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APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA

Fundamentação Legal:

- Constituição Federal (EC 47/2005 – EC 103/2019)


- Lei Complementar 142/2013 – Recepcionada pela Reforma da Previdência (EC 103/2019)
- Portaria Interministerial Nº 1/2014
- Decreto 3.048/1999
- Lei 14.126/2021 – visão monocular
- Portaria Conjunta 2/2015
- Portaria Conjunta MDS/INSS nº 1/2009
- Lei 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência
- Decreto 8.145/2013
Art. 7. São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua
condição social:
(...)
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do
trabalhador portador de deficiência;

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
(...)
XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
(...)
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de
sua admissão;

Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por
objetivos:
(...)
V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir
meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.
A Convenção de Nova York e seu Protocolo Facultativo foram assinados em Nova York, em 30 de março de 2007. Foi
aprovada pelo Congresso Nacional em 09/07/2008 e internacionalizada em 25/08/2009, tendo sido aprovada nas duas
casas legislativas em dois turnos por 3/5, entrando, portanto, no direito brasileiro com força de norma constitucional.
A pessoa com deficiência passou a ser vista e entendida não apenas sob o ponto de vista físico, mas sob o enfoque
médico e social também (análise feitas com base na CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e
Saúde).

A aposentadoria da Pessoa com Deficiência foi regulamentada pela Lei Complementar 142/2013 (Publicada em
09/05/2013), mas entrou em vigor em 09/11/2013 – Art. 11.
Decreto 8.145/2013 – regulamentou a LC 142/2013

Portaria Interministerial nº 1 publicada em 27/01/2014 veio definir os critérios IFBra


EC 103/2019 – Art. 22.
“Até que lei discipline o §4º-A do art. 40 e o inciso I do §1º do art. 201 da Constituição
Federal, a aposentadoria da pessoa com deficiência segurada do Regime Geral da
Previdência Social ou do servidor público federal com deficiência vinculado a regime
próprio de previdência social, desde que cumpridos, no caso do servidor, o tempo mínimo
de 10 (dez) anos de efetivo exercício no serviço público e de 5 (cinco) anos no cargo efetivo
em for concedida a aposentadoria, será concedida na forma da Lei Complementar nº 142,
de 8 de maio de 2013, inclusive quanto aos critérios de cálculo dos benefícios.”
TIPOS DE DEFICIÊNCIA

Deficiência física: alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da
função física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia,
triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros
com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam dificuldades para o
desempenho de funções.

Deficiência auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas
frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.

Deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a
baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a
somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência simultânea de quaisquer
das condições anteriores.

Deficiência intelectual/mental: funcionamento intelectual inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações
associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas como comunicação, habilidades sociais, cuidado pessoal, utilização
dos recursos da comunidade, saúde e segurança, habilidades acadêmicas, lazer e trabalho.

Deficiência Psicossocial: Nem toda pessoa com transtorno mental pode ser considerada com deficiência psicossocial, mas toda
pessoa que, em decorrência de um transtorno mental, apresentar impacto significativo e prolongado, de diminuição, déficit ou
limitações em sua funcionalidade humana, pode ser considerada com deficiência psicossocial.”
Segundo os critérios da Lei 13.146/2015, há quatro espécies de deficiência, quais sejam:

- Física;
- Mental;
- Intelectual;
- Sensorial.

Segundo os critérios da CIF – Classificação Internacional de Funcionalidade,


Incapacidade e Saúde, as deficiências podem ser:

- temporárias ou permanentes;
- progressivas, regressivas ou estáveis;
- intermitentes ou contínuas;
- leve, moderada ou grave.
BARREIRAS ENFRENTADAS PELAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA

A deficiência advêm da interação dos impedimentos físicos, mentais, intelectuais e sensoriais


característicos dos indivíduos com as barreiras sociais que impossibilitam a plena efetivação destas
pessoas na sociedade, quais sejam, com os diversos fatores culturais, econômicos, tecnológicos,
arquitetônicos, dentre outros, de forma a gerar uma impossibilidade de plena e efetiva participação dessas
pessoas na sociedade.
A verificação das barreiras as quais a pessoa com deficiência está exposta, está disciplinada no artigo
2º, da Portaria Conjunta MDS/INSS nº 2/2015.
O art. 3º da Lei 13.146 de 2015, em todos os seus incisos, traz os conceitos das barreiras e as suas
subclassificações.
O art. 2º da Lei 13.146/2015, estabelece que a fala da interação do indivíduo com uma ou mais barreiras,
de modo que, se esse indivíduo enfrentar apenas uma dessas barreiras capazes de obstruir a participação
plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas, ele já será considerado
deficiente
DIFERENÇA ENTRE DEFICIÊNCIA E INCAPACIDADE
A incapacidade está diretamente relacionada com a capacidade de exercício da função laborativa
atual do segurado, podendo ser esta condição incapacitante temporária ou permanente. Engloba,
portanto, qualquer situação de saúde que impeça o segurado, momentaneamente ou permanentemente,
de executar sua atividade profissional habitual.
A análise da incapacidade deverá ser feita de maneira individualizada no ato pericial, com a análise
pormenorizada de documentos médicos, levando em consideração o contexto social em que vive, para
que haja completa proteção previdenciária.

A deficiência existente deve ser devidamente estudada e analisada em conjunto com as barreiras físicas
e sociais que impedem a pessoa de viver em igualdade de condições com os demais em sociedade.
À vista disso, a deficiência não incapacita a pessoa na execução da atividade laboral, mas o impede de
atuar em condições de igualdade com os demais.
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE – CIF
Trata-se de uma família de classificações de incapacidade e funcionalidade humana, criada para
unificar e padronizar as informações sobre a saúde através de códigos, de maneira a universalizar o
seu conceito, o qual poderá ser aplicado em diversos contextos.
A classificação é organizada em duas partes, cada uma com dois componentes:
Parte 1 - Funcionalidade e Incapacidade - inclui Funções e Estruturas do Corpo e Atividades e
Participação;
Parte 2 - Fatores Contextuais - incorpora Fatores Ambientais e Fatores Pessoais, embora os Fatores
Pessoais ainda não estejam classificados na CIF. Cada componente é subdividido em domínios e
categorias em níveis variados de granularidade (até quatro níveis), cada um deles representado por um
código numérico. (Manual prático para uso da Classificação Internacional de Funcionalidade,
Incapacidade e Saúde, p. 23).
FATORES CONTEXTUAIS:
- Funções do corpo: funções fisiológicas do sistema orgânico;
- Estrutura corporal: partes anatômicas do corpo humano;
- Atividade: execução de uma tarefa ou ação praticada por um indivíduo;
- Participação: envolvimento social.

FATORES PESSOAIS:
- Fatores ambientais: componentes externos em que o indivíduo está inserido, podendo ser físico, social ou atitudinal,
os quais podem atuar como barreiras ou facilitadores;
- Fatores pessoais: individualidade, características particulares de cada ser humano.

Já os componentes são formados por um sistema alfanumérico, sendo cada um codificado com uma letra. Vejamos:
∙ Funções: (b) – “body”
∙ Estruturas: (s) – “structure”
∙ Atividades/Participação: (d) – “domain”
∙ Fatores Ambientais: (e) – “environment”
A Portaria Interministerial n.º 01/2014, no art. 2º, §1º também estabelece a obrigatoriedade de
aplicação da CIF na avalição funcional realizada em perícia em casos de aposentadoria da pessoa com
deficiência. Vejamos:
“Art. 2º Compete à perícia própria do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS, por meio de
avaliação médica e funcional, para efeito de concessão da aposentadoria da pessoa com
deficiência, avaliar o segurado e fixar a data provável do início da deficiência e o respectivo grau,
assim como identificar a ocorrência de variação no grau de deficiência e indicar os respectivos
períodos em cada grau.
§ 1º A avaliação funcional indicada no caput será realizada com base no conceito de
funcionalidade disposto na Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde -
CIF, da Organização Mundial de Saúde, e mediante a aplicação do Índice de Funcionalidade
Brasileiro Aplicado para Fins de Aposentadoria - IFBrA, conforme o instrumento anexo a esta
Portaria.”
ÍNDICE DE FUNCIONALIDADE BRASILEIRO APLICADO PARA FINS DE
APOSENTADORIA – IFBrA
A Lei Complementar 142/2013, trouxe disposição sobre a aposentadoria por tempo de contribuição e por
idade da pessoa com deficiência.
“Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de Previdência Social, de
caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial,
e atenderá, na forma da lei, a:
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e idade avançada;
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário;
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda;
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes,
observado o disposto no § 2º.”
APLICAÇÃO DO MÉTODO LINGUÍSTICO FUZZY

