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BOLETIM DA REPÚBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
TAXA
POSIÇÃO CÓDIGO DESCRIÇÃO UNIDADE C GERAL
9506.70.00 — Patins para gelo e patins de rodas, incluindo os fixados em calçado ........................ PA 7.5
— Outros:
ARTIGO 12 ARTIGO 18
(Prestações) (Âmbito de aplicação pessoal)
1. As prestações podem ser pecuniárias ou em espécie. 1. São obrigatoriamente abrangidos pelo regime estabele-
2. As prestações pecuniárias são periodicamente revistas, cido nesta secção:
tendo em conta as variações salariais e as capacidades finan- a) os trabalhadores por conta de outrem, nacionais e
ceiras da protecção social obrigatória. estrangeiros residentes em território nacional;
3. As prestações pecuniárias estão isentas do imposto sobre b) os familiares a cargo dos trabalhadores referidos na
o rendimento de pessoas singulares. alínea anterior.
7 DE FEVEREIRO DE 2007 77
2. Os trabalhadores moçambicanos no estrangeiro são b) as contribuições dos trabalhadores por conta própria;
abrangidos pelas disposições relativas à segurança social c) os juros de mora devidos pelo atraso no pagamento
obrigatória, nos termos dos acordos celebrados sobre a de contribuições;
matéria, ou, por adesão ao regime dos trabalhadores por
conta própria, quando não se encontrem inscritos em nenhum d) as multas por infracções às disposições legais;
sistema de inscrição obrigatória no país onde trabalham. e) os rendimentos produzidos pelos investimentos;
3. A segurança social obrigatória dos funcionários do Es- f) as transferências do Estado e de outras entidades
tado e dos trabalhadores do Banco Central rege-se por públicas ou privadas;
legislação específica.
g) as transferências de organismos estrangeiros;
ARTIGO 19
h) as comparticipações previstas na lei;
(Âmbito de aplicação material)
i) os donativos, legados ou heranças;
1. A Segurança Social Obrigatória compreende prestações
nas eventualidades de doença, maternidade, invalidez, velhice j) outras receitas legalmente permitidas.
e morte. 2. As receitas da Segurança Social Obrigatória são arreca-
2. O alargamento do âmbito de aplicação material é deter- dadas e administradas pela entidade gestora da segurança
minado pelo Conselho de Ministros, na medida em que as social obrigatória.
condições sócio-económicas e administrativas o permitam. ARTIGO 25
ARTIGO 20 (Despesas)
(Obrigação contributiva) Constituem despesas da Segurança Social Obrigatória as
1. As contribuições para a segurança social obrigatória seguintes:
são repartidas entre as entidades empregadoras e os trabalha- a) prestações;
dores, segundo proporções a fixar pelo Conselho de Ministros, b) acção sanitária social;
não podendo a parcela imputada ao trabalhador exceder, em
c) administração do sistema;
caso algum, cinquenta por cento do montante daquelas con-
tribuições. d) investimentos;
e) outras legalmente previstas.
2. A entidade empregadora é responsável pelo pagamento
das contribuições devidas à entidade gestora da segurança ARTIGO 26
social obrigatória, incluindo a parcela a cargo do trabalhador (Investimentos)
que é descontada na remuneração respectiva.
1. Os fundos de reservas da Segurança Social Obrigatória
3. O trabalhador não pode opor-se aos descontos a que está são investidos em condições a regulamentar pelo Conselho
sujeito. de Ministros, devendo contudo realizar-se segundo os princípios
4. As contribuições da entidade empregadora são da sua de segurança, rendimento e liquidez.
inteira e exclusiva responsabilidade, sendo nula e de nenhum 2. É vedada a aplicação de fundos de reservas nas actividades
efeito qualquer convenção em contrário. ou negócios de risco, nomeadamente jogos de fortuna e azar.
SECÇÃO III
ARTIGO 27
Regime dos trabalhadores por conta própria
(Orçamento)
ARTIGO 21 1. A actividade da entidade gestora da segurança social obri-
(Âmbito de aplicação pessoal) gatória é objecto de orçamento anual de receitas e despesas,
São obrigatoriamente abrangidos os trabalhadores por conta sujeito à aprovação pelo Ministro de tutela.
própria, em regime livre ou de avença, em condições a definir 2. Sem prejuízo de providências de recuperação e sanea-
em diploma próprio. mento que devam ser imediatamente impostas, verificando-se
ARTIGO 22 défice orçamental, o Conselho de Ministros pode determinar
(Âmbito de aplicação material) que as despesas da segurança social obrigatória sejam suporta-
das por transferência no quadro da Lei do Orçamento do Estado.
