Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DIREITOS DA PERSONALIDADE
______________________________
Características
Tutela preventiva
preparativa
Para LER
Art.5°, X, CF - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
(..)
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito
a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Vejamos alguns exemplos dos direitos da personalidade:
Direito à vida: Garante o direito fundamental de cada pessoa à sua própria vida e
integridade física.
Direito à integridade física e moral: Protege o indivíduo contra agressões físicas e
morais que possam violar sua integridade, como tortura, maus-tratos, difamação,
injúria, entre outros.
Direito à imagem: Refere-se ao direito de uma pessoa controlar o uso de sua
imagem, voz e identidade visual, evitando sua reprodução não autorizada.
Direito à autoria: Protege os trabalhos intelectuais e artísticos de uma pessoa,
garantindo-lhe o reconhecimento e controle sobre o uso e a reprodução de suas
criações.
Direito à privacidade: Garante o direito de uma pessoa a uma esfera privada e
proteção contra interferências indevidas em sua vida pessoal e familiar.
Direito à honra: Protege a reputação e a dignidade pessoal de uma pessoa contra
difamação, calúnia e outros ataques que possam prejudicar sua reputação.
Direito ao nome: Garante o direito de uma pessoa usar seu próprio nome e protege
contra o uso não autorizado ou indevido do mesmo por terceiros.
Direito ao corpo: Inclui o direito de uma pessoa controlar o próprio corpo e tomar
decisões relacionadas à sua saúde e integridade física, como o direito à
autodeterminação em questões médicas.
CONCEITO na visão da doutrina:
Francisco Amaral define os direitos da personalidade como “direitos subjetivos que
têm por objeto os bens e valores essenciais da pessoa, no seu aspecto físico, moral
e intelectual”. Por sua vez, Maria Helena Diniz, os conceitua como “direitos
subjetivos da pessoa de defender o que lhe é próprio, ou seja, a sua integridade
física (vida, alimentos, próprio corpo vivo ou morto, corpo alheio vivo ou morto,
partes separadas do corpo vivo ou morto); a sua integridade intelectual (liberdade de
pensamento, autoria científica, artística e literária); e a sua integridade moral (honra,
recato, segredo profissional e doméstico, identidade pessoal, familiar e social)”.
Dos Fundamentos:
OBS: os doutrinadores em geral entendem que cabe “ao Estado apenas reconhecer e sancionar em
um ou outro plano do direito positivo – em nível constitucional ou em nível de legislação ordinária –,
dotando-os de proteção própria, conforme o tipo de relacionamento a que se volte, a saber: contra o
arbítrio do poder público ou as incursões de particulares”.
Das Características:
A ofensa aos direitos da personalidade configura causa para indenização por danos
morais.
Dispõe o art. 11 do Código Civil que, com “exceção dos casos previstos em
lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o
seu exercício sofrer limitação voluntária”.
Assim temos:
a)Intransmissibilidade e irrenunciabilidade: Não podem os seus titulares deles dispor,
transmitindo-os a terceiros, renunciando ao seu uso ou abandonando-os, pois nascem e se extinguem
com eles, dos quais são inseparáveis. Evidentemente, ninguém pode desfrutar em nome de outrem
bens como a vida, a honra, a liberdade etc.
Pode-se concluir, pois, que nestes casos a indisponibilidade dos direitos da
personalidade não é absoluta, mas relativa.
É um tipo de dano que afeta não diretamente a vítima original, mas sim uma terceira
pessoa relacionada à vítima. Esse dano é consequência indireta de um ato ilícito ou
de uma situação que causou danos à vítima principal.
GONÇALVES, C. R. Direito civil brasileiro 1: parte geral. 17. ed. São Paulo: Saraiva,
2019.
MEDINA, José Miguel Garcia. Código Civil Comentado. 5ª. Ed. São Paulo: RT, 2022.