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Fiscalidade e Finanças
Módulo 10 – Fiscalidade e finanças
Conteúdos programáticos
Sumário:
• 1. Código Geral Tributário
• 1.1. Sistema Fiscal
• 1.2. Conceitos e espécies de tributos
• 1.3. Fontes de Direito Fiscal
• 1.4. Princípios fiscais
• 1.5. Relação jurídica tributária
• 1.6. Direitos e garantias gerais dos contribuintes
• 1.7. Estrutura conceptual dos códigos tributários
• 1.8. Conceitos gerais de procedimento tributário
Módulo 10 – Fiscalidade e finanças
Conteúdos programáticos
Sumário:
• 2. Impostos sobre o rendimento
• 2.1. Imposto Industrial
• 2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais (“IAC”)
• 2.3. Imposto Predial Urbano (“IPU”)
• 2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho (“IRT”)
• 4. Imposto do Selo
“O sistema fiscal visa satisfazer as necessidades financeiras do Estado e outras entidades públicas, assegurar
a realização da política económica e social do Estado e proceder a uma justa repartição dos rendimentos e da
riqueza nacional.”
Definição de tributos
• Tributos são as prestações patrimoniais, pecuniárias ou susceptíveis de avaliação
pecuniária, sem carácter de sanção, impostas pelo Estado ou outras entidades de direito público
ou concessionário de serviços públicos, com vista à satisfação das necessidades colectivas e à
prossecução do interesse público.
Fins da tributação
• O sistema tributário visa satisfazer as necessidades financeiras do Estado e demais
entidades públicas, assegurar a realização da política económica e social do Estado e proceder a
uma repartição justa dos rendimentos e da riqueza nacional.
• A tributação deve promover a estabilidade financeira do Estado, através da diversificação das suas
fontes de receitas.
As receitas fiscais são, portanto, pressuposto material do modelo de Estado e da efectivação do
programa constitucional, sendo os tributos, genericamente, agrupados em:
TAXAS
Tributos IMPOSTOS
CONTRIBUIÇÕES
ESPECIAIS
1.2. Conceitos e
espécies de tributos
Impostos (1/10)
• Tributos com natureza unilateral, em virtude de a sua obrigação não constituir a contrapartida de
qualquer prestação individualizada do Estado e demais entes públicos.
IMPOSTO
S
Artigo 102.º, n.º 1 da Constituição da Artigo 165.º, n.º 1 alínea o) da
República de Angola Constituição da República de Angola
OUTRAS
“Os impostos só podem ser criados por lei, que “À Assembleia Nacional compete legislar com
CONTRIBUIÇ
determina a sua incidência, a taxa, os reserva relativa, salvo autorização concedida
ÕES
benefícios fiscais e as garantias dos ao Executivo, sobre (…) [a] criação de
contribuintes.” impostos e sistema fiscal (…).”
Impostos (2/10)
Tipos
IMPOSTO de
• Reais vs S impostos • Rendimento vs
Pessoais Património vs
Despesa
OUTRAS
CONTRIBUIÇ
ÕES
• Gerais vs Especiais • Direitos aduaneiros
Impostos (3/10)
Exemplo: IRT e II
Impostos (6/10)
IMPOSTO
S
Impostos (7/10)
Direitos aduaneiros
IMPOSTO
S
Contribuições especiais
ii. Utilização de bens do domínio público (Exemplo: taxa de superfície sobre as áreas de concessão e
desenvolvimento das actividades petrolíferas);
iii. Remoção de um limite ou obstáculo jurídico ao exercício de uma actividade (Exemplo: taxas de
licença para as empresas, nomeadamente para os investidores estrangeiros).
“Todos têm o dever de contribuir para as despesas públicas e da sociedade, em função da capacidade
económica e dos benefícios que aufiram, através de impostos e taxas, com base num sistema
tributário justo e nos termos da lei.”
Taxas (2/3)
“À Assembleia Nacional compete legislar com reserva relativa, salvo autorização concedida ao
Executivo, sobre (…) o regime geral das taxas (…).”
• A criação e quantificação de taxas pertence, por norma, às diversas entidades que compõem a
Administração, às entidades a quem cabe a prestação pública de que a contraprestação é a taxa,
ou, em alguns casos, a empresas privadas que materialmente exerçam funções públicas
(exemplo: concessionárias).
• À Assembleia Nacional cabe a criação de uma lei que regule o seu regime jurídico. (cfr. artigo
103.º, n.º 1 da Constituição).
• Os regimes jurídicos de criação, modificação e extinção das taxas constam de leis reguladoras
próprias.
Taxas (2/3)
Tributos parafiscais com finalidades específicas, com características idênticas aos impostos, mas
consignados à satisfação de fins concretos/especiais, prosseguidos por certas entidades públicas
(institutos públicos, órgãos de coordenação económica, sistemas de segurança social) por oposição aos
fins gerais do Estado.
Exemplo: Taxa de Circulação e Fiscalização de Trânsito, devida pelos proprietários dos veículos e
motociclos
• Matéria da competência relativa da Assembleia Nacional (artigo 165.º, n.º 1 alínea o) da CRA)
• O respectivo regime jurídico deverá constar de legislação específica.
“À Assembleia Nacional compete legislar com reserva relativa, salvo autorização concedida ao
Executivo, sobre (…) demais contribuições financeiras a favor das entidades públicas.”
Outras contribuições especiais (2/3)
• Afastam-se do conceito de taxas, pois o benefício ocorrerá apenas no futuro e não dependem de
qualquer acto concreto, mas apenas do recebimento de um rendimento de trabalho.
• Contribuição devida pelas empresas estrangeiras ou nacionais que operem no sector petrolífero. A
natureza desta contribuição resulta do recorte de incidência subjectiva, isto é, um certo grupo de
empresas aproveita de uma forma especial um dado sector de actividade onde inexiste quadros
Angolanos em número suficiente com a qualificação desejada, com a consignação dessa receita a
ser feita a um Fundo que diminuirá essas assimetrias.
1.3. Fontes do Direito
Fiscal
Constituição da República de Angola
“Direito Circulatório”
Contratos Fiscais
Jurisprudência e Doutrina
Constituição da República de Angola
Lei e diplomas de natureza equivalente
Direito “Circulatório”
Contratos Fiscais
Jurisprudência e Doutrina
• Exigência constitucional de que as leis ordinárias sobre aspectos essenciais das matérias fiscais
sejam criadas pela Assembleia Nacional ou pelo poder executivo com habilitação da Assembleia
Nacional enquanto representante do povo (Princípio da auto-tributação – “no taxation without
representation”).
• Conjunto de princípios que actuam de forma positiva e negativa na elaboração das leis fiscais e nos
seus modos específicos de aplicação.
Constituição da República de Angola
Lei e diplomas de natureza equivalente
Direito “Circulatório”
Contratos Fiscais
Jurisprudência e Doutrina
• A Lei assume, naturalmente, o papel de principal fonte de direito fiscal, em obediência ao princípio
da legalidade.
• Serão obrigatoriamente determinadas por lei a incidência, isenções e taxa de cada imposto, bem
como as formas processuais de atacar a ilegalidade dos actos tributários.
• Sempre que o contribuinte ou seu representante solicitar informação sobre a sua situação fiscal
concreta e a resposta for confirmada pela Administração Fiscal, não poderão os serviços proceder de
forma diferente em relação ao objecto exacto do pedido, salvo em cumprimento de decisão judicial.
Constituição da República de Angola
Lei e diplomas de natureza equivalente
Direito “Circulatório”
Contratos Fiscais
Jurisprudência e Doutrina
3. “Direito Circulatório”
• A interpretação das leis fiscais constantes de despachos, instruções ou circulares emanada por
qualquer autoridade da administração fiscal obriga apenas os funcionários dela hierarquicamente
dependentes.
• Vantagem de garantir uma uniforme aplicação do Direito pela Administração Fiscal; clarificação de
dúvidas dos contribuintes e da Administração Fiscal e possibilitam (idealmente) a redução dos níveis
de litígio, tornando mais exequíveis as leis (de formulação necessariamente geral e abstracta).
Constituição da República de Angola
Lei e diplomas de natureza equivalente
Direito “Circulatório”
Contratos Fiscais
Jurisprudência e Doutrina
4. Contratos fiscais
• Num ordenamento jurídico como o Angolano, o contrato assume um papel importante, considerando
a fonte de direitos e obrigações tributárias que assume e o montante da receita orçamental que é
habitualmente cobrado ao abrigo desta figura contratual.
Exemplo: Contratos de partilha de produção de petróleo
• Características a reter:
i. Prevalência como estatuto especial sobre uma lei geral que lhe esteja em oposição;
ii. Tutela acrescida das relações criadas no âmbito contratual dada por princípios como a boa fé e a
segurança jurídica.
Constituição da República de Angola
Lei e diplomas de natureza equivalente
Direito “Circulatório”
Contratos Fiscais
Jurisprudência e Doutrina
5. Jurisprudência e Doutrina?
• Porém, a importância das decisões dos tribunais permite uma prognose sobre o modo como o
direito será aplicado.
1.4. Princípios fiscais
Princípios fiscais
• Nos modelos actuais de tributação, a protecção dos contribuintes é levada a cabo através de um
movimento de ampliação e aprofundamento de garantias, o qual constitui o contraponto
constitucional do aumento da intensidade da intromissão fiscal na esfera dos contribuintes.
• Estes princípios impõem-se aos tribunais, que garantem e asseguram a observância do disposto na
Constituição da República de Angola (cfr. artigo 177.º, n.º 1) e que são independentes e
imparciais.
• Desta forma, os contribuintes ficam protegidos da volatilidade das maiorias legislativas em relação
aos princípios fundamentais de tributação que se encontram ancorados em princípios constitucionais.
Legalidade
Sub-bullet
Dash
Bullet
fiscal
Verificação Igualdade
Princípios fiscais
tributária
Retroactividade
Princípio da legalidade fiscal (1/4)
• O princípio da legalidade fiscal determina, tal como o nome indica, que os tributos (em sentido lato,
isto é, incluindo os impostos, taxas e outras contribuições especiais) e o respectivo regime sejam
criados por lei.
• Nesta medida, a decisão sobre os aspectos essenciais da norma fiscal, maxime a distribuição dos
encargos tributários, deverá caber à Assembleia Nacional, que, mesmo quando delega no Poder
Executivo a competência para criar impostos – uma vez que estamos perante uma reserva relativa e
não perante uma reserva absoluta (vide supra referenciado artigo 165.º, n.º 1 alínea o) da
Constituição da República de Angola) –, deverá fazê-lo mediante autorização legislativa, que pré-
determine, nos termos do artigo 170.º da Constituição da República de Angola, o conteúdo
fundamental do decreto legislativo presidencial autorizado.
Princípio da legalidade fiscal (2/4)
• Benefícios fiscais
tributárias
Princípio da legalidade fiscal (3/4)
• O Direito Angolano consagra preceitos específicos sobre a interpretação e aplicação das normas.
• A interpretação das normais fiscais segue, portanto, os cânones gerais da interpretação de lei, com
uma primazia do elemento teleológico.
Princípio da legalidade fiscal (4/4)
• Os casos não previstos nas leis tributárias são regulados pela norma tributária aplicável aos casos
análogos e, na ausência dela, por normas de outros ramos de direito aplicáveis às relações tributárias.
• É proibida a integração analógica das normas de incidência, benefícios fiscais e taxas dos impostos.
• É proibido o recurso à analogia e à interpretação extensiva para qualificar um facto como crime ou
transgressão.
• No Direito Angolano pode-se extrair uma directriz favorável ao recurso à interpretação extensiva e à
analogia em áreas fundamentais do Direito Fiscal como seja a das garantias dos particulares.
