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Aula 1 - Seguridade Social

Legislação aplicável:
 Constituição Federal, artigos da Seguridade
 EC 103 e incorporação no corpo da Constituição Federal
 Lei Orgânica da assistência social 8742/93 e Decreto 6214/2007
 Decreto 3048 mais atualizado, plano de benefícios é mais importante.
 Portaria 450/20 é o resumo das alterações da EC 103

EC 103 trouxe muitas mudanças, tem dispositivos que regulam ambos os


regimes de previdência.
Hoje existem regimes próprios para cada ente federativo, se um ente não fez
sua disposição própria é como se a constituição - disposições anteriores a emenda -,
ainda se aplicassem a eles.

CONCEITO
Seguridade Social é o último estágio de uma evolução de três etapas
1) assistencialismo: publico, eclesiástico, incorporado pelo estado na lei de
pobres
2) seguro social (200 anos depois, 1883) a partir dessa virada do século 19
pro século 20.
3) seguridade social, ( Métade do século 20, bem estar social) pós segunda
guerra, baseado no plano beverage

Constituição de 88 trouxe o conceito moderno de seguridade social e o


completo sistema de seguridade social incorporado no estado. Trazendo os 3
subsistemas.

SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA


Diferença: existência ou não de uma filiação previa
1) Saúde: Não exige uma filiação previa, não exige cadastro prévio para
atendimento no SUS.
2) Assistência social: não precisa de filiação prévia para ter direito ao
benefício de assistência
3) Previdência é exigida a filiação prévia pois ela é contributiva, é um
seguro.

REGRA É QUE A PREVIDÊNCIA PRECISA DE FILIAÇÃO, MAS HÁ


FLEXIBILIZAÇÃO!

Flexibilização:
Existem modulações na exigência de filiação prévia:
Período de graça e uma exceção, você recebe proteção previdenciária sem estar
filiado: pessoas beneficiadas e filiadas anteriormente que deixaram a filiação. (artigo 13
decreto 3048)

Segurado especial ele geralmente não contribui como os demais segurados ele
contribui sobre o resultado da venda da comercialização da sua produção. Exemplo:
produtor rural que tem roça e vende o que planta, ele só vai contribuir sobre a receita
dessa pequena produção (artigo 195, CF).

FILIAÇÃO E CONTRIBUTIVIDADE
Regra: Exige filiação prévia a contributividade, porém existem situações em
que será simultânea!
Muitas vezes a contributividade tem que ser simultânea a filiação: para se
tornar filiado eles têm que diretamente tirar o valor do bolso e pagar.
Contribuinte individual autônomo (profissional liberal, autônomo, como um
contador ou um prestador de serviços) ele tem que recolher primeira contribuição
previdenciária em dia para ser inscrito e filiado segurado da previdência.
Segurado facultativo também tem essa mesma peculiaridade (ele e todo aquele
que não e obrigatório, como uma dona de casa que não tem uma atividade remunerada)
essa filiação não surge dos fatos/atividade remunerada (que não existe) surge de uma
formalização de um cadastro, ou seja, a pessoa ir à previdência e se filiar como
segurado facultativo, pagando a previdência.

SAÚDE
Artigo 197, 198 CF
Lei 8080

Peculiaridade: único ramo que pode ser explorado pela iniciativa privada.
Hibrida por ser um serviço publico efetivamente prestado pelo estado – SUS -, mas é
um serviço publico não privativo do Estado. É um serviço de relevância publica que
pode ser desempenhado pelo médico, ainda assim, é a mesma saúde que esta dentro da
seguridade social.
O que torna os serviços públicos privativos e os não privativos é exatamente a
possibilidade de eles poderem ser prestados sem concessão, delegação ou autorização

“ações e serviços
Públicos de “Ações e Saúde na CF/88
saúde” serviços de Art. 197 e 198
INTEGRAM uma saúde” são de
rede regionalizada RELEVÂNCIA
e hierarquizada PÚBLICA

Características:
 Direito de todos
 Independe de contribuição
 Dever do Estado
 Se concretiza por meio Políticas sociais e econômicas

JURISPRUDÊNCIA MEDICAMENTOS

Responsabilidade:
 TEMA 793 STF: Responsabilidade solidária dos entes, polo passivo pode
ser integrado por todos os entes.

 RE 273834: Consectário do direito a vida, concretização de normas


programáticas não podem ser meras promessas constitucionais inconsequentes.

Competência/Polo passivo:

 Não havendo União no polo passivo, ajuizada apenas contra outro ente
(mesmo medicamento já incorporado pelo SUS, mas que não tem): JUSTIÇA ESTADUAL

 Havendo União: JUSTIÇA FEDERAL

 Medicamento sem registro na ANVISA: JUSTIÇA FEDERAL

 TEMA 1234 STF: Com registro na ANVISA mas não incorporado no SUS -
Há divergência.

Ainda irá decidir qual será a competência passiva. Obs.: existem


jurisprudências esparsas no Supremo e não vinculantes que a União teria que estar no
polo passivo dessa obrigação, portanto, seria competência Federal. O STJ já tem uma
interpretação expansiva, aceitando ambas as competências, pela responsabilidade
solidária.

 Ajuizada ação para fornecer medicamento em que o polo passivo é


constituído conjuntamente com os entes federados: o juiz tem que direcionar caso a
caso de que forma será cumprida a obrigação imposta conforme as regras de
repartição de competência

Quanto a obrigatoriedade do fornecimento:

 TEMA 500 Medicamento não registrado na ANVISA: STF tratou do não


registrado e daqueles experimentais (exemplo clássico diz respeito a
fosfoetanolamina): disse que não pode conceder remédio experimental e não tem
exceção.

Quanto aos não registrados a regra é que não há obrigação em fornecer.

