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ESCOLA SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO

DELEGAÇÃO DE PEMBA

CURSO DE DIREITO

1° Ano, 1º Semestre

Cadeira: Direito Agrário

Historia dos Direitos Fundamentais

A Revolucao Francesa é que dá que mas abrangencia ao homem, que é a


declaracao dos direitos do homem.

Os direitos do homem foram reconhecidos com o aparecimento das


Revolucoes, Chinesa, Americana e Francesa.

Direito da 1ª Geracao: Direito da Vida como direito indisponivel.

Direitos Fundamentais – sao direitos do homem juridico constitucionalmente


garantidos e limitados espaco temporal.

Direitos Fundamentais em Sentido Formal – sao os que a constituicao


especifica como tal.

Direitos Fundamentais em Sentido Material – sao os que constituem a base


juridica da vida humana no seu nivel actual de degnidade, as bases principais
da situacao juridica de cada pessoa quer que estejam consagrados na
constituicao nas leis ou regras aplicaveis no Direito Internacional.

Direitos Fundamentais – sao proprias das ordens juridicas interna do Estado


que os consagra e os protegem-se, essa consagracao e proteccao se transferir
para ordem juridica internacional entao estamos neste caso diante ao chamado
direitos internacionais do homem. Ideia dos direitos fundamentais liga-se
intricicamente com a degnidade humana, com o primado do homem a
sociedade que faz parte.

Diferenca entre direito do homem e direito do cidadao

Os direitos do homem é aquele que diz respeito ao homem como tal


individualmente, e, enquanto que os direitos do cidadao sao aqueles que diz
respeito ao homem enquanto ser social, isto é, como individuo vivendo em
sociedade.

Caracteristicas dos Direitos Fundamentais

Os direitos fundamentais sao universais porque sao dirigidos à todos ser


humano em geral sem restricoes, independentemente da sua raca, crenca,
nacionalidade ou conviccao politica;

Sao Inviovaveis porque nao podem ser desrespeitados por nenhuma


autoridade ou lei infraconstitucional sob pena de responsabilidade civil, penal
ou administraviva.

Sao intemporais ou imprescritiveis porque nao prescreve ou seja nao se


perdem com o decurso do tempo sao permanentes;

Sao inalienaveis ou indisponiveis por serem inerentes ao homem e exitos na


sua propria degnidade, nao se pode deles dispor ou a eles renunciar;

Sao historicos porque sao criados num contexto historico e quando sao
colocados na constituicao se tornam direitos fundamentais;

Sao essenciais ou primarios porque todos temos uma categoria do direito e


sem o respeito dos quais seria dificil ao individuo viver em paz, conservar a vida,
preservar a honra e reclamar para si a degnidade moral humana;

Sao naturais por resultares da natureza do proprio homem pelo simples facto
de ter nascido;

Sao inacto ou originarios por acompanharem o homem desde o nascimento.

Funções dos direitos fundamentais

1ª Funcao de defesa ou de liberdade – os direitos fundamentais ao comprirem


com a funcao de defesa e de liberdade têm dupla perspectiva.
- Constituem num plano juridico objectivo normas de competencias negativas
para os poderes públicos proibindo fundamentalmente as ingerências destes
na esfera jurídica individual, isto é, limita os abusos de poder políticos do
Estado perante o indivíduo; art. 56º da CRM.

- implicam num plano juridico subjectivo o poder de exercer positivamente


direitos fundamentais e de exigir omissões dos poderes públicos de forma a
evitar agressões lesivas por parte dos mesmos, art. 58º da CRM.

2ª Funcao de Prestacao Social – os direitos a prestacoes significam em


sentido restrito direito do particular ao obter algo através do Estado é o caso da
saúde, educação, segurança social, mas isto não quer dizer que qualquer
pessoa que tenha posse não pode fazer individualmente, pode e deve.

3ª Funcao de Proteccao Perante Terceiros – muitos direitos impõem um dever


ao Estado no sentido deste proteger perante terceiros os titulares de direitos
fundamentais.

Ex: O Estado tem o dever de proteger o direito à vida perante eventuais


agressões de outros individuos.

Ex: Direito de inviolabilidade ao domicilio, direito de proteccao de todos


informativo, art 68º e 78º da CRM, e mas em todos esses casos da garantia
constitucional de um direito resulta o dever do Estado a doptar medidas
positivas destinadas a proteger o exercicio dos direitos fundamentais perante
actividades perturbadoras ou lesivas dos mesmos praticados por terceiros.
Estas funcao de proteccao de terceiros obrigara tambem o estado a concretizar
as normas reguladoras das relacoes juridicos civis de forma a segurar a
igualdade entre os conjugues ou aplicacao dos direitos fundamentais nas
relacoes juridicas privadas.

4ª Funcao de nao descriminacao

Esta funcao tem como base principio da igualdade, a segurar que o estado trate
os seus cidadaos, como cidadaos fundamentalmente iguais. Esta funcao
alarga-se a todos direitos tanto se aplicam ao direito de liberdade de garantias
pessoas,

ex; nao descriminacao em vertude de religiao, tanto aos direitos de participacao


politica.

Ex; direito de exercer cargos públicos, sociais e culturais.