Princípio da igualdade tributária
• Para assegurar a igualdade fiscal, a lei tem de garantir uma generalização efectiva na distribuição dos
encargos tributários, não apenas por via da sua formulação (previsão normativa), mas também
através do seu cumprimento generalizado.
• Não significa isto que a lei deva garantir na sua aplicação um resultado igual para cada um dos
destinatários mas sim que a diferença nos resultados deve corresponder à efectiva diferença existente
entre os destinatários, em função da situação concreta de cada contribuinte, que é, assim, objecto de
tutela específica pela ordem jurídica.
Princípio da capacidade contributiva (1/2)
• O sistema fiscal angolano deve ser estruturado em função da justa repartição dos rendimentos e da
riqueza nacional (cfr. artigo 101.º da Constituição da república de Angola).
• De acordo com o disposto no artigo 88.º da Constituição da República de Angola, todos têm o dever
de contribuir para as despesas públicas “em função da sua capacidade económica e dos benefícios que
aufiram”.
O sistema constitucional considera o rendimento como índice da capacidade contributiva dos sujeitos
passivos e medida da respectiva tributação:
Tributadas Progressividade
Pessoas sobre o (as taxas aumentam à medida em que
singulares rendimento aumenta o rendimento)
Princípio da capacidade contributiva (2/2)
“As normas fiscais não têm efeito retroactivo, salvo as de carácter sancionatório, quando sejam mais
favoráveis aos contribuintes.”
• Não podem ser retroactivamente criados impostos, agravadas as taxas ou, salvo com fundamento em
ilegalidade, revogados os benefícios fiscais concedidos.
• Nesta medida, as normas tributárias só dispõem para o futuro e nos termos regulados pela lei geral,
com excepção das normas tributárias sancionatórias mais favoráveis aos contribuintes.
• As normas sobre o procedimento e processo tributário são de aplicação imediata, sem prejuízo das
garantias, direitos e interesses legítimos anteriormente constituídos dos contribuintes.
Princípio da declaração
• A relação jurídica que o cidadão muitas vezes estabelece com o Estado no processo de cumprimento
das suas obrigações fiscais tem por base a sua declaração.
• A declaração vai fornecer os elementos sobre os quais assenta a definição da sua dívida fiscal e
presume-se verdadeira até prova em contrário.
• Porém, o princípio da declaração tem como pressuposto de aplicação efectiva o princípio da verificação
(vide slide seguinte).
Princípio da verificação
2 Relação 5
Sujeitos
jurídica Garantias
tributária
3 4
Objecto Extinção
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
3 4
Objecto Extinção
1. Constituição
• Salvo nos casos previsto na lei, a obrigação tributária constitui-se com a verificação dos factos que
definem a incidência do respectivo tributo.
Exemplo: Para os contribuintes do Grupo A de Imposto Industrial, este deve ser pago em função do
lucro real obtido durante o período de um ano e o facto tributário considera-se realizado depois de
decorrido esse ano
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
2. Sujeitos (1/7) 3 4
Objecto Extinção
Personalidade tributária
Consiste na aptidão de ser sujeito activo ou passivo da relação tributária.
Sujeitos
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
2. Sujeitos (2/7) 3 4
Objecto Extinção
• Nas sociedades civis não constituídas sob a forma comercial, a obrigação do imposto recai
directamente sobre cada sócio, na medida da sua participação nos lucros.
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
2. Sujeitos (3/7)
3 4
Objecto Extinção
Capacidade tributária
Tem capacidade tributária quem dispuser de personalidade tributária e de capacidade de exercício de
direitos nos termos da Lei Civil, a qual é também aplicável ao suprimento da incapacidade.
Os contribuintes ou seus representantes legais podem conferir mandado para a prática de actos
tributários, salvo nos casos em que a lei expressamente declare que se trata de acto pessoal.
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
2. Sujeitos (4/7)
3 4
Extinção
Residentes: Todo o contribuinte tem um domicílio fiscal específico.
Objecto
Pessoas Colectivas
• As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, fundações, associações, fundos autónomos,
empresas públicas e as demais pessoas colectivas de direito público ou privado, com sede ou direcção efectiva em território
angolano.
Pessoas singulares
• No caso das pessoas singulares, o domicílio fiscal é o local da sua residência habitual, ao passo que para as pessoas
colectivas é o local da sua sede ou, na falta de designação estatutária, o lugar da sua direcção efectiva.
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
2. Sujeitos (5/7) tributária
3 4
Estabelecimento estável Objecto Extinção
• Instalação fixa, através da qual a empresa exerce toda ou parte da sua actividade, compreende,
designadamente:
a) Um local de direcção;
b) Uma sucursal;
c) Um escritório;
d) Uma fábrica;
e) Uma oficina;
f) Um poço de petróleo ou gás, uma pedreira ou qualquer local de extracção de recursos naturais, desde que
situado em território nacional;
g) Um estabelecimento de construção ou de montagem e as actividades de coordenação, fiscalização e
supervisão conexas com o seu funcionamento, se a sua duração ou a duração da obra ou actividade a que
respeita, incluindo os trabalhos preparatórios, tenham uma duração superior a 90 dias em qualquer
período de 12 meses.
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
2. Sujeitos (6/7)
3 4
Objecto Extinção
• Quando uma pessoa (que não seja um agente independente), actue, no país, para uma empresa e tenha e
habitualmente exerça em território nacional poderes para concluir contratos em nome da empresa, será
considerado que esta empresa tem um estabelecimento estável no país relativamente a qualquer
actividade que essa pessoa possa exercer para a empresa, contanto que a referida pessoa:
i. Disponha no país de poderes exercidos habitualmente para concluir contratos em nome da empresa;
ii. Não dispondo desses poderes, conserve habitualmente no país um “stock” de mercadorias para entrega por
conta da empresa.
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
2. Sujeitos (7/7)
3 4
Objecto Extinção
• Agentes independentes – Não se considera que uma empresa tenha um estabelecimento estável no país pelo
simples facto de exercer a sua actividade através de um corretor, um comissário geral ou qualquer outro agente
independente, desde que essas pessoas actuem no âmbito normal da sua actividade. Excepção: Quando, no entanto,
as actividades de tal agente forem exercidas exclusivamente ou quase exclusivamente por conta dessa empresa, o
agente independente não é considerado, para esse efeito, como tal.
• O facto de uma sociedade residente em território nacional controlar ou ser controlada por sociedade
residente ou que exerça a sua actividade em qualquer outro Estado, independentemente de ser através de um
estabelecimento estável ou de qualquer outro modo, não é só por si bastante para fazer de qualquer dessas sociedades
estabelecimento estável da outra.
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
3 4
3. Objecto (1/6)
Objecto Extinção
Dedução,
Crédito e dívida Juros Juros Juros reembolso ou
tributários compensatórios de mora indemnizatórios restituição do
imposto
Crédito tributário
• Direito de o credor tributário exigir do devedor o cumprimento da obrigação tributária
Dívida tributária
• Obrigação do devedor cumprir a obrigação tributária
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
3. Objecto (2/6)
3 4
Objecto Extinção
Dedução,
Crédito e dívida Juros Juros Juros reembolso ou
tributários compensatórios de mora indemnizatórios restituição do
imposto
• São devidos juros compensatórios, à taxa de 1% por cada mês ou fracção, sempre que, por facto imputável
ao contribuinte, for retardada a liquidação de parte ou da totalidade do tributo devido ou a entrega do
tributo retido ou a reter no âmbito da substituição tributária, sem prejuízo da multa cominada ao infractor.
• Os juros compensatórios contam-se dia a dia desde o termo do prazo da entrega da declaração ou do termo
do prazo da entrega da prestação tributária a pagar ou a reter, até ao suprimento, correcção ou detecção da
falta que motivou o retardamento da liquidação. A falta considera-se suprida, interrompendo-se a
contagem dos juros compensatórios, conforme o caso, com a apresentação da declaração, a entrega do
imposto a pagar ou a reter e o auto de notícia dessa infracção.
• Os juros compensatórios integram-se na dívida principal do imposto com a qual são conjuntamente
liquidados.
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
3. Objecto (3/6) 3 4
Objecto Extinção
Dedução,
Crédito e dívida Juros Juros Juros reembolso ou
tributários compensatórios de mora indemnizatórios restituição do
imposto
• Os juros de mora são devidos, sempre que não forem pagas no mês do seu vencimento qualquer
prestação ou a totalidade das dívidas tributárias ou constituídas no âmbito de relações jurídicas de
direito público.
• Nota: Não são devidos juros de mora se estes já tiverem vencido há mais de 5 anos, anteriormente
ao pagamento da prestação tributária principal, nem juros de juros da mesma natureza, mesmo
vencidos.
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
4
3. Objecto (4/6) 3
Objecto Extinção
Dedução,
Crédito e dívida Juros Juros Juros reembolso ou
tributários compensatórios de mora (cont.) indemnizatórios restituição do
imposto
• Os juros de mora vencem-se no primeiro dia de cada mês, contando-se por inteiro o mês em que se
efectua a cobrança e incidem sobre a dívida por pagar, líquida de quaisquer descontos em virtude da
antecipação do pagamento ou de reduções resultantes da sua anulação parcial.
• Os juros de mora são reduzidos para 50% do montante que seria devido, se a dívida for
voluntariamente paga nos primeiros 5 dias úteis posteriores à data do vencimento da obrigação
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
3. Objecto (5/6) 3 4
Objecto Extinção
Dedução,
Crédito e dívida Juros Juros Juros reembolso ou
tributários compensatórios de mora indemnizatórios restituição do
imposto
• São devidos juros indemnizatórios, à taxa de 4% ao ano, sempre que se determine, em reclamação
administrativa, ou recurso hierárquico, que houve erro imputável aos serviços de que tenha
resultado pagamento da dívida tributária em montante superior ao legalmente devido.
• Os juros indemnizatórios são contados dia a dia, desde a data do pagamento da prestação tributária
até à data em que seja restituída ou creditada ao contribuinte.
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
3. Objecto (6/6) 3 4
Objecto Extinção
Dedução,
Crédito e dívida Juros Juros Juros reembolso ou
tributários compensatórios de mora indemnizatórios restituição do
imposto
• Sempre que ocorra uma circunstância de anormal instabilidade monetária, o valor das quantias a
serem liquidadas ou pagas fora do seu prazo normal, a título de imposto, multas, taxas e outras
importâncias devidas ao Estado, nos termos das Leis Fiscais ou parafiscais, deve ser actualizado por
aplicação do coeficiente de actualização monetária, a definir pelo Titular do Poder Executivo, sob
proposta do Titular do Departamento Ministerial responsável pela Finanças Públicas.
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
4. Extinção (1/3)
3 4
Objecto Extinção
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
4. Extinção (2/3) 3
Objecto
4
Extinção
Caducidade vs Prescrição
Caducidade Prescrição
• Prazo: 5 anos
• Contagem:
− nos impostos periódicos: conta-se a partir do termo do ano em que se verificou o facto tributário;
− nos impostos de obrigação única: conta-se a partir da data em que o facto tributário ocorreu.
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
4. Extinção (3/3)
3 4
Objecto Extinção
Caducidade vs Prescrição
Caducidade Prescrição
• Prazo: 10 anos
• Contagem: a partir da data da notificação da liquidação. A citação do devedor principal suspende
igualmente a
• contagem do prazo de prescrição da obrigação do responsável solidário ou subsidiário
• Causas de suspensão: A contagem do prazo de prescrição suspende-se com a citação, a
reclamação, a impugnação e o recurso contencioso de qualquer acto administrativo de que a
liquidação dependa, bem como a suspensão do processo de execução fiscal por motivo da sua
apensação ao processo de falência ou insolvência.
• Nota: A cessação do efeito suspensivo da contagem do prazo de prescrição implica o recomeço da
contagem a partir da data em que ela ocorrer, a que se soma o tempo decorrido até à instauração
da execução ou à autuação da reclamação ou impugnação.
