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Assistência Social
Resumo
Assistência social
Artigo 203 e 204, CF/88
Lei 8742/93 – Lei orgânica da assistência social – LOAS
Conceitos e diretrizes
Assistência social é um programa estatal de proteção a pessoas carentes em situação de maior exposição
social, tal como a gestação, maternidade, infância, adolescência, idade avançada e deficiência física.
Observe que o foco está em pessoas carentes, diferente da saúde pública, que estudamos na aula anterior,
que é universal, não se pode discriminar pessoas que tenham renda, por exemplo. A assistência social é
seletiva.
Em relação as diretrizes temos que, a assistência social é prestada através de um sistema único de
assistência social, é um sistema descentralizado, hierarquizado. É regido de acordo com o princípio da
gratuidade e o princípio da seletividade em favor das pessoas carentes.
Seção IV
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
1
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a
lei.
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada diretamente aos investimentos
ou ações apoiados. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
Constitui no pagamento de 1 salário mínimo mensal, não cabe a 13ª parcela, como ocorre com
aposentadoria e pensão. Esse beneficio deve ser pago ao idoso ou deficiente físico e necessitado.
A verificação de quem é idoso para esse fim está no artigo 34 do estatuto do idoso (mais de 65 antes). A
definição de deficiente físico é daquele com dificuldade para o trabalho ou de inserção social de forma
permanente.
2
O benefício do salário mínimo está previsto no art. 203, V, CF, regulamentado pelo artigo 20 da LOAS. A
definição de necessitado consta da redação do artigo 20, § 3º da LOAS, consiste naquele, cuja renda
familiar per capta seja inferior a ¼ do salário mínimo.
Em 1995, houve uma ADI 1232/DF, em que se discutiu o critério de constitucionalidade dessa previsão de
renda familiar per capta inferior a ¼ do salário mínimo.
Para o STF, essa definição era constitucional. Dentro dessa unanimidade o supremo se dividiu em duas
correntes: a) a previsão do critério era absoluta, deveria ser auferida de forma temática, pega a renda e
divide pelo número de pessoas, se deu igual ou superior a ¼ do salario mínimo, aquela pessoa não tem
direito ao BPC; b) a parte vencida (5 ministros) entendeu que a o critério é relativo e não absoluto, ele
servia para iniciar a avaliação, mas que a vista de determinadas condições peculiares do caso concreto, a
administração deveria garantir o pagamento do benefício, se a renda ultrapassasse um pouco do salario
mínimo, mas as condições indicassem a necessidade do pagamento.
A decisão na ADI gera efeito vinculante, e a maioria decidiu que o critério era absoluto. Apesar disso, o
judiciário continuou entendendo ser um critério relativo. Isso ensejou por parte do INSS apresentação de
reclamações ao supremo, pelo desrespeito a decisão da ADI. Em regra, os ministros não acolhiam essas
reclamações, sob o argumento de que não cabe a reclamação fazer analise de fato.
Diante disso, o supremo decidiu revisitar essa matéria, e apesar de ter entendido ser constitucional o
critério, numa declaração de inconstitucionalidade superveniente sem pronúncia de nulidade, passou a
entender que o critério é inconstitucional – RE 567985. O §3º do artigo 20 da LOAS, é considerado
inconstitucional, mas ele é valido, no sentido de que ele pode ser utilizado exatamente como o judiciário
estava fazendo, como um inicio de avaliação, dependendo de outras condições peculiares daquele caso.
Art. 34 do estatuto do idoso diz que a concessão do BPC não deve ser considerada na renda familiar per
capta quando o idoso fizer o pedido do benefício. O STF decidiu que o pagamento de BPC para idoso ou
deficiente ou de benefício previdenciário no valor de 1 salário mínimo não deve ser considerado na
apuração da renda familiar para outro BPC. O supremo alargou a interpretação e concedeu maior justiça.
RE 580963.