Exceção ao medicamento não registrado:


TEMA 1161: Medicamento sem registro, mas com importação autorizada pela
vigilância sanitária (distinguinshing) – Cabe ao Estado fornecer em termos excepcionais

TEMA 6: medicamento de alto custo, para doença grave e paciente sem


condição financeira para comprar

RESUMO:
TEMA 106 STJ: Não incorporado ao SUS

TEMA 84 STJ: Bloqueios de verbas dos estados, sequestro de valores para


fornecimento de medicamento.

TEMA 289 STF: Possibilidade de bloqueio de verbas publicas, afetado a


repercussão geral. Pendente de julgamento, não sobrestou processo

Enunciado 18 CNJ: Sempre que possível as decisões liminares sobre saúde


devem ser precedidas de notas evidência cientifica de núcleo de apoio técnico
judiciário.

TEMA 98 STJ: multa diária para descumprimento da obrigação de fornecer


medicamento.
ASSISTÊNCIA SOCIAL

Prevê a garantia de um benefício assistencial. Um salário mínimo.

Conceitos:
 Idoso: Lei 10741. Para fins de benefício assistencial é aquela a partir de
65 anos que terá.
Lei 8742/93 – diretrizes, objetivos

 Pessoa com deficiência: não há no corpo constitucional a definição de


deficiência
Convenção de Nova Iorque sobre os Direitos das pessoas com deficiência
(artigo 5, §3 da CF.) que define e foi incorporada ao Bloco de constitucionalidade,
promulgada com o rito especial

Lei 12435/11 no artigo 20 §2 tem o conceito de pessoa com deficiência.


Lei 13146/15 Estatuto da Pessoa com deficiência, para fins do benefício
especial e para aposentadoria das pessoas com deficiência

Existem duas modalidades de aposentadoria da Pessoa com deficiência, usa o


melhor benefício:
 Por tempo de contribuição sem idade mínina;
 Ou por idade.

20. § 2: Para o efeito da concessão do benefício de prestação continuada,


considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de
natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais
barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de
condições com as demais pessoas.
Tem que se associar a uma ou mais barreiras. Obstrução de sua participação
plena e efetiva em igualdade de condições: é uma pessoa com deficiência se ela não
viver em igualdade de condições. A Soma dos impedimentos com as barreiras tem que
calhar nessa condição.

Incapacidade para trabalho é iminentemente médico, da CID-10


X
Deficiência é baseada em uma leitura diagnosticada ampla, biopsicossocial,
não é apenas um conceito médico. Análise das barreiras e dos impedimentos em
conjunto

AVALIAÇÃO BIOPSICOSSOCIAL é obrigatória e indispensável para a


aposentadoria. Essa obrigatoriedade de perícia BIOPSICOSSOCIAL passou a ser em
nível constitucional.

É a portaria interministerial número 1 de 27/01/14 trata de indicar o


instrumento de avaliação da DEFICIÊNCIA e seus graus para efeito de APOSENTADORIA
DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, concedida essa na forma da Lei complementar 142/13
(artigo 3 da LC 142). Um questionário que pontua com base em critérios médicos e
sociais, a gradação de grau de deficiência (leve, modera ou grave) terá relevância para
fins de aposentadoria (com mais ou menos tempo de contribuição a depende do grau).
Para fins de benefício assistencial não tem relevância. Só terá uso: se for
“menos que leve” para fins de benefício assistencial não terá o direito, entende-se que
esse impedimento, junto com as barreiras não causa uma deficiência significativa a
ponto de ser relevante para fins normativos.

ERA:
Emenda 103 ao artigo 201 paragrafo primeiro: é vedada a adoção de
requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria dos
beneficiários do regime de previdência social, ressalvados os casos de atividades
exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física e
quando se trata de segurados portadores de deficiência, nos termos definidos em LC

AGORA:
§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão
de benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão
de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de
aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: (Parágrafo com redação dada
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biopsicossocial
realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar; (Inciso acrescido pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)

BARREIRAS: Sociais e econômicas.

Sumula 80 do TNU: para adequada valoração dos fatores ambientais, sociais,


econômicas e pessoais que impactam na participação da pessoa com deficiência na
sociedade é necessária a realização de avaliação social por assistente social, ou outras
providencias aptas a revelar a efetiva condição vivida no meio social pelo requerente
Para o Judiciário, para avaliar barreiras, tem que fazer essa avaliação por
assistente social. Na esfera administrativa usa aquela portaria com aquele
questionário, no judiciário não usa isso, mas costumeiramente usam os mesmos
quesitos.
“pessoa portadora de deficiência é aquela incapacitada”: superada, há uma
diferença.

CIF índice da OMS: Classificação Internacional de Funcionalidade,


Incapacidade e saúde
INSS adota a CIF de modo complementar a CID 10.
Avaliação biopsicossocial e multidimensional, essa avaliação é realizada com
base no conceito de funcionalidade disposto na CIF e mediante analise da deficiência
utilizando o Índice de funcionalidade Brasileiro Aplicado para fins de aposentadoria
IFbra (pontuando por meio de avaliação). São 41 atividades avaliadas em sete
domínios.
Deficiência grave, moderada, leve, insuficiente. (quanto maior a pontuação
menor é a influência da deficiência)

Deficiência nem sempre enseja a aposentadoria.


Deficiência nem sempre enseja direito ao benefício.

Cegueira monocular é deficiência sensorial – Lei 14126 de 2021. Não existe


julgado ainda se ela concede o benefício assistencial.
Portaria interministerial número 1 de 2014
Impedimento de longo prazo é pelo prazo de 2 anos ininterruptos (esfera
administrativa.

TEMA 34 TNU: Deve se examinar as condições pessoas, incapacidade parcial


ou total pode ser considerada se de longo prazo, mas tem que avaliar.

