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Os direitos
sociais, direitos de segunda dimensão, apresentam-se
como prestações positivas a serem implementadas pelo Estado (Social de
Direito) e tendem a concretizar a perspectiva de uma isonomia
substancial e social na busca de melhores e adequadas condições de vida,
estando, ainda, consagrados como fundamentos da República Federativa do
Brasil.
Art. 1º, IV - A República Federativa do Brasil(...) tem
como fundamentos os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
Como são direitos fundamentais, os direitos sociais têm aplicação
imediata e podem ser implementados, no caso de omissão legislativa, pelas
técnicas de controle, quais sejam, o mandado de injunção ou a ADO (ação
direta de inconstitucionalidade por omissão).
Direito à Educação
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família,
será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao
pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e
sua qualificação para o trabalho.
S.V. 12 – A cobrança de taxa de matrícula nas universidades públicas viola o
disposto no art. 206, IV, da Constituição Federal (gratuidade do ensino público)
Direito à Saúde
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e
de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para sua promoção, proteção e recuperação.
Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo
ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação,
fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou
através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito
privado.
A doutrina aponta a dupla vertente dos direitos sociais, especialmente
no tocante à saúde, que ganha destaque:
a) natureza negativa: o Estado ou terceiros devem abster-se de praticar atos
que prejudiquem terceiros;
b) natureza positiva: fomenta-se um Estado prestacionista para implementar o
direito social.
Direito à alimentação
Dec. 7.272/2010, Art. 2º - Fica instituída a Política Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional - PNSAN, com o objetivo geral de promover a
segurança alimentar e nutricional(...) bem como assegurar o direito humano
à alimentação adequada em todo território nacional.
Direito ao trabalho
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e
na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme
os ditames da justiça social(...)
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer
atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos
públicos, salvo nos casos previstos em lei.
Art. 193. A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como
objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
Direito à Moradia
Art. 23, IX e X - Todos os entes federativos têm competência administrativa
para promover programas de construção de moradias e melhoria das
condições habitacionais e de saneamento básico e combater as causas da
pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos
setores desfavorecidos.
Lei 8.009/90, Art. 1º - O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade
familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil,
comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos cônjuges
ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam, salvo nas
hipóteses previstas nesta lei.
Art. 3º - A impenhorabilidade é oponível em qualquer processo de execução
civil, fiscal, previdenciária, trabalhista ou de outra natureza, salvo se movido:
III -- pelo credor de pensão alimentícia;
VII - por obrigação decorrente de fiança concedida em contrato de locação.
STF - O único imóvel (bem de família) de uma pessoa que assume a condição
de fiador em contrato de aluguel pode ser penhorado, em caso de
inadimplência do locatário.
Direito ao Lazer
Art. 217, § 3º - O Poder Público incentivará o lazer, como forma de promoção
social.
Direito à segurança
O direito à segurança também aparece no caput do art. 5.º. Porém, a
previsão no art. 6.º tem sentido diverso. Enquanto lá está ligada à ideia de
garantia individual, aqui, no art. 6.º, aproxima-se do conceito de segurança
pública.
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito
e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio(...)
Conceito
Espécies
b) Há certos cargos que somente poderão ser exercidos por brasileiros natos
(artigo 12, § 3º, da CF), que são: Presidente e Vice-Presidente da República,
Presidente da Câmara dos Deputados, Presidente do Senado Federal, Ministro
do Supremo Tribunal Federal, Ministro de Estado de Defesa, carreira
diplomática e oficial das Forças Armadas;
Direitos políticos
A confederação não é uma forma de estado propriamente dita, mas sim uma reunião de
Estados soberanos. O vínculo é estabelecido entre esses Estados soberanos com base em
um tratado internacional, o qual pode ser denunciado (dissolvido). Ao contrário da
federação, portanto, a confederação se forma a partir de um vínculo dissolúvel. A
confederação é uma referência histórica, pois não existe nenhuma atualmente.
Historicamente, cita-se como exemplo de Confederação os EUA, entre os anos de 1781
a 1787.
Mas pra falar de Federação, a gente vai primeiro falar de Estado Unitário, a
forma de Estado adotada pela maioria dos Estados atualmente
Características da Federaçã0
A cidadania.
UNIÃO
forma pela união dos estados, municípios e do distrito federal. Isso não
Ela é a entidade federal formada pela reunião das partes componentes, pessoa
autônomas.
enquanto a eficácia jurídica da União só preside aos fatos sobre que incide sua
federativos. O que cria uma forma de Estado são os elementos unitários que
internacional.
2º e 76).
uma vez que os estados federados não são entidades reconhecidas pelo direito
internacional.
