Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
,
BOLEllM DA REPUBLICA
PUBLICAÇÃO OFICIAL DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
SUPLEMENTO
IMPRENSA NACIONAL DE MOÇAMBIQUE Art. 3. São revogados, respectivamente o Decreto n," 51/98,
de 21 de Setembro, e suas alterações, os Decretos n," 78/98
AVISO e 79/98, ambos de 29 de Dezembro, os Decretos n.~ 34/99, 35/99
e 36199, todos de 1 de Junho, e toda a legislação complementar
A matéria a publicar no «Boletim da República» deve ser
que contrarie a presente Lei.
remetida em cópia devidamente autenticada, uma por cada
assunto, donde conste, além das lndl- cações necessárias para Art, 4. A presente Lei entra em vigor em 1 de Janeiro de 2008.
esse efeito, o averbamento seguinte, assinado e autenticado: Aprovada pela Assembleia da República aos 7 de Dezembro
Para publicação no de 2007.
«Boletim da República». O Presidente da Assembleia da República, Eduardo Joaquim
Mulémbwê.
•••••• 0 •••••••••••••••••••••••••
Promulgadaem 31 de Dezembro de 2007 .
Publique-se.
SUMÁRIO O Presidente da República, ARMANDOEMíLIOGUEBUZA.
Assembleia da República:
2. Os rendimentos a que se refere o número anterior provêm c) os subsídios dei'esidência ou equivalentes ou a utilização
das categorias seguintes, depois de feitas. as correspondentes de casa de habitação fornecida pela entidade patronal,
deduções e abatimentos: excepto casas próprias localizadas no recinto do
Primeira Categoria: rendimentos do trabalho dependente; empreendimento;
Segunda Categoria: rendimentos empresariais e profissionais; á) os resultantes da utilização pessoal pelo trabalhador ou
Terceira Categoria: rendimentos de capitais e das mais-valias; membro de 6rgão social, de viatura autom6vel que gere
Quarla Categoria: rendimentos prediais; encargos para a entidade patronal, quando exista
Quinta Categoria: outros rendimentos. acordo escrito entre o trabalhador ou membro do 6rgão
social e a entidade patronal, sobre a imputação àquele
3. Ficam sujeitos à tributação os rendimentos, querem dinheiro,
da referida viatura automóvel;
quer em espécie, seja qual for o local onde se obtenham, a moeda
e a forma por que sejam auferidos. e) as j!J'lportâncias despendidas pela entidade patronal com
viagens e estadas, de turismo e similares. não conexas
ARTIGO 2 com as funções exercidas pelo trabalhador ao serviço
(Primeira Categoria) da mesma entidade;
I. Ficam compreendidos nesta categoria os rendimentos do f) os impostos e outros encargos legais devidos pelo
trabalho dependente e as pensões e rendas vitalícias ou trabalhador e que a entidade empregadora tome sobre
rendimentos de natureza equiparável. si.
2. Consideram-se rendimentos do trabalho dependente todas 2. Para efeitos do número anterior, considera-se rendimento
as remunerações pagas ou postas à disposição do seu titular,
do trabalhador os beneficios ou regalias atribuídos pela entidade
provenientes de:
patronal a qualquer pessoa do seu agregado familiar ou quea ele
a) trabalho por conta de outrem prestado ao abrigo de esteja ligado por vínculo de parentesco ou afinidade.
contrato individual de trabalho ou de outro a ele
3. Para efeitos deste imposto, considera-se entidade patronal
legalmente equiparado;
toda aquela que pague ou coloque à disposição remunerações
b) trabalho prestado ao abrigo de contrato de aquisição de
que constituam rendimentos de trabalho dependente nos termos
serviços ou outro de idêntica natureza, seja prestado
deste artigo, sendo a ela equiparada qualquer outra entidade que
sob a autoridade e a direcção da pessoa do adquirente
com ela esteja em relação de domínio ou de grupo,
dos serviços;
independentemente da respectiva localização geográfica.