Trata-se de um fator qualitativo trazido para a análise e que visa evitar distorções no resultado
puramente quantitativo que ocorreria com a simples soma das pontuações, servindo para contornar e
uniformizar a pontuação nas situações de maior risco funcional para cada tipo de deficiência.
APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
APOSENTADORIA POR IDADE DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA – art. 3º, LC 142/2013
Requisitos:
- 180 meses de carência;
- 15 anos de tempo de contribuição na condição de deficiente (independente do grau da deficiência)
- 60 anos de idade, se homem;
- 55 anos de idade, se mulher.
Art. 311, IN 128/2022 – Dispensa a qualidade de segurado como requisito para a concessão do benefício, sendo
necessário apenas a condição de deficiência na Data da entrada do Requerimento (DER) ou na data em que
preencheu os requisitos para a implantação do benefício.
CÁLCULO RMI – RENDA MENSAL INICIAL DO BENEFÍCIO

Artigo 8º, inciso II, LC 142/2013 c/c artigo 70-J, Decreto 3.048/1999

RMI = 70% da média aritmética de 100% do período contributivo, mais 1% a cada grupo de 12
contribuições mensais até o máximo de 30%, que deverá ser calculado pela média aritmética de
todos os salários de contribuição recolhidos a partir de julho de 1994.

OBS: O fator previdenciário só poderá ser aplicado se for vantajoso, ou seja, se majorar o
benefício (LC no 142/13,art. 9o, inciso I)
APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA
Requisitos:
- 180 meses de carência;
- Tempo de Contribuição 25 anos homem e 20 anos mulher – deficiência grave;
29 anos homem e 24 anos mulher – deficiência moderada;
33 anos homem e 28 anos mulher – deficiência leve.

- Condição de deficiente na DER ou na data da implementação dos requisitos para o benefício.


APOSENTADORIA POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO DA PESSOA COM
DEFICIÊNCIA

Cálculo do benefício:

Na aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência, o valor do benefício


corresponde a 100% da média aritmética de 100% de todo o período contributivo a partir de
julho/1994 ou de quando iniciarem as contribuições se posteriores a essa data.

O fator previdenciário somente será aplicado se for mais vantajoso aos segurados.
GRAUS DE DEFICIÊNCIA - CONVERSÃO

Art. 70-E, Decreto 3.048/1999 – “Para o segurado que, após a filiação ao RGPS,
tornar-se pessoa com deficiência, ou tiver seu grau alterado, os parâmetros mencionados
nos incisos I, II e III do caput do art. 70-B serão proporcionalmente ajustados e os
respectivos períodos serão somados após a conversão, conforme as tabelas abaixo,
considerando o grau de deficiência preponderante, observado o disposto no art. 70-A:
MULHER
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER Para 20 Para 24 Para 28 Para 30
De 20 anos 1,00 1,20 1,40 1,50
De 24 anos 0,83 1,00 1,17 1,25
De 28 anos 0,71 0,86 1,00 1,07
De 30 anos 0,67 0,80 0,93 1,00

HOMEM
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER
Para 25 Para 29 Para 33 Para 35
De 25 anos 1,00 1,16 1,32 1,40
De 29 anos 0,86 1,00 1,14 1,21
De 33 anos 0,76 0,88 1,00 1,06
De 35 anos 0,71 0,83 0,94 1,00
GRAUS DE DEFICIÊNCIA - CONVERSÃO

Art. 70-E, Decreto 3.048/1999:

