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PREVIDENCIÁRIO
Fábio Souza
1
“Le droit de la securité sociale imprègne
la vie de tous les individus depuis leur
conception jusqu’à leur denier souffle”
(P. Laroque: Securité sociale et vie
publique, Dr. Soc. 1960, p. 665)
2
SEGURIDADE SOCIAL
Conceito: A seguridade social
compreende um conjunto integrado de
ações de iniciativa dos Poderes
Públicos e da sociedade, destinadas a
assegurar os direitos relativos à saúde,
à previdência e à assistência social.
4
SAÚDE Arts. 196 a 200 CRFB
Saúde Pública X Saúde Privada
S.U.S.
5
Saúde 2
CRFB, Art. 196. A saúde é direito de todos e
dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do
risco de doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação.
6
Assistência à Saúde e Obrigatoriedade de Filiação
(Alfredo Ruprecht)
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Saúde 4
Espécies de Prestações:
Atendimento Hospitalar
Assistência Farmacêutica
9
Saúde 5
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ART. 105, III,
"B". EMENDA CONSTITUCIONAL N. 45/2004.
HONORÁRIOS DE ADVOGADO DEVIDOS PELO ESTADO
À DEFENSORIA PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE.
CONFUSÃO. ART. 1.049 DO CÓDIGO CIVIL DE 1916.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE - SUS. FORNECIMENTO DE
MEDICAMENTOS. RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA DOS
ENTES FEDERATIVOS. ... 4. Sendo o Sistema Único de
Saúde (SUS) composto pela União, Estados-Membros,
Distrito Federal e Municípios, impõe-se o reconhecimento
da responsabilidade solidária dos aludidos entes
federativos, de modo que qualquer um deles tem
legitimidade para figurar no pólo passivo das demandas
que objetivam assegurar o acesso à medicação para
pessoas desprovidas de recursos financeiros. 5. Recurso
especial parcialmente provido.
(STJ – 2ª T – REsp 674803 – Rel. Min. João Otávio de 10
Noronha – J. 15/02/2007 – DJ 06/03/2007) Cf. tb. REsp
Saúde 6
Lei 9.656/98 - Art. 32. Serão ressarcidos pelas operadoras a que alude o art.
1o os serviços de atendimento à saúde previstos nos respectivos
contratos, prestados a seus consumidores e respectivos dependentes, em
instituições públicas ou privadas, conveniadas ou contratadas, integrantes
do Sistema Único de Saúde - SUS.
§ 1o O ressarcimento a que se refere o caput será efetuado pelas
operadoras diretamente à entidade prestadora de serviços, quando esta
possuir personalidade jurídica própria, ou ao SUS, nos demais casos,
mediante tabela a ser aprovada pelo CNSP, cujos valores não serão
inferiores aos praticados pelo SUS e não superiores aos praticados pelos
planos e seguros.
§ 2o Para a efetivação do ressarcimento, a entidade prestadora ou o
SUS, por intermédio do Ministério da Saúde, conforme o caso, enviará à
operadora a discriminação dos procedimentos realizados para cada
consumidor.
§ 3o A operadora efetuará o ressarcimento até o trigésimo dia após a
apresentação da fatura, creditando os valores correspondentes à entidade
prestadora ou ao Fundo Nacional de Saúde, conforme o caso.
§ 4o O CNSP, ouvida a Câmara de Saúde Suplementar, fixará normas
aplicáveis aos processos de glosa dos procedimentos encaminhados 11
conforme previsto no § 2 deste artigo.
o
Saúde 7
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI
ORDINÁRIA 9656/98. PLANOS DE SEGUROS PRIVADOS
DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE. MEDIDA PROVISÓRIA
1730/98. PRELIMINAR. ILEGITIMIDADE ATIVA.
INEXISTÊNCIA. AÇÃO CONHECIDA.
INCONSTITUCIONALIDADES FORMAIS E OBSERVÂNCIA
DO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA AO DIREITO
ADQUIRIDO E AO ATO JURÍDICO PERFEITO. ... 4.
Prestação de serviço médico pela rede do SUS e
instituições conveniadas, em virtude da impossibilidade
de atendimento pela operadora de Plano de Saúde.
Ressarcimento à Administração Pública mediante
condições preestabelecidas em resoluções internas da
Câmara de Saúde Complementar. Ofensa ao devido
processo legal. Alegação improcedente. Norma
programática pertinente à realização de políticas públicas.
