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Profa.

Alana Cristina Queiroz da Silva – Direito Empresarial I

Resumo da Profa. Alana Queiroz, para direcionar os estudos para a avaliação final (N2) e lista de exercícios (nota parcial).

Olá, turma! Chegamos à reta final do Direito Empresarial I e, se você chegou até aqui, significa (espero :D) que tenha
compreendido os conceitos de empresa, de empresário, de sociedades em comum, simples e empresariais. Para encerrarmos
nosso semestre, vamos compreender o que é a Sociedade Limitada (uma vez que a maioria das empresas brasileiras são
sociedades limitadas) e quem são as pessoas (sócios-administradores, prepostos, gerentes e auxiliares) que organizam e
direcionam a suas atividades. Vamos lá!?

1. Sociedade Limitada.
1.1. Considerações Iniciais.

Antes de mais nada, vamos retomar alguns conceitos. Vimos como se dá o nascimento de uma sociedade e é através da
Affectio Societatis, ou Acordo de Vontades. Isso porquê vimos que a formalização e o registro, apenas conferem regularidade a
sociedade, mas não são requisitos para sua configuração. Desde que haja a pluralidade de partes (exceto para o caso do
empresário individual), acordo de vontades, exercício de atividade econômica, e coparticipação dos sócios nos resultados, teremos
uma sociedade.
A sociedade será limitada apenas se for levada a registro. Isso porque é o registro que irá lhe conferir personalidade
jurídica, é a partir do registro que esta sociedade terá autonomia negocial, patrimonial e processual.
Dito isso, de onde nosso estudo deve partir e até onde ele deve chegar? Faremos a leitura dos artigos 997 a 1.087 do
Código Civil. Isso porque os artigos 997 a 1.051 versam sobre as sociedades simples (em que pese as sociedades em nome
coletivo e comandita simples também serem concebidas como empresariais).

Conteúdo elaborado e revisado pela Profa. Alana Cristina Queiroz da Silva, não sendo passível de reprodução.
Antes de nos aprofundarmos no conteúdo, vamos relembrar algumas características próprias das sociedades simples e
empresariais:

SOCIEDADES SIMPLES SOCIEDADES EMPRESARIAIS


O objeto social consiste em atividade econômica não O objeto social consiste em atividade econômica empresarial
empresarial, geralmente exercida pelos próprios sócios (contém elemento de empresa [lembre-se da continuidade da
(parágrafo único do artigo 966 do Código Civil). A atividade atividade independentemente da presença do titular] conforme
desenvolvida pelos sócios, ainda, deve estar ligada a atividade caput do artigo 966 do Código Civil). Sua finalidade, como um
desenvolvida pela sociedade como um todo. Por exemplo, todo, é empresarial.
sociedade de médicos.
O seu registro é feito no Cartório de Registro Civil de Pessoas O seu registro é feito no Cartório de Registro Público de
Jurídicas (artigo 1.150 do Código Civil). Empresas Mercantis, por meio das Juntas Comerciais (artigo
1.150 do Código Civil).
A cooperativa SEMPRE será uma sociedade simples (parágrafo A sociedade anônima SEMPRE será empresarial, é a essência
único do artigo 983 do Código Civil). Os cooperados exercem do capitalismo. Estudaremos no próximo módulo/semestre.
uma contribuição mútua. Estudaremos no próximo
módulo/semestre.

Mãos à obra!

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1.2. Características das Sociedades Limitadas (ênfase nas sociedades empresariais).