Direito dos trabalhadores, saude, emprego etc. Art. 35 ate art. 62 ambos da
CRM que sao direitos fundamentais.

Direito da Personalidade

Sao conjuntos de direitos absolutos que incidem sobre varios modos de ser
fisicos e morais da pessoa humana e que todos devemos respeitar e
reconhecer a todos individuos. Art. 70 n 1 da CRM.

Os direitos da personalidade – sao conjuntos de direitos necessarios e


impreencendivel ao desenvolvimento da personalidade juridica da pessoa
humana na medida em que incide sobre os aspectos mais importantes da vida
das pessoas.

Ex: destes direitos sao: direito a vida; direito a integridade fisica, o direito do
bom nome; o direito a imagem, o direito a reserva da intimidade da vida privada
e outros.

Podendo a sua violacao constituir ilicito penal nos termos do Codigo Penal, o
codigo penal preve os crimes e as penas a que todos nos estamos sujeitos no
caso de violacao de direitos considerados pela sociedade como bens juridicos
fundamentais.

Deste modo e por exemplo, a violacao do direito a vida corresponde o crime de


homicidio, a violacao do direito a integridade fisica corresponde os crimes de
ofensas corporais simples ou graves, a violacao do direito ao bom nome
corresponde ao crime de defamacao e assim sucessivamente ou seja qualquer
um dos direitos violado existira um tipo legal do crime adequado. Mas violacao
dos direitos de personalidades pode constituir tambem um ilicito civil no caso
de ser causados prejuizos, com efeito aquele que violar um direito de
personalidade devera indemnizar o ofendido de todos os prejuizos causados
conforme o codigo civil art. 483 do CC.

Convem ainda salientar que as pessoas nao podem renunciar aos seus direitos
de personalidade. Na verdade a lei apenas permite a limitacao voluntaria dos
direitos de personalidade nos termos do art. 88 do CC.

Regime geral dos direitos fundamentais regime especifico dos direitos


liberdade e garantias.

Regime geral dos direitos fundamentais – é um regime aplicavel a todos


direitos fundamentais quer que sejam consagrados como direitos liberdade e
garantias ou como direitos economicos, sociais e culturais e quer se encontre
no catalogo dos direitos fundamentais ou fora deste catalogo despersa na
constituicao.

Regime especifico de direitos liberdade e garantias – significa que um regime


especifico de determinados tipos de direitos, isto é, determinados direitos que
têm natureza juridica particular. Neste caso: um regime aplicável em princípios
aos direitos liberdades e garantias e aos direitos de natureza hanaloga.

Relacoes entre Regime Geral e especial

A Relacao existente entre estes dois regimes é que o regime geral é aplicavel a
todos direitos fundamentais e regime especial é um regime proprio de
determinados direitos concretamente de regime dos direitos liberdade e
garantias.

NB.: entre estes dois regimes nao existe uma relacao de exclusao ou separacao
têm o mesmo nivel, seria incorrecto dizer que existem dois regimes distintos
para dois grupos diversos de direitos fundamentais. Se for – mos a notar a
constituicao nao se refere a qualquer regime particular dos direitos
economicos sociais e culturais embora possam existir certas caracteristicas
tipicas deste grupo de direitos.

Significado Juridico do Regime especifico

O significado dum regime de direitos qualificados neste caso o regime de


direitos liberdade e garantias nao é de reduzir o regime geral a uma disciplina
juridica com menos dignidade, mas é o de estabelecer um regime que exprima
a natureza desses direitos, como elementos estruturantes do Estado de
direitos democraticos.

O regime geral é tambem um grupo forte pois envolve grandes principios como
da universidade o da igualdade e do acesso ao direito e aos tribunais.

Principio da Universalidade

Ambito da titularidade de direito fundamentais

Este principio tem como fundamento o individuo a pessoa, o homem como


centro da titularidade do direito.

Principio Geral Universal art. 35 da CRM

Os direitos fundamentais sao direitos de todos, sao direitos humanos e nao


apenas direitos dos cidadaos mocambicanos, a nao ser que a constituicao ou a
lei com autorizacao constitucional estabeleca uma reserva dos direitos para os
nacionais ou cidadaos mocambicanos, a delimitacao do ambito dessa
titularidade levanta alguns problemas.

1. Todos os individuos teram os direitos reconhecidos pelas normas de


direitos fundamentais ou sera apenas os cidadaos mocambicanos os
unicos sujeitos a lhe ser atribuida a titularidade de direitos fundamentais?

2. So as pessoas naturais têm direitos ou a titularidade de direitos


fundamentais ou tambem incluindo ao substrato sociais (pessoas
colectivas, organizacoes e associacoes)?

3. Quando comecou e terminam a titularidade dos direitos fundamentais?

A doutrina classifica os direitos fundamentais da seguinte forma:

a) Direitos fundamentais dos cidadaos mocambicanos;

b) Direitos fundamentais dos cidadaos de lingua portuguesa;

c) Direitos fundamentais dos cidadaos da uniao africana;

d) Direitos fundamentais dos estrangeiros e apatridas.

1º Grupo

O Circulo da Cidadania mocambicana – é formado pelos direitos


fundamentais exclusivamente pertencente aos cidadaos mocambicanos.

