Sociedade Limitada artigo 1052.

 É o tipo societário mais popular no Brasil.

 Sua popularidade se deve a todos os sócios responderem de forma
limitada, ainda que solidária.
 Pode ter mais de uma pessoa de acordo com o artigo 1052
parágrafo 1.
 Em 2019 houve uma alteração possibilitando ter apenas UM sócio,
sendo assim unipessoal (conservando todas as regras naturais de
uma sociedade limitada apenas fazendo algumas alterações
necessárias artigo 1052 parágrafo 1 e 2).
 Segundo motivo de sua popularidade é sua estrutura flexível. As
sociedades limitadas se referem a empreendimentos pequenos, que
exigem uma estrutura mais simplificada para o seu funcionamento,
neste caso pode-se usar subsidiariamente a norma de sociedade
simples (artigo 1053 caput). E a aplicação subsidiária indica outro
artigo para se entender melhor o assunto.
 Contudo eventualmente o empreendimento vai crescer e a
sociedade exigirá uma estrutura cada vez mais complexa,
assim, é possível se socorrer de institutos da sociedade
anônima sem precisar mudar o tipo societário (parágrafo
único 1053).
 No artigo 1057 temos três regras.
 Sócios tem preferência para adquirir quotas na sociedade
 A sociedade limitada normal, ela é de pessoas e assim os
sócios poderão impedir a entrada de um indesejável
 E em tese é possível haver uma sociedade limitada de capital
e nesse caso pode colocar no contrato que é livre a entrada
de qualquer pessoa
 Capital social se divide em quotas, o sócio pode pagar por elas de
uma vez, de forma parcelada ou através de bens (os demais sócios
devem ser cuidadosos na avaliação dos bens pois respondem
solidariamente na avaliação inexata)
 A sociedade limitada pode adotar tanto firma quanto Determinação
como nome empresarial, devendo constar a expressão limitada no
nome sob pena de responsabilidade solidária e ilimitada dos
administradores (artigo 1158 caput e parágrafo)
 Sociedade de pessoas precisa da autorização dos demais sócios para
permitir a entrada de novos sócios. Já sociedade de capital, não
precisa, pois tem uma estrutura mais complexa.
 De acordo com o artigo 1003 precisa de consentimento dos sócios
para ceder quotas!
 Os sócios podem deliberar sobre qualquer matéria; contudo, isso
não significa que eles devem deliberar sobre tudo. O artigo 1071,
prevê matérias de competência privativa dos sócios (esse rol não é
exaustivo)
 Os quatro primeiros incisos se referem ao administrador
 Cisão total é quando várias pessoas compram várias partes da
empresa
 Incorporação é quando tudo é comprado pela mesma pessoa,
quando todas as quotas e ações são compradas por outra empresa
 Artigo 1072 sobre as deliberações dos sócios
 Reunião é de 10 sócios no total (número de sócios pequeno)
 Assembleia de 11 sócios no total (número de sócios grande)
 Se por exemplo tenho 20 sócios no total e apenas 1 aparece o
número de sócios é grande
 Essa deliberação em assembleia é obrigatória já que seu
número é superior a 10
 Quando a sociedade tiver um número de 10 sócios ela poderá
também renunciar a algumas formalidades.
 A assembleia será convocada pelos administradores com a
indicação do local data hora e ordem do dia (pauta do que irá se
discutir)
 Normalmente os sócios dão ciência por escrito, mas nada
impede que seja feita publicação de acordo com o artigo
1052 parágrafo 3. De qualquer forma se todos
comparecerem a assembleia será válida artigo 1072
parágrafo 2
 De acordo com o artigo 1074. É previsto que o quórum de
instalação tenha um número mínimo para realizar uma assembleia
(um sócio pode ter mais de uma quota).
 Em primeira convocação será necessário 3/4 do total de
quotas. E se esse número não for alcançado será feita uma
segunda convocação que será instalada com qualquer
número
 De acordo com o artigo 1076. É previsto que o quórum de
deliberação, ou seja, os números necessários para aprovar uma
matéria, o mesmo artigo também indica as matérias a que os
quóruns se referem; ou seja basta ver a matéria no artigo 1071 e
procurar o quórum em algum dos incisos do artigo 1076.
  Deve ser realizado pelo menos uma assembleia por ano, que poderá
falar sobre qualquer assunto artigo 1078
 Pela nova redação só existem dois quóruns, mais da metade e
maioria dos presentes!
 O sócio podem se retirar da sociedade. Normalmente ele comunica
para todos os sócios sua intenção de se retirar com antecedência de
pelo menos 60 dias (artigo 1029). Porém se ele for voto vencido em
uma decisão importante tomada em assembleia, não precisará
esperar os 60 dias, sua retirada será automática, porém ele ainda
deve fazer o pedido em até 30 dias (artigo 1077)
 O sócio também poderá ser excluído da sociedade por mera
alteração contratual caso ele tenha praticado um ato de
inegável gravidade; deverá ser agendado uma assembleia
específica para este fim na qual ele terá direito de defesa.
Esta regra só pode ser aplicada se tiver previsão expressa no
contrato (artigo 1085)

