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Direito da Seguridade Social – 2022.

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Professor Fabio Souza

SEGURIDADE SOCIAL DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL

Artigo 6º, CRFB. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
 Saúde, assistência social e previdência social  marcam a ideia da busca pela
SEGURANÇA SOCIAL
 Segurança: essencial para um Estado de Direito [justifica a ideia do Estado de Direito,
em oposição ao Estado Absolutista]

Direitos sociais são direitos de segunda geração/dimensão, sendo, portanto,


prestacionais; cujo valor central (foco) é a IGUALDADE. Dessa forma, são de estrutura
positiva, isto é, o Estado é tido como aquele que deve PRESTAR/SERVIR para a garantia de um
“patamar mínimo de igualdade”, sem isso há uma exclusão das pessoas no processo de
deliberação democrática.
 Primeira dimensão: foco em LIBERDADE; estrutura negativa (não atuação/interferência
do Estado.
 Igualdade ≠ Igualdade social (ideia distributiva) ≠ Igualdade de reconhecimento (todas
as pessoas são titulares dos mesmos direitos/respeito: exemplo: decisão do STF acerca da
declaração de inconstitucionalidade da “determinação” do CC sobre casamento entre
homem e mulher).

Artigo 194, CRFB. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de


iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde,
à previdência e à assistência social.
 Conjunto integrado: correlação; codependência; integração; a seguridade social
é uma política pública macro.
 Iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade: princípio da solidariedade;
todos são responsáveis pela seguridade social: não se trata de uma virtude moral,
senão uma obrigação jurídica.
 Sociedade/indivíduo tem um dever para com essa rede de proteção coletiva.
(dever de contribuição).
Artigo 195, § 5º, CRFB. Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser
criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.  Regra da
precedência do custeio.

PRINCÍPIOS
Artigo 194, CRFB. A seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e
indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:

I. Universalidade da cobertura e do atendimento


II. Tratamento uniforme e equivalência das populações urbanas e rurais: é uma
densificação do princípio da igualdade.
III. Seletividade e distributividade: a seguridade é um grande instrumento da
redistribuição de renda.
IV. Irredutibilidade do valor dos benefícios. Irredutibilidade nominal: mera
conservação do valor histórico do benefício. Irredutibilidade real: conservação do
poder de compra (direito a composição das perdas inflacionárias, art. 201, § 4º, da
CRFB). Especificamente para a PREVIDÊNCIA, há também a irredutibilidade real.
V. Equidade na participação de custeio. Exemplo: Alíquotas de acordo com a renda;
contribuição das empresas pelo porte.
VI. Diversidade da base de financiamento: com o objetivo de pulverizar o ônus do
custeio.
VII. Caráter democrático e descentralizado da seguridade social.

ASSISTÊNCIA SOCIAL
Artigo 203, CRFB. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente
de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
I – Proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice;
II – o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III – a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua
integração à vida comunitária;
V – a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la
provida por sua família conforme dispuser a lei.
VI – a redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias em situação de pobreza ou de
extrema pobreza.
Artigo 204, CRFB. Trata de como serão realizadas as ações e dos recursos para tal.

Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS). Lei n. 8.742/1993.


Artigo 1º, LOAS. A assistência social, direito do cidadão e dever do Estado, é Política
de Seguridade Social não contributiva, que provê os mínimos sociais, realizada através de um
conjunto integrado de ações de iniciativa pública e da sociedade, para garantir o atendimento às
necessidades básicas.  política pública que objetiva atender as necessidades básicas do
indivíduo fornecendo-lhe o mínimo existencial  traz a ideia de resgatar o status de cidadania
do indivíduo.

Mínimo existencial: condições materiais para garantir a dignidade humana (vida digna).
O que é mínimo existencial se altera no tempo e no espaço.

Objetivos da Assistência Social.

Artigo 203, CRFB.  benefício assistencial (não se trata de aposentadoria).