CARACTERÍSTICA ARTIGOS EXPLICAÇÃO


Aplicação subsidiária das regras das 1.053 (caput e 1.Aplicar-se-ão as regras das sociedades simples de forma
sociedades simples. parágrafo único) subsidiária, nos casos de omissão do Capítulo IV, e aplicar-se-ão
do Código Civil. as regras da sociedade anônima, de forma supletiva, caso haja
previsão no contrato social. Isso significa que, nas matérias em
que os sócios podem contratar, há a possibilidade de se incidir as
regras das sociedades anônimas, desde que elas sejam
compatíveis com o regime contratual das sociedades limitadas.
Cláusulas essenciais do contrato social. 997 e 999 do 1.O artigo 997 contém as cláusulas que são essenciais, o mínimo
Código Civil. que deve encontrar previsão no Contrato Social. Como as
sociedades são contratuais, isso significa que caberá aos sócios
estabelecerem os poderes e vedações do administrador, motivos
que importem em exclusão por justa causa, obrigações dos sócios,
forma de distribuição dos lucros, pro-labore do administrador,
sucessão, cessão de quotas, entre outras disposições que
encontrarem amparo legal.
2.Tais cláusulas genéricas são aplicáveis tanto aos contratos
relativos às sociedades simples, quanto as empresariais.
3.A modificação dessas cláusulas, se tiverem por objeto matéria
indicada no artigo 997 do Código Civil, dependem da
unanimidade dos sócios (assinatura de todos os sócios no

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aditivo). A modificação das demais cláusulas, que não tenham por
objeto a matéria ali indicada, podem ser modificadas por maioria
absoluta de votos, ou seja, mais da metade dos sócios (aqui nos
referimos aos sócios e não as quotas).
4.É nula a estipulação contratual que exclua qualquer sócio de
participar dos lucros e das perdas (artigo 1.008, CC).
Registro. 967 e 1.150 do 1.As sociedades empresariais são registradas nas juntas
Código Civil. comerciais.
2.O contrato social deve ser levado a registro antes do início das
atividades, tendo 30 (trinta) dias para fazê-lo. Lembrando que,
caso o registro seja feito dentro desse prazo, os efeitos do registro
retroagirão à data da assinatura. Feito o registro após os 30 (trinta)
dias, o arquivamento só terá eficácia a partir dali.
Capital social e quotas. 1.055 a 1.059, e 1.A responsabilidade de cada sócio ficará restrita ao valor de suas
1.081 a 1.084 do quotas. No entanto, todos respondem solidariamente pela
Código Civil. integralização do capital social (artigo 1.052, CC). Isso significa
que enquanto o capital social não for totalmente integralizado, os
sócios assumirão a responsabilidade pelo montante que faltar para
sua complementação, em dinheiro ou bens, do capital subscrito
(“prometido”). Esta proteção patrimonial não é absoluta, como
vimos nas aulas anteriores, visto que poderá ocorrer a
desconsideração da personalidade jurídica (ex. artigos 50, CC e
28, CDC).

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2.Nas sociedades limitadas não se admite a contribuição com
prestação de serviços. Sempre que houver “limitação”, não poderá
haver prestação de serviços como forma de integralização do
capital social. Toda contribuição, dentro da sociedade limitada,
deve ter a possibilidade de ser revertida em pecúnia.
3.O capital social poderá ser aumentado ou reduzido. Mas
primeiro, temos que nos atentar para duas coisas: as quotas são
indivisíveis, perante a sociedade, e quem atribui o valor da quota
são os próprios sócios. Partindo-se desse pressuposto, temos que
o capital social poderá ser aumentado quando integralizadas as
quotas, sendo que os sócios tem preferência neste aumento (art.
1.057, CC). Explico. O aumento do capital social (art. 1.081, CC)
pode ser feito atribuindo-se um novo valor às quotas já existentes
ou criando-se novas quotas referentes ao montante que
corresponda ao aumento. A criação de novas quotas é viável, caso
um terceiro queira entrar na sociedade. As quotas também podem
ser diminuídas (art. 1.082, CC). Isso porque, se os sócios tiverem
perdas irreparáveis e não puderem repor o capital desfalcado
(vimos que esse capital precisa estar à disposição da sociedade),
a redução deverá ser calculada proporcionalmente ao valor das
quotas detidas por cada sócio. Essa redução, perante terceiros
(credores) comente produzirá efeitos após averbação da ata de
reunião ou assembleia que aprovar a redução, sendo que os