OBS: Nome empresarial identifica a pessoa e título de estabelecimento é o

nome fantasia

Sociedades anônimas lei 6404/76

 Todos os sócios têm responsabilidade limitada sem solidariedade
artigo 1.
 Capital social divido em ações, motivo pelo qual seus sócios são
chamados de acionistas
 Tipo de estrutura mais complexa, motivo pelo qual é mais adequada
para atividades de maior abrangência econômica
 Pode ser utilizada nas mais diversas atividades, que tenha fins
lucrativos, não contrária a lei, à ordem e aos bons costumes. Artigo
2.
o Podendo inclusive se dedicar a participar de outras
sociedades (como, comprar cotas ou ações de outras
sociedades, artigo 2 parágrafo 3). São chamadas:
 Holdings pura: criada exclusivamente para participar
de outras sociedades
 Holding mista: que exerce atividades econômicas
tradicionais e participa de outras sociedades.
 Nome empresarial será necessariamente denominação, ou seja,
pode ser usada qualquer palavra, inclusive nome de sócios. Porém
 deve constar as expressões SA ou Companhia (esta última no início
do nome) artigo 3.

 De acordo com o artigo 4. Existem duas espécies de sociedades

anônimas:
o Companhias abertas: admitem vender seus valores
mobiliários (ex: ações) no mercado de valores mobiliários E
fora dele (diretamente ao interessado).
o Companhias fechadas: só atuando com venda direta ao
interessado
o Mercado de valores mobiliários é composto de dois órgãos:
 Bolsa de valores: é uma sociedade que se dedica a
fornecer instrumentos para que terceiros possam
comprar e vender valores mobiliários e outros papéis
(ex: commodities)
 Mercado de balcão: chamado de SAP, são todas as
operações realizadas por corretores, fora da bolsa. E
todas essas operações são fiscalizadas por uma
autarquia chamada comissão de valores mobiliários.
 Valores mobiliários: são documentos que a sociedade anônima
emite e que tem valor econômico
o Ações: é o que confere ao seu proprietário a condição de
sócio.
 As ações são diferentes entre si podendo conferir
direitos diferentes. Podendo ser:
 Ordinárias: conferem os direitos essenciais do
artigo 109. E o direito de voto Artigo 110
 Preferenciais: Normalmente não conferem
direito de voto, artigo 111. Porém conferem as
vantagens do artigo 17. Um ponto importante, o
número máximo de ações preferenciais sem
voto é de 50%, de todas as ações (artigo 15
parágrafo 2)
 Fruição: É muito rara, pois, substitui uma outra
ação ordinária ou preferencial que tenha sido
submetida a um procedimento de amortização
(ou seja antecipação do valor que seria pago se a
sociedade fosse liquidada naquele momento.
Artigo 44 parágrafo 2 e 5). As ações fruição
tendem a oferecer direitos muito restritos.
 o Debenture: São parcelas de contrato de bens fungíveis (ou
seja, empréstimo de dinheiro). Firmado entre sociedades e
investidores. Cada debenture indicará seu valor, data de
vencimento e a taxa de juros aplicáveis. É possível converter
em ações (tendo essa opção no artigo 52 e seguintes)
o Partes beneficiárias (artigo 46): Elas conferem ao seu
proprietário a chance de participar nos lucros em um
determinado ano.
 O total de partes beneficiárias não pode ultrapassar
10% dos lucros (artigo 46 parágrafo único)
o Bônus de subscrição: conferem aos seus proprietários a
prioridade na aquisição de ações (Artigo 75 parágrafo único)
 Órgãos da sociedade anônima
o Assembleia geral: Pode decidir sobre qualquer assunto
(artigo 121). Porém ela não deve deliberar sobre tudo. Artigo
122 indica matérias privativas da assembleia geral.
 Existem dois tipos de assembleia geral: Ordinária:
Deve ser realizada a cada ano e só pode versar sobre as
matérias indicadas no artigo 132. Toda e qualquer
outra matéria deverá ser objeto de assembleia geral
extraordinária, logicamente é possível agendar as duas
para o mesmo dia.
 Quórum das deliberações (artigo 129): Para que uma
matéria seja aprovada não basta instalar a assembleia,
devem ser alcançados os quóruns necessários de
deliberação.
 Quórum normal é de maioria dos presentes
(artigo 129). Porém, algumas matérias exigem
um quórum específico Artigo 136.
 O controlador é quem possui a maioria das ações com
direito de voto, que possui efetiva influência na
assembleia, de modo a orientar as decisões. Artigo 116
o Conselho de administração: Pode ser composto por uma ou
mais pessoas (artigo 150). Que possui atribuições ou
competências iguais às de uma assembleia geral. É o segundo
órgão mais poderoso. Sua função é dar mais agilidade a
companhia, decidindo sobre questões de peso (artigo 142).
Sem a formalidade das assembleias gerais. Companhias
fechadas podem renunciar aos conselhos de administração
(artigo 148 parágrafo 2)
 o Diretoria: é um tipo de administrador em moldes tradicionais
com competência privativa para representar a sociedade
perante terceiros (Artigo 148). São eleitos pelo conselho de
administração ou se não houver pela assembleia (artigo 143).
o Conselho fiscal: Terá entre 3 a 5 membros e irá auxiliar a
assembleia geral na fiscalização da companhia. Seu exercício
pode ser permanente ou temporário de acordo com o
estatuto social (artigo 161)