c) exercício de função, serviço ou cargo públicos;
á) situações de pré-reforma, pré-aposentação ou reserva, ARTIGO 4
com ou sem prestação de trabalho, bem como de (Oulros rendimentos do trabalho dependente)
prestações atribuídas, a qualquer titulo, antes de Consideram-se ainda rendimentos do trabalho dependente:
verificados os requisilos exigidos nos regimes
a) as remunerações dos membros dos 6rgãos estatutários
obrigat6rios de segurança social aplicáveis para a
das pessoas colectivas e entidades .equiparadas;
passagem à situação de reforma ou, mesmo que não
subsista o contrato de trabalho, se mostrem b) as importâncias que os empresários individuais escriturem
subordinadas à condição de serem devidas até que como remuneração do seu trabalho ou do prestado
tais requisitos se verifiquem. mesmo que devidas por pelas pessoas que façam parte do respectivo agregado
fundos de pensões ou outras entidades, que se familiar,
substituam à entidade originariamente devedora. c) os abonos para falhas devidos a quem no seu trabalho
3. As remunerações referidas lIO número anterior tenha de movimentar numerário, na parte em que exceda
compreendem, designadamente, ordenados, salários, 5% da remuneração mensal fixa;
vencimentos. gratificações, percentagens, comissões, á) as ajudas de custo e, as importâncias auferidas pela
participações, subsídios ou prémios, senhas de presença,
utilização de automóvel pr6prio em serviço da entidade
emolumentos. participações em multas e outras remunerações patronal, na parte em que ambas excedamo limite dos
acessórias, ainda que peri6dicas, fixas ou variáveis, de natureza
quantitativos estabelecidos para os funcionários do
contratual ou não.
Estado, com remunerações fixas equivalentes ou mais
ARTIGO 3 aproximadas;
(Remunerações acessórias) . e) as verbas para despesas de deslocação. viagens ou
representação de que não tenham sido prestadas
1. Consideram-se remunerações acessórias, nelas se
compreendendo todos os direitos. benefícios ou regalias não contas até ao termo do exercício;
incluídos na remuneração principal que sejam auferidos devido à f) quaisquer indemnizações resultantes da constituição,
prestação de trabalho ou em conexão com esta e constituam para extinção ou modificação de relação jurídica que origine
o respectivo beneficiário uma vantagem económica. tais como: rendimentos do trabalho.dependente, incluindo as que
a) os abonos de familia e respectivas prestações respeitem ao incumprimento das condições contratuais
complementares, excepto na parte em que não excedam ou sejam devidas pela mudança de local de trabalho:
os limites legais estabelecidos; g) as gratificações auferidas pela prestação ou em razão da
b) o subsídio de refeição, na parte em que exceder o salário' prestação do trabalho, quando não atribuídas pela
mínimo legalmente estabelecido; respectiva entidade patronal.
31 DE DEZEMBRO DE 2007 768-(41)
ARTIGOS
b) os auferidos no exercício, por conta própria, de qualquer
(Pen.Cle.)
actividade de prestação de serviços, ainda que conexas
I. Consideram-se .pensões, compreendidas na Primeira com qualquer actividade mencionada na alínea anterior;
Categoria deste imposto: c) os provenientes da propriedade intelectual ou industrial
a) as prestações devidas a título de pensões de aposentação ou da prestação de informações respeitantes a uma
ou de reforma. velhice, invalidez ou sobrevivência, experiência adquirida no sector industrial, comercial
bem como outras de idêntica natureza e ainda as ou científico, quando auferidos pelo seu titular
pensões de alimentos; originário;
b) as prestações a cargo de companhias de seguros, fundos á) os decorrentes de actividades artísticas, desportivas e
de pensões, ou quaisquer outras entidades, devidas ou culturais.