- Inciso V. Benefício de prestação continuada (BPC), disciplinado pela LOAS
Artigo 20, LOAS. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo
mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por sua
família.
§ 1o Para os efeitos do disposto no caput, a família é composta pelo requerente, o cônjuge
ou companheiro, os pais e, na ausência de um deles, a madrasta ou o padrasto, os irmãos solteiros,
os filhos e enteados solteiros e os menores tutelados, desde que vivam sob o mesmo teto.
§ 2o Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa
com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental,
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua
participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais
pessoas. [desigualdade de oportunidade, não há igualdade de condições] [Conceito trazido no
artigo 1º da Convenção de Nova Iorque sobre os direitos das pessoas com deficiência,
internalizado ao direito brasileiro nos moldes do artigo 5º, § 3º da CRFB].
 Convenção de NY:
o Plano A: adoção de modelos universais: tecnologia, processos, arquitetura etc.
o Plano B: adaptação razoável  adaptações que não gerem impactos
desproporcionais (ex.: elevador, rampa, piso táctil; ex.: adaptação da legislação
 aposentadoria das pessoas com deficiência).
§ 3º Observados os demais critérios de elegibilidade definidos nesta Lei, terão direito ao
benefício financeiro de que trata o caput deste artigo a pessoa com deficiência ou a pessoa idosa
com. renda familiar mensal per capita igual ou inferior a ¼ (um quarto) do salário-mínimo.
 Após julgamento de ADI entendeu-se ser esse um critério válido, definido como critério
de miserabilidade (década de 1990). [controle abstrato]
 Em 2012, o STF considerou inconstitucional o critério de ¼ do salário-mínimo (controle
concreto)  declaração de inconstitucionalidade sem redução do texto. Assim, os juízes
devem analisar outras condições que configurariam a miserabilidade  Princípio da
Vedação à Proteção Insuficiente.

- Inciso VI. Incluído pela EC 114/2021. Redução da vulnerabilidade socioeconômica de famílias


em situação de pobreza ou de extrema pobreza.
Artigo 6º, parágrafo único, CRFB. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade
social terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder público em programa
permanente de transferência de renda, cujas normas e requisitos de acesso serão determinados em
lei, observada a legislação fiscal e orçamentária.
 Lei n. 10.835/2004. Renda básica de cidadania. Direito de brasileiros residentes e
estrangeiros residentes há pelo menos 5 anos, não importando sua condição
socioeconômica, de receber anualmente um benefício monetário. Proposta por Eduardo
Suplicy.
o Em 2021, o STF julgou um Mandado de Injunção por omissão do Poder
Executivo na regulamentação desta lei, determinando que haja regulamentação
da renda básica de cidadania, mas somente para pessoal em vulnerabilidade
social.
o Bolsa Família. Lei n. 10.836/2004.
o Auxílio Brasil. Lei n. 14.284/2021. Artigo 1º, parágrafo único: “constitui uma
etapa do processo gradual e progressivo de implementação da universalização da
renda básica de cidadania”.  cumpre a decisão do MI.

PREVIDÊNCIA SOCIAL
 A relação previdenciária tem natureza contributiva, constituindo-se num tipo de seguro
social, no qual se recebe apenas se o risco social (sinistro social) acontecer. [risco social
previsto em lei].
 DEVER DE SOLIDARIEDADE  contribuição para o regime de previdência
 A previdência pública não é facultativa (é de filiação OBRIGATÓRIA).
Artigo 201, CRFB. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de
Previdência Social (RGPS), de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial (...).  ideia de que a pessoa não dependa de
outra renda para não depender de outros programas de distribuição de renda.
 A previdência básica NÃO se restringe ao mínimo existencial, essa é a ideia da assistência
social.
Previdência Básica: é pública e obrigatória!
 RGPS: artigo 201, CRFB.
 Regimes Próprios (Servidores Públicos, artigo 40, CRFB). Os estados têm seus regimes
próprios.
Artigo 149, CRFB. Contribuições  vinculadas; Impostos  não vinculados.
Artigo 195, CRFB. Contribuições previdenciárias. Inciso I, “a”: contribuição que empresas
pagam sobre a folha de pagamentos. Inciso II: contribuição dos trabalhadores

Regime Geral: Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).


