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Instituto Federal de Educação, Ciência e

Tecnologia do Rio Grande do Norte

SEGURANÇA DO TRABALHO

Prof. José Vieira de Figueiredo Júnior


Quantas vezes não ouvimos as
pessoas no trabalho dizerem:
“eu tenho os meus direitos”.
Mas será que realmente você
sabe quais são os seus?
Segurança e saúde do
trabalho no ordenamento
jurídico brasileiro
Fatores externos

1. Transformações na Europa (Revolução


Industrial, sociedade Industrial e trabalho
assalariado);

2. Tratado de Versalhes – criação da OIT


(1919).
Fatores internos
1. Movimento operário, imigrantes anarquistas
(greves no final de 1800 e início de 1900);

2. Surto industrial, pós 1ª guerra: 1919


(12.000 fábricas e 300.000 operários);

3. Política trabalhista de Getúlio Vargas.


Constituição Federal 1988

• Art. 6º. São direitos sociais a


educação, a saúde, o trabalho, o
lazer, a segurança, a previdência
social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta
Constituição.”
• Art. 7º - São direitos dos trabalhadores
urbanos e rurais, além de outros que visem à
melhoria de sua condição social:
IX - Remuneração do trabalho noturno
superior à do diurno;
Obs: Adicional noturno: 20% das 22h as 5h

XIII - Duração do trabalho normal não superior


a oito horas diárias e quarenta e quatro
semanais, facultada a compensação de horários
e a redução da jornada, mediante acordo ou
convenção coletiva de trabalho;
XIV- Jornada de seis horas para o trabalho
realizado em turnos ininterruptos de
revezamento, salvo negociação coletiva;

XV - Repouso semanal remunerado,


preferencialmente aos domingos;

XVI - Remuneração do serviço


extraordinário superior, no mínimo, em
cinqüenta por cento à do normal;
XVII - Gozo de férias anuais remuneradas
com, pelo menos, um terço a mais do que o
salário normal;

XVIII - Licença à gestante, sem prejuízo do


emprego e do salário, com a duração de
cento e vinte dias;

XXII - Redução dos riscos inerentes ao


trabalho, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança do trabalho;
LEI Nº 11.770, DE 9 DE SETEMBRO DE 2008
Cria o Programa Empresa Cidadã, destinado à prorrogação da licença-
maternidade mediante concessão de incentivo fiscal, e altera a Lei nº
8.212, de 24 de julho de 1991.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte
Lei:
Art. 1o É instituído o Programa Empresa Cidadã, destinado a prorrogar
por 60 (sessenta) dias a duração da licença-maternidade prevista no
inciso XVIII do caput do art. 7º da Constituição Federal.
§ 1o A prorrogação será garantida à empregada da pessoa jurídica que
aderir ao Programa, desde que a empregada a requeira até o final do
primeiro mês após o parto, e concedida imediatamente após a fruição
da licença-maternidade de que trata o inciso XVIII do caput do art. 7º
da Constituição Federal.
XXIII - Adicional de remuneração para
as atividades penosas, insalubres ou
perigosas na forma da lei;
**Obs: Não incorpora na aposentadoria

XXVIII - Seguro contra acidentes do


trabalho, a cargo do empregador, sem
excluir a indenização a que este está
obrigado quando incorrer em dolo ou culpa;
XXXIII - Proibição de trabalho noturno,
perigoso ou insalubre aos menores de
dezoito e de qualquer trabalho a menores de
dezesseis anos, salvo na condição de
aprendiz, a partir de quatorze anos”.
Art. 10 - Até que seja promulgada a lei
complementar a que se refere o art. 7º, I, da
Constituição :

II - fica vedada a dispensa arbitrária ou sem justa


causa :
a) do empregado eleito para cargos de direção de
Comissões Internas de Prevenção de Acidentes -
CIPA, desde o registro da sua candidatura até
um ano após o término de seu mandato;
b) da empregada gestante, desde a confirmação da
gravidez, até cinco meses após o parto.".

**Obs: - Licença paternidade: 5 dias


- Licença lactante: 1 hora diária (2 períodos de ½ hora) até 6 meses
de idade
AUXÍLIO-DOENÇA

Benefício previdenciário mensal devido ao segurado


que ficar incapacitado para o seu trabalho por mais de 15
dias consecutivos; corresponde a 91% do salário-de-
benefício, sendo devido a partir do décimo sexto dia de
afastamento do trabalho e até o dia em que o empregado
readquirir sua condição de trabalho.
AUXÍLIO-ACIDENTE

Benefício mensalmente concedido ao segurado, como


indenização, após a consolidação das lesões decorrentes
de acidente do trabalho que impliquem redução da
capacidade para o trabalho, correspondente a 50% do
salário-de-benefício, a ser pago, a partir do dia seguinte
ao da cessação do auxílio-doença, e até a data de sua
aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.
APOSENTADORIA POR
INVALIDEZ
Benefício previdenciário mensal devido ao segurado que,
estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado
incapaz e sem condições de reabilitação para o exercício de
atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-lhe-á paga
enquanto permanecer nessa condição, e corresponde a 100%
do salário-de-benefício, sendo acrescido em 25% de seu valor
quando, em decorrência do acidente do trabalho, o
acidentado necessitar de assistência permanente de outra
pessoa.
PENSÃO POR MORTE