no âmbito de regimes complementares de segurança 3. Consideram-se ainda rendimentos desta categoria:
social em razão de contribuições da entidade patronal;
a) os rendimentos prediais imputáveis a actividades
c) as pensões e subvenções não compreendidas nas alíneas empresariais e profissionais:
anteriores;
b) os rendimentos de capitais imputáveis a actividades
á) as rendas temporárias ou vitalícias. empresariais e profissionais;
2. A rem ição ou qualquer outra forma de antecipação de c) as mais-valias apuradas no âmbito das actividades
disponibilidade dos rendimentos previstos no número anterior empresariais e profissionais, definidas nos termos do
não lhes modifica a natureza de pensões. Código do IRPC, designadamente as resultantes da
3. Os rendimentos. referidos neste artigo ficam sujeitos à transferência para o património particular dos
tributação desde que pagos ou colocados à disposição dos empresários de quaisquer bens afectos ao activo da
respectivos titulares. empresa;
á) as importâncias auferidas, a título de indemnização,
6
ARTIGO
conexas com a actividade exercida, nomeadamente a
(Rendimento. do trabalho dependente não tributável.) sua redução. suspensão e cessação, assim como pela
Não constituem rendimento tributável, não sendo, por isso. mudança do local do respectivo exercício;
englobados na determinação do rendimento colectável: e) as importâncias relativas à cessão temporária de
a) as prestações efectuadas pelas entidades patronais para exploração de estabelecimento;
regimesobrigatórios de segurança social e as devidas j) os subsídios ou subvenções no âmbito do exercício de
para regimes complementares de segurança social, que actividade abrangida na alínea a) do n," 2;
visem assegurar exclusivamente benefícios em C~lS0
g) os subsídios ou subvenções no âmbito do exercício de
de reforma, invalidez ou sobrevivência; actividade abrangida na alínea b) do n." 2;
b) os benefícios imputáveis à utilização e fruição de h) os provenientes da prática de actos isolados referentes à
realizações de utilidade social e de lazer mantidas pela
actividade abrangida na alínea a) do n," 2;
entidade patronal, desde que observados os critérios
estabelecidos nos artigos 24 a 26 do Código do IRPC; i) os provenientes da prática de actos isolados referentes à
actividade abrangida na alínea b) do n." 2;
c) as prestações relacionadas exclusivamente com acções
d" formação profissional dos trabalhadores, quer estas 4. Para efeitos do disposto nas alíneas h) e i) do número
sejam ministradas pela entidade patronal, quer por anterior, consideram-se rendimentos provenientes de actos
organismos de direi!" público ou entidade reconhecida isolados os que não resultem de uma prática previsível ou
como tendo competência nos domínios da formação e reiterada.
reabilttação profissionais pelos Ministérios 5. Para efeitos deste imposto, consideram-se como
competentes; provenientes da propriedade intelectual os direitos de autor e
d) as indemnizações r-or despedimento, previstas na lei, direitos conexos.
recebidas ou colocadas à disposição do trabalhador, ARTIGO 9
emergentes da rescisão do contrato de trabalho, por
(Actividades comerciais e Industriais, agrícolas. silvícolas ou
iniciativa do empregador ou do trabalhador, com justa pecuárlaa)
causa.
1. Para efeitos do disposto no artigo anterior consideram-se
ARTIGO 7 actividades comerciais e industriais, designadamente. as
(Rendimentos do trabalho dependente isentos) seguintes:
As pensões previstas no artigo 5 ficam isentas do Imposto a) compra e venda;
sobre o Rendimento das Pessoas Singulares. b) fabricação;
c) pesca;
ARTIGO 8
d) explorações mineiras e outras indústrias extractivas;
(Segunda Categoria)
e) transportes;
1. Ficam compreendidos nesta categoria os rendimentos
empresariais e profissionais. /) construção civil;
-------------~._ .•. _~
3/ DE DEZEMBRO DE 2007 768-(45)
3. Constitui rendimento. dos sócios que sejam pessoas 8. Para efeitos do número anterior, quando seja de aplicar o
singulares o resultante da imputação efectivada nos termos e
disposto no artigo 55, o quociente da divisão por dois dos
condições do artigo 44 do Código do IRPC aplicando-se para o
rendimentos isenteis é imputado proporcionalmenle à fracção de
efeito, com as necessárias adaptações, o regime aí estabelecido.
rendimento a que corresponde a taxa a aplicar.
4. Para efeitos do disposto no m1mero anterior, as respectivas
importâncias integram-se como rendimento líquido na Segunda AJmoo27
Categoria, nos casos em que a participação social esteja afecta a (Vslores lixados em moeda diversa do metical)
uma actividade empresarial e profissional, ou na Terceira
1. A equivalência em meticais de rendimentos ou encargos
Categoria, nos demais casos.