TEMA 173 TNU: Deve ser contado desde início do impedimento e o termo
final para aferir se tem direito ao benefício ou não e a data prevista para sua cessação.
Análise prognostica.
TEMA 299 TNU: benefício assistencial para menor de 16 anos, não se
restringe a avaliação física, mental, intelectual. Não e só sobre a capacidade
intelectual, via de regra o menor de 16 não trabalha e vai continuar sendo a avaliação
de impedimento junto com as barreiras na vida dessa criança, avaliação social da base
familiar. Avalia se ela como criança tem uma vida considerada com barreiras e também
como é a vida e os impedimentos dos pais.
Decreto 6414, artigo 4, §1: para fins de reconhecimento do benefício aos
menores de 16 tem que analisar o impacto da limitação e restrição da participação
social compatível com a idade.

FAMÍLIA
O artigo 20, §1 da lei 8742/93
Para fins normativos, é um conceito restritivo: requerente, cônjuge,
companheiro, pais, madrasta e padrasto (quando não tiver pais), irmão solteiro, filhos
(não importa a idade) e enteados solteiros e menores tutelados desde que vivam sob o
mesmo teto.
Menor sob guarda também e considerado pela jurisprudência esparsa,
controvertido porque prejudica o segurado.

TEMA 73 TNU: Grupo familiar para fins de benefício assistencial tem que ser
por uma perspectiva restrita (beneficia o segurado)

MISERABILIDADE
O artigo 20, 8742
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-
mínimo mensal à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou
mais que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la
provida por sua família.
§ 3º Observados os demais critérios de elegibilidade definidos nesta Lei, terão
direito ao benefício financeiro de que trata o caput deste artigo a pessoa com deficiência
ou a pessoa idosa com renda familiar mensal per capita igual ou inferior a 1/4 (um
quarto) do salário-mínimo.

Renda per capital familiar é a renda por cabeça, soma a renda total e divide
pela quantidade de integrantes: 325 reais hoje, por ser em relação ao salário mínimo
(esfera administrativa).
Para o benefício pode ser usado outros elementos obrigatórios da condição
de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vulnerabilidade conforme
regulamento
ADI 1232 STF já definia, critério objetivo é constitucional, mas depois de um
tempo considerou defasado.

TEMA 27 STF: É inconstitucional o §3 do artigo 10 da lei 8742/93 que


estabelece a renda familiar mensal per capita inferior a um quarto do salário mínimo
como requisito obrigatório para concessão do benefício assistencial de prestação
continuada previsto no artigo 203. V, CF

Artigo 34 trata da idade do idoso mais idoso, mas ele fala também que se tem
um grupo familiar com 2 idosos e um já recebe o benefício, se o outro requerer
também iremos desconsiderar aquele que já recebe da conta. Porque se não o que
seria destinado ao idoso vai atrapalhar. Exclui o valor e a pessoa da conta

TEMA 312 STF: o dispositivo da lei exclui só o idoso, sendo que tinha que
excluir também a pessoa com deficiência e também excluir qualquer beneficio
previdenciário de ate um salario mínimo

Só se excluía no âmbito judicial, não excluía no INSS porque não vincula a


esfera administrativa.

§14 foi incluído e passou a prever:


§ 14. O benefício de prestação continuada ou o benefício previdenciário no
valor de até 1 (um) salário-mínimo concedido a idoso acima de 65 (sessenta e cinco)
anos de idade ou pessoa com deficiência não será computado, para fins de concessão do
benefício de prestação continuada a outro idoso ou pessoa com deficiência da mesma
família, no cálculo da renda a que se refere o § 3º

Outros elementos probatórios que podem ser usados:

Art. 20-B. Na avaliação de outros elementos probatórios da condição de


miserabilidade e da situação de vulnerabilidade de que trata o § 11 do art. 20 desta
Lei, serão considerados os seguintes aspectos para ampliação do critério de aferição da
renda familiar mensal per capita de que trata o § 11-A do referido artigo:.
(Incluído pela Lei nº 14.176, de 2021) (Vigência)
I – o grau da deficiência;.

II – a dependência de terceiros para o desempenho de atividades básicas da


vida diária; e

III – o comprometimento do orçamento do núcleo familiar de que trata o § 3º


do art. 20 desta Lei exclusivamente com gastos médicos, com tratamentos de saúde,
com fraldas, com alimentos especiais e com medicamentos do idoso ou da pessoa com
deficiência não disponibilizados gratuitamente pelo SUS, ou com serviços não
prestados pelo Sus, desde que comprovadamente necessários à preservação da saúde
e da vida.

Essa elevação do limite da renda para ½ do salário mínimo depende da


analise.

Vai abater do cálculo.

Para o judiciário é metade do salario mínimo: tema 27 de repercussão geral

Programa de transferência de renda constitucionalizado como direito


fundamental
Constitucionalizado o direito pela emenda constitucional 114/2021: programa
de transferência de renda é um direito fundamental de caráter social (bolsa família
), todo brasileiro em situação de vulnerabilidade tem direito a uma renda básica
familiar garantida pelo poder publico em programa permanente de transferência de
rendas
Mudou regime de precatório também, apresentar ate 2 de abril agora.
AULA 2 – SEGURIDADE SOCIAL

PREVIDÊNCIA SOCIAL

PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL


Servem para todos os âmbitos da seguridade social, mas se aplicam mais para a
Previdência social.
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações
de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos
relativos à saúde, à previdência e à assistência social.
Parágrafo único. Compete ao poder público, nos termos da lei, organizar a
seguridade social, com base nos seguintes objetivos (Já é pacífico que são
PRINCÍPIOS):

I - universalidade da cobertura e do atendimento;

ASPECTO OBJETIVO: riscos sociais que são eleitos para ficarem sob o
manto da seguridade social, as contingências sociais
ASPECTO SUBJETIVO: expansão das pessoas que podem se enquadrar,
estarem cobertas pela proteção.
Previdência tem um filtro quanto a ambos os aspectos: contributividade e
filiação prévia. A filtragem tem como base a participação no custeio para que atenda o
aspecto objeto e ao subjetivo.
Obs.: maternidade e infância têm base jurisprudencial que deixa de lado o
custeio quanto a esses direitos, faz com que a contribuição previdenciária então seja
secundária. Internação hospitalar ADPF 2324, proteção social da mãe gestante, bebê
quando precisa dessa internação há proteção ao benefício e salário maternidade que
só pode ser contado a partir da alta do hospital em preservação ao vínculo de mãe e
filho.
Tema 72 STF, normatizado pela receita entendeu que não promove crédito
tributário quanto a cota patronal da contribuição previdenciária, inclusive quanto ao
salário educação. Esse afastamento da cota pode se extrair do acórdão, mas pela ratio
decidendi também poderia se inferir a não cobrança sobre a contribuição
previdenciária da empregada.

