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I.a. RISCO PROTEGIDO
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Desta forma, se faz necessário uma análise sobre a diferença e
conceituação desses dois institutos previdenciários, para compreender de maneira
clara e objetiva sua aplicação, conforme descrito abaixo.
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uma particularidade entre doença e trabalho desenvolvido pelo segurado, verificando
seu impedimento para o labor.
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Ressalta-se que, uma pessoa incapaz não precisa ser deficiente, dessa
maneira, inválido para o trabalho, não consegue exercer atividade laborativa,
permanente, será competente para pleitear o benefício da aposentadoria por
invalidez e não a aposentadoria por deficiência.
I. REQUISITOS LEGAIS
II.a. Objetivo:
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(i) Qualidade de segurado: Deve ser filiado ao Regime Geral de
Previdência Social – RGPS. Não ter decorrido o período de
graça entre o último recolhimento previdenciário e o evento
incapacitante.
II.b. Subjetivo
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Para a concessão do benefício da aposentadoria por invalidez deve ser
preenchido os requisitos da qualidade de segurado, carência e a incapacidade para
o exercício de atividade laborativa que desempenhava para garantir a subsistência
do segurado.
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O entendimento da TNU decorre do posicionamento oriundo da
Organização Internacional do Trabalho e do Princípio da Dignidade da Pessoa
Humana.
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monetariamente desde junho de 1994, sendo que o valor da aposentadoria
corresponde a 100% do salário do benefício, sem incidência do fator previdenciário.
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AIELLO, Maria Lucia. O Cálculo da Renda Mensal Inicial da Aposentadoria por Invalidez Precedida de Auxílio-
Doença. Disponível em http://www.lfg.com.br
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período, o salário-de-benefício que serviu de base para o
cálculo da renda mensal, reajustado nas mesmas épocas e
bases dos benefícios em geral, não podendo ser inferior ao
valor de 1 (um) salário mínimo.
1 - Cegueira total.
2 - Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta.
3 - Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores.
4 - Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a
prótese for impossível.
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5 - Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese
seja possível.
6 - Perda de um membro superior e outro inferior, quando a
prótese for impossível.
7 - Alteração das faculdades mentais com grave perturbação
da vida orgânica e social.
8 - Doença que exija permanência contínua no leito.
9 - Incapacidade permanente para as atividades da vida diária.
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DE CASTRO, Carlos Alberto Pereira e LAZZARI, João Batista. Manual de Direito Previdenciário. 21ª edição. São
Paulo: Editora Forense, 2019, página 864.
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quando a indenização deverá ser paga na forma do art.
497.
§ 2º - Se o empregador houver admitido substituto para o
aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato
de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência
inequívoca da interinidade ao ser celebrado o contrato.
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A aposentadoria por invalidez decorrente de ação judicial pode ser
submetida a procedimento de revisão a cada dois anos, na forma e condições
fixadas em ato conjunto com a Procuradoria-Geral Federal (artigo 223 da IN
INSS/PRES n. 77/2015).
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b) com redução de 50% (cinqüenta por cento), no período seguinte
de 6 (seis) meses;
V. DA POSSIBILIDADE DE TRANSFORMAÇÃO DA
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ EM APOSENTADORIA POR
IDADE
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União. 2. Aduz, em síntese, que o acórdão recorrido diverge da
interpretação firmada por jurisprudência dominante do STJ, uma vez que
esta preleciona não serem devidos os honorários advocatícios à
Defensoria Pública da União quando atua contra pessoa jurídica de direito
público da qual é parte integrante. Para demonstrar a alegada divergência
colacionou acórdãos do STJ, bem como ressaltou o enunciado sumular
nº421 de indigitada Corte. 3. Incidente foi admitido na origem, sem
fundamentação específica. 4. O incidente de uniformização, todavia, não
merece ser conhecido. 5. Dispõe o art. 14, caput e § 2º da Lei nº
10.259/2001 que caberá pedido de uniformização de interpretação de lei
federal quando houver divergência entre decisões sobre questões de
direito material proferidas por Turmas Recursais na interpretação da lei. O
pedido de uniformização nacional, contudo, deve estar escorado em
divergência entre decisões de turmas de diferentes regiões ou em
contrariedade a súmula ou jurisprudência dominante do e. Superior
Tribunal de Justiça. 6. In casu a questão controversa gravita em torno da
possibilidade, ou não, de condenação do INSS ao pagamento de
honorários advocatícios para a Defensoria Pública da União, fato
conducente à aplicação da Súmula nº 7 da TNU, qual seja: "Descabe
incidente de uniformização versando sobre honorários advocatícios por se
tratar de questão de direito processual" 7. Nesse sentido, também trago
recente ementa desta Corte Uniformizadora, publicada em 24/10/2014, de
relatoria da d. Juíza Federal Kyu Soon Lee, no PEDILEF
nº05014264520114058013: PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE
JURISPRUDÊNCIA FORMULADO PELO INSS. PREVIDENCIÁRIO E
PROCESSUAL CIVIL. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. MATÉRIA
PROCESSUAL. DESCABIMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA Nº 7 DA
TNU. CONVERSÃO DE APOSENTADORIA POR
IDADE EM APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. POSSIBILIDADE.