expressos noutra moeda será determinada pela cotação oficial
ArrrIGo25 em Moçambique da respectiva divisa, de acordo com as seguintes
(SubstllUlçio trlbutárls) regras:
a) tratando-se de rendimentos transferidos para o exterior,
Quando, através de substituição tributária, este Código exigir
aplica-se o câmbio de venda da data da efectiva
o pagamento total ou parcial do IRPS a pessoa di versa daquela
transferência ou da retenção na fonte, se a ela houver
em relação à qual se verificam os respectivos pressupostos,
lugar;
considera-se a substituta, para todos os efeitos legais,
como devedor principal do imposto, ressalvado o disposto no b) tratando-se de rendimentos provenientes do exterior,
artigo 67, aplica-se o câmbio de compra da data em que aqueles
foram pagos ou postos à disposição do sujeito passivo
cAPfrULo' 1/ em Moçambique;
A!mG034
b) 'a pessoa singular transmitente fique a deter pelo menos
(Remlnlo) 50% do capital da sociedade e a actividade exercida
Na determinação dos rendimentos empresariais e profissionais por esta seja substancialmente idêntica à que era
dos sujeitos passivos não abrangidos pelo regime simplificado exercida a título individual;
de determinação do rendimento colectável, conforme dispõe o c) os. elementos activos e passivos objecto da transmissão
artigo 33. seguem-se as regras estabelecidas no Código do IRPC sejam tidos em conta para efeitos desta com os mesmos
para a determinação do rendimento colectável. com as adaptações valores por que estavam registados na contabilidade
resultantes dos artigos seguintes. ou nos livros de escrita da pessoa singular. ou seja. os
que resultam da aplicação das disposições do presente
ARTIGO 35 Código ou de reavaliações feitas ao abrigo de
(EncargÇ)1 nio dedutíveis para efeitos fiscais) legislação de carácter fiscal;
i. Para além das limitações previstas rio Código do IRPC. não á) as partes de capital recebidas em contrapartida da
são dedutíveis para efeitos de determinação do rendimento da transmissão sejam valorizadas. para efeito de tributação
Segunda Categoria, mesmo quando contabilizados ou dos ganhos' ou perdas relativos à sua ulterior
escriturados como custos ou perdas do exercício as despesas de transmissão, pelo valor líquido correspondente aos
deslocações, viagens e estadas do sujeito passivo ou membro elementos do activo e do passivo transferidos,
do seu agregado familiar, que com ele trabalham, na parte que valorizados nos termos da alínea anterior;
exceder, no seu conjunto, iO% do total dos proveitos e) a sociedade referida na alínea a) se comprometa, através
contabilizados, sujeitos e não isentos deste imposto. de declaração, a respeitar o disposto no artigo 58 do
2. Quando o sujeito passivo afecte à sua actividade empresarial Código do IRPC, a qual deve ser junta à declaração
e profissional parte do imóvel destinado à sua habitação, os periódica de rendimentos da pessoa singular relativa
encargos dedutíveis com ela conexas, designadamente ao exercfcio da transmissão.
amortizações, juros. rendas, energia. água e telefone fixo, não 2. O.disposto no número anterior não é aplicável aos casos em
podem ultrapassar ;t5% do total dos proveitos contabilizados, que façam parte do património transmitido bens em relação aos
sujeitos e' não isentos deste imposto. quais tenha havido diferimento de tributação dos respectivos
3. Se o sujeito passivo exercer a sua actividade em conjunto ganhos, nos termos da alínea b) do n." 2 do artigo 13.
com outros profissionais, os encargos dedutlveis são rateados em 3. Os ganhos resultantes da transmissão onerosa, qualquer
função da respectiva utilização dos respectivos serviços ou meios que seja o seu título, e' das partes de capital recebidas em
de trabalho ou, na falta de elementos que permitam o rateio, contrapartida da transmissão referida no o.' I são considerados,
proporcionalmente aos rendimentos brutos auferidos. antes de decorridos cinco anos a contar da data desta, como
4. Não são dedutíveis as despesas ilícitas, designadamente as rendimentos empresariais e profissionais.
que decorram de comportamentos que fundadamente indiciem a ARTIGO 38
violação da legislação penal moçambicana: mesmo que ocorridos
(Apllcaçlo de métodos Indirectos)
fora do âmbito territorial da sua aplicação.
. I. A determinação do lucro tributávei por métodos indirectos
5. As remunerações dos titulares de rendimentos desta
verifica-se sempre que ocorra qualquer dos seguintes factos:
categoria. bem como as atribuídas a membros do seu agregado
familiar que lhes prestem serviço, assim como outras prestações a) inexistência de contabilidade organizada ou dos livros de
a título de ajudas de custo, utilização de viatura própria ao serviço registo exigidos no artigo 73, bem como a falta. atraso
da actividade. subsídios de refeição e outras de natureza ou irregularidade na sua execução. escrituração ou
remuneratéria, não são dedutíveis na parte que exceder. no seu organização;
conjunto, i 0% do total dos proveitos contabilizados, sujeitos e b) recusa de exibição da contabilidade, dos livros de registo
não isentos deste imposto. e demais documentos de suporte legalmente exigidos
e, bem assim, a sua ocultação, destruição, inutilização,
ARTIGO 36 falsificação ou viciação;
(Dedução de prejulzos fiscais) c) existência de diversas contabilidades ou grupos de livros
Nos casos de sucessão por morte, a dedução de prejuízos com Q propósito de dissimular a realidade perante a
fiscais prevista no artigo 4i do Código cio IRPC só aproveita ao Administração Tributária;
sujeito passivo que suceder àquele que suportou o prejuízo. ti) erros ou inexactidões no registo das operações ou indícios
fundados de que a contabilidade ou os livros de registo
ARTIGO 37
não reflectem a exacta situação patrimonial e o
(Realização do capital social com entrada do património
resultado efectivamente obtido.