Exercício
1. No dia 22 de Fevereiro de 2016 a Sociedade Luanda, Lda. fez um pagamento a uma entidade não residente por um serviço
prestado. Contudo, foi aplicada uma taxa de retenção na fonte de II incorrecta, com prejuízo para o Estado Angolano. Até
quando poderá a AT efectuar correcções e liquidar as retenções na fonte de II em falta?
□ 31 de Dezembro de 2020
□ 22 de Fevereiro de 2021
□ 22 de Fevereiro de 2032
2. A Sociedade Lubango, Lda. apurou a matéria colectável em sede de II no dia 31 de Dezembro de 2015. O II a pagar foi
inferior ao efectivamente devido. Até quando poderá a AT efectuar correcções e liquidar o II em falta?
□ 31 de Dezembro de 2019
□ 31 de Dezembro de 2020
□ 1 de Janeiro de 2021
Exercício
1. No dia 22 de Fevereiro de 2016 a Sociedade Luanda, Lda. fez um pagamento a uma entidade não residente por um serviço
prestado. Contudo, foi aplicada uma taxa de retenção na fonte de II incorrecta, com prejuízo para o Estado Angolano. Até
quando poderá a AT efectuar correcções e liquidar as retenções na fonte de II em falta?
□ 31 de Dezembro de 2020
■□ 22 de Fevereiro de 2021
□ 22 de Fevereiro de 2032
2. A Sociedade Lubango, Lda. apurou a matéria colectável em sede de II no dia 31 de Dezembro de 2015. O II a pagar foi
inferior ao efectivamente devido. Até quando poderá a AT efectuar correcções e liquidar o II em falta?
□ 31 de Dezembro de 2019
■□ 31 de Dezembro de 2020
□ 1 de Janeiro de 2021
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
• Tipos de garantia: i) garantia bancária em que a instituição financeira bancária se obriga como
principal pagadora, ii) caução, iii) seguro-caução, iv) hipoteca, v) penhor, vi) penhora na execução
fiscal de bens suficientes para assegurar o pagamento da dívida exequenda e respectivos acréscimos
legais.
Constituição
2 5
Sujeitos Relação Garantias
jurídica
tributária
• Dispensa de garantia: quando da sua prestação resultarem graves dificuldades económicas para o
executado e a dispensa da garantia constituir o único meio de o executado obter condições para
futuramente gerar os meios financeiros necessários ao pagamento da dívida exequenda.
a) Não pagar impostos que não tenham sido estabelecidos de acordo com a Constituição da República de Angola;
b) Não ser a mesma matéria colectável tributada mais de uma vez, em relação ao mesmo imposto;
d) Recorrer hierarquicamente, nos termos da lei, dos demais actos lesivos de direitos e interesses legalmente protegidos;
e) Impugnar judicialmente a liquidação, com fundamento em qualquer ilegalidade, incluindo o erro na quantificação da
f) Impugnar judicialmente todos os restantes actos da Administração Tributária lesivos de direitos ou interesses
legalmente protegidos;
g) Obter junto dos tribunais, quando necessário, o reconhecimento dos seus direitos ou interesses legítimos em matéria
tributária;
Garantias gerais dos contribuintes
h) Obter junto dos tribunais a condenação da Administração Tributária à realização das prestações materiais a que o
i) Exercer, nos casos previstos na lei, o direito de acção em virtude do incumprimento das obrigações assumidas pela
j) Exercer o direito de acção com vista à concretização da responsabilidade civil extra-contratual da Administração
Tributária;
l) O direito à fundamentação e notificação da liquidação e demais actos que alterem a posição jurídica do
contribuinte;
m) O direito de audição antes da decisão final do procedimento tributário quando a decisão definitiva deste lhe for
previsivelmente desfavorável;
Garantias gerais dos contribuintes
n) Os direitos, nos termos previstos na lei, à prestação de informações, à consulta de documentos, à extracção de
certidões e ao acesso aos processos individuais devidamente organizados e conservados pela Administração Tributária;
o) A confidencialidade dos actos relativos à sua situação tributária nos termos previstos na Lei;
p) O direito a juros indemnizatórios por pagamento indevido do tributo em virtude de erro imputável à Administração
Tributária na liquidação ou cobrança ou atraso no reembolso dos tributos a que tenha direito;
q) O direito a juros de mora em caso de atraso injustificado no cumprimento das decisões judiciais;
r) O direito à informação vinculativa, nos termos da Lei, sobre factos tributários não concretizados e os pressupostos dos
benefícios fiscais;
s) O direito à informação genérica sobre o conteúdo dos seus deveres acessórios e o meio mais cómodo e seguro de lhes
junto do Ministério das Finanças contendo a legislação tributária e as orientações administrativas aplicáveis.
Garantias gerais dos contribuintes
• Sem prejuízo das custas do procedimento ou processo previstas na lei, o exercício das mencionadas garantias,
nomeadamente os direitos de reclamar ou impugnar o apuramento da matéria colectável ou da liquidação
relativamente a qualquer tributo, independentemente da sua natureza, não pode ser objecto de qualquer sanção
ou agravamento automáticos à matéria colectável ou à colecta, com o fundamento de a decisão final ser
desfavorável ao interessado.
• No que diz respeito aos direitos e garantias dos contribuintes em termos concretos, importa referir que, em
sede de cada imposto (e, portanto, à luz de cada código tributário), foram definidas pelo legislador fiscal normas
específicas (e.g. direito à compensação, em sede de Imposto do Selo) com vista à tutela dos interesses e direitos
dos contribuintes.
1.7. Estrutura
conceptual dos códigos
tributários
Em termos genéricos, os códigos tributários (de II, IRT, IC, Imposto do Selo, entre outros) encontram-
se conceptualmente estruturados de forma semelhante entre si, sendo, no fundamental, divididos pelas
seguintes matérias:
Determinação da
Incidência Isenções matéria/valor
tributável
Obrigações
Taxas Liquidação declarativas e Estrutura
acessórias conceptual
dos códigos
Pagamento Garantias Fiscalização tributários
Disposições
Penalidades
diversas
1.8. Conceitos gerais de
procedimento tributário
• Multa por imposto em falta: 30% do imposto em falta, acrescido de juros compensatórios
Relatório
Liquidação
Inspecção fiscal de inspecção e Direito
adicional
externa ou interna Proposta de de audição
de imposto
Correcção
X
Legislação aplicável
• Lei n.º 19/14, de 22 de Outubro – Actual Código do Imposto Industrial (“CII”) – alterado
recentemente pela Lei n.º 4/19, de 18 de Abril
• Decreto Presidencial n.º 195/15, de 7 de Outubro – Regulamento da Lei do Mecenato, alterado recentemente
pelo Decreto Presidencial n.º 53/19, de 18 de Fevereiro
• Decreto Presidencial n.º 207/15, de 5 de Novembro – Estabelece o regime de reintegrações e amortizações dos
bens do activo imobilizado
• Decreto Presidencial n.º 149/13, de 1 de Outubro – Regime Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes
(“RJFDE”), alterado recentemente pelo Decreto Presidencial n.º 292/18, de 3 de Dezembro
• Decreto Presidencial n.º 147/13, de 1 de Outubro – Estatuto dos Grandes Contribuintes (“EGC”)
Conceitos
O resultado líquido do exercício (RLE) consiste na diferença entre todos os proveitos ou ganhos
realizados no exercício e os custos ou perdas imputáveis ao mesmo exercício, em obediência aos
princípios de contabilidade, ou seja, o resultado apurado na contabilidade (líquido do Imposto Industrial).
Lucro tributável
O lucro tributável corresponde ao RLE corrigido nos termos previstos no Código do Imposto
Industrial (CII), ou seja, depois de efectuados os ajustamentos previstos neste Código.
Matéria colectável
A matéria colectável corresponde ao lucro tributável deduzido dos prejuízos fiscais reportáveis e dos
benefícios
fiscais de dedução à matéria colectável, como por exemplo, o benefício dos lucros levados a reservas.
Colecta
A colecta corresponde ao produto da matéria colectável pela taxa de imposto aplicável (i.e., matéria
colectável x 30%).
Taxa actual de Imposto Industrial
Incidência pessoal ou subjectiva
• Pessoas colectivas que não tenham sede ou direcção efectiva em Angola, mas que
obtenham rendimentos no país através de estabelecimento estável;
Não residentes • Pessoas colectivas que não tenham sede, direcção efectiva ou estabelecimento
estável em Angola, mas que obtenham rendimentos no país através de exercício de
actividades de natureza comercial ou industrial acidentais.
Incidência real ou objectiva
Residentes • Tributados em imposto industrial pela totalidade dos lucros - obtidos quer no País,
quer no estrangeiro - resultantes de uma actividade de natureza comercial ou
industrial exercida em Angola, de modo ocasional ou permanente
Oexercício de actividades reguladas pela entidade de supervisão de seguros, de jogos, pelo BNA e pela
Comissão do Mercado de Capitais;
A actividade das sociedades cujo objecto consista na mera gestão de uma carteira de imóveis, participações
sociais ou títulos;
Nota: Os contribuintes que não se enquadrem no Grupo A, podem optar pela sua inclusão no
mesmo – esta opção terá de ser mantida por um período mínimo de 3 anos. Tendo que ser
apresentado à RF um pedido por escrito a mencionar a sua pretensão até ao final do mês de
Fevereiro do ano a que o imposto industrial respeite.
Grupos A e B
• As isenções resultantes de acordo celebrado pelo Estado Angolano, ou outro ente público legalmente
competente para o efeito, mantêm- se em vigor, nos termos da legislação ao abrigo da qual foram
concedidas, com as devidas adaptações.
• Isenções genéricas:
Isenções
automáticas - Companhias de navegação marítimas ou aéreas, se, no país da sua nacionalidade,
as companhias angolanas de igual objecto social gozarem da mesma prerrogativa.
Isenções que
carecem de
reconhecimento • Período de 5 anos, desde que legalizadas e com estatuto de utilidade pública, sempre
do Ministro das que o interesse público o justifique, as:
Finanças, com
base em parecer - Fundações, Associações e Cooperativas.
da
Administração
Geral Tributária
(“AGT”)
Proveitos Tributáveis (lista de proveitos tributados)
• Da exploração básica, tais como a venda de bens ou serviços, de bónus e abatimentos conseguidos, de
comissões e corretagens;
• De explorações complementares ou acessórias, incluindo as de carácter social e assistencial de que
advenham proveitos ou ganhos;
• De operações de natureza financeira, tais como juros, dividendos, participações em lucros de sociedades,
ágios, transferências, variações cambiais e prémios de emissão de acções ou obrigações, não tributados
noutro imposto;
• De rendimentos da propriedade industrial ou outros análogos;
• Da prestação de serviços de carácter cientifíco ou técnico;
• Os valores de construções, equipamentos, ou outros bens de investimento produzidos e utilizados na
própria empresa;
• As indemnizações que representem compensação por lucro cessante ou dano emergente de quaisquer
tipos;
• As mais-valias realizadas que, para efeitos do Código do Imposto Industrial se consideram os proveitos
ou ganhos realizados, mediante transmissão onerosa, de quaisquer bens ou direitos, qualquer que seja o
título por que se opere a sua transmissão;
Proveitos Tributáveis (lista de proveitos tributados)
Nota:
Não se consideram proveitos ou ganhos:
• as rendas recebidas pelo exercício de qualquer actividade sujeita a Imposto Predial Urbano
(“IPU”), nem
São custos ou gastos imputáveis ao exercício aqueles que se revelem, comprovadamente entregues pelo
contribuinte e tomados pela AGT, como indispensáveis à manutenção da fonte produtora ou à realização de
proveitos e ganhos sujeitos a imposto, nomeadamente os seguintes:
• Encargos da actividade básica, acessória ou complementar, relativos à produção ou aquisição de quaisquer
bens ou serviços, tais como os respeitantes aos materiais utilizados, à mão-de- obra, energia e outros
gastos gerais de fabricação, de conservação e reparação;
• Encargos de distribuição e venda, abrangendo os de transporte, seguros de publicidade e colocação de
mercadorias;
• Encargos de natureza financeira, entre os quais juros de capitais alheios aplicados na empresa, descontos,
ágios, transferências, variações cambiais, cobrança de dívidas e emissões de acções e obrigações e
prémios de reembolso;
• Encargos de natureza administrativa, designadamente com remunerações, ajudas de custo, pensões de
reforma, contribuições para fundos de pensões, material de consumo corrente, transportes, comunicações,
rendas e alugueres, segurança, serviços jurídicos e de contencioso, seguros, gastos com benefícios
atribuídos pela cessação de relações laborais;
Custos ou gastos dedutíveis (lista de custos aceites fiscalmente, cont.)