II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações


urbanas e rurais;

Princípio da isonomia, política pública de ação afirmativa porque antes não


havia equilíbrio entre o sistema previdenciário rural e urbano. A CF trouxe esse
princípio como uma forma de atenuar as desigualdades.
UNIFORMIDADES: contingências sociais eleitas devem ter uma linha
horizontal de uniformidade, mas não significa que sejam idênticas
EQUIVALENCIAS: Algumas peculiaridades de uma e de outra devem ser
observadas. Em âmbito urbano, por exemplo, até 28 de abril que se permitia o
enquadramento em categorias (exposição a agentes nocivos, ex.) situação que não
condiz com o trabalho rural. Porém, situação do trabalho rural tende a ser mais penosa
do que o trabalho urbano e por isso tem mudança quanto ao tempo de aposentadoria,
com idade reduzida.
Da equivalência que se extrai um tratamento diferenciado equivalente a
situação, seja em forma de benefício ou não: Segurados rurais só tem direito a um
benefício de renda mínima, de um salário-mínimo e custeio deles é diferente.

Por que o custeio é diferente? Segurado especial não contribui sobre o


salário de contribuição, pode ate recolher com base no salario de contribuição se fizer
a escolha de contribuição complementar.
Obs.: Mesma sistemática de não recolhimento sobre o salário de
contribuição é o segurado facultativo que não exerce atividade remunerado pode se
inscrever e escolher o salario de contribuição que ele vai recolher.

SEGURADO OBRIGATÓRIO: empregado, empregado doméstico,


trabalhador avulso, contribuinte individual, segurado especial.
SEGURADO FACULTATIVO: dona de casa, maior de 16 anos,
síndico não remunerado, estudante, brasileiro que acompanha
cônjuge para serviço no exterior, desempregado, estagiário,
presidiário não remunerado.

Segurado especial pode recolher também facultativamente, mas essa não é


a regra. Em regra, o segurado especial é aquele que nunca recolheu e recebe de
prestação um salário-mínimo, é uma espécie de segurado obrigatório.

Segurados especiais podem ser: agropecuário, pescadores artesanais ou


seringueiro extrativista. Segurado especial está dentro de um grupo: RURAIS.

RURAIS: pode ser empregado urbano que tem um trabalho de


peculiaridade rural, avulso (trabalho em portos, armazenagem de grãos) também com
viés rural. Empregado doméstico não pode ter variante rural, o caseiro se enquadra
como urbano

Contribuinte individual: urbano ou rural


Segurado especial: quarta subespécie de rural.

Quando a gente fala de aposentadoria com idade reduzida, o contribuinte


individual ou o segurado especial (qualquer um dos tipos de segurado) se rural terá
essa diminuição quanto a idade para aposentar. Obs.: Não pode passar de quatro
módulos fiscais para incidir nessa classificação e redução. Porém se passar de 4
módulos fiscais não descaracteriza automaticamente do regime de economia familiar.
A economia familiar dispensa a contratação de trabalhadores permanente, não precisa
de grande quantidade de maquinário
III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

“SELECIONAR PARA DISTRIBUIR”


Expansividade gradativa
Princípio da vedação ao retrocesso social: Canotilho. Esse princípio deve
ser lido em conjunto, sopesar com o custeio. Emenda 103: para se manter regra de
cálculo da pensão por morte está tendo debate do STF. Hoje: 50% do que estava
recebendo antes de falecer e analisa quantos dependentes tem e acrescenta 10% por
dependente. A pensão por morte terá sempre no mínimo 60% sobre a aposentadoria
que receberia.
Aposentadoria por incapacidade permanente é 100%.
Aposentadoria já tem um percentual que é baixo e a base ainda é calculada
sobre um percentual baixo: ela será calculada num critério de coeficiente de 60% do
salário de benefício (média dos salários de contribuição desse segurado) e acrescida de
2% por cento cada ano de contribuição, a partir de seus 20 anos se homem e 15 se
mulher.
STF se posiciona que é constitucional, em razão do principio da vedação ao
retrocesso não é ser absoluto.

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;


Artigo 201, §4 é assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar
valor real, proteger benefícios da corrosão da inflação, é uma norma de eficácia
limitada essa norma é constitucional e não cabe fazer paralelo a índices do salario
mínimo.
O INPC é para benefícios previdenciários que é vinculada por lei e não pode
ser trocado! Quanto aos salários mínimos é uma politica de governo de livre escolha.

Inciso IV: É uma irredutibilidade nominal que aplica tanto a previdência


quanto a seguridade, não pode reduzir de um dia para o outro o valor.
Artigo 201, §4 da CF: irredutibilidade real só para o previdenciário seria
para preservar valor real, aplica índice de correção.

V - eqüidade na forma de participação no custeio;

Proporcionalidade para assunção de obrigações tributária conforme as


suas capacidades contributivas.

VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas


contábeis específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a ações de
saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter contributivo da
previdência social; (Inciso com redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
2019)
Diversidade da base de financiamento e dentro dessa base cada um paga
de acordo com sua capacidade contributiva, de modo equânime. Proporcionalidade
para assunção de obrigações tributária conforme as suas capacidades contributivas.
Deu viés a destinação vinculada. DRU desvinculação as receitas da união
antes era aplicada, mas para a seguridade social a DRU não incide mais.
Artigo 194 – promessas
Artigo 195 – recursos, quem irá arcar. As bases de financiamento

FINANCIAMENTO:
 Recursos ORÇAMENTÁRIOS da União, Estado, DF, Municípios
 Contribuições previdenciárias pagas pelo empregador
 Contribuições pagas pelo trabalhador
 Contribuições sociais pegas pela empresa ou entidade a ela
equiparada
 Contribuições sociais incidentes sobre a receita de concurso de
prognósticos (loteria)
 Contribuições sociais pagas pelo importador de bens e serviços do
exterior ou de quem a lei a ele equiparar

VII - caráter democrático e descentralizado da administração, mediante


gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados. (Inciso com redação dada pela
Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

Gestão quadripartite:
 Trabalhadores
 Empregadores
 Aposentados
 Governo

Conselhos: CNPS, CNS, CNAS – fazem essa gestão.

Lei 8213 – OUTROS PRINCIPIOS

Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos seguintes princípios e objetivos:


IV - cálculo dos benefícios considerando-se os salários-de-contribuição
corrigidos monetariamente;
Salário de benefício é elemento do calculo previdenciário que se extrai da
media das contribuições, faz a media das contribuições e chega no de beneficio e ai
RMI (renda mensal inicial, valor inicial que o segurado ou beneficiário irá receber) que
e um coeficiente.
Essa media de contribuições é extraída de um intervalo de tempo (A partir
de julho de 94) as contribuições anteriores.
Exemplo: Revisão da vida toda, STF julgou tema 1002: fazer com que
segurado que se filiaram antes de 99 antes de publicar a lei façam jus ao uso de todo
período contributivo em detrimento de uma regra que limita temporalmente. Só vale
para segurados que se aposentaram, que foi concedida entre a lei 7.896 de 99 e a
véspera da publicação da EC 103, porque a emenda alterou a regra de calculo, qualquer
segurado terá que se aposentar de acordo com calculo do artigo 26, limitou que todos os
segurados terão apenas a partir de julho de 94 para fazer a media .

VI - valor da renda mensal dos benefícios substitutos do salário-de-


contribuição ou do rendimento do trabalho do segurado não inferior ao do salário-
mínimo;
Artigo 201, §2 é artigo específico da previdência, significa que o benefício
previdenciário não pode ser inferior ao salario mínimo se tiver conotação de substituir
renda do trabalhador
Auxílio acidente que, por exemplo, é indenizatório e não é para substituir.
Pode ser inferior ao salário-mínimo, 50 % do salário de benefício. Salário família
também pode ser inferior

VII - previdência complementar facultativa, custeada por contribuição


adicional;
Artigo 202 cf, essa lei foi publicada antes da emenda da constituição que
mudou e inclui.

TIPOS DE PRESTAÇÕES
 Benefícios
Pago ao segurado
Aposentadoria programada
Aposentadoria não programada (por incapacidade permanente)
Salário família
Salário maternidade
Pago ao dependente
Pensão por morte
Auxílio reclusão

 Serviços
Social
Reabilitação de segurado

 Quanto a natureza da prestação: indenizatória ou substitutiva do salário de


contribuição.
 Quanto ao tipo de beneficiário: Segurado ou dependente.
 Quanto a programação de prestação: Se não decorrer de incapacidade será
programado, se decorrer de incapacidade será não programado. Poderá ser a
programada especial e a programada do professor
 Quanto a temporariedade ou não da prestação previdenciária : pensão por
morte tem temporariedade que varia de acordo com características do
falecido, tempo de casamento e idade.
 Quanto a exigência ou não de carência : pensão por morte não exige carência,
independente de qualquer motivo de falecimento essa é a maior expressão de
solidariedade e seu viés retributivo. Existem regras quanto a temporariedade
apenas, se o segurado tinha menos de 18 contribuição e casamento 2 anos terá
uma contribuição de 4 meses apenas, até 2015 não existia regra de
temporariedade até uma só contribuição era vitalício o recebimento. Passado
esse período de 18 contribuições e 2 anos de casamento a tabela tem relação
com a idade do segurado falecido para saber o tempo
 Quanto a substitutividade ou não da remuneração
 Quanato a submissão ou não ao teto do RGPS: salário maternidade pode passar
o teto porque quem paga é a empresa.

 Quanto a necessidade ou não do afastamento do trabalho para sua concessão:


Por incapacidade exige afastamento já o auxílio acidente não exige
afastamento. Aposentadorias programadas comuns permitem que o
aposentado retorne, mas a aposentadoria especial para aqueles que
trabalharam sob incidência de agentes nocivos não pode regressar para o
trabalho
Benefício exige afastamento da atividade que ensejou a aposentadoria.
Exemplo: se aposentou como minerador (especial) e volta como mergulhador
(especial não pode) so pode voltar para trabalho comum TEMA 709

Se voltar a trabalhar ele terá direito a todos os benefícios previdenciários? NÃO, ele
tem direito só ao serviço de reabilitação e a principio único beneficio previdenciário:
salario-família. A princípio porque não é pago para qualquer tipo
Salário maternidade: direito de todos os segurados! Empregado, doméstico e avulso
Salário família: Trabalhador avulto e doméstico. (Empregado não recebe artigo 18, §2
8213)

Existe restrição de pagamento dos benefícios previdenciários? SIM, no plano


simplificado de previdência social, relacionada ao contribuinte individual (contribuição
reduzida e se for MEI paga menos ainda) e segurado facultativo

