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Boa tarde colegas, resolvi fazer uma compilação da informação que fui recolhendo sobre esta matéria de forma a
podermos discutir as consequências práticas das alterações introduzidas pelo OE2020, bem como a obrigatoriedade de
declarar este tipo de operações na DMIS a partir de Janeiro de 2021.
Empréstimos de Curto Prazo
Até 31 de Março de 2020 estavam isentos de IS os empréstimos de curto prazo (inferiores a 1 ano) efetuados pelos
sócios para cobertura de carências de tesouraria nos termos do artº 7º nº 1 h) do CIS. A referida isenção estava
condicionada à detenção de uma participação no capital não inferior a 10%, e à detenção dessa mesma participação
pelo período de 1 ano.
Com a entrada em vigor do OE2020 em 01 de Abril/2020 esta isenção passou a abranger apenas os empréstimos
concedidos por sociedades, no âmbito de um contrato de gestão centralizada de tesouraria, a favor de sociedades com
a qual estejam em relação de domínio ou de grupo, o que implica que a maior parte dos empréstimos de curto prazo
passam a estar sujeitos, e não isentos, a IS.
Consequências Práticas:
Caso nº 1 - Empréstimo com vigência definida:
Um sócio efetua um empréstimo de 15.000 € em 01/04/2020 para cobertura de carências de tesouraria. O referido
empréstimo tem a duração definida de 2 meses.
Perante as novas alterações, o empréstimo em questão ficará sujeito à verba 17.1.1., sendo o IS devido na data em que
o mesmo for concedido (artº 5º nº 1 g) do CIS).
Cálculo IS da verba 17.1.1.: 15.000 € x 0,04% x 2 meses = 12 €
O referido imposto deve ser entregue até ao dia 20 do mês seguinte, sendo que a partir de Janeiro/2021, este imposto é
entregue/declarado através da DMIS.