empresarial)
2. A aplicação dos métodos indirectos em consequência de
I. Não há lugar ao apuramento de qualquer resultado tributável anomalias e incorrecções da contabilidade ou dos livros de registo
por virtude da realização de capital social resultante da s6 pode verificar-se quando não seja possível a comprovação e
transmissão da totalidade do património afecto ao exercício de a quantificação directa e exacta dos elementos indispensáveis à
uma actividade empresarial e profissional por uma pessoa correcta determinação do lucro tributável.
singular, desde que, cumulativamente, sejam observadas as 3. O atraso na execução da contabilidade ou na escrituração
seguintes condições: dos livros de registo, bem como a não exibição imediata daquela
a) a entidade para a qual é transmitido o património seja ou destes sé determinam a aplicação dos métodos indirectos
uma sociedade e tenha a sua sede e direcção efectiva após o decurso do prazo fixado para regulari aação ou
em território moçambicano; apresentação. sem que se mostre cumprida a obrigação.
31 DE DEZEMBRO DE 2007 768-(49)
5. Adeterminação do lucro tributável por métodos indirectos I. Para a determinação dos ganhos sujeitos a IRPS, considera-
obedece ainda ao disposto no artigo 48 do Código do IRPC, com se valor de realização:
as necessárias adaptações. a) no caso de troca, o valor atribuído no contrato aos bens
ou direitos recebidos, ou o valor de mercado, quando
SECÇÁoIV
aquele não exista ou este for superior, acrescidos' ou
Rendimentos de capitais e mals-vaUas .
diminuídos, um ou outro, da importância em dinheiro a
ARTIGO 39
receber ou a pagar;
(Determinação dos rendimentos de capitais) b) no caso de expropriação, o valor da indemnização;
Os rendimentos de capitais previstos no artigo 10 deste c) no caso de afectação de quaisquer bens do património
Código, sujeitos a imposto são os colocados à disposição do particular do titular de rendimentos da Segunda
seu titular ou os liquidados, conforme os casos, não sendo Categoria a actividade empresarial e profissional, o
efectuadas quaisquer deduções. valor de mercado à data da afectação;
á) nos demais casos, o valor da respectiva contraprestação.
ARTIGO 40
2. Nos casos das aJfneas a), b) e c) do número anterior, tratando-
(Determinação das mais-valias)
se de direitos reais sobre bens imóveis, prevalecem. quando
I.O valor dos rendimentos qualificados como mais-valias é o superiores, os valores por que os bens tenham sido considerados
correspondente ao saldo apurado entre as mais-valias e as rnenos-
para efeitos de liquidação de sisa ou, não havendo lugar a esta
-valias realizadas no mesmo ano, determinadas nos termos dos
liquidação, os que devessem ser, caso fosse devida.
artigos seguintes.
2. O saldo referido no número anterior, respeitante às 3. No caso de troca por bens futuros, os valores referidos
transmissões previstas nas alíneas a), c), e d) do n," I do artigo na alínea a) do n." I reportam-se à data da celebração do
13, positivo ou negativo, é apenas considerado em 50% do seu contrato.
valor. 4. No caso previsto na alínea c) do n,? I deste artigo, prevalece,
3. O saldo referido no n." I, respeitante às transmissões se o houver, o valor resultante da correcção a que se refere o
previstas na alínea b) do 11." Ido artigo 13, positivo ou n.04 do artigo 31.
negativo, é apeoas considerado:
a) em 75% do seu valor, quando as palies sociais ou outros ARTIGO 42
valores mobiliários forem detidos durante menos de 12 (Valor de aquisição a titulo gratuito)
rr eses;
I.Para a determinação dos ganhos sujeitos a IRPS, considera-
b) em 60% do seu valor, quando as partes sociais ou outros -se valor de aquisição, no caso de bens ou direitos adquiridos a
valores mobiliários forem detidos por período entre 12 título gratuito, aquele que haja sidoconsiderado para efeito de
e24meses; liquidação do imposto sobre as sucessões e doações.
