Você está na página 1de 4

Entende-se por legislação trabalhista o conjunto de leis e normas que tem

como objetivo regulamentar as atividades trabalhistas, seja em relação aos


direitos do trabalhador, como também em suas obrigações, valendo o mesmo
para o empregador.

A legislação trabalhista é um ramo novo do direito, em comparação aos outros


ramos, pois surgiu no século XX, após muitos anos de protestos e reclamações
de setores trabalhistas, que reivindicavam por melhores condições de trabalho,
estabilidade e segurança. A legislação trabalhista é extremamente importante, e
recomenda-se sempre aos trabalhadores conhecer bem seus direitos e
obrigações antes de fazer qualquer tipo de reclamação.

5.2 Noções Trabalhistas Após finalizar, avance ao próximo o capítulo ou


avaliação para marcar a leitura como concluída.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a lei trabalhista do Brasil. Nela


estão incluídas as normas que regulam as relações de trabalho entre o
empregador e os empregados.
Na CLT estão definidos os direitos e deveres, tanto do empregador quanto do
empregado. As normas se referem às relações de trabalho e também às regras
dos processos trabalhistas na Justiça.

As normas da CLT são válidas para as relações individuais de trabalho e para as


relações coletivas. Da mesma forma, protegem tanto o trabalhador urbano
quanto o rural.

Alguns dos principais assuntos regulamentados na CLT são: assinatura da


carteira de trabalho, demissão por justa causa, regras sobre assinatura, prazos,
mudança e extinção dos contratos de trabalho, jornada de trabalho, horas extras,
conceito de trabalho diurno e noturno, aviso prévio, garantia de direito a fazer
greve, estabilidade no trabalho, pagamento de adicionais, como insalubridade e
periculosidade, garantia a férias, descanso semanal e intervalos, pagamento do
valor terço de férias antes do início do período, proteção do trabalho da mulher
e licença maternidade, convenções coletivas de trabalho e direitos dos
trabalhadores domésticos.

5.3 Previdência Após finalizar, avance ao próximo o capítulo ou avaliação para


marcar a leitura como concluída.
Previdência social é uma espécie de seguro do trabalhador, que pode ser
acionado em situações específicas como: doença, acidente, aposentadoria,
gravidez, morte, entre outras situações, que impedem o trabalhador de exercer
suas atividades laborais.

O Instituto Nacional de Seguro Social considera a previdência social como um


seguro que garante a renda do contribuinte e de sua família em casos de doença,
acidente, gravidez, prisão, morte e velhice. Oferece vários benefícios que, juntos,
garantem tranquilidade quanto ao presente e em relação ao futuro, assegurando
um rendimento seguro. Para ter essa proteção, é necessário inscrever-se e
contribuir todos os meses.

A previdência social pode ser habilitada quando o trabalhador perde a


capacidade de trabalhar, ou seja, quando é atingido por um dos chamados riscos
sociais: doença, invalidez, idade avançada, morte e desemprego involuntário.
Além desses eventos, há também a maternidade e a reclusão.

Aposentadoria por idade: é o benefício concedido ao segurado da


previdência social que atingir a idade considerada risco social. Têm direito ao
benefício os trabalhadores urbanos do sexo masculino, a partir dos 65 anos, e as
do sexo feminino, a partir dos 60 anos de idade. Os trabalhadores rurais podem
pedir aposentadoria por idade, com cinco anos a menos: a partir dos 60 anos
homens, e a partir dos 55 anos, mulheres.

Aposentadoria por invalidez: benefício concedido aos trabalhadores que, por


doença ou acidente, forem considerados pela perícia médica do INSS
incapacitados para exercer suas atividades ou outro tipo de serviço que lhes
garanta o sustento.

Aposentadoria por tempo de contribuição: na aposentadoria por tempo de


contribuição, o valor poderá ser integral ou proporcional. Os cálculos podem ser
realizados diretamente no INSS.

Aposentadoria especial: benefício concedido ao segurado que tenha


trabalhado em condições prejudiciais à saúde ou à integridade física. Para ter
direito à aposentadoria especial o trabalhador deverá comprovar, além do tempo
de trabalho, efetiva exposição a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou
associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a concessão do
benefício (15, 20 ou 25 anos).

Auxílio-doença: benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por


doença ou acidente por mais de 15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores
com carteira assinada, os primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, exceto
o doméstico, e a previdência social paga a partir do 16º dia de afastamento do
trabalho. Para os demais segurados, o INSS paga o auxílio desde o início da
incapacidade e enquanto esta perdurar.

Auxílio-reclusão: é um benefício devido aos dependentes do segurado


recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado
ou semiaberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do
segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime
aberto.

Auxílio-acidente: é o benefício pago ao trabalhador que sofre um acidente e


fica com sequelas que reduzem sua capacidade de trabalho. É concedido para
segurados que recebiam auxílio-doença. Para a concessão do auxílio-acidente
não é exigido tempo mínimo de contribuição, mas o trabalhador deve ter
qualidade de segurado e comprovar a dificuldade para continuar
desempenhando suas atividades por meio de exame da perícia médica do INSS.

Pensão por morte: benefício pago à família do trabalhador quando ele morre.
Para a concessão de pensão por morte não há tempo mínimo de contribuição,
mas é necessário que o óbito tenha ocorrido enquanto o trabalhador tinha
qualidade de segurado. Se o óbito ocorrer após a perda da qualidade de
segurado, os dependentes terão direito a pensão, desde que o trabalhador tenha
cumprido, até o dia da morte, os requisitos para obtenção de aposentadoria.

Salário-maternidade: o benefício é devido por ocasião do parto, inclusive em


caso de natimorto, aborto não criminoso, adoção ou guarda judicial para fins de
adoção.

A duração do salário-maternidade dependerá do tipo do evento que deu


origem ao benefício:

• 120 dias no caso de parto;


• 120 dias no caso de adoção ou guarda judicial para fins de adoção,
independentemente da idade do adotado, que deverá ter no máximo 12 anos de
idade;
• 120 dias, no caso de natimorto;
• 14 dias, no caso de aborto espontâneo ou previsto em lei (estupro ou risco de vida
para a mãe), a critério médico.

Salário-família: benefício pago aos segurados e aos trabalhadores avulsos, de


acordo com o número de filhos ou equiparados que possua. Filhos maiores de
14 anos não têm direito, exceto no caso dos inválidos (para quem não há limite
de idade). Para ter direito, o cidadão precisa enquadrar-se no limite máximo de
renda estipulado pelo Governo Federal. Para a concessão do salário-família não
é exigido tempo mínimo de contribuição.

Você também pode gostar