Plano simplificado de previdência social, que e destinado apenas a esses dois


segurados o salário de contribuição já será disposto pela lei, não pode escolher sobre o
que quer pagar, é sobre o salário mínimo. Percentual de 11% (regra) não tem nenhum
requisito, só efetuar pagamento e o percentual de 5% (maior concessão) depende de
requisitos: tem que ser MEI para contribuinte individual e quanto ao segurado
facultativo que não tenha renda e trabalha exclusivamente domestico e família de
baixa renda para ter esse enquadramento

Recolhimento menor do que deveria com relação ao salário de contribuição -


COMPLEMENTAÇÃO
Seria possível complementar quando não tiver realizado o recolhimento adequado de
contribuição, mesmo que pelos herdeiros com a morte do segurado. Até dia 15 de
janeiro do ano seguinte ao óbito é a data limite.
Outra situação é: Contribuição menor do que o salário mínimo, EC 103 -
COMPLEMENTAÇÃO
A contribuição não pode ser abaixo do mínimo. É uma exigência da EC103 para todos
segurados com artigo 195 paragrafo 14, as contribuições previdenciárias não podem
mais ser inferiores a um salário-mínimo, sob pena de não ter computado tempo de
contribuição.
Empregado intermitente, em empresas de prestação de serviço de mão de obra, esse
empregado pode receber menos do que um salário mínimo e a empresa empregadora
tem o ônus de recolher contribuição previdenciária e ele terá que buscar a
complementação entre o que recebe e a diferença para chegar no salario mínimo.
Decreto 10410 trata que a contribuição inferior ao salário-mínimo ela não vale para
nenhum benefício, salvo se proceder ajustes e houver a complementação.
Contribuição abaixo do mínimo para complementação após EC 103: Utilização do
excedente (utiliza um saldo credor e utiliza para fechar dívida da outra) e agrupamento
de contribuições.

PECULIARIDADES DO PLANO DE BENEFÍCIOS DO RGPS

Tema 201 – Contribuinte individual é uma figura dentre os obrigatórios, que está a
margem da proteção acidentária. Não sofre acidente de trabalho e isso repercute em um
cálculo desfavorecido da aposentadoria por incapacidade permanente

Hoje a regra de cálculo favorece quem se incapacitou por acidente de trabalho, doença
profissional ou do trabalho que será 100% sobre o salário de benefício.
Contribuinte individual, por não ter disposto o que seria acidente de trabalho ele não
sofre e não tem direito a essa aposentadoria de 100% e nem tem direito ao auxílio
acidente por expressa exclusão legal. Foi questionado que esse auxílio desde 95 é pago
pelo acidente de qualquer natureza, que e mais amplo do que o acidente de trabalho. Se
questionou a possibilidade para o contribuinte individual por não precisar ser um
acidente de trabalho, mas em um posicionamento do STF definiu que está na lei que não
paga e não tem direito.

Benefício previdenciário pode ser concedido por órgão ou entidade que não seja o
proprio INSS? Artigo 18, § 8123
Concedidos e analisado? NÃO
Recebidos SIM

Quem banca a seguridade social?


SOCIEDADE
DIRETA – Contribuições para a seguridade social
INDIRETA – União, Estados, DF e Municípios

COMPOSICAO DA SEGURIDADE SOCIAL NO AMBITO FEDERAL


União – orçamento fiscal
Contribuições sociais (195, CF)
Outras fontes (multas, 40% de bens apreendidos)

Obs.: em situação de insuficiência financeira: União é responsável pela cobertura


RECEITA DAS CONTRIBUICOES SOCIAIS
EMPREGADOR
EMPRESA
TRABALHADOR
IMPORTADOR
RECEITA DE CONCURSO DE PROGNOSTICOS (loteria)

243: expropriação.

ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL

Abrangendo todas as entidades, órgãos a ela vinculados, da administração direta ou


indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.
Orçamento da seguridade social existe em conjunto com o orçamento fiscal e orçamento
de investimento.

Salário de contribuição: Previsto na CF é a base de cálculo da contribuição


previdenciária.

Lei 8212 artigo 28 trata de definições, cada uma para cada segurado. Em regra, todos
partem da mesma regra da norma matriz tributária, mesmos requisitos: caráter
remuneratório, habitualidade e consequente repercussão do benefício previdenciários

Segurado facultativo: não exerce atividade tributária então ele paga porque ele quer, o
pagamento dele não incide sobre salário de contribuição, incide sobre o valor que ele se
dispôs a pagar. Obs.: Complementação de segurado facultativo de baixa renda com
contribuição não validada há jurisprudência que diz caber restituição das contribuições
não validadas, não é tributo por não haver compulsoriedade já que ele pagou porque
quis.

Segurado especial (rurais, pescador artesanal e extrativista) não contribui sobre o salário
de contribuição, porque ele não existe. Ele contribui sobre o resultado da
comercialização. Sobre a receita da venda dos produtos agrícolas...não é ele quem paga,
quem sub-roga é a empresa adquirente de sua produção. 195, §8, CF
SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO É ELEMENTO MATERIAL DA NORMA
MATRIZ TRIBUTÁRIA

 Verba remuneratória – folha de salários e demais rendimentos


 Habitualidade
 Consequente repercussão em benefícios

ASPECTO DO CUSTEIO: Salário de contribuição é a base sobre a qual incide


alíquotas e nasce obrigação tributaria e contribuição previdenciária tem que ser paga.
ASPECTO DO BENEFÍCIO: Salário de contribuição funciona como base de calculo.
Salário de contribuição que dá a base para se calcular a média e então se produzir o
salário de beneficio e sobre este se aplica alíquota que define a renda mensal inicial
(RMI)

PARCELAS INTEGRANTES E NÃO INTEGRANTES DO SALÁRIO DE


CONTRIBUICAO

TEMA 163 STF: Contribuição previdenciária sobre o terço constitucional de férias, a


gratificação natalina, os serviços extraordinários, adicional noturno e adicional de
insalubridade.
TESE: Não incide contribuição previdenciária sobre verba não incorporável aos
proventos de aposentadoria do servidor publico, tais como 1/3 de férias, serviços
extraordinários, adicional noturno e adicional de insalubridade
Nesse tema usou do elemento da consequente repercussão dos benefícios

TEMA 985 STF: Natureza jurídica do terço de férias, indenizadas ou gozadas, para fins
de incidência da contribuição previdenciária patronal
TESE: É legítima a incidência da contribuição social sobre o valor satisfeito a titulo de
terço de férias
TEMA 163 TNU: Se a gratificação de atividade de segurança – GAS é incorporável
aos proventos de aposentadoria do servidor público que a recebe e se o seu pagamento é
base de cálculo para incidência da contribuição previdenciária do regime próprio.