Título de crédito
Pelo critério de autonomia não existe solidariedade em título de crédito
 Não possuem o monopólio do fornecimento de crédito
 É um documento que corporativa um crédito (quer dizer que é a
confiança que o devedor cumprirá no futuro um dever assumido
hoje).
 O código civil conceitua o título de crédito como documento
necessário para o exercício de um direito literal e autônomo nele
mencionado (Artigo 887)
 Princípios gerais do direito cambiário
o Cartularidade – Cartula significa documento, para exercer os
direitos que o título confere é necessário estar de posse do
documento
o Literalidade – geram efeitos as informações lançadas no
título (vale apenas o que está escrito)
o Autonomia – podem surgir várias situações jurídicas em um
único título (Assim você tem autonomia de escrever no
documento que fulano deve X a você, então você assina,
fulano de boa vontade assina e pronto)
 Pagamento com sub-rogação, quando alguém sede o título de
crédito para outra pessoa e o devedor não paga, assim o novo
credor cobra do antigo. Na sessão de crédito não se pode cobrar do
antigo credor. Já no endosso pode!
 São institutos dentro de um título de crédito
o Saque: É o ato de criação do título, respeitando os requisitos
legais. Em alguns títulos, como a nota provisória, pode lançar
até mesmo em uma folha de papel, respeitando os requisitos
legais. Alguns títulos têm uma estrutura de promessa de
pagamento e outros de ordem de pagamento
 Promessa de pagamento – eu digo que eu pagarei para
o credor.
  Ordem de pagamento – eu dou a ordem para outra
pessoa pagar para o credor.
 Normalmente o indica o nome do credor (ou seja, um
título nominativo), porém se não for indicado o nome
do credor, será presumido como credor de boa-fé
aquele que tiver ele em suas mãos (Título ao portador).
o Aceite – é o ato pelo qual o sacado (a terceira pessoa) aceita
participar do título na condição de devedor. Se o devedor
recusar o aceite, ele não poderá ser cobrado. E o aceitante é
devedor de todos inclusive do sacador.
o Endosso – existem dois mecanismos de transferência de
crédito
 Endosso – o endossante se vincula ao pagamento, ou
seja, o novo credor pode cobrar do antigo credor e de
seus devedores (efeito pro solvendo)
 Seção – o antigo credor transfere o crédito para o
novo, mas se vincula ao pagamento (porém não pode
ser cobrado), o novo credor vai cobrar dos devedores
do antigo credor (efeito pro soluto)
o Aval – é uma garantia dada no interesse de alguns
devedores. Ou seja, alguém informa que pode pagar a dívida
no nome de alguns dos devedores. O avalista é devedor tanto
quanto o avalizado, tendo os mesmo credores e devedores
que o avalizado, Artigo 888 c c. Assim se o avalista pagar a
dívida ele pode cobrar de volta do avalizado e os devedores
dele.
o Vencimento – é o momento em que o título pode ser
cobrado. O mais comum é o credor indicar um dia para ser
feita a cobrança. Porém ele também pode indicar um
intervalo de tempo para que seja feita a cobrança.
o Protesto – É um ato de um escrivão com poderes específico
para informar um descumprimento de uma obrigação em
qualquer documento que comprove a dívida. O escrivão deve
notificar o devedor apenas depois de ter realizado o protesto,
sob a pena ser responsabilizado por protestos indevidos.
Artigo 38 da lei 9492/97
Sociedade Limitada artigo 1052
Subsidiariamente artigo 1053
Regras da sociedade limitada artigo 1057
Que nomes pode usar SL artigo 1158
Ceder quotas artigo 1003
Competência privativa dos sócios artigo 1072
Quórum de instalação artigo 1074
Quórum para aprovação artigo 1076
Assembleia artigo 1078
Para o sócio se retirar da SL artigo 1029
Se retirar antes artigo 1027
Ser retirado artigo 1085
Lei 6404/76
Responsabilidade artigo 1
Utilizações artigo 2
Holding pura, mista artigo 2 parágrafo3
Nome empresarial artigo 3
Espécies de SA artigo 4
Ações ordinárias artigo 109
Direito de voto artigo 110
Ações preferenciais artigo 111, artigo 17, artigo 15parágrafo2
Ações de fruição artigo 44p2 e 5
Debentures artigo 52
Partes beneficiárias artigo 46
Bônus de subscrição artigo 75parágrafo único
Do que pode decidir AG artigo 121, 122
Tipos de AG artigo 132
Quórum de deliberação artigo 129
Quórum específico artigo 136
Acionista controlador artigo 116
Conselho de administração artigo 150, 142, 148
Diretoria artigo 148, 143
Conselho fiscal artigo 161
Titulo de crédito artigo 887
Artigo 38 da lei 9492/97