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credores podem impugnar essa redução (art. 1.084, §§ 1° ao 3°).
4.As quotas, como vimos, são indivisas perante a sociedade. Isso
porque são inerentes ao capital social e não podem ser
fracionadas, devendo ser representadas por um número inteiro. No
entanto, por serem bens móveis, podem ser objeto de condomínio,
o qual é representado pelo sócio-condômino. Os demais co-
proprietários respondem solidariamente pelas prestações
necessárias à sua integralização. Ainda, essa quota em
condomínio pode ser representada pelo inventariante do espólio de
sócio falecido.
4.Como dissemos em sala de aula, quem estima o valor dos bens
móveis a serem dados como contribuição na integralização do
capital, são os sócios. No entanto, vale lembrar que eles
responderão solidariamente, pelo prazo de até cinco anos da data
de registro (art. 1.055, §1°) pela exata estimação desses bens.
Logo, todos os sócios têm interesse na avaliação correta desses
bens. Por isso, não é necessário um laudo de avaliação desses
bens, no entanto, recomenda-se.

Uma Sociedade Limitada, porém, não pode representar a si mesma. Ela necessita de auxiliares que a represente
pessoalmente perante os demais. Vejamos.

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1.3. Representantes legais de uma Sociedade Limitada.

REPRESENTANTE ARTIGOS EXPLICAÇÃO


Sócio-Administrador. 997, 1.011, 1.013, e 1.O Sócio-Administrador tem, necessariamente, que ser pessoa
1.060 a 1.065 do natural. Isso porque as sociedades permitem que pessoas
Código Civil. jurídicas participem do seu quadro societário (veremos as
holdings em Empresarial II). Não podem administrar, também,
os impedidos do artigo 1.011, §1° do CC, e nem aqueles que
sejam impedidos por leis especiais (servidores públicos,
magistrados, militares, ...).
2.As obrigações e as vedações do Sócio-Administardor,
precisam estar expressamente estipuladas no contrato social
ou no termo em apartado (ato separado) sendo que, caso entre
mais algum Sócio-Administrador para esta sociedade, os
poderes não se estendem a ele de forma automática, de pleno
direito. Em uma sociedade pequena (02, 03 sócios) todos
podem ser administradores? Sim, desde que conste no ato
constitutivo. Se um novo sócio entrar e também for ter os
mesmos direitos e obrigações, deverá se aditar o contrato
social.
2.Pessoas estranhas à sociedade podem administra-la,
independentemente de expressa permissão contratual. Porém,

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o quórum para eleição de administradores “estranhos”, é
bastante expressivo (art. 1.061, CC).
3.Seu mandato pode ser por tempo determinado ou
indeterminado. Tanto em um caso, como no outro, ele poderá
ser destituído, a qualquer tempo, pelos sócios que possuam
mais de ½ (metade) do capital (at. 1.076, II).
4.Os poderes de gestão, serão exercidos mediante o uso da
firma ou denominação social. Isso significa que o sócio-
administrador assinará ativa e passivamente em nome da
sociedade. Ele é o seu representante legal. O sócio que fizer
uso da firma ou denominação social, sem estar autorizado – já
que isso é privativo dos administradores – responderá
pessoalmente e ilimitadamente pelas obrigações que
assumir.
5.Se o contrato for silente quanto aos deveres e limitações do
sócio-administrador, aplicar-se-á o disposto no artigo 1.015 do
CC, em homenagem à teoria da aparência. Justamente por
isso, a sociedade responderá até pelos atos com excesso,
praticados pelo administrador, ainda que possa voltar-se contra
ele por meio de uma ação regressiva. Daí, a importância de se
limitar os poderes dos administradores de forma expressa.
Quando essa limitação é por escrito e é averbada, presume-se
que o terceiro tinha conhecimento. Agora, quando não é