c) em 40% do seu vaor, quando as partes sociais ou outros 2. Não havendo lugar à liquidação do imposto referido no
valores mcbiliártos forem detidos por período entre 24 número anterior, consideram-se os valores que lhe serviriam de
e 60 meses; base, caso fosse devido, determinados de harmonia com as regras
d) em 30% do seu valor, li l~.i.d.;)as partes sociais ou outros próprias daquele imposto.
valores moblliãnos forem detidos durante 60 ou mais
meses. ARTIGO 43
(Valor de aquisição a título oneroso de bens Imóveis)
4. Para efeitos do número anterio-, consi dera-se que:
a) a data de aquisiçu.: do,; .alores mobiliários cuja I. No caso da alínea a) do n." I do artigo 13, se o bem
propriedade tenhz 'ido adquirida pelo sujeito passivo imóvel tiver sido adquirido a título oneroso. considera-se valor
por incorporação de reservas ou por substituição de aquisição o que tiver servido para efeitos de liquidação de
daqueles, designadamente por alteração do valor sisa.
nominal ou modificação do objecto social da sociedade
2. Não havendo lugar à liquidação de Sisa, considera-se o
emitente, é a data de aquisição dos valores mobiliários
valor que lhe serviria de base, caso fosse devida, determinado de
que lhes deram origem;
harmonia com as regras próprias daquele imposto.
b) tratando-se de vaJores mobiliários da mesma natureza e
que confiram idênticos direitos., considera-se que os 3. O valor de aquisição de imóveis construídos pelos próprios
alienados são os adquiridos há mais tempo: sujeitos passivos corresponde ao valor patrimonial inscrito na
c) nas permutas de acções nas condições mencionadas nos matriz, acrescido dos custos de construção devidamente
r.'" I e 3 do artigo 57 do Código do IRPC, o período de comprovados, se superior àquele.
cetenção corresponde ao somatório dos períodos em
c ue foram detidas as acções recebidas em troca; ARTIGO 44
(Equiparação ao valor da aquisição)
d) o regime da alínea anterior é aplicável. com as necessárias
adaptações, à aquisição de partes sociais, quotas ou No caso de transferência para o património particular do titular
acções nos casos de fusões ou cisões de sociedades de rendimentos da Segunda Categoria de quaisquer bens afectos
residentes, bem como as que sejam aplicáveis ao artigo à actividade empresarial e profissional, considera-se valor de
56 do Código do IRPC. aquisição o valor de mercado à data da transferência.
768-{50)
I SÉRIE NÚMERO 52
ARTIGO45
(Valor de aqulllçio a titulo onerOlo de part •• soclall sECÇÃo VI
e de outros valores mobiliários)
Outrol rendimentos
No caso da a1íneab) do n," Ido artigo 13, o valor de
aquisição, quando esta tenha sido efectuada a título oneroso, é o ARTIoo49
seguinte: (Determlneçio dos rendimentos colectávell)
a) tratando-se de valores mobiliários cotados em Bolsa, o Na determinação do rendimento colectável dos rendimentos
custo documentalmente provado ou, na sua falta, o da qualificados como incrementos patrimoniais não são efectuadas
menor cotação verificada nos dois anos anteriores à quaisquer deduções.