A Segurança Social Obrigatória dos trabalhadores por
conta própria compreende as prestações nas eventualidades 3. As contas da segurança social obrigatória devem ser
de doença, invalidez, velhice e morte, ou outras a definir em publicadas no jornal de maior circulação do país.
diploma próprio. ARTIGO 28
ARTIGO 23 (Taxas e base de contribuições)
(Obrigação contributiva) 1. A taxa de contribuição é fixada do modo a cobrir todos
As contribuições ao sistema são suportadas na totalidade os encargos emergentes com o sistema.
pelos trabalhadores por conta própria e são calculadas segundo 2. Estão sujeitos às contribuições, o salário e os adicionais
regras a definir pelo Conselho de Ministros. regulares e periódicas.
SECÇÃO IV 3. Quando as contribuições devidas não forem pagas no
Organização financeira prazo determinado, são devidos juros de mora.
ARTIGO 24 ARTIGO 29
(Receitas) (Declaração de remunerações)
1. Constituem receitas da segurança social obrigatória: 1. A entidade empregadora declara mensalmente e por
a) as contribuições dos trabalhadores por conta de outrem cada um dos trabalhadores ao seu serviço, o valor total de
e das respectivas entidades empregadoras inscritas salários e adicionais sobre os quais, em cada mês, incidem
na Segurança Social Obrigatória; contribuições para a segurança social obrigatória.
78 I SÉRIE — NÚMERO 6
1. As contribuições devidas à segurança social obrigatória O orçamento e as contas anuais da segurança social
prescrevem no prazo de dez anos. complementar cometida à entidade gestora de segurança
social obrigatória são sujeitos à homologação do Ministro
2. O direito às prestações caduca no prazo de três anos, de tutela.
contados a partir do dia em que são postas a pagamento ou
da data do evento constitutivo do direito. CAPÍTULO V
(Entidades e mecanismos particulares e complementares) No âmbito da presente Lei, compete em especial à Comissão
Consultiva de Trabalho:
1. As instituições e mecanismos particulares e complemen-
tares da segurança social obrigatória são licenciados pelo a) articular e coordenar a informação dos poderes pú-
Ministro que superintende a área de Finanças, ouvido o Mi- blicos, através da emissão de pareceres e recomen-
nistro que tutela a protecção social obrigatória. dações sobre questões respeitantes à protecção
2. As instituições e mecanismos particulares e comple- social;
mentares referidos no número anterior revestem a natureza b) acompanhar o funcionamento da Protecção Social,
de fundos de pensões e outros, consubstanciados em patri- verificando se os objectivos e fins estão a ser alcan-
mónios autónomos exclusivamente afectos à realização dos çados e, neste âmbito, emitir recomendações ao
objectivos para que hajam sido constituídos.
Conselho de Ministros.
3. A vinculação nas instituições e mecanismos particulares
e complementares não afasta a obrigatoriedade de inscrição ARTIGO 39
na segurança social obrigatória. (Gestão da segurança social)
1. A segurança social básica é gerida pelo Ministério
SECÇÃO II
que superintende a área da Acção Social, com a participação
Organização financeira
de entidades não governamentais com finalidades sociais e
ARTIGO 34 de outros serviços de administração do Estado.
(Receitas) 2. A segurança social obrigatória é gerida pelo Instituto
Nacional de Segurança Social.
Constituem receitas da segurança social complementar,
as seguintes: 3. A segurança social dos funcionários do Estado é gerida
pelo Ministério que superintende a área das Finanças.
a) contribuições dos trabalhadores ou destes e das res-
pectivas entidades empregadoras; 4. A segurança social dos trabalhadores do Banco Central
é gerida pelo Banco de Moçambique.
b) outras contribuições em condições a definir por acordo
com a entidade gestora ou legalmente previstas. 5. A segurança social complementar é gerida por entidades
de carácter privado ou público, cuja constituição e funciona-
ARTIGO 35 mento é regulamentada pelo Conselho de Ministros.
(Despesas)
ARTIGO 40
Constituem despesas da segurança social complementar, (Isenções fiscais)
as seguintes:
A entidade gestora da segurança social obrigatória goza
a) prestações; das isenções fiscais reconhecidas por lei ao Estado e outras
b) administração; que venham a ser definidas.
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À medida que as condições económicas e financeiras do A presente Lei entra em vigor 180 dias após a sua
país o permitam o Conselho de Ministros pode determinar publicação.
o alargamento do âmbito de aplicação pessoal da presente Lei.
Aprovada pela Assembleia da República, aos 11 de De-
ARTIGO 54 zembro de 2006.
(Redução do período de garantia para concessão O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Joaquim
de pensões) Mulémbwè.
O trabalhador que na vigência da Lei n.º 5/89, de 18 Promulgada em 10 de Janeiro de 2007.
de Setembro, não estava abrangido pelo sistema de segurança
Publique-se.
social e que à data da entrada em vigor da presente Lei,
tenha mais de 50 anos, sendo homem, ou mais de 45 anos, O Presidente da República, ARMANDO EMÍLIO GUEBUZA.
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ANEXO
Glossário