Ex: Direitos politicos ou direitos de participacao politica. Art. 73º e ss da


CRM. É o caso de exercicios de funcoes publicas que nao tenham caracter
meramente tecnico e outros direitos reservados pela constituicao.

2º Grupo

Circulo da Cidadania da CPLP – é formado pelos direitos que pertence aos


cidadaos de paises da lingua portuguesa. Na nossa constituicao nao duma
forma clara sobre estes direitos mas podemos adequar ao art. 17 da
Constituicao mocambicana pois Mocambique faz parte da CPLP.

3º Grupo

Circulo da cidadania africana (Carta africana dos direitos e dos Povos) art.
43 da CRM é formado pelos direitos de cidadaos mocambicanos e de
outros paises africanos, comentando a uniao africana tem um nivel
diferente da Uniao Europeia pois está é mais avancada e abrangente
contendo uma constituicao face em circulacao de pessoas e bens o uso da
mesma moeda e outros.

4º Grupo

Circulo de todos direitos de Estrangeiros e Apatridas

Ex: aquisicao ao DUAT

O Direito ao DUAT em Mocambique abrange tanto ao nacional ou ao


estrangeiro., art. 11 da lei de terras.

Direitos Fundamentais dos mocambicanos residentes no estrangeiros

Estes cidadaos mocambicanos residente no estrangeiro gozam dos direitos


que nao sejam incompativeis com ausencia do pais. E a determinacao
destes direitos incompativeis depende do estatuto constitucional de cada
um dos direitos fundamentais.

Direitos Fundamentais de Pessoas Colectivas

As pessoas colectivas gozam de direitos e estao sujeitos ao deveres


compativeis com a sua natureza.

Ex: art. 52 da CRM.


Direitos Fundamentais Colectivos

Alem dos fundamentais cujo a titularidade pertence a pessoa


individualmente tambem existem direitos cuja a titularidade pertence as
pessoas colectivas ou em colectivo. Ex: o direito de antena artigo 49 da
CRM. Pertence aos partidos politicos e as organizacoes sindicais ou aos
profissionais trata-se de direitos fundamentais colectivos, isto é, direitos
colectivos das organizacoes cujo objectivo é a tutela de formacoes sociais
garantindo o espaco de liberdade e de participacao no seio de sociedade
plural ou conflitual.

Existe tambem direitos fundamentais de exercicio colectivo. Ex: direito de


greve artigo 87 da CRM. São direitos cuja a titularidade é individual mas o
exercicio so é colectivamente se pode afirmar.

Titularidade e Capacidade de Direito.

Ao falar da titularidade é ser titular de direito sabemos que toda a pessoa ou


ser humano ao nascer com vida logo adquire personalidade juridica que
significa ser titular de direitos e deveres artigo 66 do CC.

Quando falamos de capacidade de exercicio temos o codigo civil que já nos


indica a idade ou quando o individuo considera-se capaz que são neste caso
21 anos, artigo 122 do CC, com as excepcoes emacipacao ou capacidade
politica de 18 anos. Tem tambem a capacidade juridica esta tem haver com
a aptidao para ser sujeito de relacoes juridicas artigo 67 do CC.

Ex: exercer o comercio ou ser socio duma empresa ou intentar uma accao
contra alguem em caso de violacao dos seus direitos.

Essa explicacao que acabamos de referir é para confirmar que acabamos


que quanto a titularidade ou exercicios de direitos fundamentais não existe
uma idade fixa ou não esta vinculado a qualquer limite de idade, logo o ser
humano ao nascer ele adquire estes direitos e com o desenvolvimento de
personalidade juridica vai adquirindo outros direitos.

Quanto ao termino da titularidade dos direitos fundamentais é com a morte.


Artigo 71 do CC (ofensa de pessoa falecida).
Principio de Igualdade artigo 35 da CRM

Um dos principios estruturante do regime geral dos direitos fundamentais é


o principio da igualdade. Plasmado no artigo 35 da CRM. Para entender o
principio da igualdade temos que olha-lo em duas vertentes:

1ª Igualdade na aplicacao dos direitos;

2ª Igualdade quanto à criacao do direito.

Igualdade na Aplicacao do direito

Quando afirmamos que todos cidadaos são iguais perante a lei significa
tradicionalmente a exigencia da igualdade na aplicacao do direito, pois,
segundo ANS CHUTZ: as leis devem serem executadas sem olhar as
pessoas. A igualdade na aplicacao do direito é uma das dimensoes basicas
do principio da igualdade constitucionalmente garantido e assume
particular relevancia no ambito da aplicacao igual da lei pelos orgaos da
Administracao e pelos tribunais.

Igualdade quanto a criacao do direito

Ser igual perante a lei não significa apenas a aplicacao igual da lei. A lei, ela
propria, deve tratar por igual todos os cidadaos. O principio da igualdade
dirige-se ao proprio legislador vinculando-se a criacao de um direito igual
para todos os cidadaos. Mas o que significa criacao do direito igual.

Para responde esta questao a doutrina divide este ponto em tres


orientacoes.

