Você está na página 1de 4

Cuidados paliativos referem-se ao tratamento de pacientes

com doenças graves para aliviar sintomas e melhorar a qualidade


de vida, especialmente em estágios avançados ou terminais.
Embora os cuidados paliativos não possam evitar a morte, eles
proporcionam conforto físico e emocional aos pacientes,
ajudando-os a viver seus últimos dias com dignidade e
proporcionar conforto e qualidade de vida aos pacientes que
enfrentam doenças terminais e aos seus familiares. A bioética,
nesse contexto, busca estabelecer diretrizes e princípios éticos
que orientam a conduta dos profissionais de saúde e garantem o
respeito às vontades do paciente, mesmo após o seu falecimento,
e com isso um dos principais aspectos discutidos na bioética dos
cuidados paliativos após a morte é a autonomia do paciente, é
essencial que as decisões tomadas durante o processo de
cuidados paliativos e na fase terminal sejam respeitadas. Isso
inclui respeitar a escolha do paciente em relação aos tratamentos,
o direito a receber informações claras sobre seu quadro clínico e a
oportunidade de expressar seus desejos e valores.
É uma abordagem holística que trata não apenas dos sintomas
físicos, mas também do sofrimento emocional, social e
espiritual.Os cuidados paliativos são fornecidos por uma equipe
multidisciplinar, incluindo médicos, enfermeiros, assistentes
sociais, psicólogos e outros profissionais de saúde, eles se
concentram no controle da dor, no gerenciamento de sintomas,
no apoio emocional para pacientes e familiares, além de
orientação espiritual, quando desejado.
A bioética no contexto dos cuidados paliativos após a morte
aborda questões complexas e sensíveis que envolvem o respeito à
dignidade do paciente, a autodeterminação, a tomada de
decisões, e a ética no fim da vida.
Além disso, a bioética também aborda a importância do
consentimento informado, que deve ser obtido do paciente ou,
quando isso não for possível, de seus representantes legais. Isso
permite que as decisões tomadas em relação a cuidados no final
da vida sejam baseadas no respeito à autonomia do paciente.
Outro tema crucial é a ética do uso de tecnologias médicas no
contexto dos cuidados paliativos, isso inclui discutir o uso de
equipamentos de suporte à vida, como ventiladores ou diálise,
quando o paciente já não possui chance de recuperação. A
avaliação cuidadosa dos benefícios e riscos dessas intervenções é
essencial para garantir que sejam tomadas as decisões mais éticas
e respeitosas para o paciente.

Os cuidados paliativos tem como objetivo:

•Aliviar o sofrimento: O objetivo central dos cuidados paliativos é


proporcionar conforto e alívio dos sintomas físicos, emocionais,
espirituais e psicossociais do paciente. Isso inclui o controle
adequado da dor, a gestão de outros sintomas desconfortáveis e o
apoio emocional para melhorar a qualidade de vida.

•Melhorar a qualidade de vida: Os cuidados paliativos buscam


garantir a melhor qualidade de vida possível para o paciente,
considerando suas necessidades físicas, emocionais e sociais. Isso
envolve ajudar o paciente a enfrentar a doença, encontrar sentido
e significado em sua vida e realizar atividades que lhe tragam
satisfação.

•Respeitar a autonomia do paciente: Os cuidados paliativos


valorizam a autonomia do paciente, respeitando suas
preferências, desejos e valores individuais. Isso significa envolver
o paciente nas decisões de cuidados, permitindo que ele exerça
controle sobre seu próprio tratamento e garantindo que suas
vontades sejam respeitadas.

•Facilitar a comunicação e a tomada de decisões: A comunicação


aberta e honesta é fundamental nos cuidados paliativos. Isso
inclui fornecer informações claras sobre a condição do paciente,
prognóstico e opções de tratamento, bem como facilitar a
discussão de decisões difíceis, como limitação de esforços de
ressuscitação ou a escolha de tratamentos paliativos em vez de
curativos.

•Oferecer suporte emocional: Os cuidados paliativos têm como


objetivo proporcionar suporte emocional tanto para o paciente
como para os seus familiares. Isso envolve ajudá-los a lidar com o
impacto emocional da doença, oferecer suporte no processo de
luto e promover uma atmosfera de respeito, compaixão e
empatia.
•Promover a continuidade do cuidado: Os cuidados paliativos
buscam garantir a continuidade dos cuidados, ou seja,
acompanhando o paciente em todas as fases da doença, desde o
diagnóstico até o final da vida. Isso envolve uma transição suave
entre cuidados hospitalares, domiciliares e de cuidados paliativos,
para garantir que o paciente receba a atenção necessária e
apropriada em cada estágio.

•Oferecer suporte à família: Os cuidados paliativos também


buscam oferecer suporte aos familiares do paciente,
reconhecendo o impacto emocional que a doença terminal pode
ter sobre eles. Isso pode envolver o acesso a serviços de
aconselhamento, grupos de apoio ou assistência prática para
ajudar a enfrentar as dificuldades e se preparar para o processo
de luto.

Esses objetivos são guiados Projeto de Lei 2460/22 cria o


Programa Nacional de Cuidados Paliativos, tendo como foco aliviar
o sofrimento, melhorar a qualidade de vida e apoiar pacientes
com doença em estágio avançado. O suporte físico, psicológico,
social e espiritual previsto no programa também se aplica aos
familiares

Você também pode gostar