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expressa e averbada, cabe a sociedade provar que este terceiro
conhecia a limitação dos poderes do administrador.
6.Há uma teoria herdada do direito inglês e norte-americano
que se chama, teoria ultra vires. Não é muito usual, pois muitos
doutrinadores a consideram um retrocesso. Segundo esta
teoria, ainda que não haja limitação expressa e averbada dos
poderes do administrador, o seu excesso é presumido pelo
terceiro quando a operação mostra-se evidentemente estranha
ao objeto social da sociedade. Há doutrinadores que entendem
que o credor de boa-fé deve sim cobrar da sociedade e que o
artigo 1.015 deve ser aplicado à luz da teoria da aparência e da
boa-fé objetiva.
7.Quando agir com culpa, o administrador responderá tanto
perante a terceiros, quanto perante a sociedade sendo que,
caso os terceiros cobrem da sociedade, esta poderá entrar com
ação de regresso contra o sócio-administrador.
Preposto. 1.169 a 1.171 do 1.Podem ser colaboradores permanentes ou temporários, com
Código Civil. ou sem vínculo empregatício, e com poderes de representação
perante terceiros. Quando se trata de empregados, presume-se
os poderes que estes tenham enquanto no exercício de suas
funções. Sendo assim, se sou vendedor, não é necessário um
mandato expresso com o fim de comprovar que estou
autorizado a fazer vendas em nome da empresa, em seu

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estabelecimento comercial. Portanto, o que o empregado faz
no estabelecimento comercial, no exercício de suas funções,
não necessita de autorização escrita (art. 1.178, CC). Isto é uma
aplicação clara da teoria da aparência. Porém, se um vendedor
assina um contrato de compra e venda de mercadorias em
nome da empresa, aplica-se esta teoria? A maioria dos tribunais
entendem que não, pois esta seria uma incumbência de um
gerente.
2.O exercício do preposto é pessoal e intransferível, salvo se
ele for autorizado pelo preponente, sob pena de responder
pessoalmente pelos atos praticados pelo substituto não
outorgado.
3.É vedada a concorrência pelo preposto, ainda que indireta,
salvo se o preponente o autorizar. Caso não possuam
autorização, poderá o preposto responder por perdas e danos e
o preponente requerer a retenção dos lucros da operação.
4.Apesar de os preponentes responderem perante terceiros
pelos atos praticados pelos seus prepostos, se estes agirem
com culpa, responderão pessoalmente perante seus
preponentes. Perante terceiros, responderão solidariamente –
prepostos e preponentes – caso tenha agido o preposto com
dolo.
Gerente. 1.172 a 1.176 do 1.O gerente é o preposto definitivo. Necessariamente, tem

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Código Civil. vínculo empregatício e responde pelos encargos da
representação. É aquele que está abaixo dos titulares, mas está
acima dos demais colaboradores e responde pelo exercício das
atividades próprias da empresa, no limite das atribuições que
lhe foram outorgadas. Esta outorga, pode ocorrer por via de
documento público ou particular. Se em um mesmo instrumento
de mandato forem delegados poderes para dois ou mais
gerentes, sem que haja previsão expressa, presume-se que
existirá solidariedade entre eles, ainda que o ato tenha sido
praticado por apenas 01 deles (isso no mesmo
estabelecimento). Se houver várias filiais e 01 gerente em cada
filial, um não se responsabiliza pela loja do outro.
2.A outorga de poderes ao gerente mediante procuração, como
disse a vocês, resguarda a empresa. Lembra o que disse sobre
a teoria da aparência, quando se trata do gerente? Presume-se
que ele detenha amplos poderes de representação. Sendo
assim, recomenda-se que se faça a procuração (pública ou
privada), com seu respectivo arquivamento e averbação junto
ao Registro Público de Empresas Mercantis. Caso não ocorra
desta forma, o ônus da prova de que o terceiro tinha
conhecimento das limitações do gerente, é da empresa. Outro
detalhe é que o gerente somente poderá constituir advogado
em nome da empresa, através de autorização expressa.

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Pessoal, vimos com a Sociedade Limitada nasce, se desenvolve, suas principais características, agora veremos como ela
termina.

