V - locação de bens móveis, que serão tributadas na
forma do Anexo III desta Lei Complementar, deduzida a parcela correspondente ao ISS;
VI - atividade com incidência simultânea de IPI e de ISS, que serão tributadas na forma do Anexo II
desta Lei Complementar, deduzida a parcela correspondente ao ICMS e acrescida a parcela
correspondente ao ISS prevista no Anexo III desta Lei Complementar;
VII - comercialização de medicamentos e produtos magistrais produzidos por manipulação de
fórmulas:
§ 12. Na apuração do montante devido no mês relativo a cada tributo, para o contribuinte que apure
receitas mencionadas nos incisos I a III e V do § 4o-A deste artigo, serão consideradas as reduções
relativas aos tributos já recolhidos, ou sobre os quais tenha havido tributação monofásica, isenção,
redução ou, no caso do ISS, que o valor tenha sido objeto de retenção ou seja devido diretamente
ao Município.(Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
81
ele deve recolher uma alíquota de 10,70% do Simples, o que é
repartido em:
5,50% de IRPJ;
3,50% de CSLL;
12,74% de COFINS;
2,76% de PIS/Pasep;
42% de CPP e
33,50% de ICMS.
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Mas, se isso é algo previsto na lei, reconhecido pelo Fisco e deveria
ser feito na contabilidade, por que muitas empresas não fazem isso?
Por puro desconhecimento dela ou do contador, que não costuma ser
especialista em tributação, atendendo diversas empresas por mês
para dar conta de questões tributárias e trabalhistas, por um pequeno
valor.
83
Isso acontece, por exemplo, com produtos de higiene. Então, quando
o mercadinho do seu bairro ou a farmácia te vendem sabonete ou
shampoo, eles não devem pagar PIS e COFINS.
Produtos farmacêuticos;
Autopeças;
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Pet shops também entram aí (afinal, vendem produtos farmacêutico-
veterinários). E parece que todo dia um novo pet shop abre a cada
esquina
Todos eles vendem produtos monofásicos e muitos dos que citei tem
nos produtos monofásicos a maior parte da sua receita.
85
de uma farmácia é muito provável que ele te indique para o amigo que
é dono do posto de gasolina. Utilize o velho boca a boca a seu favor.
Ok, você acha isso mesmo? Então vamos aos números: Digamos que
uma loja de cosméticos vendeu cem mil reais em um mês, incluindo
aí produtos que estão no regime monofásico.
Vamos imaginar que ela esteja na faixa 04 do Simples (ou seja, é até
uma loja de pequeno porte, viu? Para não dizerem que estou roubando
no exemplo), com uma alíquota de 10,70%. Quando ela aplicou 10,70%
de alíquota em cima do total da sua receita, ela recolheu R$ 10.700,00
no Simples.
Para descobrir quanto seu cliente tem a recuperar, você vai pegar o
total que ele pagou de Simples (R$ 10.700,00) e isolar o PIS e a
COFINS, respectivamente 2,76% e 12,74%, o que vai dar R$ 1.658,50.
Ah, mas R$ 1.658,50 parece muito pouco, não é? Mas multiplique isso
pelos últimos 60 meses, já que é o que você vai poder recuperar dada
a prescrição. Temos aí CEM MIL REAIS de créditos, sem contar os
juros Selic, que podem ser recuperados de um único cliente.
86
grande mercadinho. Ele vai recolher 19% de Simples (e 28,27% de
COFINS e 6,13% de PIS). Para uma empresa neste segundo exemplo, a
recuperação seria de R$ 6.536 por mês, ou quase 400 mil reais em
cinco anos, caso utilizássemos como base ainda um faturamento de
R$ 100 mil por mês em produtos monofásicos.
87
Realmente, o STF, ao julgar o Tema 1050 da repercussão geral
reconhecida no RE 1.199.021, decidiu que “é constitucional o parágrafo
único do artigo 2o da Lei n. 10.147/2000, que veda aos contribuintes
optantes do Simples o benefício da alíquota zero pelo regime
monofásico do PIS/COFINS.”
E aí, quem simplesmente lê isso acha que a tese acabou, que o STF
entende que não se pode aplicar a alíquota zero de PIS/COFINS a
quem está no Simples, que não pode haver a segregação de receitas,
pela adoção deste sistema simplificado.
Está tudo bem com a nova sistemática, dada pela Lei Complementar
123/2006, Lei Complementar 147/2014 e Lei Complementar 128/2008.
Esta última que prevê expressamente a segregação de receita.
88
Novamente, quem simplesmente lê as manchetes publicadas nas
redes sociais e vê ali a referência "monofásicos", sem conhecer a tese
envolvida, acaba se equivocando e perdendo oportunidades de atuar
no tributário.
Então, se essa recuperação está na lei e é aceita pela Receita, não será
necessário proceder com a via judicial, através de Mandado de
Segurança ou Ação Ordinária. Estamos diante de uma recuperação
administrativa.
Por isso, você pode até mesmo deixar de fixar honorários contratuais
no início e arbitrar apenas honorários de êxito, de 20 a 30% em cima do
valor recuperado.