A) Criacao de direito igual (principio da universalidade ou principio da


justica pessoal). O principio da igualdade é aqui um postulado da
racionalidade pratica: (para todos os individuos com ao mesmas
caracteristicas devem preverem-se atraves da lei iguais situacoes ou
resultados juridicos). Segundo Castanheira Neves, a igualdade perante a
lei oferecera uma garantia bem insuficiente se não for acompanhada (ou
não tiver tambem a natureza de uma igualdade na propria lei, isto é,
exigida ao proprio legislador relativamente ao conteudo da lei.

B) Criacao do direito igual ou exigencia de igualdade material atraves da lei


– este significa a exigencia duma igualdade material devendo tratar-se
por igual o que é igual e desigualmente o que é desigual. Todavia nesta
formula a volta tambem já há ideia de a igualdade material se reconduzir
sempre a uma igualdade relacional pois ela pressupoe uma relacao
tripolar.

Ex: individuo A é igual ao individuo B tendo em conta determinadas


caracteristicas, ou individuo A casado e individuo B solteiro quanto ao
ascesso ao servico militar desde que reuna as condicoes de admicao legal e
regulamente exigidas.

C) Igualdade justa: a igualdade pressupoe um juizo e um criterio de


valoracao. A formula o igual deve ser tratado igualmente e desigual
desigualmente não contem o criterio material de um juizo de valor sobre
a relacao de igualdade ou desigualdade.

O que nos leva a pensar o seguinte: o que nos leva a afirmar que uma lei
trata dois individuos de uma forma igualmente justa.

Qual o criterio de valoracao para a relacao de igualdade.

Gomes Canotilho, defende como possivel resposta a esta questao a


proibicao geral do arbitrio:

Existe observancia da igualdade quando individuos ou situacoes igual não


são arbitrariamente tratados como desiguais. Por outras palavras: o
principio da igualdade é violado quando a desigualdade de tratamento surge
como arbitraria. O arbitrio da desigualdade seria condicao necessaria e
suficiente da violacao do principio da igualdade.

Segundo a doutrina, afirma-se que o principio da igualdade não proibe pois,


que a lei estabelece destincoes. Proibe, isto sim, o arbitrio, ou seja proibe as
diferenciacoes de tratamento sem fundamento material bastante, que o
mesmo e dizer sem qualquer justificacao razoavel, segundo criterios de
valores objectivos constitucionalmente relevantes.

Proibe ainda a descriminacao, ou seja, as diferenciacoes de tratamento


fundadas em categorias meramente subjectivas. Todavia a proibicao do
arbitrio intricicamente determinadapela exigencia de um fundamento
razoavel implica de novo o problema da qualidade desse fundamento, isto é,
a qualificacao de um fundamento como razoavel a ponta para um problema
de valoracao. Neste sentido a teoria da proibicao do arbitrio não é um
criterio definido do conteudo do principio da igualdade, antes expressa
ilimita a competencia do controlo judicial. Trata-se de um criterio
controlador judicial do principio da igualdade que não poe em causa a
liberdade de conformacao do legislador ou da discricionalidade legislativa.

A proibicao do arbitrio constitue um criterio essencialmente negativo com


base no qual são julgados apenas os casos de flagrante e intoravel
desigualdade.

A interpretacao do principio da igualdade como proibicao do arbitrio


significa uma auto-limitacao do juiz o qual não controla o juizo da
oportunidade politica da lei isto é, se o legislador num caso concreto
encontro a solucao mas adequada ao fim mas razoavel ou mais justa.

Igualdade como igualdade de oportunidade

O principio da igualdade não é um principio meramente negativo ou defesivo


do Estado do direito é tambem um principio de Estado social devendo por
essa razao ser considerado um principio de justica social. Em suma cabe ao
Estado tentar atenuar ou eliminar as desigualdades facticas de natureza
social, economica ou cultural entre as pessoas o que implica por vezes uma
obrigacao de diferenciacao, uma descriminacao positiva que permita
verdadeiramente a realizacao pratica desse principio.

Ex: O direito a proteccao da saude é realizado: atraves de um servico


nacional de saude universal e geral e tendo em conta as condicoes
economicas e sociais dos cidadaos tendencialmente gratuitos.

Principio da igualdade perante os encargos publicos

Esta é uma outra manifestacao de principio da igualdade cujo sentido é o


seguinte:

1. Os encargos publicos (impostos), restricoes ao direito de propriedade


devem ser repartidos de forma igual pelos cidadaos.
2. No caso de existir um sacrificio especial de um individuo ou de um
grupo de individuo justificados por razoes de interesse publico devera
reconhecer-se uma indemnizacao ou compensacao aos individuos
particularmente sacrificados.

Ex: Responsabilidade das entidades publicas artigo 58 da CRM.

Principio ao acesso do direito e aos tribunais

Artigos 62 e 70 ambos da CRM. O terceiro principio do regime geral dos direitos


fundamentais é o principio do acesso aos direitos e dos tribunais. Este principio
tem haver com o direito à tutela juridicional efectiva.visa-se com essa garantir o
acesso aos tribunais e principalmente possibilitar aos cidadaos a defesa de
direitos e interesses legalmente protegidos atraves de um acto juridicional. O
direito de acesso aos tribunais reconduz-se fundamentalmenta ao direito a uma
solucao juridica de actos e relacoes contravertidas a que se deve chegar a um
prazo razoavel e com grantias de imparcialidade e independencia
possibilitando designadamente um correcto funcionamento das regras do
contraditorio em termos de cada uma das partes puder deduzir as suas razoes
de factos e de direito, oferecer as suas provas, controlar as provas do seu
adversario e descriticar sobre o valor e resultado de causa.