• São custos ou perdas do exercício, os gastos suportados com assistência médica, creches, cantinas,
bibliotecas e escolas, criadas para atender exclusivamente a fins sociais dos trabalhadores da empresa,
cujo benefício seja disponibilizado generalizadamente aos trabalhadores.
• Eventuais proveitos decorrentes da abertura destas instalações a entidades externas concorrerão para
efeitos fiscais.
Custos não aceites fiscalmente
• Custos com impostos sobre o rendimento - Imposto Industrial, IPU, IRT e o IAC;
• As contribuições para a Segurança Social, na parcela que constitui encargo do trabalhador;
• O imposto que inicia sobre transmissões de fonte sucessória, ou sobre transacções gratuitas, que
constituam obrigação tributária de terceiros à sociedades e o imposto que incida sobre as
remunerações de trabalhadores ou pagamentos de prestadores de serviços que tenha sido suportado pela
entidade sujeita a Imposto Industrial;
• As multas e todos os encargos pela prática de infracções de qualquer natureza;
• As indemnizações pagas pela ocorrência de eventos cujo risco seja segurável;
• Os custos de conservação e reparação de imóveis arrendados (1), considerados como custos no
apuramento do IPU;
• Correcções da matéria colectável relativas aos exercícios anteriores, bem como as correcções
extraordinárias do exercício;
• Os seguros dos ramos da vida e saúde, cujo benefício não seja atribuído à generalidade do pessoal da
empresa (2).
(1) De acordo com a AGT, não inclui custos com amortizações de imóveis, que são aceites dentro dos limites das regras de
amortizações.
(2) De acordo com a AGT, os seguros têm que ser atribuídos a todos os colaboradores, independentemente do vínculo laboral, mas
pode haver diferentes níveis de cobertura sem que isso ponha em causa a dedutibilidade fiscal.
Outros custos não aceites fiscalmente
(1) De acordo com as novas regras, os juros de suprimentos serão aceites até à taxa média do BNA;
(2) Documentação apenas identifica o nome ou entidade legal e respectivo NIF do beneficiário do seu pagamento;
(3) Não existe documentação válida de suporte da despesa nos termos da lei, mas a sua ocorrência e natureza são
materialmente comprováveis;
(4) Não existe documentação válida de suporte da despesa nos termos da lei, e a sua natureza, função ou origem,
não são materialmente comprováveis.
A partir do exercício de 2017, os custos em questão estão sujeitos a tributação autónoma, por
acréscimo ao lucro tributável nas seguintes condições:
(1) Em 2% do valor dos custos indevidamente documentados que foram acrescidos ao lucro tributável;
(2) Em 4% do valor dos custos não documentados que foram acrescidos ao lucro tributável;
(3) Em 30% do valor das despesas confidenciais que foram acrescidas ao lucro tributável.
O preço final em moeda nacional, com todos os elementos que concorrem para a sua
formação;
Nota: Entende-se por incumprimento reiterado, a não emissão de facturas em mais de quatro
Penalidades transmissões onerosas de bens ou prestações de serviços.
para os
fornecedores
/ prestadores
Transmissões onerosas • 30.000 AKZ por cada factura emitida,
de bens corpóreos ou quando os elementos em causa sejam o
incorpóreos e
preço ou o nome da entidade legal
transmissões de
Multa emitente ou o seu NIF.
serviços com factura
que não contém
todos elementos • 10.000 AKZ por cada factura emitida,
obrigatórios quando estejam em causa os restantes
elementos.
Impacto na esfera dos adquirentes
• Os custos incorridos com qualquer despesas são apenas aceites para efeitos do
apuramento da matéria colectável quando devidamente documentados, nos
termos da legislação em vigor.
Taxa elevada para 50%, nas circunstâncias em que estas despesas originem um custo
ou um proveito na esfera de um sujeito passivo, por qualquer forma, isento, ou não
sujeito, a tributação em sede de Imposto Industrial.
Reintegrações e amortizações
Dedutibilidade fiscal:
Nota: As amortizações e reintegrações dos contribuintes sujeitos aos Planos de Contas das Instituições
Financeiras e Seguradoras devem ser realizadas de acordo com os respectivos normativos contabilísticos,
mesmo quando contrários às disposições do CII, podendo, no entanto, os procedimentos de contabilização
serem corrigidos pela AGT quando se entenda que estes não têm aderência aos respectivos normativos
contabilísticos
Reintegrações e amortizações
Podem ser considerados integralmente como custo num só exercício as desvalorizações excepcionais de
elementos do activo amortizável provenientes de causas anormais – designadamente as provocadas por
desastres, fenómenos naturais ou obsolescência técnica não prevista –, mediante reconhecimento da AGT
(v.g., abates que não sejam por venda);
Para o efeito, o contribuinte deverá requerer ao Chefe da Repartição Fiscal a aprovação dessa amortização
extraordinária, através de exposição devidamente fundamentada até fim do mês seguinte ao da
ocorrência do facto que determinou a desvalorização excepcional.
Presunção de deferimento do pedido apresentado, caso a Repartição Fiscal não responda no prazo de
45 dias.
Reintegrações e amortizações
‒ Que não sejam contabilizadas como custo ou perda no exercício a que respeitem;
‒ De imóveis na parte correspondente ao valor não sujeito a deperecimento – valor do terreno (1)
Nota: Caso não haja indicação expressa do valor do custo do terreno, deverá ser considerado 20% do valor
global, excepto se for estimado outro valor, com base em cálculos tecnicamente elaborados e fundamentados
por entidade independente e previamente aceites pela AGT.
(1) Excepto se exclusivamente afecto à actividade de exploração, e apenas na parte sujeita a deperecimento.
Reintegrações e amortizações
• Novas regras aplicáveis aos bens do activo imobilizado que entrem em funcionamento após a data de
entrada em vigor das disposições constantes do texto da Lei.
• Os bens cujo início de utilização tenha ocorrido em período anterior à entrada em vigor deste diploma
deverão manter os procedimentos de amortização desses bens, nos termos do regime de amortização
anterior à entrada em vigor deste diploma.
Reintegrações e amortizações
Aspecto temporal
(1) Excepto as entidades reguladas que cumprem com o respectivo plano de contas aprovado pela entidade de
supervisão.
Provisões
Provisões dedutíveis
• Provisões para processos judiciais em curso, por factos que determinariam a inclusão daqueles entre
os custos ou perdas do exercício;
• Provisões excessivas
Créditos incobráveis
• Os créditos incobráveis só são de considerar como custos ou perdas do exercício na medida em que
tal resulte de processos de execução, falência ou insolvência, devidamente documentada através de
certidão pública.
Deduções ao lucro tributável
• Títulos de Dívida Pública – “TDP” (Obrigações do Tesouro (“OT”) e Bilhetes do Tesouro (“BT”)
• Os prejuízos fiscais apurados em determinado exercício são deduzidos à matéria colectável, havendo-os,
de um, ou mais, dos 3 anos posteriores.
• Os prejuízos sofridos em actividade que beneficie de isenção ou redução de taxa do Imposto Industrial
não serão deduzidos dos lucros de outras actividades sujeitas ao regime geral do mesmo imposto.
• Os prejuízos verificados no decorrer de períodos em que foi aplicável isenção ou redução de taxa não
poderão ser deduzidos à matéria colectável, havendo-o, nos exercícios posteriores ao fim do período de
isenção.
Exemplo:
Rendimentos provenientes de
Rendimentos provenientes actividades exclusivamente
de actividades de natureza agrícolas, aquícolas, avícolas, Com estabelecimento
comercial ou industrial pecuárias, piscatórias e silvícolas estável
• O Imposto Industrial é autoliquidado provisoriamente até ao final dos meses de Agosto e Julho
(consoante seja um contribuinte do Grupo A ou B), por referência ao próprio exercício fiscal.
• Esta liquidação é efectuada mediante a aplicação da taxa de 2% sobre o volume total de vendas
obtidas nos primeiros 6 meses do exercício.
• Os contribuintes cuja actividade esteja no âmbito dos poderes de supervisão do BNA e da entidade de
Supervisão de Seguros efectuam a respectiva liquidação provisória, mediante a aplicação de uma
taxa de 2% sobre o total do resultado derivado de operações de intermediação financeira/do
total de prémios de seguro e resseguro, apurados nos primeiros 6 (seis) meses do exercício
fiscal anterior, excluídos os proveitos sujeitos a IAC.
• Não obstante, o contribuinte poderá deduzir deduzir ao montante de liquidação provisória apurado em
determinado exercício o imposto, comprovadamente, entregue em excesso nas liquidações
provisórias dos exercícios anteriores, até ao limite do prazo de caducidade previsto no Código Geral
Tributário (i.e., 5 anos).
• As prestações de serviços efectuadas por sujeitos passivos de Imposto Industrial com sede, direcção
efectiva ou estabelecimento estável em Angola que exerçam actividades de prestação de serviços de
qualquer natureza, estão sujeitos a tributação, por retenção na fonte, à taxa de 6,5%.
• Neste sentido, caso o contribuinte preste qualquer serviço sujeito a Imposto Industrial, a retenção na fonte
efectuada pela entidade pagadora, a título de pagamento deste imposto, é provisória e releva na
liquidação definitiva, deduzindo-se à colecta final do contribuinte.
• O contribuinte deverá solicitar o documento comprovativo (i.e., DAR) de entrega deste imposto ao Estado
por parte da entidade pagadora do serviço.
• Se na determinação final do Imposto Industrial, for apurado um montante inferior ao imposto pago
provisoriamente no decurso do exercício, esse crédito deverá ser abatido à colecta do exercício seguinte, e
assim sucessivamente nos exercícios seguintes, dentro do prazo geral de caducidade do imposto (i.e., 5
anos).
Declaração Modelo 1 de Imposto Industrial
Quadro 5. RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO
Acréscimos
Imposto sobre a Aplicação de Capitais (“IAC”)
Amortizações excessivas ou n
Imposto Industrial
Provisões excessivas ou não previstas
IPU sobre imóveis de serviço próprio
Provisões não previstas
Custos de conserv. e rep. de imóveis arrendados (IPU)
Donativos não enquadráveis nos termos da Lei do Mecenato
Juros de empréstimos / suprimentos
Outros acréscimos
Deduções Custos com realizações de utilidade social não aceites
•Créditos de imposto (v.g., de exercícios anteriores, reconhecidos pelas AF) Outros proveitos tributados em anos anteriores (v.g.,
excesso de estimativa de Imposto Industrial de exercício
= TOTAL A PAGAR / TOTAL A RECUPERAR anterior)
Preços de transferência
• A AGT pode efectuar as correcções que sejam necessárias para a determinação da matéria colectável
sempre que:
‒ em virtude de relações especiais enfie o contribuinte e outra pessoa, sujeita ou não a Imposto
Industrial, que tenha, ou não, sede ou direcção efectiva em território angolano, tenham sido
estabelecidas condições diferentes das que seriam normalmente acordadas entre pessoas
independentes, conduzindo a que o lucro tributável apurado com base na contabilidade seja
diverso daquele que se apuraria em circunstâncias normais de mercado;
‒ se verifiquem idênticos desvios nas actividade sujeitas e não sujeitas ao imposto industrial exercidas
simultaneamente;
• Uma entidade tem poder de exercer, directa ou indirectamente, uma influência significativa nas
decisões de gestão da outra, nomeadamente:
comerciais).