data da alienação, se outro menos elevado não' for
declarado; SECÇÃO VII
ARTIGO 52 ARnG054
(Declaraçao 'de rendlment,os) (Taxas gerais)
1. Os sujeitos passivos apresentam. anualmente. uma I. As taxas do imposto são as constantes da tabela seguinte:
declaração de modelo oficial, relativa aos rendimentos do ano Rendimentos Colectáveis
anterior e a outros elementos informativos relevantes para a sua Anuais em Meticais Taxas Parcela a abater
concreta situação tributária. (A) (8) (MT1IC)
2, Sem prejuízo do disposto no numero anterior, ficam Até 42,000 10% -,-
dispensados de apresentar a declaração de rendimentos os De 42,001 a 168.000 15% 2,tOO
sujeitos passivos que, no ano a que o imposto respeita: De t68,001 a 504,000 20% tO.500
a) apenas tenham' auferido rendimentos tributados pelas De 504,001 a 1512000 25% 35.700
taxas previstas no artigo 57, que não sejam rendimentos Além de 1.512.000 32% 141.540
de acções, e não optem, quando legalmente permitido,
2, As percentagens indicadas na coluna B representam taxas
pelo seu englobamento;
marginais, sendo cada uma delas válida dentro dos limites do
b) apenas tenham auferido rendimentos da Primeira Categoria correspondente escalão de rendimento, As importâncias da
no valor igualou inferior a 100 OOO,OOMTd, esde que coluna C destinam-se a permitir o cálculo prático do imposto,
cuja colecta é obtida aplicando à totalidade do rendimento
tenha sido objecto, pela totalidade, de retenção na fonte colectável a taxa máxima que lhe corresponda, segundo a coluna
do correspondente IRPS, podendo se o desejarem optar B, deduzindo-se depois a parcela indicada na coluna C,
pelo englobamento, 3, Quando se tratar de sujeitos passivos que no englobamento
apenas incluam rendimentos da Segunda Categoria, provenientes
ARTIGO 53 de actividades agrícola ou pecuária. a colecta que resultar da
(Bóses para o apuramento, lixaçlo ou alteração aplicação das taxas constantes do número 1 não pode ser superior
dos rendimentos) a que resullaria da aplicação da taxa reduzida de 10% a que se
refere o número 2 do artigo 61 do Código do JRPC, ao rendimento
J. O rendimento colectável de IRPS apura-se de harmonia com colectável, durante a vigência da mesma taxa reduzida,
as regras estabelecidas nas secções precedentes e com as regras ARTIGO 55
relativas a benefícios fiscais a que os sujeitos passivos tenham (QuocIente conJugai)
direito, com base na declaração anual de rendimentos apresentada
I. Tratando-se de sujeitos passivos casados e não separados
em prazo legal e noutros elementos de que a Administração
judicialmente de pessoas e bens, a taxa aptícãvel é a
Tributária disponha, correspondente ao rendimento colectável dividido por 2,
2. A Administração Tributária procede à fixação do conjunto 2, As taxas fixadas no artigo anterior aplicam-se ao quociente
do rendimento colectável, multiplicando-se por dois o resultado
dos rendimentos líquidos sujeitos a tributação quando:
obtido para se apurar a colecta do IRPS,
a) ocorra alguma das sin» .ç•ões ou factos previstos no ARTIGO 56
0.° 4 do artigo 31 e no artigo 38; (Minlmo não tributãvel)
b) não tenha sido apresentada ., declaração de rendimentos I, Não é tributado o rendimento colectável anual inferior ou
igual a trinta e seis salários mínimos, do salário mínimo mais
prevista no artigo .52, quando o deva ser.
elevado em 31 de Dezembro do ano a que respeitam os
rendimentos, ficando o excedente sujeito a imposto,
3. No caso previsto na aunea b) do número anterior, o sujeito
2, No caso de tributação pelo agregado familiar, o mínimo não
passivo é previamente notificado para, no prazo de 15 dias, tributável a que se refere o número anterior aplica-se aos
apresentar a declaração em falta, sem prejuízo das sanções rendimentos de cada titular até ao seu montante,
aplicáveis.
ARTIGO 57
4, A Administração Tributária procede à alteração dos (Taxas IIberatórlas)
elementos declarados sempre que, não havendo lugar à fixação a
1. Estão sujeitos a retenção na fonte, a título definitivo, os
que se refere o n.02, devam ser efectuadas correcções decorrentes rendimentos obtidos em território moçambicano constantes dos
de erros evidenciados nas próprias declarações, de omissões números seguintes e, bem assim, os rendimentos mencionados
nelas praticadas ou correcções decorrentes de divergência na na alínea b) do n." 4 do artigo 65, às taxas liberatórias neles
qualificação dos actos, factos ou documentos com relevância previstas.
para a liquidação do imposto, 2, São tributados à taxa de 20%:
a) os rendimentosde acções, nominativas ou ao portador;
5. A competência para a prática dos acl~s de apuramento, b) os rendimentos do trabalho dependente e os rendimentos
fixação ou alteração referidos no presente artigo é exercida pelo previstos na alínea b) do n." 2 do artigo 8, ainda que
Director da Área Fiscal onde se situe o domícílio fiscal dos decorrentes de actos isolados, e nas alíneas d) e) e g)
do n," 3 do mesmo artigo, auferidos por não residentes
sujeitos passivos.