No Brasil, a primeira lei acerca da previdência é a chamada Lei Eloy Chaves (Decreto n.
4.682/1923), baseada numa ideia alemã (discurso de Bismark sobre a previdência), cria uma caixa
de aposentadoria e pensão para os trabalhadores das empresas de estradas de ferro. Esse modelo
constituía-se de seguros obrigatórios financiados por contribuições específicas.
Como alternativa para esse modelo, tem-se o modelo de Beveridge (Inglaterra), no qual
pagava-se benefícios de acordo com a necessidade, incluindo-se também a saúde e a assistência
social.
A gestão pública das contribuições previdenciárias teve início com a criação dos IAPs
(Institutos de Aposentadorias e Pensões), os quais eram criados por categorias de trabalhadores.
Em 1960, a lei 3.807 (Lei Orgânica de Previdência Social – LOPS) unificou as regras
previdenciárias, surgindo então o INPS (Instituto Nacional da Previdência Social) [surgiu em
1966].
Com a Constituição de 1988, nasce o conceito de seguridade social, o qual engloba saúde,
assistência e previdência social. Diante disso, é criado em 1990, o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS), a partir da fusão do INPS e do IAPAS (Instituto de Administração Financeira da
Previdência e Assistência Social).
Ressalta-se que para a saúde em 1993, deixou-se de ter uma autarquia [INAMPS: Instituto
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social] e criou-se o Sistema Único de Saúde
(SUS).
Ademais, o INSS inicialmente tinha capacidade tributária, a qual foi perdida em 2004.
Atualmente, quem cobra as contribuições é a Receita Federal do Brasil (RFB) [Fazenda
Nacional].
Pilares de Proteção Previdenciária
1º pilar: PREVIDÊNCIA BÁSICA.
Não é um interesse apenas individual senão também estatal. Objetivo não é o mínimo
existencial, sendo somente a independência do indivíduo para se sustentar [sem a necessidade de
renda de outros programas de redistribuição]. Pública e obrigatória.

2º pilar: PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR.


Natureza jurídica de contrato (direito privado). Facultativa e privada. Espécie de
poupança fortemente regulada pelo Estado (agente regulador). Objetivo: manutenção da
qualidade de vida/conforto. Oferece uma cobertura além da básica, porém NÃO substitui a
previdência pública.
Pode ser oferecida por entidades abertas ou fechadas (para determinados grupos).
Exemplos: Petros – previdência complementar fechada da Petrobras (fundo de pensão); OAB
Prev: para advogados; Entidades abertas: BrasilPrev.
Artigo 202, CRFB. O regime de previdência privada, de caráter complementar e
organizado de forma autônoma em relação ao regime geral de previdência social, será facultativo,
baseado na constituição de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por lei
complementar.

3º pilar: POUPANÇA PESSOAL.


Esforço individual de cada um para garantir maior tranquilidade no futuro.

 Ao fundo dessa dinâmica, há uma discussão entre igualdade (previdência pública) e


liberdade (previdência complementar).

SEGURADOS DO RGPS

Lei n. 8.213/1991 – Planos de Benefícios da Previdência Social


Obrigatórios (Artigo 11)
 Empregados: conceito mais amplo que o conceito de empregado no Direito Trabalhista
(exemplos: assessor de desembargador: serviço público comissionado; servidor público
temporário)
 Empregados domésticos
 Trabalhadores avulsos (obrigatoriamente intermediado por sindicato ou órgão gestor de
mão-de-obra)
o Artigo 7º, CRFB. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros
que visem à melhoria de sua condição social: XXXIV – igualdade de direitos
entre o trabalhador com vínculo empregatício permanente e o trabalhador avulso.
 autônomos, empresários e equiparados a autônomos: não existe mais!!
 Contribuintes individuais
 Segurados especiais: agricultor (pequena propriedade rural), pecuarista (pequena
propriedade rural), pescador, extrativista
o Artigo 195, § 8º, CRFB. O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais
e o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exerçam suas
atividades em regime de economia familiar, sem empregados permanentes,
contribuirão para a seguridade social mediante a aplicação de uma alíquota sobre
o resultado da comercialização da produção e farão jus aos benefícios nos termos
da lei. [pequeno produtor rural; regime de economia familiar]
o Artigo 11, § 1º, da Lei n. 8.213/1991. Entende-se como regime de economia
familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à
própria subsistência e ao desenvolvimento socioeconômico no núcleo familiar e
é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização
de empregados permanentes. [1. Auxílio da família; 2. Subsistência; 3. Ausência
de empregados permanentes].
o Artigo 39, da Lei n. 8.213/1991.