Preços de transferência
Obrigações declarativas
O Estatuto dos Grandes Contribuintes prevê regras mais específicas no domínio dos preços de
transferência, introduzindo maior precisão na definição do conceito de relações especiais e, especialmente,
determinando a obrigatoriedade de ser preparado um dossier fiscal de preços de transferência quando
os proveitos totais excedam cerca de sete mil milhões de AKZ, a entregar até seis meses após a data de
encerramento do exercício fiscal (ou seja, 30 de Junho de cada exercício fiscal).
Na elaboração do dossier de preços de transferência são caracterizadas as relações e preços praticados com
as sociedades com as quais possuam relações especiais.
Deste modo, o dossier de preços de transferência deverá ter a seguinte estrutura e comentário:
Sumário;
Envolvente macro-económica;
Apresentação da entidade;
Análise funcional da entidade;
Identificação das operações vinculadas (i.e., operações entre entidades relacionadas);
Análise económica das operações vinculadas.
Ora, para efeitos da determinação das condições que seriam acordadas nas operações entre entidades
independentes, a AGT apenas aceita os seguintes métodos:
‒ O método do preço comparável de mercado;
‒ O método do preço de revenda minorado;
‒ O método do custo majorado.
2.2. Imposto sobre a
Aplicação de Capitais
(“IAC”)
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
Aspectos preliminares
• Código aprovado pelo Decreto Legislativo Presidencial n.º 2/14, de 20 de Outubro
• O Imposto sobre a Aplicação de Capitais (“IAC”) incide sobre os rendimentos provenientes da simples
aplicação de capitais e divide-se em duas secções:
Secção A
Secção B
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
SECÇÃO A - Incidência
•A Secção A compreende os seguintes rendimentos:
Excepto: Quando o sacador ou sacado seja comerciante no acto do saque e delas conste que
provêm de transacções comerciais, situação em que são consideradas como meros títulos de pagamento
(a AGT pode exigir sempre a prova desta circunstância);
Todavia, se não forem pagas dentro do prazo, ficam sujeitas a IAC desde a data do vencimento (salvo se
aplicável isenção).
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
Incidência
• Os rendimentos anteriormente elencados encontram-se sujeitos a IAC quando obtidos nas seguintes
condições:
Rendimentos produzidos em Angola, rendimentos que derivem de capitais aplicados em Angola, ou
seja:
• Rendimentos pagos por entidades que aí possuam residência, sede, direcção efectiva ou estabelecimento
estável ao qual o pagamento deva imputar-se;
• Capitais colocados através de actos celebrados em Angola ou cuja restituição tenha sido caucionada com bens
aí existentes (excepto se for apresentada prova em contrário).
Isenções
• Estão, no entanto, isentos de IAC, Secção A:
Os rendimentos das instituições financeiras e das cooperativas, quando sujeitos a Imposto
Industrial, ainda que dele isentos;
Os juros das vendas a crédito dos comerciantes relativos a produtos ou serviços do seu comércio ou indústria,
bem como o juro ou qualquer compensação da mora no pagamento do respectivo preço;
Os juros dos empréstimos sobre apólices de seguros de vida, feitos por sociedades de seguros.
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
Presunção da existência de rendimento provar que, tendo usado todos os meios facultados pela
lei para os receber, não lhe foi possível cobrá-los.
•Os rendimentos ficam sujeitos a imposto desde o momento em que começam a vencer-se ou se presume o seu
vencimento.
•As aberturas de crédito consideram-se utilizadas na totalidade sempre que, segundo as cláusulas do contrato,
os levantamentos possam fazer-se independentemente de escritura ou instrumento notarial.
•Tratando-se de créditos em que inicialmente não se verifique qualquer das circunstâncias previstas para a
respectiva sujeição a imposto, esta começa a partir da data em que o credor ou devedor, fixe residência em
Angola.
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
Pagamento do imposto
• O pagamento do imposto é efectuado pelos respectivos titulares dos rendimentos. Contudo, se os titulares
dos rendimentos não possuírem em Angola residência, sede, direcção efectiva ou estabelecimento
estável, será o imposto liquidado pelos devedores.
• O pagamento do imposto devido far-se-á até ao último dia do mês seguinte àquele a que respeite o
imposto.
Obrigações declarativas
Regra geral
• As pessoas obrigadas à liquidação do IAC têm de apresentar Excepto:
em duplicado, na repartição fiscal da sua área do domicílio, uma Os empréstimos efectuados pelos
declaração de todos os rendimentos recebidos, pagos ou postos organismos corporativos.
Todavia, os mesmos ficam obrigados
à disposição dos seus titulares, até ao final do mês de Janeiro do
a organizar, um livro de registo dos
ano seguinte àquele em que o recebimento, pagamento ou empréstimos concedidos, que deverá
ser apresentado em caso de
colocação à disposição ocorram.
fiscalização.
• Os titulares dos créditos ou seus representantes, são obrigados a declarar, dentro do prazo de trinta dias,
as alterações ocorridas em relação aos elementos constantes da declaração que possam originar
agravamento do imposto, devendo igualmente declarar os recebimentos parciais e quaisquer outras
modificações que importem diminuição de colecta.
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
SECÇÃO B - Incidência
Os lucros, seja qual for a sua natureza, espécie ou designação, atribuídos aos sócios das sociedades comerciais ou civis
sob a forma comercial, bem como o repatriamento de lucros imputáveis a EE de não residentes em Angola;
As importâncias ou quaisquer outros valores atribuídos aos sócios das sociedades cooperativas, desde que constituam
remunerações do capital;
Os juros das obrigações emitidas por qualquer sociedade;
Os juros de suprimentos ou de outros abonos feitos pelos sócios às sociedades, bem como os rendimentos dos lucros
que, tendo sido atribuídos aos sócios das sociedades não anónimas nem em comandita por acções, por eles não sejam
levantados até ao fim do ano da respectiva atribuição;
O saldo dos juros apurados em conta corrente, nos termos previstos no artigo 344.º e seguintes do Código
Comercial, e bem assim os juros escriturados em conta corrente, nos demais casos;
As importâncias atribuídas a empresas singulares ou colectivas a titulo de indemnização pela suspensão da sua
actividade;
Os lucros que as pessoas singulares ou colectivas aufiram pelo facto de um comerciante as interessar nos seus
negócios, em regime de conta em participação, nos termos da respectiva legislação;
A emissão de acções em que tenha havido reserva de preferência na subscrição (ou seja, em que as acções sejam
oferecidas aos accionistas por valor mais baixo do que o estabelecido para o público).
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
Incidência (cont.)
Royalties;
Os juros dos depósitos à ordem e dos depósitos a prazo constituídos junto das instituições financeiras
regularmente constituídas;
Os juros dos bilhetes do tesouro e das obrigações do tesouro;
Os prémios de amortização ou reembolso e as outras formas de remuneração dos bilhetes do tesouro e das
obrigações do tesouro;
Os juros dos títulos do banco central;
Os prémios de amortização ou reembolso e as outras formas de remuneração dos títulos do Banco Central;
Os juros corridos de títulos de dívida;
QO saldo positivo entre as mais-valias e menos-valias decorrentes da alienação de participações sociais ou outros
instrumentos que gerem rendimentos sujeitos a IAC;
Prémios de jogo de fortuna ou azar, rifas, lotarias ou apostas, qualquer que seja a sua natureza ou proveniência;
Quaisquer outros rendimentos derivados da simples aplicação de capitais, não compreendidos na secção A.
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
Incidência (cont.)
• Os rendimentos anteriormente elencados encontram-se sujeitos a IAC desde que obtidos nas seguintes
condições:
Sejam pagos por uma pessoa singular ou colectiva com domicílio, sede ou direcção efectiva em
território Angolano;
Sejam postos à disposição através de um estabelecimento estável em território Angolano;
Sejam recebidos por pessoas singulares ou colectivas com domicílio, sede ou direcção efectiva em
território Angolano;
Sejam atribuídos a um estabelecimento estável em território Angolano.
Presunção da existência
de rendimento
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
Isenções
• Estão, no entanto, isentos de IAC:
Os lucros distribuídos por uma entidade com sede ou direcção efectiva em território Angolano no caso em
que a entidade beneficiária seja uma pessoa colectiva ou equiparada com sede ou direcção efectiva em
território Angolano sujeita a Imposto Industrial, ainda que dele isenta, que detenha no capital social da
entidade que distribui os lucros uma participação não inferior a 25% por um período superior a um ano
anterior à distribuição dos lucros;
Os juros de instrumentos que se destinem a fomentar a poupança que sejam devida e previamente
aprovados pelo Ministro das Finanças sob parecer da AGT, ouvido o Banco Nacional de Angola.
Excepto: Quanto aos juros auferidos relativamente a valores de capital superiores a 500.000 AKZ por
pessoa.
Os juros das conta-poupança habitação criadas pelas instituições financeiras com o objectivo de fomentar
a poupança com vista à aquisição de habitação própria e permanente.
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
Taxas
• A taxa aplicável aos rendimentos sujeitos e não isentos compreendidos na Secção B corresponde a 10%,
excepto para:
O saldo dos juros apurados em conta corrente, nos termos previstos no artigo 344.º e
seguintes do Código Comercial, e bem assim os juros escriturados em conta corrente,
nos demais casos;
As importâncias atribuídas a empresas singulares ou colectivas a titulo de
indemnização pela suspensão da sua actividade; Taxa de
Prémios de jogo de fortuna ou azar, rifas, lotarias ou apostas, qualquer que seja a sua 15%
natureza ou proveniência;
Quaisquer outros rendimentos derivados da simples aplicação de capitais, não
compreendidos na secção A.
Liquidação do imposto
• A liquidação do imposto é efectuada pelas entidades a quem incumbe o pagamento dos rendimentos,
que ficam responsáveis pela totalidade do imposto e acréscimos no caso de não pagamento, sem prejuízo do
direito de regresso contra o devedor do imposto, mas apenas quanto à dívida principal.
• Quando a liquidação do imposto é obrigação da entidade a quem incumbe o pagamento dos rendimentos,
estas ficam obrigadas a efectuar sempre o desconto do imposto devido nos rendimentos que paguem ou
coloquem à disposição.
• No caso de lucro de participações sociais e rendimentos de títulos de dívida, tratando-se de títulos admitidos
à negociação em mercado regulamentado detidos por entidades isentas de IAC, passa a competir às
instituições financeiras através das quais esses títulos sejam detidos instruir os respectivos emitentes no
sentido de não ser efectuada a respectiva retenção na fonte, bem como cumprir com as demais obrigações
previstas no diploma em apreço.
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
• Quando os rendimentos sejam auferidos por uma entidade angolana, em resultado de aplicações
efectuadas no estrangeiro, estes ficam responsáveis pela liquidação do imposto junto dos cofres do
Estado, na medida em que as entidades a quem incumbe o pagamento dos rendimentos não dispõem de
capacidade legal para o fazer.
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
Entrega do imposto
• O pagamento do imposto não sujeito a retenção na fonte (ou seja, liquidado pelo titular do rendimento)
far-se-á até ao último dia do mês seguinte àquele a que respeite o imposto.