Significa isto que o direito à tutela jurisdicional efectiva se concretiza


fundamentalmente atraves de um processo jurisdicional equitativo.

Regime especifico de direitos liberdade e garantias.

O regime especifico de direitos liberdade e garantias aplica-se aos anunciados


no titulo III Capitulo I a II da CRM artigos 35 a 81.

Visao global dos tracos gerais caracterizadores do regime especifico dos


direitos liberdade e garantias.

1. Aplicabilidade directa das normas que os reconhecem consagram ou


garantem, n 1 do artigo 56 da CRM;

2. Vinculatividade das entidades publicas e privadas n 1 do artigo 56 da


CRM;

3. Reserva da lei para a sua restricao n 2 e 3 do artigo 56 da CRM;


4. Principio da autorizacao posicional expressa para a sua restricao n 2 e 3
do artigo 56 da CRM;

5. Principio da proporcionalidade como principio informador ou controlador


das leis restritivas n 2 do artigo 56 da CRM;

6. Principio da generalidade e da abstracao n 4 do artigo 56 da CRM;

7. Principio da não retroactividade das leis restritivas n 3 do artigo 56 da


CRM;

8. Principio da salvaguarda do nucleo essencial n 3 do artigo 56nda CRM;

9. Principio da possibilidade de suspensao nos casos de Estado de sitio ou


de emergencia artigo 290 e seguintes da CRM. Suspensao de exercicios
de direitos ou restricao das liberdades individuais artigo 295 da CRM;

10. Garantia do direito de resistencia artigo 80 da CRM;

11. Garantia da responsabilidade do Estado e de mais entidades publicas


artigo 58 da CRM;

12. Garantia perante o exercicio da accao penal e da adopcao de medidas de


policia artigo 61 da CRM;

13. Garantia contra as leis de revisao restritivas do seu conteudo artigo 300
da CRM;

Limites Materiais

As leis de revisao constitucional teram de respeitar: os direitos liberdades e


garantias fundamentais al d) do artigo 300 da CRM.

Analise do regime especifico dos direitos liberdades e garantias

1. Aplicabilidade directa – esta significa que os direitos liberdades e


garantias podem serem aplicados de forma imediata tal como estao
consagrados na constituicao, sem necessidade de aprovacao do
legislador ordinario para tal.

Excepcoes da aplicabilidade do direito. Artigos 49 e 54 da CRM.

Os artigos 82 a 95 da CRM referentes aos direitos economicos sociais e


culturais não tem essa caracteristica de aplicabilidade directa pois são direitos
aprestacao do Estado estando por isso dependentes de varios
condicionalismos do Estado ex: Orcamento do Estado.

Excepcao n1 do artigo 82 da CRM direito de propriedade.

Ex: liberdade de associacao profissional e sindical artigo 86 da CRM.

2. Vinculatividade das entidades publicas – estar vinculado significa estar


obrigado a respeitar. A expressao entidades publicas abrange a todos as
entidades que fazem parte dos tres poderes que caracterizam um
determinado Estado. Neste caso, quem esta vinculado aos direitos
liberdades e garantias?

São: os poderes publicos, o governo ou administracao publica, o legislador e os


tribunais.

Os tipos de vinculacao das entidades publicas

a) Vinculacao logica – os direitos liberdades e garantias foram criados para


proteger os cidadaos contra o Estado o qual esta numa posicao de
superioridade em relacao aqueles. Desta forma tenta-se evitar que haja
abusos de poderes.

b) Vinculacao total – todas as entidades publicas sem excepcao estao


obrigados a respeitar os direitos liberdade e garantias em todas as
ocasioes.

c) Vinculacao do legislador – a vinculacao do legislador comporta tres


dimensoesÇ

Dimensao proibitiva – as entidades legislativas estao proibidas de criar


actos legislativos contrarios as normas e principios constitucionais ou
seja, de emanar leis inconstitucionais lesivas de direitos liberdade e
garantias.

Normas negativas de competencias – as normas consagradoras dos


direitos liberadades e garantias são assim denominadas pois,
estabelecem limites ao exercicio de competencias das entidades
publicas legislativas.
Dimensao positiva – o dever que os orgaos legislativo têm de conformar
as relacoes entre os individuos segundo as medidas e as directivas
materiais consubstanciadas nas normas garantidoras de direitos
liberdades e garantias.

d) Vinculacao da administracao publica – tendo em conta que


administracao publica é assegurada pelo governo isto é, o orgao
executivo a sua vinculacao significa que deve exercer a sua competencia
respeitando os direitos liberdades e garantias. E ao praticar actos de
execucao de leis constitucionais deve interpretacao e aplicar estas leis
de um modo conforme os direitos, liberdades e garantias,

e) Vinculacao do poder judicial – aos tribunais cabe a tarefa de defesa dos


direitos e interesses legalmente protegidos dos cidadaos. No entanto, os
tribunais para alem desta funcao de defesa dos direitos fundamentais
tambem se encontram vinculados pelos direitos fundamentais. Esta
situacao concretiza-se atraves do processo justo aplicado no exercicio
da funcao juridiscional ou atraves da determinacao e direccao das
decisoes jurisdicionais pelos direitos fundamentais materiais.

f) Vinculacao das entidades privadas n 1 do artigo 56 da CRM – os direitos,


liberdades e garantias são directamente aplicaveis, vinculam as
entidades publicas e privadas, são garantidos pelo Estado e devem
serem exercidos no quadro da constituicao e das leis.