Benefício previdenciário mensal devido ao conjunto dos


dependentes do segurado que falecer em decorrência de
acidente do trabalho, a contar da data de óbito ou da decisão
judicial, no caso de morte presumida. O valor da pensão por
morte é igual ao mesmo que seria pago ao trabalhador no
caso da aposentadoria por invalidez.
Obs:
1. O Auxílio Doença Previdenciário não produz estabilidade e
não há recolhimento de FGTS;
2. O Auxílio Doença Acidentário implica na obrigação do
recolhimento do FGTS;
3. O Seguro desemprego é concedido por demissão sem justa
causa: Trabalhado no mínimo 6 meses e varia de 3 a 5
parcelas mensais.
Receber vale-transporte e usar carro próprio dá justa causa
Empregado que recebe vale-transporte, mas vai trabalhar
com veículo próprio pode ser demitido por justa causa

Foi assim com um ex-vigilante da Proevi Proteção Especial de Vigilância. A


empresa descobriu que, embora recebesse vales-transportes, ele utilizava
motocicleta para ir trabalhar. Como prova da acusação, a Proevi apresentou uma
declaração do estacionamento contratado pelo ex-vigia.
A demissão por justa causa foi mantida pela 10ª Turma do Tribunal Regional do
Trabalho da 2ª Região (São Paulo). Ele recorreu da decisão da 1ª Vara do Trabalho
de São Caetano do Sul. A intenção do ex-empregado era reverter a justa causa e
receber os direitos trabalhistas. Ainda cabe recurso.
O relator do Recurso Ordinário, juiz Sérgio Pinto Martins, considerou que, “em
razão da prova documental, qual seja, declaração do estacionamento contratado pelo
recorrente e das solicitações de vale-transporte fica evidente a intenção de se
enriquecer indevidamente às custas do empregador em franco ato de improbidade”.
De acordo com o juiz, “constitui ato de improbidade o empregado requerer e
receber vale-transporte quando ia trabalhar de motocicleta. O ato desonesto do
reclamante abala a confiança existente na relação de emprego, além de fazer com o
empregador tenha de pagar parte do vale-transporte”.
A decisão do TRT-SP foi unânime. 11.08.2005
"Os empregados consideram um pequeno deslize vender os vales-transporte e usar
meios próprios de locomoção, mas juridicamente o ato justifica a demissão por justa causa",
explica a advogada especializada em direito trabalhista, Nádia Lacerda, do escritório Mesquita
Barros Advogados, ao lembrar que a questão é raramente levada aos tribunais porque as
empresas não tratam o assunto como grave.
Para evitar problemas, a advogada aconselha às empresas a informar claramente aos
seus empregados que deverão solicitar a quantidade de vales-transporte necessária para o seu
deslocamento da residência ao trabalho e vice-versa, como determina a Lei nº 7.418/85, que
obriga o empregador a fornecer o vale, mas veda a sua comercialização.
No ano passado, o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região, no Paraná, proferiu
decisão favorável à empresa em semelhante situação. O juiz entendeu que ao comercializar os
vales fornecidos pelo seu empregador, o empregado pratica ato de improbidade, motivo para a
dissolução do contrato de trabalho.
Refeição - Ao contrário do vale-transporte, o uso do vale-refeição fora do horário do
trabalho não prevê justa causa. "O empregado pode utilizá-lo para comer a qualquer hora e em
qualquer lugar. Não há declaração falsa de como ele vai usá-lo e nem lesão à empresa",
esclarece a advogada.
NORMAS REGULAMENTADORAS

•NR-01: Disposições Gerais;

•NR-02: Inspeção Prévia;

•NR-03: Embargo ou Interdição;

•NR-04: SESMT – Serviços Especializados


em Engenharia de Segurança e
em Medicina do Trabalho;
NORMAS REGULAMENTADORAS

•NR-05: CIPA – Comissão Interna de


Prevenção de Acidentes;

•NR-06: EPI – Equipamentos de Proteção


Individual;

•NR-07: PCMSO - Programa de Controle


Médico de Saúde Ocupacional;

•NR-08: Edificações;
NORMAS REGULAMENTADORAS

• NR-09: PPRA – Programa de Prevenção de


Riscos Ambientais;
• NR-10: Instalações e Serviços em
Eletricidade;
• NR-11: Transporte, Movimentação,
Armazenagem e Manuseio de
Materiais;
• NR-12: Máquinas e Equipamentos;
• NR-13: Caldeiras e Vasos de Pressão;
NORMAS REGULAMENTADORAS

•NR-14: Fornos;
•NR-15: Atividades e Operações Insalubres;
•NR-16: Atividades e Operações Perigosas;
•NR-17: Ergonomia;
•NR-18: Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Indústria da
Construção;
NORMAS REGULAMENTADORAS

•NR-19: Explosivos;
•NR-20: Líquidos Combustíveis e
Inflamáveis;
•NR-21: Trabalho a Céu Aberto;
•NR-22: Segurança e Saúde Ocupacional
na Mineração;
•NR-23: Proteção Contra Incêndios;
NORMAS REGULAMENTADORAS

•NR-24: Condições Sanitárias e de


Conforto nos Locais de Trabalho;
•NR-25: Resíduos Industriais;
•NR-26: Sinalização de Segurança;
•NR-27: Registro Profissional do Técnico
de Segurança do Trabalho no
Ministério do Trabalho e
Emprego;
NORMAS REGULAMENTADORAS

•NR-28: Fiscalização e Penalidades;

•NR-29: Segurança e Saúde no Trabalho


Portuário;

•NR-30: Segurança e Saúde no Trabalho


Aquaviário;
NORMAS REGULAMENTADORAS

•NR- 31: Segurança e Saúde no Trabalho na


Agricultura, Pecuária Silvicultura, Exploração
Florestal e Aqüicultura.

•NR- 32: Segurança e Saúde no Trabalho em


Estabelecimentos de Saúde.

•NR- 33: Segurança e Saúde no Trabalho em


Espaços Confinados.

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