Não incidência de contribuição previdenciária em verbas de caráter “pro labore


faciendo”, não se incorporam aos proventos de aposentadoria e por isso não incide a
contribuição previdenciária.

Tema 20 TNU fala sobre a questão da incidência sobre ganhos habituais, contribuições
sociais incide sobre.
DECRETO 3048 – REGULAMETO DA PREVIDENCIA SOCIAL

 CARENCIA

Art. 28. O período de carência é contado:


I - para o segurado empregado, inclusive o doméstico, e o trabalhador
avulso, a partir da data de sua filiação ao RGPS; e (Inciso com redação dada pelo
Decreto nº 10.410, de 30/6/2020)
II - para o segurado contribuinte individual, observado o disposto no § 4º
do art. 26 (§ 4º Para efeito de carência, considera-se presumido o recolhimento das
contribuições do segurado empregado, do trabalhador avulso e, relativamente ao
contribuinte individual, a partir da competência abril de 2003, as contribuições dele
descontadas pela empresa na forma do art. 216.), e o segurado facultativo, inclusive o
segurado especial que contribua na forma prevista no § 2º do art. 200, a partir da data
do efetivo recolhimento da primeira contribuição sem atraso, e não serão consideradas,
para esse fim, as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências
anteriores, observado, quanto ao segurado facultativo, o disposto nos § 3º e § 4º do art.
11. (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 30/6/2020)

Artigo 29, resumo:


 12 contribuições mensais – auxílio incapacidade temporária e
aposentadoria por incapacidade permanente
 180 contribuições mensais – aposentadoria programada (rural e
especial)
 10 contribuições mensais – salário maternidade (contribuinte
individual, especial, facultativa) Obs.: parto antecipado reduz pelo
número de meses que o parto foi antecipado
 24 contribuições mensais – auxílio reclusão

Art. 30. Independe de carência a concessão das seguintes prestações:


I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente de qualquer
natureza, observado, quanto à pensão por morte, o disposto no inciso V do caput e nos
§ 3º e § 4º do art. 114; (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 30/6/2020)
II - salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada
doméstica e trabalhadora avulsa; (Inciso com redação dada pelo Decreto nº 3.265, de
29/11/1999)
III - auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por
incapacidade permanente nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho e nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS,
seja acometido de alguma das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada
pelos Ministérios da Saúde e da Economia, atualizada a cada três anos, de acordo com
os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe
confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Inciso com
redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 30/6/2020)
IV - aposentadoria por idade ou por invalidez, auxílio-doença, auxílio-
reclusão ou pensão por morte aos segurados especiais, desde que comprovem o
exercício de atividade rural no período imediatamente anterior ao requerimento do
benefício, ainda que de forma descontínua, igual ao número de meses correspondente à
carência do benefício requerido; e
V - reabilitação profissional.
Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto nº 10.410, de 30/6/2020)
§ 1º Entende-se como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de
origem traumática e por exposição a agentes exógenos, físicos, químicos ou biológicos,
que acarrete lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou a
redução permanente ou temporária da capacidade laborativa. (Parágrafo acrescido pelo
Decreto nº 10.410, de 30/6/2020)
§ 2º Até que seja elaborada a lista de doenças ou afecções a que se refere o
inciso III do caput, independerá de carência a concessão de auxílio por
incapacidade temporária e de aposentadoria por incapacidade permanente ao
segurado que, após filiar-se ao RGPS, seja acometido por alguma das seguintes
doenças:
I - tuberculose ativa;
II - hanseníase;
III - alienação mental;
IV - esclerose múltipla;
V - hepatopatia grave;
VI - neoplasia maligna;
VII - cegueira;
VIII - paralisia irreversível e incapacitante;
IX - cardiopatia grave;
X - doença de Parkinson;
XI - espondiloartrose anquilosante;
XII - nefropatia grave;
XIII - estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);
XIV - síndrome da imunodeficiência adquirida (aids); ou
XV - contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina

 RPPS NÃO PODE SER SEGURADO FACULTATIVO


§ 2º É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na
qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de
previdência social, salvo na hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não
permitida, nesta condição, contribuição ao respectivo regime próprio.

LEI 8212 – PLANO DE BENEFÍCIO


 CARGO EM COMISSÃO - RGPS

Art. 11. São segurados obrigatórios da Previdência Social as seguintes pessoas


físicas:

I - como empregado:

g) o servidor público ocupante de cargo em comissão, sem vínculo efetivo com a


União, Autarquias, inclusive em regime especial, e Fundações Públicas Federais.

§ 5 Aplica-se o disposto na alínea g do inciso I do caput ao ocupante de cargo de


Ministro de Estado, de Secretário Estadual, Distrital ou Municipal, sem vínculo efetivo
com a União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas autarquias, ainda que em
regime especial, e fundações.