Quando olhamos a União como pessoa jurídica de direito público interno (CC,
art. 41, I), vemos que ela está sujeita à responsabilidade pelos atos que pratica
Ainda como pessoa jurídica de direito público interno, a União é titular de direito
real e pode ser titular de direitos pessoais. É assim que o art. 20, I a XI) estatui
que são bens da União os que atualmente lhe pertencem, as terras devolutas,
Estados
Municípios: Os Municípios são entes autônomos, sendo sua autonomia alçada, pela
Constituição Federal, à condição de princípio constitucional sensível (CF, art. 34, VII,
“c”). Essa autonomia baseia-se na capacidade de autoorganização, autolegislação,
autogoverno e autoadministração. Segundo Alexandre de Moraes, pode-se dizer que o
Município se autoorganiza por meio de sua Lei Orgânica Municipal; autolegisla, por
meio das leis municipais; autogoverna-se por meio da eleição direta de seu Prefeito,
Vice-Prefeito e vereadores sem qualquer ingerência dos Governos Federal e Estadual; e,
por fim, se autoadministra ao pôr em exercício suas competências administrativas,
tributárias e legislativas, diretamente conferidas pela Constituição Federal. 14 Nos
Municípios, ao contrário do que acontece nos demais entes da federação, não há Poder
Judiciário. O Poder Legislativo, assim como nos Estadosmembros, é unicameral. No
que diz respeito à auto-organização, determina a Carta da República que a Lei Orgânica
do município será votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e
aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo
Estado.
Há duas importantes súmulas do STJ sobre esse assunto. A primeira delas é a Súmula
208, que determina que “compete à Justiça Federal processar e julgar prefeito municipal
por desvio de verba sujeita a prestação de contas perante órgão federal”. A segunda é a
Súmula 209, que estabelece que “compete à Justiça Estadual processar e julgar prefeito
por desvio de verba transferida e incorporada ao patrimônio municipal”. Ainda segundo
o STJ, o Prefeito será julgado pelo Tribunal de Justiça (e não pelo tribunal do júri) no
caso de crimes dolosos contra a vida.
Intervenção
Por outro lado, quando houver coação ou impedimento ao livre exercício do Poder
Judiciário em uma unidade da federação (art.34, IV), a intervenção dependerá de
requisição do STF. Nesse caso, como se trata de “requisição”, a decretação de
intervenção será um ato vinculado do Presidente da República. Havendo requisição, o
Presidente deverá decretar a intervenção federal. A requisição também irá ocorrer para
prover a execução de ordem ou decisão judicial (art.34, VI). Esse será o caso em que
houve descumprimento de ordem emanada do Poder Judiciário
DO PODER LEGISLATIVO
O Poder Legislativo está disposto entre os arts. 44 até o 75. Posto isso, é muito
importante saber acerca da composição desse Poder da República.
Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se compõe da
Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
O nosso Poder Legislativo da União, portanto, é bicameral do tipo federativo, visto que
ele é composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal.
Vale ressaltar que no âmbito estadual e municipal, o Poder Legislativo é unicameral.
Municípios – Câmara Municipal
Estados – Assembleia Legislativa
essão Legislativa
É a reunião anual do Congresso Nacional. Embora ela seja dividida em duas partes, a
sessão legislativa representa o todo.
Sessão Extraordinária
São denominadas Sessões Extraordinárias aquelas realizadas durante um dos períodos
de recesso do Congresso Nacional.
Art. 57, § 6º – A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-se-á:
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)
I – pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação de estado de defesa ou
de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e
para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República;
II – pelo Presidente da República, pelos Presidentes da Câmara dos Deputados e do
Senado Federal ou a requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, em caso
de urgência ou interesse público relevante, em todas as hipóteses deste inciso com a
aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)
7º Na sessão legislativa extraordinária, o Congresso Nacional somente deliberará
sobre a matéria para a qual foi convocado, ressalvada a hipótese do § 8º deste
artigo, vedado o pagamento de parcela indenizatória, em razão da convocação.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 50, de 2006)
8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de convocação extraordinária
do Congresso Nacional, serão elas automaticamente incluídas na pauta da
convocação.
Processo Legislativo
O processo legislativo está disciplinado em nossa Constituição Federal entre os artigos
59 a 69.
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I – emendas à Constituição;
II – leis complementares;
III – leis ordinárias;
IV – leis delegadas;
V – medidas provisórias;
VI – decretos legislativos;
VII – resoluções
ATENÇÃO: As únicas espécies normativas que dependem de sanção presidencial – Lei
Ordinária e Lei Complementar
Emenda Constituicional (art. 60)
As emendas à Constituição estão relacionadas ao Poder Constituinte Derivado
Reformador, o qual está sujeito a uma serie de limites (limites expressos e implícitos).
Quem pode propor (iniciativa)? Art. 60. A Constituição poderá ser emendada
mediante proposta:
I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado
Federal;
II – do Presidente da República;
III – de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação,
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Art. 60, § 2º – A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional,
em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos
dos respectivos membros.
Lei Delegada (art. 68)