• A entrega do imposto retido (ou seja, liquidado pelo devedor do rendimento) far-se-á na repartição fiscal da
área do domicílio ou, na falta desta, na do principal estabelecimento da entidade que a ela deva proceder ou
do estabelecimento estável, até ao fim do mês seguinte àquele em que se verifique:
i. A aprovação das contas de gerência, ou a colocação dos rendimentos à disposição dos seus titulares
antes de encerradas as contas ou independentemente da sua aprovação formal, relativamente aos
seguintes rendimentos:
• Os lucros, seja qual for a sua natureza, espécie ou designação, atribuídos ao sócios das sociedades
comerciais ou civis sob a forma comercial;
• As importâncias ou quaisquer outros valores atribuídos aos sócios das sociedades cooperativas, desde que
constituam remunerações do capital;
• Os juros de suprimentos ou de outros abonos feitos pelos sócios às sociedades, bem como os rendimentos
dos lucros que, tendo sido atribuídos aos sócios das sociedades não anónimas nem em comandita por
acções, por eles não sejam levantados até ao fim do ano da respectiva atribuição.
2. Impostos sobre o rendimento
2.2. Imposto sobre a Aplicação de Capitais
Entrega do imposto
ii. O vencimento dos juros nos seguintes casos:
• Os juros das obrigações emitidas por qualquer sociedade;
• Saldo dos juros apurados em conta corrente, nos termos previstos no artigo 344.º e seguintes do
Código Comercial, e bem assim os juros escriturados em conta corrente, nos demais casos;
• Os juros dos depósitos à ordem e dos depósitos a prazo constituídos junto das instituições financeiras
regularmente constituídas;
• Os juros dos bilhetes do tesouro, das obrigações do tesouro e dos títulos do banco central.
Introdução
• O Código do IPU foi aprovado pelo Diploma Legislativo n.º 4044/70, de 13 de Outubro.
Esta lei veio introduzir algumas alterações relevantes ao Código do IPU e ao Código do
Imposto Industrial, tendo como principal objectivo desagravar a carga fiscal incidente
sobre a detenção e rendimento dos imóveis.
• O IPU incide sobre os rendimentos de prédios urbanos situados no território da República de Angola,
quando estejam arrendados ou, quando não o estejam, sob a sua detenção.
2. Impostos sobre o rendimento
2.3. Imposto Predial Urbano
Principais alterações introduzidas pela da Lei n.º 18/11, de 21 de Abril
• O artigo 16.º do Código do IPU sofreu uma das alterações mais benéficas na esfera dos contribuintes,
uma vez que passou a ser possível deduzir às rendas efectivamente recebidas 40% das despesas
relacionadas com o imóvel, ao invés dos 20% anteriormente previstos, para efeitos do apuramento
do rendimento colectável dos imóveis arrendados, em sede de IPU.
• Por outro lado, a taxa praticada no âmbito do IPU aplicável aos imóveis arrendados foi alterada
para 25% (sofreu, portanto, um decréscimo de 5%), o que poderá implicar uma importante redução
dos custos fiscais, na esfera dos contribuintes.
• A nova redacção do artigo 104.º do Código do IPU prevê que as entidades que devam dispor de
contabilidade organizada a quem caiba o pagamento ou entrega de rendas relativas a imóveis (na
qualidade de arrendatários, nos termos dos respectivos contratos de arrendamento) passam a ser
obrigadas, na altura da sua atribuição ou pagamento, a reter na fonte o IPU devido.
Incidência
• No caso de prédios arrendados, o IPU incide sobre os rendimentos de prédios urbanos (rendas)
situados no território angolano.
Tudo quanto o senhorio receba do arrendatário, ou este satisfaça em sua vez, por
efeito directo da cedência dos prédios e dos serviços que porventura neles tenha
Conceito
estabelecido, quer estes serviços sejam especiais para o arrendatário, quer comuns
de renda
a outros arrendatários do mesmo ou de diversos prédios e ainda que também
aproveitem ao próprio senhorio.
• O imposto é devido pelos titulares do direito aos rendimentos dos prédios (senhorios), presumindo-se
como tais as pessoas em nome de quem os mesmos se encontrem inscritos na matriz.
2. Impostos sobre o rendimento
2.3. Imposto Predial Urbano
Isenções
• Estão isentas de IPU as seguintes entidades:
Estado, institutos públicos e associações que gozem do estatuto de utilidade pública;
Estados estrangeiros, quanto aos imóveis destinados às respectivas representações diplomáticas ou
consulares, quando haja reciprocidade;
Instituições religiosas legalizadas, quanto aos imóveis destinados exclusivamente ao culto.
• Isenções reconhecidas por Despacho do DNI, a requerimento das entidades interessadas e após parecer
favorável do MNE e do INAR.
• A matéria colectável consiste no valor das rendas efectivamente recebidas em cada ano, líquidas de
(presume-se) 40% das despesas relacionadas com o imóvel, tais como:
Assistência técnica e energia para elevadores, monta-cargas e elevação de água;
Retribuição de porteiros e pessoal de limpeza;
Iluminação de vestíbulos e escadas;
Climatização central;
Administração da propriedade horizontal;
Prémio de seguros assistência dos prédios.
2. Impostos sobre o rendimento
2.3. Imposto Predial Urbano
Taxa
• A taxa é de 25%, não podendo resultar um montante de imposto a pagar inferior a 1% do valor
patrimonial do imóvel.
• Neste caso, tendo em consideração que a matéria colectável destes imóveis corresponde a apenas
60% do valor das rendas recebidas no ano, é aplicável uma taxa efectiva de 15% (60% das rendas
recebidas x 25% de taxa de IPU).
Arrendatário Senhorio
Pagamento da renda
deduzida do valor do IPU
devido (retenção na
fonte)
Pagamento da totalidade da
renda
2. Impostos sobre o rendimento
2.3. Imposto Predial Urbano
• O sujeito passivo (senhorio), por sua vez, fica obrigado a comprovar o cumprimento da
obrigação de retenção na fonte, por parte do arrendatário, sob pena de ser considerado
responsável pelo pagamento do imposto em falta.
• Para tal, o sujeito passivo deve receber do arrendatário o Documento de Arrecadação de Receitas
(DAR) que comprove a entrega do imposto retido ou, assim não sendo, deve comunicar tal facto (a não
entrega da DAR pelo arrendatário) à repartição fiscal competente, no prazo de 90 dias a contar do
termo do prazo para a entrega daquele imposto.
• No caso de rendas pagas por contribuintes que não disponham de contabilidade organizada
(nomeadamente, pessoas singulares), não há lugar a retenção na fonte de IPU e a responsabilidade
de liquidar e pagar o imposto recai sobre o titular do direito aos rendimentos e, por conseguinte, o
senhorio).
• Quando o IPU haja sido liquidado por retenção na fonte, por parte dos arrendatários (enquanto
pessoas colectivas), estes deverão proceder à entrega deste imposto até ao dia 30 do mês seguinte
àquele a que respeita a retenção, na repartição fiscal da situação do imóvel, através do
preenchimento do Documento de Liquidação de Imposto (DLI).
• Quando não haja lugar a retenção na fonte de IPU, por parte dos arrendatários (pessoas
singulares), o imposto deverá ser pago em duas prestações iguais, com vencimento,
respectivamente, em Janeiro e Julho.
2.4. Imposto sobre os
Rendimentos do
Trabalho (“IRT”)
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
Legislação aplicável
• Lei n.º 18/14, de 22 de Outubro – Actual Código do Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
(“IRT”)
Grupos de tributação
O Código do IRT segmenta os rendimentos sujeitos a IRT em diferentes categorias tributárias aos quais passam a
corresponder regras próprias para efeitos de liquidação, entrega e pagamento do IRT devido nos cofres do Estado
Cargos de gerência ou
administração
Órgãos sociais de
Imposto sobre os sociedades
Rendimentos do Grupo B
Trabalho
Trabalhadores por conta
• Actividades técnicas,
própria (lista anexa ao cientificas ou artísticas
Código do IRT)
• Actividades industriais e
Trabalhadores por conta
Grupo C comerciais
própria (Tabela dos Lucros
− Enquadráveis no Grupo C
Mínimos) quando não constarem
da lista de profissões
anexa ao CIRT.
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
Remunerações pagas aos detentores de participações sociais pelo desempenho de trabalho nessas
sociedades
Remunerações dos membros dos órgãos estatutários das pessoas colectivas e entidades equiparadas
As remunerações pagas por partidos políticos e outras organizações de carácter político ou social
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
Os rendimentos auferidos por pessoal dos serviços de organizações internacionais, nos termos estabelecidos em
acordos ratificados pelo órgão competente do Estado
Os rendimentos auferidos pelo pessoal ao serviço das organizações não governamentais ou similares, nos termos
estabelecidos nos acordos com entidades nacionais, com o reconhecimento prévio por escrito do Director Nacional de
Impostos
Os rendimentos auferidos pelos deficientes físicos e mutilados de guerra, cujo grau de invalidez ou incapacidade seja
igual ou superior a 50%, comprovada com a apresentação pelo contribuinte de documentação emitida por autoridade
competente para o efeito
Os rendimentos auferidos pelos cidadãos nacionais com idade superior a 60 anos derivados do trabalho por conta de
outrem
Decorrentes do exercício das actividades previstas nos Grupos A e B auferidos pelos antigos combatentes, deficientes
de guerra e familiares de combatente tombado ou perecido, desde que devidamente registados no Departamento
Ministerial de tutela
Os rendimentos auferidos por pessoas singulares que prestem serviço militar e paramilitar nos órgãos de
Defesa e Ordem Interna, mas apenas aqueles derivados dessa prestação
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
= Abonos – Descontos
Abono de família, atribuído por entidade patronal, até ao limite de 5% do ordenado base mensal do
colaborador
Subsídios de renda de casa atribuído por entidade empregadora privada até 50% do valor do contrato
de arrendamento
Compensações pagas por rescisão contratual independentemente de causa objectiva dentro dos
limites legais previstos na Lei Geral do Trabalho (“LGT”)
Subsídios de Férias e de Natal até ao limite de 100% do ordenado base mensal do colaborador
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
Prestações sociais pagas pelo Instituto Nacional da Segurança Social, no âmbito da protecção social
obrigatória;
Gratificações de fim de carreira no âmbito da relação jurídico-laboral;
Salários e outras remunerações devidas aos trabalhadores eventuais agrícolas e aos trabalhadores domésticos
contratados directamente por pessoas singulares ou agregados familiares;
Subsídios atribuídos por lei aos cidadãos nacionais portadores de deficiências;
Reembolso de despesas incorridas pelos trabalhadores dependentes de entidades sujeitas a Imposto Industrial
ou a outros regimes especiais de tributação, quando deslocados ao serviço da entidade patronal, desde que
estas despesas se encontrem devidamente documentadas nos termos do Código do Imposto Industrial e
legislação complementar.
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
São aplicáveis as taxas progressivas constantes na tabela do IRT anexa ao Código, conforme detalhe infra:
Rendimentos Taxas
Até 34.450,00 Isento
De 34.451,00 a 35.000,00 excesso de 34.450,00 (1)
De 35.001,00 a 40.000,00 Parcela fixa 550,00 + 7% sobre o excesso 35.000,00
De 40.001,00 a 45.000,00 Parcela fixa 900,00 + 8% sobre o excesso 40.000,00
De 45.001,00 a 50.000,00 Parcela fixa 1.300,00 + 9% sobre o excesso 45.000,00
De 50.001,00 a 70.000,00 Parcela fixa 1.750,00 + 10% sobre o excesso 50.000,00
De 70.001,00 a 90.000,00 Parcela fixa 3.750,00 + 11% sobre o excesso 70.000,00
De 90.001,00 a 110.000,00 Parcela fixa 5.950,00 + 12% sobre o excesso 90.000,00
De 110.001,00 a 140.000,00 Parcela fixa 8.350,00 + 13% sobre o excesso 110.000,00
De 140.001,00 a 170.000,00 Parcela fixa 12.250,00 + 14% sobre o excesso 140.000,00
De 170.001,00 a 200.000,00 Parcela fixa 16.450,00 + 15% sobre o excesso 170.000,00
De 200.001,00 a 230.000,00 Parcela fixa 20.950,00 + 16% sobre o excesso 200.000,00
De 230.001,00 Parcela fixa 25.750,00 + 17% sobre o excesso 230.000,00
(1) Em nosso entender e segundo pudemos confirmar junto das entidades competentes, no que diz respeito ao 2.º escalão, o montante de IRT corresponde ao excesso de AKZ 34.450.