Artigo 96 – CERTIDAO DE TEMPO DE CONTRIBUICAO


VI - a CTC somente poderá ser emitida por regime próprio de previdência
social para ex-servidor; (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 871, de 18/1/2019,
convertida na Lei nº 13.846, de 18/6/2019)
VII - é vedada a contagem recíproca de tempo de contribuição do RGPS por
regime próprio de previdência social sem a emissão da CTC correspondente, ainda que
o tempo de contribuição referente ao RGPS tenha sido prestado pelo servidor público ao
próprio ente instituidor; (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 871, de 18/1/2019,
convertida e com redação dada pela Lei nº 13.846, de 18/6/2019)
VIII - é vedada a desaverbação de tempo em regime próprio de previdência
social quando o tempo averbado tiver gerado a concessão de vantagens remuneratórias
ao servidor público em atividade; e (Inciso acrescido pela Medida Provisória nº 871, de
18/1/2019, convertida na Lei nº 13.846, de 18/6/2019)

PERIODO DE GRACA – DIREITOS - TEMPO

Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de


contribuições: PERIODO DE GRAÇA
I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-
acidente; (Inciso com redação dada pela Lei nº 13.846, de 18/6/2019)
II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que
deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver
suspenso ou licenciado sem remuneração;
III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de
doença de segregação compulsória;
IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às
Forças Armadas para prestar serviço militar;
VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo

REDUÇÃO

Aos servidores públicos estaduais e municipais é aplicado, para todos os


efeitos, o art. 98, § 2° e § 3°, da Lei nº 8.112/90.
STF. Plenário. RE 1.237.867/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em
16/12/2022 (Repercussão Geral – Tema 1.097) (Info 1080).

 EC 103/2019
Art. 23. A pensão por morte concedida a dependente de segurado do Regime Geral de
Previdência Social ou de servidor público federal será equivalente a uma cota familiar
de 50% (cinquenta por cento) do valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou
servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade
permanente na data do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por
dependente, até o máximo de 100% (cem por cento).

§ 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão
reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% (cem por cento) da
pensão por morte quando o número de dependentes remanescente for igual ou
superior a 5 (cinco).

§ 2º Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência intelectual,


mental ou grave, o valor da pensão por morte de que trata o caput será
equivalente a:

I - 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo segurado ou servidor ou


daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na
data do óbito, até o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência
Social; e

II - uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) acrescida de cotas de 10 (dez)
pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento), para o
valor que supere o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social.

1) PENSÃO DEIXADA POR POLICIAL

a) Quando se tratar de pensão por morte de agente de segurança pública,


necessariamente o cálculo da pensão deve ser diferenciado.

b) Regra transitória para os Policiais da União (art.10,§6º,EC103/19): § 6º A pensão por


morte devida aos dependentes do policial civil do órgão a que se refere o inciso XIV do
caput do art. 21 da Constituição Federal, do policial dos órgãos a que se referem o
inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a III do caput
do art. 144 da Constituição Federal e dos ocupantes dos cargos de agente federal
penitenciário ou socioeducativo decorrente de agressão sofrida no exercício ou em
razão da função será vitalícia para o cônjuge ou companheiro e equivalente à
remuneração do cargo.

ou seja: para óbitos decorrentes de agressão sofrida no exercício ou em razão da


função = Duração vitalícia para o cônjuge ou companheiro (se for pensão para
filho: será observada a maioridade previdenciária: aos 21 anos cessará a pensão)
+ terá Valor equivalente à remuneração do cargo (integralidade).
2) PENSÃO POR MORTE PARA OS DEMAIS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS DA
UNIÃO (que não sejam policiais):

Regra transitória para os demais servidores federais (art.23,EC103/19)

a) Cota fixa: de 50% do valor da aposentadoria recebida pelo servidor, ou daquela a


que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente (invalidez);

b) Cota variável: acréscimo de 10% por dependente, até o limite de 100%.

c) Cota do dependente não reverte mais para os demais (depois de cessada), § 1º,
art. 23 da EC 103/2019.

d) Regra diferenciada de cálculo da pensão deixada PARA


deficiente (art.23,§2º,EC103/19)

Dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave;

Cota fixa:100% da aposentadoria recebida pelo servidor,ou que teria direito a receber
por incapacidade permanente, LIMITADO ao Teto do RGPS;

Obs.: cessada a invalidez/deficiência do dependente,o cálculo deve ser refeito pelos


parâmetros gerais (art.23,§5º,EC103/19, ou seja: cota fixa de 50% + 10% por
dependente, até o limite de 100%).

40 CF § 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou municipal


será contado para fins de aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art.
201, e o tempo de serviço correspondente será contado para fins de disponibilidade.
(Parágrafo com redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO -> APOSENTADORIA
TEMPO DE SERVICO -> DISPONIBILIDADE
BENEFÍCIO DE PRESTACAO CONTINUADA – MICROCEFALIA
Em 2016, por meio da Lei nº 13.301/96, deu-se o direito de receber benefício de
prestação continuada – BPC-LOAS, temporário, pelo prazo máximo de 03 anos, na
condição de pessoa com deficiência, a criança vítima de microcefalia em decorrência
de sequelas neurológicas decorrentes de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti,
nascida entre 1º de janeiro de 2015 e 21 de dezembro de 2019.

Esse benefício foi revogado pela Medida Provisória 894/2019, convertida na Lei n.
13.985/2020, e foi instituída a Pensão especial destinada a crianças com Síndrome
Congênita do Zika Vírus, nascidas entre 1º de janeiro de 2015 e 31 de dezembro de
2019, beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC) de que trata o art. 20
da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993.

A pensão especial, tem natureza assistencial e indenizatória, e será mensal,


vitalícia e intransferível. O valor da pensão especial destinada a crianças com
Síndrome Congênita do Zika Vírus é de 01 salário mínimo.
PENSAO VITALICIA ACIDENTENUCLEAR EM GOIANIA - INTRANSMISSÍVEL

Art. 1º É concedida pensão vitalícia, a título de indenização especial, às vítimas do


acidente com a substância radioativa CÉSIO 137, ocorrido em Goiânia, Estado de Goiás.

Parágrafo único. A pensão de que trata esta Lei, é personalíssima, não sendo
transmissível ao cônjuge sobrevivente ou aos herdeiros, em caso de morte do beneficiári

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