De que forma se admite esta vinculacao? E se concebe a sua eficacia?

As respostas classicas reconduzem as duas teorias:

- Teoria de eficacia directa ou imediata.

- Teoria de eficacia indirecta ou mediata.

De acordo com a 1ª teoria os direitos, liberdades e garantias e direitos de


natureza analoga aplicam-se obrigatoria e directamente no comercio juridico
entre entidades privadas (individuais e colectivas) teriam pois uma eficacia
absoluta podendo os individuos sem qualquer necessidade de mediacao
concretizadora dos poderes publicos fazer apelo aos direitos, liberdades e
garantias.
Para a 2ª teoria os direitos, liberdades e garantias teriam uma eficacia indirecta
nas relacoes privadas, pois a sua vinculatividade exercia sobre o legislador que
seria obrigado a conformar as referidas relacoes obedecendo aos principios
materiais positivados nas normas de direitos, liberdades e garantias.

Reconhece-se a vinculacao das entidades privadas ou seja, que os direitos,


liberdades e garantias podem serem aplicados nas relacoes entre particulares.
Essa vinculacao não é total embora a constituicao não nos diga quais são os
casos em que se devem ou não aplicar. Não é uma vinculacao logica pois as
relacoes entre os particulares são igualitarias estando já protegidas por outro
ramo do direito é o caso do direito civil, penal, comercial, laboral e outros.

O que defere da vinculacao das entidades publicas, pois verifica-se uma relacao
de superioridade, isto é, a relacao do Estado e dos individuos não estao no
mesmo nivel.

As normas consagradoras de direitos liberdades e garantias e de direitos


analogos constituem ou transportam principios de ordenacao objectiva (em
especial dever de garantia e de proteccao do Estado) cuja eficacia deve ter em
consideracao a pluralidade de funcoes dos direitos fundamentais de formas a
possibilitar solucoes diferenciadas e adequadas consoante o referente do
direito fundamental que estiver em causa num caso concreto, dando assim um
papel de enorme relevancia no juiz. Claro que esta ideia de eficacia imediata
dos direitos fundamentais em relacao as entidades privadas não pretende que
os titulares dos direitos colocados numa situacao de idade nas relacoes
verticais como Estado tenham nas relacoes juridicas civis essa mesma
situacao de igualdade mediante o auxilio do Estado já que as entidades
publicas não são donas das relacoes privadas para transformarem autonomia
individual no concentrado de deveres harmonizatorios. Em termos tendenciais
não se deverao aplicar os direitos, liberdades e garantias quando as relacoes
entre particulares forem consideradas igualitarias. Mas sim, deverao aplicar os
direitos, liberdades e garantias quando estivermos perante reacoes
extensivamente desigualitaria (patrao, emprestado) e ainda em relacoes que
não sendo manifestamente desigualitaria ainda de uma das partes tenha o
poder de intervir no livre desenvolvimento da personalidade da outra parte.
Ex: uma escola particular de alunos deficientes subsudiada pelo Estado recusa-
se a receber criancas deficientes não baptizadas ou cujo os pais professem
uma religiao diferente da ensinada nessa escola. Poderao os pais dessas
criancas recorrer directamente aos artigos 35 e 54 da CRM?

A aplicacao ou não aplicacao dos direitos liberdades garantias nas relacoes


entre particulares não devem conduzir a uma dupla etica nas relacoes sociais, a
qual existem quando por exemplo se considera como violacao de integridade
fisica e moral a exigencia de teste de gravidez as mulheres que procuram
emprego na funcao publica e ao mesmo tempo se toleram e aceitam estes
mesmos testes quando o pedido de emprego é feita a entidades privadas em
nome da produtividade da empresa e da autonomia contratual e empresarial.

Restricoes dos direitos liberdades e garantias

- Regimes das leis restritivas

- Delimitacao do conceito restricao

Restricao – so deve-se falar em restricoes de direitos quando há uma efectiva


limitacao do ambito de proteccao desses direitos n 2, 3 e 4 do artigo 56 da
CRM.

Segundo a doutrina este artigo refere-se aos limites dos limites ou seja aos
requisitos de restricao dos direitos liberdade e garantias. Para melhor entender
a questao das restricoes dos direitos liberdades e garantias é necessario seguir
as seguintes interrogacoes:

a) Trata-se de uma efectiva restricao do ambito de proteccao de normas


consagradora de um direito liberdade e garantia?

b) Existe uma autorizacao constitucional para esta restricao?

c) Corresponde a restricao a necessidade de salvaguardar outros direitos


ou interesses constitucionalmente protegidos?

d) A lei restritiva sera que observou os requisitos expressamente


estabelecidos pela constituicao nomeadamente:

Necessidade, proporcionalidade, generalidade abstraccao, não


retroactividade e garantia do nucleo essencial?