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
À matéria colectável apurada para os membros dos órgãos sociais aplica-se a taxa única de 15%.
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
Grupo A Grupo B
A liquidação do imposto devido, e respectivo preenchimento do Documento de Liquidação de Imposto
(DLI), é efectuada:
1. Pela entidade responsável pelo pagamento dos rendimentos;
2. Com periodicidade mensal – na altura da sua atribuição ou pagamento;
3. Pela aplicação da tabela de taxas do IRT em vigor (variáveis de acordo com o nível de rendimento), após
efectuadas as respectivas deduções.
A responsabilidade quanto ao pagamento do imposto devido recai sobre a entidade empregadora, responsável
pela sua retenção, mediante preenchimento e entrega do Documento de Arrecadação de Receita (DAR), até ao
final do mês seguinte ao do pagamento dos rendimentos, na repartição fiscal competente sobre a área em que o
trabalhador se encontra a desempenhar a prestação de trabalho.
Grupo A Grupo B
A liquidação e pagamento do imposto devido é efectuado:
Pela entidade pagadora desses rendimentos quando atribuídos aos titulares de cargos de gerência ou
administração ou titulares de órgãos sociais de sociedades, nos termos estabelecido para o Grupo A.
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
Particularidades do Grupo B
Os titulares de rendimentos do Grupo B, residentes em Angola, deverão entregar, até ao final do mês de
Março, na repartição fiscal da área do seu escritório ou estabelecimento (ou, quando não aplicável, da sua área
do domicílio), a Declaração Modelo 1, em que deverão discriminar todas as remunerações auferidas no
decurso do ano fiscal anterior.
Este modelo poderá ser substituído pela entrega da informação em suporte digital ou mediante submissão
electrónica, nos termos que vierem a ser regulamentados.
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
Os sujeitos passivos e os substitutos tributários do IRT são obrigados a conservar por um prazo de 5 anos a
informação
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
Pelas omissões, inexactidões e outras infracções tributárias são responsáveis solidariamente entre si e com a
entidade patronal, os gerentes e administradores das pessoas colectivas do direito privado, bem como gestores
das pessoas colectivas de direito público.
Falta de retenção
As entidades obrigadas à retenção na fonte de IRT que não cumpram essa obrigação são punidas com pena de
multa nos termos do CGT, não podendo esta multa ter um valor inferior a AKZ 50.000.
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
GRUPO B
Aos contribuintes que não possuam contabilidade organizada é aplicável o limite de 30% do rendimento
bruto, para efeitos da determinação das despesas dedutíveis à matéria colectável, ou seja, a matéria
colectável corresponde a 70% do valor pago.
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
GRUPO C
Volume de facturação do contribuinte é inferior a 4 vezes o valor máximo previsto na Tabela de Lucros
Mínimos, a matéria colectável será determinada nos termos da Tabela de Lucros Mínimos em vigor;
Quanto aos rendimentos pagos por pessoas colectivas ou singulares com contabilidade
organizada sujeitos a retenção na fonte nos termos do Código do Imposto Industrial, a matéria
colectável é constituída pela totalidade do valor do serviço.
2. Impostos sobre o rendimento
2.4. Imposto sobre os Rendimentos do Trabalho
Grupo B - Taxa efectiva de 10,5%, pela consideração, enquanto base tributável, de 70% do
rendimento bruto [15% x 70% = 10,5%];
É aplicável a taxa de 30% à matéria colectável referente aos rendimentos pagos por
pessoas singulares e apurada através da Tabela de Lucros Mínimos em vigor.
3. Impostos sobre o
património
3.1. Imposto Predial
Urbano (“IPU”)
3. Impostos sobre o património
3.1. Imposto Predial Urbano
Introdução
• O Código do Imposto Predial Urbano (“IPU”) foi aprovado pelo Diploma Legislativo n.º 4044/70, de 13
de Outubro.
• O Código do IPU sofreu desde então algumas modificações, nomeadamente, as decorrentes da Lei n.º
18/11, de 21 de Abril, da qual resultaram significativas alterações legislativas, aprovadas no âmbito da
Reforma Tributária.
Esta lei veio introduzir algumas alterações relevantes ao Código do IPU e ao Código
do Imposto Industrial, tendo como principal objectivo desagravar a carga fiscal
incidente sobre a detenção e rendimento dos imóveis.
3. Impostos sobre o património
3.1. Imposto Predial Urbano
Incidência
• O IPU incide sobre os rendimentos de prédios urbanos situados no território da República de Angola,
quando estejam arrendados ou, quando não o estejam, sob a sua detenção.
Detenção/posse vs Legalização
Incidência
• No caso de imóveis não arrendados, o IPU incide sobre o valor patrimonial dos mesmos.
O valor patrimonial a considerar para efeitos de IPU corresponde ao valor que resulte de
avaliação feita pela repartição fiscal da localização do imóvel ou o valor pelo qual o
imóvel tenha sido alienado, conforme o que seja maior.
A avaliação efectuada pela repartição de finanças competente tem por base as tabelas
publicadas para o efeito, as quais apresentam como referenciais, designadamente, em relação a
cada imóvel:
Isenções
• Isenções reconhecidas por Despacho da DNI, a requerimento das entidades interessadas e após parecer
favorável do MNE e do INAR.
3. Impostos sobre o património
3.1. Imposto Predial Urbano
• A matéria colectável incide sobre o valor patrimonial dos imóveis. Nos casos em que ainda não tiver sido
determinado o valor patrimonial, através de uma avaliação geral da propriedade, deverá utilizar-se o valor
que estiver inscrito na matriz.
• Não estando registados os imóveis, o proprietário deverá dirigir-se à repartição fiscal da área onde se localiza
o imóvel (imóvel a imóvel), fazendo-se acompanhar de uma Declaração Modelo n.º 5, devidamente
preenchida, do projecto de construção, do certificado de habitabilidade e da licença de ocupação de cada
imóvel, de modo a proceder ao respectivo registo.
• Após o registo destes imóveis, é-lhes atribuída uma matriz e um valor patrimonial tributário (obtido em
função de uma avaliação geral da propriedade realizada pela repartição fiscal em função dos critérios
previamente indicados), o qual servirá de base ao pagamento do correspondente IPU.
• Sempre que houver alguma alteração relativamente a um imóvel na esfera do contribuinte (v.g., realização
de benfeitorias, venda), a RFGC deverá ser informada dessa situação, nos termos do Código do IPU.
3. Impostos sobre o património
3.1. Imposto Predial Urbano
Notas:
• Na ausência dos documentos, a inscrição é efectuada com base, unicamente, na Declaração n.º 5,
devendo os restantes documentos ser juntos ao processo assim que obtidos.
• Regra geral, foi admitido que os imóveis localizados em Luanda sejam inscritos na Repartição Fiscal
dos Grandes Contribuintes (apenas para Grandes Contribuintes), devendo os restantes imóveis
localizados nas províncias de Angola ser inscritos na repartição fiscal da respectiva localização,
independentemente de se tratarem de Grandes Contribuintes ou não.
3. Impostos sobre o património
3.1. Imposto Predial Urbano
Taxa
Liquidação e pagamento
Nota:
• Caso os contribuintes assim o pretendam, temos conhecimento que as Autoridades Fiscais admitem a
liquidação de IPU numa única prestação, em Janeiro de cada ano.
3. Impostos sobre o património
3.1. Imposto Predial Urbano
• De acordo com o artigo 102.º do Código do IPU, o imposto será liquidado anualmente na repartição de
fazenda em cujas matrizes se encontrem inscritos os prédios que produzam os rendimentos sobre que o
mesmo imposto incide.
• No entanto, de acordo com o Decreto Presidencial n.º 147/13, 1 de Outubro, que estabelece o Estatuto dos
Grandes Contribuintes (“EGC”), constitui direito dos Grandes Contribuintes, entre outros, “Proceder à
liquidação e pagamento do imposto junto da Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes” – artigo 7.º do
referido diploma legal.
“A liquidação, pagamento, e cobrança dos impostos devidos pelos grandes contribuintes classificados
nos termos do presente diploma, bem como a correcção das respectivas declarações de rendimentos,
compete à Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes”.
• O Regulamento para a Liquidação e Cobrança de Imposto sobre as Sucessões e Doações e SISA foi
aprovado pelo Diploma Legislativo n.º 230, de 18 de Maio de 1931.
Esta última Lei n.º 16/11 veio introduzir algumas alterações relevantes ao
Regulamento para a Liquidação e Cobrança de Imposto sobre as Sucessões e Doações e
SISA, tendo também como principal objectivo desagravar a carga fiscal incidente
sobre a detenção e rendimento dos imóveis.
3. Impostos sobre o património
3.2. SISA
Incidência geral
• O Imposto sobre as Sucessões e Doações e a SISA incidem sobre todos os actos que importem transmissão
perpétua ou temporária de propriedade de qualquer valor, espécie ou natureza, qualquer que seja a
denominação ou forma do título.
• Ambos os impostos distinguem-se, entre outros aspectos, pelo âmbito da sua aplicação/incidência.
É devido pelas transmissões gratuitas de: É devido apenas pelas transmissões onerosas de:
• Propriedade imobiliária; e • Propriedade imobiliária.
• Propriedade mobiliária.
SISA
Incidência simultânea:
Os imóveis com valor inferior a 78 000 UCF para efeitos de liquidação de Sisa, que sejam afectos à
habitação própria permanente do adquirente porém, somente na primeira transmissão;
Compra e venda, sub-rogação por inscrições ou outros títulos de dívida pública, acções de bancos e companhias
ou sociedades, de quaisquer bens sujeitos à SISA, esta será calculada sobre o preço dos bens transmitidos,
quando este for igual ou superior aos valores que resultem do rendimento colectável inscrito nas matrizes
prediais;
Permutação de quaisquer bens, a SISA será calculada sobre o maior valor dos bens permutados, pagando cada
um dos permutantes metade da SISA;
Doação de bens em pagamento de uma dívida, a SISA será calculada sobre a importância da dívida;
Doação com entradas ou pensões, a contribuição será calculada para efeitos de SISA sobre a importância dessas
entradas;
Nos arrendamentos e sublocações a longo prazo, a contribuição será calculada sobre o valor de vinte vezes a
renda anual, salvo quando esta seja igual ou superior ao rendimento colectável inscrito na matriz predial.
3. Impostos sobre o património
3.2. SISA
Competência para
Responsabilidade Pagamento
liquidação
A SISA, depois de
Secretário de Fazenda do devidamente liquidado, será O pagamento da SISA será feito nas
concelho onde estiverem paga por inteiro por aqueles transmissões por título oneroso,
situados os bens objecto da para quem passaram os antes de celebrado o acto que as
transmissão. bens sempre que haja opera.
transmissão.
4. Imposto do Selo
4. Imposto do Selo
Legislação aplicável
previstos na
Tabela Anexa
ao Código do operações e
títulos
IS outros factos
ou em leis
especiais
4. Imposto do Selo
Actos/Documentos/ Contratos/Operações/Títulos Taxa
1 Aquisição onerosa ou gratuita do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse
direito sobre imóveis, bem como a resolução, invalidade ou extinção, por mútuo consenso, 0,3%
dos respectivos
contratos – sobre o valor
2 Arrendamento e subarrendamento:
2.1. Sobre o valor, aumento da renda ou prorrogação do contrato de arrendamento e 0,1%
subarrendamento para fins habitacionais.
