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(DAS PESSOAS)
1. Personalidade.
1.1. Das pessoas.
A palavra pessoa vem do latim “persona” denominação dada às máscaras utilizadas pelos
atores romanos, destinadas a dar eco às suas palavras. A palavra, com a evolução dos
tempos, passou a representar as personagens e, finalmente, a própria pessoa.1 As pessoas,
na ordem jurídica classificam-se em pessoas naturais ou físicas e pessoas jurídicas. No
sentido jurídico, pessoa é o ente físico ou moral – coletivo – suscetível de direitos e
obrigações ou, simplesmente, sujeito de uma relação jurídica.
1.2. Personalidade jurídica.
Liga-se à pessoa a idéia de personalidade, que significa a aptidão genérica para adquirir
direitos e contrair obrigações. Quer sejam pessoas naturais ou jurídicas todas as pessoas são
dotadas de personalidade. A capacidade é a “medida jurídica da personalidade” e essa
capacidade jurídica (se relativa ou absoluta) é condição ou pressuposto de existência ou de
exercício dos direitos inerentes às pessoas, por isso para ser pessoa basta que exista
enquanto tal, mas para ser capaz necessita preencher requisitos para agir de per si, ou por
nome de outrem. Por isso os autores distinguem a capacidade de duas formas a capacidade
de direito ou de gozo e a capacidade de exercício ou de fato.
1.3. Direitos da personalidade.
São direitos da personalidade aqueles que buscam a defesa dos valores inatos nos homens,
reconhecidos a eles em sua interioridade e em suas projeções na sociedade. A par de ser um
campo muito vasto para estudo a doutrina divide os direitos da personalidade em três
espécies:
a) direitos físicos: referentes à integridade corporal (componentes materiais da estrutura
humana), como os direitos à vida, à integridade física, ao corpo, à imagem e à voz;
b) direitos psíquicos: atinentes aos apanágios intrínsecos da personalidade, como os direitos
à liberdade, à intimidade, à integridade psíquica e ao segredo;
c) direitos morais, ligados ao complexo valorativo da pessoa, projetado nela mesma e no
meio social em que vive e, nesta última categoria, estariam inseridos os direitos à
identidade, à honra, ao respeito e às criações intelectuais.
Os direitos da personalidade são direitos subjetivos inerentes à pessoa humana e fora da
órbita patrimonial, portanto, absolutos, indisponíveis, inalienáveis, intransmissíveis,
imprescritíveis, irrenunciáveis e impenhoráveis, via de regra.