Conveniência da manutenção da vigência da norma
impugnada. ...
(ADI-MC 1931/DF) 12
Saúde 8
PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO – AGRAVO DE INSTRUMENTO –
RESSARCIMENTO AO SUS PELAS OPERADORAS DE PLANOS DE SAÚDE
PRIVADOS – ART. 32 DA LEI Nº 9.656/98 – CARÁTER INDENIZATÓRIO –
ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DEFERIDA APENAS PARA OBSTAR A
INSCRIÇÃO DA AGRAVANTE NO CADIN. I – O instituto do ressarcimento ao
SUS previsto pelo art. 32 da Lei nº 9.656/98 é medida salutar, adotada pelo
legislador, que visa ressarcir o Poder Público pelos custos do atendimento
efetuado perante o SUS e instituições conveniadas, em razão da
impossibilidade das operadoras de plano de saúde em executar os serviços
previstos nos planos contratados em favor de seus consumidores. II – Tal
instituto não implica qualquer redução no dever do Estado de assegurar a
todos o direito à saúde, garantindo o “acesso universal e igualitário às
ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação”, conforme
exigido pela Constituição (art. 196). Nem acarreta a alegada discriminação
de usuários de planos de saúde perante os serviços efetuados pelo SUS.
Visa apenas, como visto, indenizar o Poder Público pelos custos desses
serviços não prestados pela operadora privada, mas cobertos pelos
contratos e pagos pelo consumidor. Note-se, que a relação jurídica criada
pela lei em comento opera-se entre Estado e pessoa jurídica de direito
privado, não alcançando a esfera jurídica da pessoa física beneficiária do
plano contratado, que continua exercendo seu direito ao atendimento 13
publico no âmbito do SUS. Precedentes. (...)
ASSISTÊNCIA SOCIAL Arts. 203 e 204 CRFB
Conceito: A assistência social, direito do cidadão
e dever do Estado, é Política de Seguridade
Social não contributiva, que provê os mínimos
sociais, realizada através de um conjunto
integrado de ações de iniciativa pública e da
sociedade, para garantir o atendimento às
necessidades básicas.
Art. 1º da Lei 8.742/03 (LOAS)
O princípio da
universalidade tem sua
aplicação mitigada, pois
só há prestação a quem
necessitar (art. 203
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CRFB)
Assistência Social 2
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela
necessitar, independentemente de contribuição à
seguridade social, e tem por objetivos:
I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à
adolescência e à velhice;
II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de
deficiência e a promoção de sua integração à vida
comunitária;
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à
pessoa portadora de deficiência e ao idoso que
comprovem não possuir meios de prover à própria
manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme
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dispuser a lei.
Benefício Assistencial de
Prestação Continuada - CRFB 203, V
Art. 203, V CRFB – a garantia de um salário mínimo
de benefício mensal à pessoa portadora de
deficiência e ao idoso que comprovem não
possuir meios de prover à própria manutenção ou
de tê-la provida por sua família, conforme
dispuser a lei.
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Benefício Assistencial de
Prestação Continuada - 2
QUEM É DEFICIENTE?
18
Benefício Assistencial de
Prestação Continuada - 4
Quem é idoso?
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Benefício Assistencial de
Prestação Continuada - 5
Quem não tem meios para prover sua subsistência, nem de
tê-la provida por sua família?
ADIn nº 1.232-DF
Reclamação nº 2.303-RS
Reclamação nº 4374-PE – Info STF 454
20
Benefício Assistencial de
Prestação Continuada - 6
Lei 10.741/03 – Art. 20, parágrafo único. O benefício
já concedido a qualquer membro da família nos
termos do caput não será computado para os fins
do cálculo da renda familiar per capita a que se
refere a Loas.
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Benefício Assistencial de
Prestação Continuada - 7
PREVIDENCIÁRIO. BENEFÍCIO ASSISTENCIAL.
EFICIÊNCIA/INVALIDEZ. CUMPRIMENTO DOS REQUISITOS LEGAIS.
CUSTAS E DESPESAS PROCESSUAIS. HONORÁRIOS.