Apartir destas questoes podemos deduzir os graus constitutivos do


procedimento de restricao de direitos liberdades e garantias (interpretacao e
aplicacao).

1. Delimitacao do ambito de proteccao da norma;

2. Averiguacao do tipo natureza e finalidade da restricao;

3. Controlo da observancia dos limites estabelecidos pela constituicao as


leis restritivas.

As questoes a cima apontam para a existencia de requisitos formais e


materiais previstos na constituicao que as leis restritivas de direitos liberdade e
garantias devem imperativamente satisfazer.

Os requisitos formais actuam como uma zona de proteccao forma (exigencia


de lei da assembleia da republica ou decreto autorizado, exigencia de expressa
autorizacao restritiva contida na constituicao).

Os requisitos materiais pretendem a segurar a conformidade substancial da lei


restritiva com os principios e regras da constituicao (principios da
proporcionalidade, generalidade, abstracao da não retroactividade e da
salvaguarda e do conteudo activa).

Para tal temos que analizar os tipos de restricoes.

Tipos de restricoes

Limites dos direitos fundamentais

1. Limites ou restricoes constitucionais imediatos – são aqueles


posetivados pelas proprias normas constitucionais garantidoras de
direitos.

Ex: liberdades de associacao, n 1 e 3 do artigo 52 da CRM.

2. Limites estabelecidos por lei – estes acontecem quando os preceitos


grantidores do direito liberdades e garantias admitem de forma expressa
a possibilidade de restricoes destes atraves da lei. (reserva da lei) ex:
liberdades de escolha de profissao. Todos têm o direito de escolher
livremente a profissao ou genero de trabalho salvas as restricoes legais
impostas pelo interesse colectivo ou inerentes a sua propria capacidade.

3. Limites imanentes ou limites constitucionais não escritos – são aqueles


que estao de forma implicita no ordenamento constitucional. A
admissibilidade desse tipo de limite é justificada no contexto
sistematico da constituicao em nome da salvaguarda de outros direitos
ou bens. Assim, embora a constituicao não admita limite ao direito à
greve, justifica-se-iam limites constitucionais não escritos com o fim de
se salvaguardarem outros direitos ou bens constitucionalmente
garantidos. (exigencia de garantia de servicos de seguranca) artigo 87
da CRM.

Como já dei para perceber o legislador pode restringir direitos liberdades e


garantias para proteger direitos ou bens constitucionalmente protegidos, mas
para que essa restricao seja constitucional é preciso que ela obedeca a
determinados requisitos de restricao dos direitos liberdades e garantias.

Requisitos de restricao artigo 56 da CRM

1. Exigencia de autorizacao de restricao expressa na constituicao –


significa que não existe uma norma de autorizacao geral para que se
restrinja os direitos, liberdades e garantias. O legislador ordinario não
pode restringir os direitos liberdades e garantias sempre que lhe
apetecer ele deve obedecer os limites que a constituicao dá, isto é, a
constituicao individualizou expressamente os direitos que podem ficar
num ambito de uma reserva de leis restritiva de forma a obrigar o
legislador a procurar sempre nas normas constitucionais o fundamento
concreto para o exercicio dessa sua competencia.

Este requisito visa: criar seguranca juridica nas cidadaos,

Serve como advertencia para o legislador que tenha conciencia do significado e


alcance da limitacao dos direitos liberdades e garantias; é uma forma de
proibicao para que o legislador não de proibicao para que o legislador não
emglobe ou acrescente outros direitos salvo os autorizados pela constituicao.

2. Requisitos da lei formal – os direitos liberdades e garantias so podem


serem estrigindos nos casos expressamente previstos na constituicao, e
so a lei os pode restringir (reserva de lei restritiva). Esta exigencia da
forma de lei para a restricao dos direitos liberdades e garantias tem um
alcance bem definido. A intervencao de um acto legislativo com a forma
de lei da assembleia da republica reafirma a ideia do parlamento como
orgao amigo das liberdades e da reserva de lei do parlamento como
instrumento previlegiado da defesa do direito mesmo quando está em
caso a propria restricao desses direitos. Por outro lado quando a
restricao for efectivada por um decreto do governo este decreto deve
estar em conformidade com a lei de autorizacao. No entanto existe
alguns direitos liberdades garantias que so podem serem restringidos
por leis da assembleia da republica incluindo se aqui todos os direitos
cuja a regulamentacao é da reserva absoluta de competencia da
assembleia da republica.

Ex: direitos de associacao de partidos politicos, eleicoes dos deputados;

Eleicoes dos titulares dos orgaos de soberania.

Este requisito da lei formal significa tambem no direito constitucional


vigente a exigencia de uma cadeia initerrupta de legitimidade legal
relactivamente aos actos que restrinjam os direitos liberdade e garantias
excluindo-se assim, a possibilidade de limitacoes que não tenha
fundamento na lei.