2.2. Sobre o valor, aumento da renda ou prorrogação do contrato de arrendamento e 0,4%
subarrendamento destinados a estabelecimento comercial, industrial, exercício de
profissão em regime independente
3 Autos e termos efectuados perante tribunais e serviços, estabelecimentos e organismos
do Estado, ainda que personalizados, incluindo os institutos públicos que compreendem
arrendamento ou licitação de bens imóveis, cessão, conferência de interessados em que 1.000 AKZ
se concorde na adjudicação de bens comuns, confissão de divida, fiança, hipoteca,
penhor, responsabilidade por perdas e danos e transacções – por cada um
5 Depósito civil, qualquer que seja a sua forma – sobre o respectivo valor 0,1%
8 Outros Contratos não especialmente previstos nesta tabela, incluindo os efectuados perante
1.000
entidades públicas – por cada um
AKZ
4. Imposto do Selo
Actos/Documentos/ Contratos/Operações/Títulos Taxa
9 Exploração, pesquisa e prospecção de recursos geológicos integrados no domínio público do
3.000
Estado – por cada contrato administrativo.
AKZ
10 Garantias das obrigações, qualquer que seja a sua natureza ou forma, designadamente o
aval, a caução, a garantia bancária autónoma, a fiança, a hipoteca, o penhor e o seguro-
caução, salvo quando materialmente acessórias de contratos especialmente tributados na
presente tabela, considerando-se como tal as que sejam constituídas até 90 dias após a
celebração do contrato constitutivo da obrigação garantida ainda que em instrumentos ou
títulos deferentes, ou no caso de penhor de bens futuros desde que o mesmo seja inscrito
no contrato principal – sobre o respectivo valor, em função do prazo, considerando-se
sempre como nova operação a prorrogação do prazo do contrato:
10.1 Garantias de prazo inferior a um ano; 0,3%
10.2 Garantias de prazo igual ou superior a um ano; 0,2%
10.3 Garantias sem prazo ou de prazo igual ou superior a cinco anos 0,1%
12.4.3 Restantes:
12.4.3.1 Luanda 53.000 AKZ
12.4.3.2 Restantes capitais de província e no Lobito 30.000 AKZ
12.4.3.3 Outras localidades 15.000 AKZ
12.5 Para as instalações de máquinas automáticas de venda de bens ou serviços em 3.000 AKZ
locais de acesso público – por cada máquina
12.6 Outras licenças não designadas especialmente nesta tabela, concedidas pelo 2.000 AKZ
Estado, pelas Províncias, ou qualquer dos seus serviços, estabelecimentos, organismos
ou institutos – por cada uma
19 Publicidade:
19.1 Cartazes ou anúncios afixados ou expostos em suportes fixos ou móveis na via pública
ou destinados a serem vistos na via pública que façam propaganda de produtos, serviços ou 1.000 AKZ
de qualquer indústria, comerciais ou divertimentos com exclusão dos identificativos do
próprio estabelecimento comercial onde se encontrem afixados – por cada metro quadrado
ou fracção e em cada ano civil
19.2 Publicidade feita em revista, jornais, catálogos, programas radiofónicos ou televisivos, 25.000
reclamos, etiquetas e outros impressos que se destinarem à distribuição pública (por cada AKZ
edição de 1000 exemplares ou fracção)
4. Imposto do Selo
Actos/Documentos/ Contratos/Operações/Títulos Taxa
20 Registos e averbamentos em conservatórias de bens móveis
Sobre a respectiva potência:
20.1 Aeronaves 45.000 AKZ
20.2 Barcos 23.000 AKZ
20.3 Motas de água 18.000 AKZ
20.4 Motociclos, veículos ligeiros e mistos de passageiros e veículos pesados, excepto
ambulâncias e carros funerários:
20.4.1 Novos e até 3 anos 5.000 AKZ
20.4.2 Usados com mais de 3 anos 7.000 AKZ
22 Seguros:
Apólice de seguros, sobre a soma dos prémios do seguro, do custo da apólice e de
quaisquer outras importâncias que constituam receita das empresas seguradoras, cobradas
juntamente com esse prémio ou em documento separado:
22.1.1 Seguro do ramo caução
0,3%
22.1.2 Seguro do ramo marítimo e fluvial que inclui transporte, embarcações e
responsabilidade civil 0,3%
22.1.3 Seguro do ramo aéreo que inclui aeronave, responsabilidade civil mercadorias e 0,2%
pessoas transportadas
22.1.4 Seguro do ramo mercadorias transportadas, não previstas nos ramos marítimos e
fluviais e aéreos 0,1%
Notários, Conservadores dos Registos Civil, Comercial, Predial e de outros bens sujeitos a registo,
bem como outras entidades públicas, incluindo os estabelecimentos e organismos do Estado,
relativamente aos actos, contratos e outros factos em que sejam intervenientes.
• nas matrículas de veículos sujeitos a registo, no momento da requisição, caso em que o sujeito
passivo do imposto é o titular do rendimento decorrente do acto.
Entidades emitentes de letras e outros títulos de crédito, entidades emissoras de cheques e livranças
ou, no caso de títulos emitidos no estrangeiro, a primeira entidade que intervenha na negociação ou
pagamento;
Nas subconcessões e trespasses de concessões feitas pelo Estado e Províncias para exploração de
empresas ou de serviços de qualquer natureza, o subconcedente ou o trespassante;
Representantes que, para o efeito, sejam nomeados em Angola pelas instituições de crédito ou
sociedades financeiras que, prestando serviços financeiros no estrangeiro a clientes residentes ou
estabelecidos em território nacional não sejam intermediados por instituições de crédito ou sociedades
financeiras domiciliadas em Angola ou, na falta daqueles, o cliente enquanto titular do interesse
económico da operação.
4. Imposto do Selo
Territorialidade
• O IS incide sobre todos os factos e operações previstas na tabela anexa ao Código ocorridos em
território nacional.
Os documentos, actos ou contratos emitidos ou celebrados fora do território nacional, nos mesmos
termos em que o seriam se neste território fossem emitidos ou celebrados, caso aqui sejam
apresentados para quaisquer efeitos legais;
Em caso de interesse económico comum a vários titulares, o encargo do imposto é suportado de forma solidária
por qualquer um dos interessados.
• Regras específicas:
o aquisição de bens a título gratuito ou oneroso, do direito de propriedade ou de figuras parcelares desse
direito sobre imóveis adquirente;
o juros, comissões e restantes operações financeiras realizadas por ou com intermediação de instituições de
crédito, sociedades ou outras instituições financeiras cliente;
o seguros segurado;
o comodato comodatário;
o publicidade publicitante;
o transferência de sede estatutária ou de direcção efectiva de uma sociedade de capitais, para fora do
território nacional sociedade cuja sede ou direcção efectiva é transferida;
Documentos expedidos ou passados fora do • no momento em que forem apresentados em Angola junto
território nacional de quaisquer entidades
Restantes operações realizadas por ou com • no momento da cobrança dos juros, prémios, comissões e
intermediação de instituições de crédito, outras contraprestações, considerando-se efectivamente
sociedades financeiras ou outras entidades a cobrados os juros e comissões debitados em contas
elas legalmente equiparadas correntes à ordem de quem a eles tiver direito
‒ A transmissão de imóveis, no âmbito de processos de fusão, cisão ou incorporação, nos termos da Lei
das Sociedades Comerciais, desde que necessários e previamente autorizados pela Direcção Nacional dos
Impostos;
‒ Os contratos de trabalho;
‒ As operações de exportação, excepto as exportações dos bens previstos na Tabela anexa ao presente
Diploma;
‒ As transmissões gratuitas de direito de propriedade que se operam entre pais e filhos;
‒ Outras isenções previstas em diplomas avulsos (v.g., microempresas)
• Averbamento da isenção
• As situações de isenção são averbadas no documento ou título, mediante indicação da disposição legal que a
prevê
4. Imposto do Selo
Valor tributável
Casos particulares:
• O valor tributável dos negócios jurídicos sobre bens imóveis, prevista na Tabela, é determinado através
das tabelas avaliação de imóveis do Imposto Predial Urbano.
• Sempre que os elementos necessários a determinação do valor tributável não sejam expressos em moeda
nacional, a sua equivalência na moeda nacional é reajustada pela cotação média do trimestre anterior ao da
liquidação.
4. Imposto do Selo
Taxas
Nos documentos sujeitos a imposto, têm de ser mencionados o valor do imposto e a data da liquidação.
Tratando-se de imposto devido por operações de crédito ou garantias prestadas por um conjunto de
instituições de crédito ou de sociedades financeiras, a liquidação do imposto pode ser efectuada
globalmente por qualquer daquelas entidades, sem prejuízo da responsabilidade, nos termos gerais, de
cada uma delas em caso de incumprimento;
O imposto devido pelas operações aduaneiras é liquidado pelo Serviço Nacional das Alfândegas, e
depositado na Conta Única do Tesouro, até ao dia 15 do mês seguinte ao da arrecadação, através de
Documento de Arrecadação de Receita (“DAR”);
As entidades residentes em Angola e que contratem entidades não residentes, devem liquidar e entregar
o imposto devido, nas situações em que compete aqueles o dever de liquidar;
4. Imposto do Selo
Casos particulares de competência para a liquidação (cont.):
• Nos contratos em que o Estado ou os demais organismos públicos, com excepção das empresas
públicas, sejam parte, a liquidação do imposto é feita no momento do pagamento da prestação,
devendo o mesmo ser transferido ou depositado na Conta Única do Tesouro, até ao dia 15 do mês
seguinte ao da arrecadação, através de DAR.
4. Imposto do Selo
Pagamento
Legislação aplicável
Encargo do imposto
• O Imposto de Consumo constitui encargo dos adquirentes dos bens ou serviços sujeitos a imposto de
consumo. O prestador de serviço deve colocar o valor do Imposto de Consumo nas facturas, conforme
também decorre do RJFDE.
5. Impostos sobre o consumo
5.1. Imposto de Consumo
Determinação da matéria colectável
• Quando os valores constantes dos documentos que determinam a sujeição a Imposto de Consumo não
sejam expressos em moeda nacional, procede-se à sua conversão através da cotação média do
trimestre anterior ao da liquidação (anteriormente aplicava-se a taxa de câmbio de venda fixada pelo
Banco Nacional de Angola para o dia da liquidação).
Valor tributável
• Incide Imposto de Consumo apenas sobre o valor do serviço, não incluindo materiais, matérias-primas
ou despesas, mas estas componentes deverão estar segregadas nas facturas.
5. Impostos sobre o consumo
5.1. Imposto de Consumo
Exigibilidade do imposto
• O Imposto de Consumo aplicável aos serviços passa a ser exigível para efeitos de liquidação e
entrega de imposto ao Estado na data do efectivo pagamento da factura ou documento
equivalente.
Liquidação do imposto
• Competência das entidades que prestem o serviço – no caso das prestações de serviços.
Reverse charge
Taxas
• Pela sua relevância, destacam-se os seguintes casos:
Consumo de energia 5%
Aluguer de viaturas 5%
5.2. CEOCIC
5. Impostos sobre o consumo
5.2. CEOCIC
Incidência
Sujeito passivo
• Pessoas singulares ou colectivas de direito privado ou público, com domícilio ou sede, direcção
efectiva ou estabelecimento estável em Angola, que requeiram junto de uma instituição financeira a
realização de transferências para o pagamento dos contratos referidos acima.
5. Impostos sobre o consumo
5.2. CEOCIC
Taxa
• 10%
Valor tributável
joana.s.damaso@gmail.com
jodamaso@deloitte.pt