INAPLICABILIDADE DA PENA POR LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. TUTELA
ANTECIPADA. I - É de se deferir o benefício assistencial à autora, hoje
com 65 anos, portadora de hipertensão arterial sistêmica, insuficiência
coronária severa, perda de 100% da visão no olho esquerdo e déficit
auditivo, que vive com o marido idoso, tem 69 anos, também com a
saúde bastante prejudicada. A renda familiar corresponde a um salário
mínimo proveniente da aposentadoria do marido, sendo insuficiente
para proporcionar uma vida digna ao casal que tem inúmeros problemas
de saúde, além de sofrerem dos males avindos da idade avançada,
gerando grandes despesas com medicamentos. II - Aplica-se, por
analogia, o parágrafo único do artigo 34, da Lei nº 10.741/2003 (Estatuto
do Idoso), que estabelece que o benefício assistencial já concedido a
qualquer membro da família, nos termos do "caput", não será
computado para fins de cálculo da renda familiar "per capita" a que se
refere a LOAS. III - É preciso considerar que, para a apuração da renda
mensal per capita, faz-se necessário descontar o benefício de valor
mínimo, a que teria direito a parte autora. (...)
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(TRF – 3ª Região – ApC 248872)
PREVIDÊNCIA SOCIAL
Lei 8.212/91 - Art. 3º A Previdência Social tem por
fim assegurar aos seus beneficiários meios
indispensáveis de manutenção, por motivo de
incapacidade, idade avançada, tempo de serviço,
desemprego involuntário, encargos de família e
reclusão ou morte daqueles de quem dependiam
economicamente.
SEGURO SOCIAL
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Previdência Social
Universalidade do atendimento
pessoas
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II - uniformidade e equivalência
dos benefícios e serviços às
populações urbanas e rurais
Art. 5º CRFB Art. 194, p.u., II
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III- seletividade e distributividade na
prestação dos benefícios e serviços
Seletividade Limite do possível
Distributividade Isonomia
E o princípio da universalidade?
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IV - irredutibilidade do valor dos
benefícios
Art. 194, p.u., IV – irredutibilidade nominal
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V - eqüidade na forma de
participação no custeio
Exemplo: art. 20 da Lei 8.212/91 - alíquotas
diferenciadas de acordo com o valor do salário-de-
contribuição
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Como é possível entender o princípio da
equidade na forma da participação no custeio da
Seguridade Social? (TRF- 2ª Região VIII
Concurso)%
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VI - diversidade da base de
financiamento
Exemplo: Art. 195 da CRFB
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VII - caráter democrático e
descentralizado da administração,
mediante gestão quadripartite,
com participação dos
trabalhadores, dos empregadores,
dos aposentados e do Governo
nos órgãos colegiados .
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Princípio da Solidariedade
PRINCÍPIO DA SOLIDARIEDADE
Entre gerações
Entre categorias sociais
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA
História Universal
(I) Fase assistencialista: Inglaterra – 1601 Poor Law Act –
pequenos valores a desempregados, doentes e pessoas de
idade avançada;
(II) Fase previdencialista: Alemanha – Bismark – 1883 –
“seguro operário”: seguro-doença-maternidade, seguro
invalidez-velhice (obs: Constituição do México de 1917 – a
primeira a incluir o seguro social);
(III) Fase da seguridade social: Inglaterra – 1942 –
Plano Beveridge: para atacar a necessidade, a doença, a
ignorância, a carência (desamparo) e o desemprego,
adotaram-se seis princípios: benefícios adequados, benefícios
cujos valores fossem divididos de forma justa, contribuições
em cotas justas, unificação da responsabilidade
administrativa, acobertamento das necessidades básicas da
população e classificação das necessidades.
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA - 2
História Brasileira
1923 – Lei Eloy Chaves (Dec. Legislativo nº 4.682): Caixa de
Aposentadorias para trabalhadores da Estrada de Ferro.
1960 – Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS – L.
3.807) – transforma as CAP e IAP.
1966 – reunião dos IAPs e criação do INPS
1977 – criado o SINPAS (Sistema Nacional de Previdência e
Assistêncial Social): INPS (prestações pecuniária), IAPAS –
Inst. de Adm. Financeira e Assistência Social (arrecadação),
INAMPS – Inst. Nac. de Assistência Médica da Previdência
Social (Saúde), LBA – Legião Brasileira de Assistência
(assistência), FUNABEN – Fundação Nacional do Bem-Estar
do Menor, CEME – Central de Medicamentos, DATAPREV
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EVOLUÇÃO HISTÓRICA - 3
História Brasileira
1990 – Lei 8.029 criação do INSS
2004 – MP 222 Lei 11.098/05
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FIM
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