3. Requisito:

Principio da proibicao do excesso ou da proporcionalidade – este


principio significa no ambito especifico das leis restritivas de direitos
liberdades e garantias que qualquer limitacao feita por lei ou com base
na lei deve ser adequada (apropriada), necessaria (exigivel) e
proporcional (com justa medida).

A exigencia da adequacao aponta para a necessidade de a a medida restritiva


ser apropriada para a procecucao dos fins invocados pelas leis (conformidades
com os fins).

A exigencia da necessidade pretende evitar adopcao de medidas restritivas de


direitos liberdades e garantias que embora adequadas não são necessarias
para se obter os fins de proteccao visados pela constituicao ou a lei. O principio
da proporcionalidade ou da justa medida. Significa que uma lei restritiva
mesmo adequada e necessaria pode ser inconstitucional quando adote cargas
coactivas de direitos liberdades e garantias, desmedidas, desajustadas,
excessivas ou desapropriadas aos resultados obtidos.

O principio da proibicao ou da proporcionalidade – constituem um limite


constitucional a liberdade de conformacao do legislador. A constituicao ao
autorizar a lei a restringir direitos liberdades e garantias de forma a permitir ao
legislador a realizacao de uma tarefa de concordancia pratica justificada pela
defesa de outros bens ou direitos constitucionalmente protegidos impoem uma
clara vinculacao ao exercicio dos poderes descricionarios do legislador, pois
para que o legislador possa fazer uso do seu poder de restricao deve existir em
1° lugar uma conexao material entre os meios que se vao utilizar e os fins a que
o legislador se propoe, e em 2° lugar o legislador está vinculado ao principio da
proibicao do excesso no seu exercicio do seu poder de restricao.

4. Principio da generalidade e abstracao – uma lei geral e abstrata é aquela


que se dirige a um numero indeterminado ou indeterminavel de pessoas
ou regula um numero determinado ou indeterminado de casos.

Uma lei individual concreta é aquela que se dirige a um numero determinado ou


determinavel de pessoas ou regula um numero determinado ou determinavel de
casos. Segundo este requisito as leis restritivas devem ser gerais e abstratas
pois as leis individuais e concreta de natureza restritivas violam o principio
material da igualdade.

5. Requisito da não retroactividade da lei restritiva – apesar do principio da


não retroactividade não ser um principio constitucional valido para todos
os casos na ordem juridica mocambicana, é o sem quaisquer excepcoes
no que respeita as leis restritivas de direitos liberdades e garantias ou de
direitos analogos. Assim sendo uma lei retroactiva em materia de leis
restritivas de direitos liberdades e garantias sera sempre
inconstitucional já que as consequencias juridicas atribuidas aos factos
por ela regulados se produziam no passado ou seja numa data anterior a
da sua entrada em vigor e como tal violaria o principio da seguranca
juridica e da proteccao de confianca e da proteccao de confianca.
Quanto aos casos das leis retrospectivas (tomada em consideracao de
factos anteriores a entrada em vigor da lei) não podem deixar de ser
incostitucionais precisamente quando é arbitraria ou restringe direitos
liberdades e garantias.

Ex: lei que sujeita o imposto, rendimentos recebidos antes da sua entrada
em vigor que face a legislacao anterior estavam isentos da tributacao fiscal.

Ex: lei que ve estabelecer novos regimes de incompatibilidades entre cargos


e mandatos eleitos e aplicar este regime a autarcas já eleitos.

6. Principio da salvaguarda do nucleo essencial – este requisito significa


que existe um nucleo conteudo essencial dos direitos liberdades e
garantias que não pode em caso algum ser violado, mesmo no caso em
que o legislador esta constitucionalmente autorizado a evitar normas
restritivas ele permanece vinculado a salvaguarda do nucleo essencial
dos direitos restringidos.

Regime especifico

Inconstitucionalidade (Gomes Canotilho e Isabel Rocha)

Constitucional

O sistema unitario é para todos tribunais de qualquer categoria, sistema separa


uma existencia de instituicao propria para determinar a inconstitucionalidade, n
1 do artigo 244 da CRM.

Sujeitos de controlo

Quem faz o controlo? Politico e juridicional.

Politico – assembleia aprova a lei e vai ao Presidente da Republica se esta de


acordo com os principios constitucionais

Controlo juridicional – tribunais o sistema concetrado ou autriago.

Sistema difuso a competencia e de todos tribunais so declara a


inconstitucionalidade.
Sistema concentrado ou austriago vai de acordo com o sistema de separacao
aqui tem um orgao especifico que é o conselho constitucional ou tribunal
constitucional.

Como se controla?

Controlo por via incidental – é determinar o tribunal e a defesa alegar um artigo,


o juiz não aplica (deve ser uma norma relativa para resolucao do caso).

Controlo por via principal – aqui não tem litigio, mas tem uma norma que foi
aprovada pela Assembleia da Republica mas inconstitucional mas ninguem
observou.

Controlo abstrato – tem haver com quem tem a legitimidade das empresas
para solicitar uma norma inconstitucional.

Controlo concreto – relacionado com o sistema difuso ou incidental o tribunal


pode detectar a inconstitucionalidade e pode aplicar.

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