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ao empresário que você é um especialista em tributação, que tem
mais conhecimento e experiência que o contador nesta área, que ele
pode ser um excelente profissional e não é culpa dele não ter visto
isso, pois ele cuida de muitas operações e o tributário é um campo
muito complexo, exigindo um conhecimento muito específico.
“Mas será que o cliente e o seu contador não vão me roubar a tese?”
Não explique a tese para eles em detalhes, não explique como ela é
implementada, até porque este nível de detalhamento técnico, de
“Juridiquês”, pode afastar o interesse do cliente.
Assim, sem esses detalhes, fica difícil que “roubem” a tese de você,
porque não basta saber que uma tese existe, é necessário saber
aplicá-la. Agora, se você chegar no cliente e entregar todo o ouro, é
capaz, sim, de ele pegar todas as informações e entregar ao contador
dele ou a outro advogado.
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Primeiro passo: Você irá no site da Receita Federal e, lá, entrará no
SPED (Sistema Público de Escrituração Digital), onde encontrará a
“Tabela SPED 4.3.10”, que relaciona os produtos monofásicos (o nome
completo é Tabela Produtos sujeitos a alíquotas diferenciadas:
incidência monofásica e por pauta (bebidas frias) - CST 02 e 04).
A partir disso, vem a segunda etapa: você vai cruzar isso com a
Tabela TIPI.
E o que quer dizer isso? Por exemplo, você vai na Tabela SPED 4.3.10
e vê que é monofásico o produto de perfumaria do código 3303.00.
Então, você vai nesta Tabela TIPI e vê quais são estes produtos de
perfumaria, que seriam perfumes e águas-de-colônia. É como se ela
detalhasse os produtos que estão na Tabela SPED.
Para esse passo, você não precisa ainda do cliente e pode fazer até
mesmo antes de sair prospectando, para se familiarizar com quais são
os produtos monofásicos, para já ter esse conhecimento prévio.
E se ele não tiver? Peça os arquivos de notas fiscais, são arquivos xml,
que podem ser abertos no seu computador. No Curso Você
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Tributarista, inclusive, temos um curso bônus ensinando a utilizar
esses arquivos.
E se ele não tiver esse arquivo ou você não souber como abri-lo? Você
pode pedir as próprias notas fiscais. Contudo, é um passo que não
recomendo muito, pois dará muito trabalho para você ler todas as
notas e identificar os produtos.
Quinta etapa: Então, você identificou que seu cliente vendeu produtos
no monofásico e que não fez a segregação? Ótimo, então agora é só
retificar a declaração dele no Simples, fazendo a devida
segregação, no próprio PGDAS.
O único problema aqui é que isso é demorado, já que tem que ser feito
manualmente, mês a mês, contemplando os últimos 60 meses (ou
seja, 05 anos, já que você não pode recuperar créditos anteriores, por
causa da prescrição), identificando quanto ele pagou a mais a cada
mês.
Com esse passo, você vai verificar exatamente quanto o seu cliente
tem a recuperar no total.
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Sexto passo: Agora, você vai fazer o pedido de restituição. Para isso,
basta ir na página do Simples Nacional no site da Receita, ir no campo
“serviços disponíveis” e clicar na opção “pedido eletrônico de
restituição”. Selecione a opção “solicitar a restituição” e informar o
Período de Apuração (PA) em que houve o pagamento indevido ou em
montante superior ao devido. Por exemplo, janeiro de 2022.
E, veja, por isso as coisas têm uma ordem: como você já fez a
declaração retificadora, o sistema já tem registrado se você tem um
saldo a restituir ou não e qual é este saldo.
Excelente, não é?
93
1. O CURSO VOCÊ TRIBUTARISTA
Seu acesso é enviado para seu e-mail, assim que seu pagamento for
confirmado.
94
2. EMENTA DO CURSO
95
2.3. GILRAT - Revisão no enquadramento em um dos graus de
risco
96
MÓDULO 05 - ICMS
97
MÓDULO 07 - PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO
98
9.4. Embargos à execução fiscal
MÓDULO 11 - PERSE
99
11.3 - Transação tributária no âmbito do PERSE
100
■ Acesso aos bônus curso de Marketing para advogados,
101
4. BÔNUS DO CURSO
102
5. PERÍODO DE ACESSO
103
7. MENTORIAS MENSAIS EM GRUPO
104
O link só é liberado na manhã da mentoria por questões de
segurança.
105
traçará estratégias na prática, fornecerá insights, tirará dúvidas e
analisará sites e perfis nas redes sociais.
8. GRUPO DO TELEGRAM
106
Para poder fazer parte desta comunidade, você precisa baixar o
aplicativo do Telegram no seu celular e/ou no seu computador.
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9. CANAIS DE SUPORTE
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Para dúvidas a respeito de acesso à plataforma e questões
operacionais e financeiras, o aluno poderá entrar em contato com a
equipe de suporte através do e-mail suporte@fabianatome.com.br.
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11. OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES
110
Player de vídeos
Quer ver a aula mais rápido? Não tem problema, você pode
alterar a velocidade de reprodução e vê-la em até 2x (clique na
engrenagem no campo superior direito do vídeo).
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Sigilo das informações
Contrato do curso
112
Antes de me despedir, gostaria de convidar você a me
acompanhar nas minhas redes.
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