Facultativos (Artigo 13)


Artigo 13, Lei 8.213/1991. É segurado facultativo o maior de 14 anos que se filiar ao
RGPS, mediante contribuição, desde que não incluído nas disposições do artigo 11 (rol dos
segurados obrigatórios).  inscrição no RGPS tem efeito constitutivo.
Artigo 201, § 5º, CRFB. É vedada a filiação ao regime geral de previdência social, na
qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência.

Como se perde a qualidade de segurado?


 Discussão acerca do valor mínimo contribuído mensalmente (exemplo: trabalhador
intermitente que percebe menos de um salário-mínimo por mês)
 Período de graça: manutenção extraordinária da qualidade de segurado;
Artigo 15, da Lei n. 8.213/1991. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de
contribuições:
I – sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente;
II – até 12 meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer
atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem
remuneração;  aplica-se somente aos SEGURADOS OBRIGATÓRIOS. Prazo pode ser maior,
de acordo com o § 1º do mesmo artigo: 1. Para até 24 meses, se o segurado já tiver pago mais de
120 contribuições mensais sem interrupção; 2. Acrescidos de 12 meses, desempregado (ausência
involuntária de trabalho).
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de
segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para
prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

DEPENDENTES
Artigo 16, da Lei n. 8.213/1991. São beneficiários do RGPS, na condição de dependentes
do segurado:
I – o cônjuge ou companheiro(a) e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21
anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;  tem
presunção absoluta de dependência econômica (§ 4º do mesmo artigo).
II – os pais;  dependência econômica deve ser comprovada; exige-se início de prova material.
III – o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou inválido ou que tenha
deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave;  deve-se comprovar a dependência
econômica.

 Mesmo que a mulher sustente a casa, caso o marido venha a falecer ela tem direito à
pensão.
 Ex-marido e ex-mulher: Depende! Artigo 76, § 2º, da Lei 8.213/1991.  condicionado
ao recebimento de pensão de alimentos.
o Prazo determinado: pensão por porte terá duração similar ao da pensão de
alimentos;
o Mesmo que não haja sentença formal da pensão de alimentos a demonstração da
dependência econômica é suficiente.
 Para comprovação de união estável não se deve usar apenas testemunhas, é necessário
início de prova material.
 Filho que ficou inválido depois de 21 anos: presunção relativa de dependência econômica
(jurisprudência).
 Figuras equiparadas a filhos: enteado e menor sob tutela se comprovarem dependência
econômica; menor sob guarda: ECA, lei 8.069/1990, artigo 33, § 3º: “a guarda confere à
criança ou adolescente a condição de dependente, para todos os fins e efeitos de direito,
inclusive os previdenciários”.

Regras
1) Artigo 16, § 1º, da Lei n. 8.213/1991. A existência de dependente de qualquer das classes
exclui do direito às prestações os das classes seguintes.
2) Mesma categoria: divisão igualitária.

APOSENTADORIAS

A Emenda Constitucional nº 20, de 1998, modificou o sistema de previdência social,


estabelecendo normas de transição. Essa EC foi regulamentada pela Lei nº 9.876/1999.
Regras: tempo de contribuição OU por idade, o que vier primeiro.
EC 20/1998 Homem Mulher
Por tempo de contribuição 35 anos 30 anos
Por idade 65 anos 60 anos

 Fator previdenciário: medida de desestímulo a aposentadorias precoces. Média das 80%


maiores remunerações multiplicada por este fator.

A Emenda Constitucional nº 103, de 2019, alterou o sistema de previdência social,


estabelecendo regras de transição e disposições transitórias.

