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Aula 6

BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS – SALÁRIOS


Salário-família (arts. 65 a 70 e Lei 8.213/91) e (arts. 81 a 92,
Decreto 3.048/99)
 
O salário-família, de acordo com Kertzman (2015, p. 399), é um
benefício previdenciário pago ao segurado empregado e ao
trabalhador avulso de baixa renda. Inclui-se também o trabalhador
doméstico (EC 72/2013), na proporção do respectivo número de
filhos ou equiparados, menores de 14 anos, ou inválidos, de
qualquer idade.
Salário-maternidade: (arts. 71 a 73 e Lei
8.213/91) e (art. 93 a 103 e Decreto 3.048/99).
“O salário-maternidade é o benefício devido à segurada, durante 120 dias, com início 28 dias antes
e término 91 dias depois do parto. Mesmo em caso de parto antecipado, este benefício será devido
por 120 dias”. (KERTZMAN, 2015, p. 403).

A forma de cálculo do valor desse benefício dependerá da categoria da segurada, conforme segue:
Empregadas;
Trabalhadoras avulsas;
Empregada doméstica;
Segurada especial;
Contribuinte individual e facultativa e seguradas que mantenham a qualidade de seguradas
(período de graça).
Auxílios
Auxílio-doença/acidente de trabalho (arts. 19 a 23, Lei
8.213/91, arts. 59 a 64, Lei 8.213/91 e arts. 71 a 80 e 337,
Decreto 3.048/99)
O auxílio-doença é o benefício devido ao segurado que ficar incapacitado para
seu trabalho ou para a atividade habitual. Até a publicação da Medida
Provisória 664, de 30/12/2014, o auxílio-doença só era concedido para
afastamentos por incapacidade temporária por mais de quinze dias
consecutivos. Ocorre que este diploma legal revogou o artigo 59, da Lei 8.21
3/91, que exigia esse prazo de incapacidade para o gozo do auxílio-doença.
(KERTZMAN, 2015, p. 413).
Segundo Kertzman (2015, p. 416), o auxílio-doença pode assumir duas tipologias:
a) Auxílio-doença acidentário - quando decorrente de acidentes do trabalho e seus
equiparados, doença profissional e doença do trabalho;
b) Auxílio-doença ordinário (chamado também de previdenciário) - em relação aos demais
casos, de origem não ocupacional.
Da mesma forma que a aposentadoria por invalidez, o auxílio-doença será pago: (art. 60, Lei
8.21 3/91, alterado pela MP 664/2014).
a) ao segurado empregado, a contar do 31º dia do afastamento da atividade ou a partir da
entrada do requerimento - se entre o afastamento e a entrada do requerimento decorrer mais
de 45 dias;
b) ao segurado empregado doméstico, trabalhador avulso, contribuinte individual, especial e
facultativo, a contar da data do início da incapacidade ou da data da entrada do requerimento -
se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias.
Auxílio-acidente (art. 86, Lei 8.213/91 e
art. 104, Decreto 3.048/99)
• Conforme Kretzman (2015, p. 426), o auxílio-acidente é o benefício
concedido, como forma de indenização, ao segurado empregado, exceto o
doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial.

O auxílio-acidente cessa com a aposentadoria do trabalhador, ocasião em que o valor deste será
considerado salário de contribuição, para cálculo do salário de benefício da aposentadoria. Cessa,
também, com a morte do segurado. (KERTZMAN, 2015, p. 429)
Pensão por morte (arts. 74 a 79, Lei
8.213/91 e arts. 105 a 115, Decreto
3.048/99)
A pensão por morte será paga ao conjunto dos dependentes do segurado que
falecer, aposentado ou não, a contar da data:
I - Do óbito, quando requerida (art. 318, II, da IN 45/2010, do INSS/PRES):
a) pelo dependente maior de 16 anos, até 30 dias da data do óbito;
b) pelo dependente menor até 16 anos, até 30 dias após completar essa idade;
II - Do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso I;
III - Da decisão judicial, no caso de morte presumida;
IV - Da data da ocorrência, no caso de catástrofe, acidente ou desastre, se
requerida até 30 dias desta.
Duração da pensão por morte
Situações de estabilidade no emprego
De acordo com Melo (2014), “seja por gravidez, acidente de trabalho ou gestão
sindical, a legislação brasileira concede ao trabalhador, em algumas situações, a
estabilidade no emprego”. Observe as situações que garantem estabilidade no
emprego:
Gravidez;
Acidente de trabalho ou doença ocupacional;
Dirigente sindical;
Aposentadoria;
Dirigente da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
CIPA – COMISSÃO INTERNA DE
PREVENÇÃO DE ACIDENTE
Segundo informações do MTE – Ministério do Trabalho e Emprego
(2015):
 
a) A CIPA será composta de representantes do empregador, por ele
designado, e dos representantes dos empregados eleitos.
b) Todo estabelecimento que não se enquadrar no Quadro I da NR-
5, deverá designar um responsável pelo cumprimento da norma.
Obrigatoriedade
• Devem constituir CIPA, por estabelecimento, e mantê-la
em regular funcionamento: empresas privadas e públicas,
sociedades de economia mista, órgãos da administração
direta e indireta, instituições beneficentes, associações
recreativas, cooperativas e outras instituições que
admitam trabalhadores como empregados.
Objetivo
• A Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA -
tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho. De modo a tornar compatível
permanentemente o trabalho com a preservação da vida
e com a promoção da saúde do trabalhador.
Organização
A CIPA será composta de representantes do empregador e dos empregados, de acordo com o
dimensionamento previsto no Quadro I da NR5, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos específicos.
Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles designados.
Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio
(votação) secreto, do qual participem, independentemente de filiação sindical, exclusivamente
os empregados interessados.
O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de um ano, permitida uma reeleição.
O empregador designará, entre seus representantes, o presidente da CIPA, e os
representantes dos empregados escolherão entre os titulares o vice-presidente.
Estabilidade provisória
• É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do
empregado eleito para cargo de direção de Comissões
Internas de Prevenção de Acidentes, desde o registro de
sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.

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