INCIDENTE CONHECIDO E IMPROVIDO. [...] 8. Diante do exposto, não
conheço do incidente de uniformização. 5. Assim, voto pela reafirmação do
entendimento proclamado no julgamento referido e deixo de conhecer do
pedido de uniformização com amparo nas Súmulas 7 e 43, desta TNU."
Dessa forma, incide, à espécie, a QO 13/TNU: "Não cabe Pedido de
Uniformização, quando a jurisprudência da Turma Nacional de
Uniformização de Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais se
firmou no mesmo sentido do acórdão recorrido". Ante o exposto, com
fundamento no art. 8º, VIII, do RITNU, nego seguimento ao incidente.
Intimem-se.
(Pedido de Uniformização de Interpretação de Lei (Presidência) 5004564-
63.2016.4.04.7101, MINISTRO RAUL ARAÚJO - TURMA NACIONAL DE
UNIFORMIZAÇÃO, 30/11/2017.)
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Vejamos em que hipóteses o retorno à atividade pelo aposentado por
invalidez encontra respaldo:
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§ 1º O reconhecimento da incapacidade pela recepção da
documentação médica do segurado poderá ser admitido,
conforme disposto em ato do INSS: (Incluído pelo
Decreto nº 8.691, de 2016)
I - nos pedidos de prorrogação do benefício do segurado
empregado; ou (Incluído pelo Decreto nº 8.691, de
2016)
II - nas hipóteses de concessão inicial do benefício quando o
segurado, independentemente de ser obrigatório ou facultativo,
estiver internado em unidade de saúde. (Incluído pelo
Decreto nº 8.691, de 2016)
§ 2º Observado o disposto no § 1º, o INSS
definirá: (Incluído pelo Decreto nº 8.691, de 2016)
I - o procedimento pelo qual irá receber, registrar e reconhecer a
documentação médica do segurado, por meio físico ou eletrônico,
para fins de reconhecimento da incapacidade laboral;
e (Incluído pelo Decreto nº 8.691, de 2016)
II - as condições para o reconhecimento do período de recuperação
indicado pelo médico assistente, com base em critérios estabelecidos
pela área técnica do INSS. (Incluído pelo Decreto nº 8.691,
de 2016)
§ 3º Para monitoramento e controle do registro e do processamento
da documentação médica recebida do segurado, o INSS deverá
aplicar critérios internos de segurança operacional sobre os
parâmetros utilizados na concessão inicial e na prorrogação dos
benefícios. (Incluído pelo Decreto nº 8.691, de 2016)
§ 4º O disposto neste artigo não afasta a possibilidade de o INSS
convocar o segurado, em qualquer hipótese e a qualquer tempo,
para avaliação pericial.
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Para a caracterização da incapacidade do segurado, tanto na via
administrativa como na judicial, é imprescindível a produção de prova pericial por
médico que tenha domínio sobre a patologia em questão, não sendo possível ao
órgão decisório tomar a decisão sem permitir ao segurado a produção de tal prova.
Tipo 1 Contrária
Tipo 2 Data de Cessação do Benefício (DCB)
Tipo 3 Contrária (gravidez fisiológica)
Tipo 4 Data da Comprovação da Incapacidade (DCI)
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Art. 479. O juiz apreciará a prova pericial de acordo com o disposto
no art. 371, indicando na sentença os motivos que o levaram a
considerar ou a deixar de considerar as conclusões do laudo,
levando em conta o método utilizado pelo perito.
Neste sentido:
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Neste sentir, como o INSS, autarquia federal, é o responsável pela
gestão e administração dos benefícios previstos na Lei nº 8.213/1991, nada mais
intuitivo do que se afirmar a competência da justiça federal para o processamento
das demandas nas quais se pleiteiam benefícios por incapacidade.
STJ SUMULA 15
Compete a justiça estadual processar e julgar os litígios
decorrentes de acidente do trabalho.
Esta conclusão ressai por deveras importante para aqueles que lidam
com a demanda previdenciária, tendo em vista o disposto no 109, §3º, da
Constituição Federal, autorizando aos segurados a propositura de ações no âmbito
da justiça estadual mesmo quando seja o caso de, em tese, e a princípio, deva ser
proposta a ação no âmbito da justiça federal, mas apenas nos casos em que a
comarca do local do domicílio do segurado ou beneficiário não seja sede de vara do
juízo federal.
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De outra banda, acaso surja a necessidade de interposição de Recurso
de Apelação em face de sentença prolatada por juiz estadual, surge a necessidade
desta premissa acima estabelecida: acaso se trate de demanda previdenciária, o
recurso deve ser direcionado para o competente Tribunal Regional Federal; acaso
se refira à demanda acidentária, o respectivo apelo deverá ser direcionada ao
competente Tribunal de Justiça.
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BIBLIOGRAFIA e REFERÊNCIAS
CASTRO, Carlos Alberto de, Manual de direito previdenciário/ Carlos Alberto Pereira
de Castro, João Batista Lazzari. – 19. ed. ver., atual. e ampl. – Rio de Janeiro:
Forense, 2016.
MIRANDA, Nina Maria Barba e Gouveia, Carlos Alberto Vieira de. A perícia
biopsicossocial nos requerimentos judiciais de aposentadoria por invalidez. Acesso
em 25/06/2019. Disponível em
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=177
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