Artigo 201, § 7º, inciso I, da CRFB.


Regras: tempo de contribuição E idade (exigência cumulada).
EC 103/2019 Homem Mulher
Tempo mínimo de
20 anos 15 anos
contribuição
Idade mínima 65 anos 62 anos

 Tempo de Contribuição: impacta no valor do benefício


 Artigo 3º da EC 103/2019: Direito adquirido.
 Regras de transição: protegem expectativas de direitos.
 Regras transitórias: regulamentam temporariamente um tema.

Artigo 15 da EC 103/2019: em novembro de 2019.


Art. 15, EC 103/2019 Homem Mulher
Tempo de Contribuição 35 anos 30 anos
TC + Idade 96 pontos 86 pontos
 Idade mulher: 56 anos; Idade homem: 61 anos.
 A cada ano soma-se 1 ponto, até o limite de 105 pontos para homens e 100 pontos para
mulher.
 Homem faz 105 pontos em 2028 e a Mulher faz 100 pontos em 2033 (uma mulher poderia
se aposentar, tendo 30 anos de contribuição e 70 anos de idade).

Artigo 16 da EC 103/2019: em novembro de 2019.

Art. 16, EC 103/2019 Homem Mulher


Tempo de Contribuição 35 anos 30 anos
Idade 61 anos 56 anos
 A cada ano soma-se 6 meses na idade, até atingir 65 anos para homens e 62 anos para
mulher.

Artigo 17 da EC 103/2019: em novembro de 2019.

Homem (33 anos em Mulher (28 anos em


Art. 17, EC 103/2019
nov/2019) nov/2019)
Tempo de Contribuição 35 anos 30 anos
50% do tempo que em 50% do tempo que em
Pedágio
NOV/19 faltaria para 35 anos NOV/19 faltaria para 30 anos
 Homem que em nov/2019 tinha 33 anos de contribuição, precisaria contribuir 1 ano a
mais (não se aposentará com 35 anos de contribuição e sim com 36 anos).

Artigo 18 da EC 103/2019: em novembro de 2019.

Homem (65 anos em Mulher (60 anos em


Art. 18, EC 103/2019
nov/2019) nov/2019)
Tempo de Contribuição 15 anos 15 anos
 A partir de 2020, a idade da mulher (60 anos), será acrescida de 6 meses até atingir 62
anos (2023).

Artigo 20 da EC 103/2019: em novembro de 2019.


Art. 20, EC 103/2019 Homem Mulher
Idade 60 anos 57 anos
Tempo de Contribuição 35 anos 30 anos
100% do tempo que faltaria 100% do tempo que faltaria
Pedágio
em NOV/19 para 35 anos em NOV/19 para 30 anos
 Homem, que em nov/2019, tinha 31 anos de contribuição, por esta regra, teria que
contribuir por mais 8 anos.

Aposentadoria Diferenciada
 Para pessoas com deficiência
 Especial (Artigo 57, Lei n. 8.213/1991)
o Exposição a agentes nocivos prejudiciais à saúde ou a integridade física.
Artigo 57, § 5º, da Lei n. 8.213/1991.
Artigo 19, § 1º, inciso I, da EC 103/2019:
I - aos segurados que comprovem o exercício de atividades com efetiva exposição a agentes
químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a
caracterização por categoria profissional ou ocupação, durante, no mínimo, 15 (quinze), 20 (vinte)
ou 25 (vinte e cinco) anos, nos termos do disposto nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de julho
de 1991, quando cumpridos:
a) 55 (cinquenta e cinco) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 15
(quinze) anos de contribuição;
b) 58 (cinquenta e oito) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 20 (vinte)
anos de contribuição; ou
c) 60 (sessenta) anos de idade, quando se tratar de atividade especial de 25 (vinte e cinco)
anos de contribuição;
o A EC 103/2019 trouxe a obrigatoriedade de idade mínima (artigo 21 da EC
103/2019).
 Professor: Artigo 19, § 1º, II da EC 103/2019. Tempo de contribuição 25 anos e idade
mínima: 60 anos para homens e 57 anos para mulheres.

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