em Moçambique;
768-(52) ISÉRIE-NOMER052
--._-----------------
768-{54) ISÉRIE-NÚMER052
ARTIGO67
CAPiTULO VI
(ResponsabJlldade em caso de substituição)
Obrigações acessórias
I. Em caso de substituição tributária, a entidade obrigada à
retenção é responsável pelas importâncias retidas e não AJITIGo72
entregues nos cofres do Estado, ficando o substituído (Obrigações conlabmstlcas)
desobrigado de qualquer responsabilidade no seu pagamento, I. Os titulares de rendimentos da Segunda Categoria, cujo
sem prejuízo do disposto nos números seguintes. volume de negócios do ano anterior seja superior a
2. Quando a retenção for efectuada meramente a título de 2 500 OOO.OOMTsão obrigados a dispor de contabilidade
pagamento por conta de imposto devido a final, cabe ao organizada nos termos da lei comercial e fiscal, que permita o
substituído a responsabilidade originária pelo imposto não retido controlo do rendimento apurado.
e ao substituto a responsabilidade subsidiária. ficando este ainda
2: Aos sujeitos passivos referidos no número anterior é
sujeito aos juros compensatórios devidos desde o termo do prazo aplicável o disposto no artigo 75 do Código do IRPC.
de entrega até ao termo do prazo da apresentação da declaração
pelo responsável originário ou até à data da entrega do imposto ARTIGO 73 ,
retido, se anterior. . (Regime simplificado de escrituração)
3. Nos restantes casos, o substituído é apenas I. Os sujeitos passivos que. exercendo qualquer actividade
subsidiariamente responsável pelo pagamento da diferença entre comercial ou industrial, não sejam obrigados a dispor de
as import.incias que deveriam ter ·sido deduzidas e as que contabilidade organizada, devem possuir:
efectivamente o foram. a) livro de registo de compras de mercadorias e/ou livros de
registos de matérias-primas e de consumo;
AIITIG068
b) livro de registo de vendas de mercadorias e lou livros de
(Compensação) registos de produtos fabricados;
I, A obrigação de IRPS pode extinguir-se por compensação, c) livro de registo de serviços prestados;
total ou parcial. com crédito do devedor ao reembolso de IRPS. cl) livro de registo de despesas e de operações ligadas a
2. Acompensação opera-se com a entrega pelo sujeito passivo bens de investimento;
da respectiva nota de crédito. e) livro de registo de mercadorias, matérias primas e de
consumo. de produtos fabricados e outras existências
AIITIG069 à data de 31 de Dezembro de cada ano.
(Juros de mora) 2. Os sujeitos passivos. quando não possuam contabilidade
Quando o imposto liquidado ou apurado pela Administração organizada são obrigados a evidenciar em separado no respectivo
Tributária" acrescido dos juros compensatórios eventualmente livro de registo as importâncias respeitantes ao reembolso de
devidos, não for pago no prazo em que o deva ser, começarão a despesas efectuadas em nome" por conta do cliente. as quais.
contar juros de mora a partir do termo daquele prazo. calculados quando devidamente documentadas. não influenciam a
nos termos legais. determinação do rendimento.
3. Por despacho do Ministro que superintende a área das
ARTIGO 70 Finanças, podem ser estabelecidos outros registos obrigatórios
(Privilégios credltórios) destinados ao apuramento do rendimento colectável.
Para pagamento do IRPS. a Fazenda Nacional gozade privilégio 4. Os livros referidos neste artigo devem ser escriturados nos
mobiliário geral e privilégio imobiliário sobre os bens existentes
termos a regulamentar.
no património do sujeito passivo à data da penhora ou outro
ARTIGO 74
acto equivalente.
(Opção por contabilldade organizada)
AIITIG071 I. Os sujeitos passivos enquadrados na Segunda Categoria
(p.gamento de rendimentos a sUJettos passivos do regime simplificado de escrituração. cujo volume de negócios
não residentes)
anual seja igualou inferior a 2 500 000.00 MT podem optar por
Não se pode realizar transferências para o estrangeiro de contabilidade organizada nos termos da lei comercial e fiscal,
rendimentos sujeitos a IRPS obtidos em território moçambicano que permita o controlo do rendimento apurado.
por sujeitos passivos não residentes sem que se mostre pago ou' 2. Aos sujeitos passivos referidos no número anterior é
assegurado o imposto que for devido. aplicável o disposto no artigo 75 do Código do IRPC.
Preço-22.ooMT