§1º O grau de deficiência preponderante será aquele em que o segurado cumpriu maior tempo de
contribuição, antes da conversão, e servirá como parâmetro para definir o tempo mínimo necessário para
a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência e para a conversão.
§2º Quando o segurado contribuiu alternadamente na condição de pessoa sem deficiência e com
deficiência, os respectivos períodos poderão ser somados, após aplicação da conversão de que trata o
caput.
APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E O TEMPO ESPECIAL

A pessoa com deficiência pode ter laborado como deficiente e, ao mesmo tempo, estar exposta a agente nocivo ou, ainda, períodos
sucessivos. Logo, estamos diante de um período especial e/ou PCD.
Nestes casos, não poderá haver o duplo redutor, ou seja, aplicação das regras da aposentadoria PCD e da aposentadoria especial.
Se for período concomitante, temos que observar se será mais vantajoso se aposentar como PCD ou pela aposentadoria especial .
Se for período sucessivo aplica-se o artigo 70-F do Decreto 3.048/1999: “A redução do tempo de contribuição da pessoa com
deficiência não poderá ser acumulada, no mesmo período contributivo, com a redução aplicada aos períodos de contribuição relativos a
atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde e a integridade física.
§1º É garantida a conversão do tempo de contribuição cumprido em condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade
física do segurado, inclusive da pessoa com deficiência, para fins de aposentadoria de que trata o art. 70-B, se resultar mais favorável ao
segurado, conforme tabela abaixo:
MULHER
Planilha
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER Para 15 Para 20 Para 24 Para 25 Para 28
De 15 anos 1,00 1,33 1,60 1,67 1,87
De 20 anos 0,75 1,00 1,20 1,25 1,40
De 24 anos 0,63 0,83 1,00 1,04 1,17
De 25 anos 0,60 0,80 0,96 1,00 1,12
De 28 anos 0,54 0,71 0,86 0,89 1,00

HOMEM
MULTIPLICADORES
TEMPO A CONVERTER
Para 15 Para 20 Para 25 Para 29 Para 33
De 15 anos 1,00 1,33 1,67 1,93 2,20
De 20 anos 0,75 1,00 1,25 1,45 1,65
De 25 anos 0,60 0,80 1,00 1,16 1,32
De 29 anos 0,52 0,69 0,86 1,00 1,14
De 33 anos 0,45 0,61 0,76 0,88 1,00
APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA E O TEMPO ESPECIAL

Dispõe o art. 70-F, §2º, do Decreto 3.048/1999:

§2º É vedada a conversão do tempo de contribuição da pessoa com deficiência para fins de concessão da
aposentadoria especial de que trata a Subseção IV da Seção VI do Capítulo II.

• Caso a pessoa com deficiência se aposente pela aposentadoria da PCD poderá continuar trabalhando,
diferente do que ocorre na aposentadoria por incapacidade permanente.
APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA PROFESSOR(A)

Aqui, a pessoa com deficiência também deverá optar pelo benefício que julgar mais
vantajoso, aposentadoria do professor ou aposentadoria da pessoa com deficiência. Não
pode haver dupla redução.
O tempo trabalhado como professor não poderá ser convertido.
O decreto 8.145/2013 restringiu o direito do segurado especial, proibindo a dupla
redução, mas tal proibição legal não existe para o professor.
CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL PÓS-REFORMA

Art. 25, §2º, EC 103/2019:


“§2º Será reconhecida a conversão de tempo especial em comum, na forma prevista na Lei nº. 8.213/1991, ao
segurado do Regime Geral de Previdência Social que comprovar tempo de efetivo exercício de atividade sujeita a
condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, cumprido até a data de entrada em vigor desta Emenda
Constitucional, vedada a conversão para o tempo cumprido após esta data.”

Portanto, há vedação legal da conversão de tempo especial em comum pós-reforma da


previdência.
CONVERSÃO DO TEMPO ESPECIAL PÓS-REFORMA

Art. 201, §14 da CF/1988:

“§14 É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício para efeito de concessão dos
benefícios previdenciários e de contagem recíproca.”

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