1.4. Dissolução Total e Parcial da Sociedade Limitada.


DISSOLUÇÃO TOTAL DA SOCIEDADE DISSOLUÇÃO PARCIAL DA SOCIEDADE
Motivação: Motivação:
Pessoal, a dissolução total da sociedade, pode se dar por Vimos que o instituto da dissolução parcial existe, justamente,
diversos fatores, sendo eles: em decorrência do Princípio da Preservação da Empresa. Sendo
1. A quebra do acordo de vontades (art. 1.033, II e III); assim, imperioso ressaltar que, em contraponto, há o direito
2. O término do prazo (art. 1.033, I); fundamental a liberdade de associação.
3. A falência (arts. 1.044, 1.051 e 1.087) – ainda veremos; Sendo assim, há causas pelas quais poderá haver a resolução
4. O exaurimento do objeto social ou sua inexequibilidade (art. da sociedade com relação a um sócio (Código Civil) o que
1.034, II); significa dizer que ocorrerá a dissolução parcial da sociedade
5. A extinção de autorização para funcionar (art. 1.033, V); e (Código de Processo Civil). São causas:
6. As causas contratuais (art. 1.035). 1. O falecimento de um dos sócios (art. 1.028 + 999 + 974, CC);
Observações: 2. A não integralização das quotas subscritas “sócio remisso”
1.Como dissemos em sala, as causas contratuais são (art. 1.004, CC);
estipuladas pelos sócios. Eles podem prever outras causas de 3. A retirada do sócio, seja de forma imotivada (art. 1.029, CC)
dissolução, senão aquelas previstas em lei. ou de forma motivada (sócio dissidente); e
2.Quando a sociedade por prazo determinado continua existindo 4. A exclusão por justa causa (art. 1.085, CC). Esta exclusão é
sem a respectiva alteração contratual, em momento anterior ao residual. Ou seja, quando não se aplicar o artigo 1.004 e 1.030,
término do prazo, ou nova estipulação contratual, em momento nesta ordem de preferência, aplica-se a justa causa. Como
posterior, ela se tornará uma sociedade em comum ou irregular, vimos, são os sócios, no contrato social (e por isso deve existir a

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até que haja a oposição de um dos sócios. previsão desta justa causa) que estabelecem o que se configura
Formas de dissolução: justa causa.
1.A dissolução poderá ocorrer de forma extrajudicial. Se os Até aqui, vimos as causas que podem ser resolvidas
sócios formalizarem a dissolução por assembleia ou distrato, extrajudicialmente.
esta ocorrerá pela via extrajudicial. Caso optem pela via judicial, Formas de dissolução:
ou seja, pelo contencioso, a dissolução total seguirá o 1.Além da dissolução parcial de forma extrajudicial, também
procedimento comum (não cobrarei muito a parte processual). temos a dissolução de forma judicial. Antes de mais nada, vale
lembrar que, ao contrário da dissolução total, na dissolução
parcial temos um procedimento especial e bifásico, que
determina qual será o objeto da ação e qual a data a ser
considerada no caso de resolução com relação a um sócio (arts.
599 e 605, CPC). Dessa forma, neste procedimento especial
que compreende a fase de dissolução e a fase de apuração de
haveres, em caso de omissão do contrato social, o juiz definirá
como critério de apuração o balanço por determinação (art. 606,
CPC + entendimento do STJ).
2. Os motivos abaixo elencados, não são um rol taxativo, porém,
necessariamente devem ocorrer pela via judicial, não sendo
possível sua resolução pela via extrajudicial, vejamos:
a) Resolução com relação a um sócio em sociedade por prazo
determinado (art. 1.029);
b) Falta grave (o juiz quem determina o que é falta grave, ao
contrário da justa causa):

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c) Incapacidade superveniente (art. 974, CC + quebra da Affectio
Societatis entre o representante/assistente e os demais sócios):
d) Falência do sócio – veremos adiante; e
e) Sócio que teve sua quota liquidada (art. 1.026, CC).

Queridos e queridas, espero encontra-los no próximo semestre! Desejo-lhes boa sorte, bons estudos, muita fé e um bom
descanso nessas férias!

Abraços!

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