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DOS FATOS
INCIDÊNCIA DO ITCMD
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
(…)
DA NATUREZA DO VGBL
VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) e PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) são planos por
sobrevivência (de seguro de pessoas e de previdência complementar aberta, respectivamente) que, após um
período de acumulação de recursos (período de diferimento), proporcionam aos investidores (segurados e
participantes) uma renda mensal - que poderá ser vitalícia ou por período determinado - ou um pagamento único.
O primeiro (VGBL) é classificado como seguro de pessoa, enquanto o segundo (PGBL) é um plano de
previdência complementar.
http://www.susep.gov.br/setores-susep/seger/coate/perguntas-mais-frequentes-sobre-planos-por-sobrevivencia-pgbl-e-
vgbl
(Grifamos)
DA NÃO INCIDÊNCIA DO ITCMD
A Constituição Federal, em seu artigo 150, inciso I, veda à União, aos Estados
e aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
A Lei no 11.196/05, por sua vez, em seu artigo 79, dispõe que nos planos de
previdência e seguros o recebimento dos benefícios ocorrerá independente da abertura de
inventário, nos termos do contrato firmado entre o participante ou o segurado e as entidades
abertas de previdência complementar ou as sociedades seguradoras:
(Grifamos)
Constituição Federal:
(Grifamos)
(...)
(Grifamos)
Quanto aos Estados, nos termos da Carta Magna, foram a estes atribuídas
competências para cobrar impostos, dentre eles, o de transmissão causa mortis e
doações.Veja-se:
"
Portanto, o Estado não tem competência para cobrar ITCMD em negócio
jurídico de mera operação financeira, sendo certo que os depósitos que constituem o capital
de VGBL não são herança e muito menos foram constituídos para a transmissão, mas para
fruição, causa mortis após o período de diferimento, pelo próprio contratante e em vida e o
seu levantamento é livre da competência tributante da unidade federativa, no caso em tela,
do Estado de Minas Gerais.
Considerando que ao Fisco está vedado exigir tributo não previsto em lei, sob
pena de ferir a Carta Magna, e, considerando a natureza securitária do VGBL, em razão da
qual, encontra-se regulado pelo Código Civil e disposições da SUSEP, e não se constitui em
herança, sendo, portanto, isento de tributação estadual de transmissão causa mortis – ITCD,
resta inequívoco a ilegalidade da pretensão da autoridade de aplicar regras incidentes sobre
as aplicações financeiras sobre os prêmios recebidos pelos beneficiários, decorrentes do
seguro de vida, na modalidade VGBL.
DOS PEDIDOS
Produto/Plano Produto/Plano
AUTORES 2177-0054658 2177-0054659
Banco Itaú Banco Itaú
Lucio Carlos de Sousa 18.209,40 19.908,73
Delana Sobreira Carlos de Sousa 18.209,40 19.908,73
Morais
José Carlos de Souza Filho 18.209,40 19.908,73
Getulio Ferraz Carlos de Sousa 18.209,40 19.908,73
C) requer a expedição de um precatório para cada Autor, com o valor que
couber a cada parte, ressaltando que três dos Autores são idosos e têm direito a tramitação
processual preferencial, nos termos do art. 1048, inciso I, do CPC/15.
D) requer seja destacado do valor devido a cada Autor o valor dos honorários
advocatícios contratuais, conforme contratos anexos, sendo no importe de 20% sobre os
valores a serem recebidos pelos Autores, Lúcio Carlos de Sousa, José Carlos de Sousa Filho
e Delana Sobreira Carlos de Sousa Morais e no importe de 15% para o Autor Getúlio Ferraz
Carlos de Sousa;
E) Condene o requerido ao pagamento das despesas processuais e honorários
advocatícios conforme os critérios estabelecidos no art. 85 e seu §3º do CPC/15, balizando-
os em 20% do valor da condenação.
F) Requer provar o alegado por todas as provas em direito admitidas.
G) As publicações deste feito devem constar os nomes das advogadas que esta
subscrevem, sob pena de nulidade.
H) Requer, por fim, prioridade de tramitação deste processo por serem os
autores José Carlos de Sousa Filho e Getúlio Ferraz Carlos de Sousa idosos e, ainda, o autor
Lúcio Carlos de Sousa ser idoso e deficiente físico, nos termos previstos no art. 1048, inciso
I, do CPC/15 e no art. 9º, VII, da Lei nº 13.146/15 do novel Estatuto da Pessoa com
Deficiência Física.