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Instituto Polígono de Ensino

O que é cuidados paliativos, quais equipes compõe,


qual a sua importância na vida dos pacientes?

Nome: Leila Mafra Teixeira Turma: 31TC

Unidade: Glicério

Professor Fabio.
AV2 - O QUE É CUIDADOS PALIATIVOS, QUAIS EQUIPES COMPÕE,

QUAL A SUA IMPORTÂNCIA NA VIDA DOS PACIENTES?

Os cuidados paliativos se centram na qualidade e não na duração da vida.

Oferecem assistência humana e compassiva para os pacientes que se

encontram nas últimas fases de uma doença que não pode mais ser curada

para que possam viver o mais confortavelmente possível e com a máxima

qualidade.

A filosofia dos cuidados paliativos aceita a morte como o estágio final da vida:

ela afirma a vida e não acelera nem adia a morte. Os cuidados paliativos focam

na pessoa e não na doença, tratando e controlando os sintomas, para que os

últimos dias de vida sejam dignos e com qualidade, cercado de seus entes

queridos. Está também focada na família para a tomada de decisões.

Os cuidados paliativos são realizados quando o tratamento curativo não está

mais atuando, ou seja, quando deixa de fazer o efeito esperado de cura ou

redução do tumor. Os cuidados paliativos podem ser realizados na casa do

paciente, em um hospital ou unidade de saúde, ou em um hospice. Seu

principal objetivo é melhorar a qualidade de vida do paciente no final da vida. A

decisão para o início dos cuidados paliativos é uma decisão conjunta de

paciente, familiares e médico. Como parte dos suportes oferecidos, os

cuidados paliativos avaliam como o câncer está afetando o paciente e ajudam

a aliviar os sintomas, a dor e o estresse. Oferecem opções aos pacientes e

permitem que eles e seus cuidadores participem do planejamento de seus

cuidados. Trata-se de garantir que todas as necessidades do paciente sejam


atendidas. Os profissionais que compõem a equipe de cuidados paliativos

podem ajudar a gerenciar problemas mentais, físicos, emocionais, sociais e

espirituais que eventualmente possam ocorrer.

O objetivo do controle da dor e de outros sintomas é ajudar o paciente a se

sentir mais confortável, permitindo que os sintomas fiquem controlados de

modo a obter mais qualidade de vida. Isso significa que a dor e os efeitos

colaterais serão gerenciados para ter a certeza de que o paciente não

apresente sintomas, no entanto, fique suficientemente alerta para compartilhar

com as pessoas ao seu redor e para poder tomar decisões importantes.

Por isso os pilares do tratamento paliativo baseiam-se no controle dos sintomas

nesta difícil fase da vida (dor, fadiga, falta de ar, insônia, falta de apetite,

distúrbios gastrointestinais e alterações cognitivas) e no apoio a família. No

cuidado paliativo todo o esforço é feito para que o paciente permaneça

autônomo, com preservação de seu autocuidado sempre que possível.

Uma equipe de Cuidados Paliativos é, essencialmente, multiprofissional.

Embora a composição mínima da equipe, de acordo com instituições mundiais,

inclua médico, enfermeiro e assistente social, na prática dos pacientes

oncológicos é inviável oferecer assistência de qualidade sem o envolvimento

de outros profissionais, como psicólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista,

fisioterapeuta e equipes de apoio (como Cirurgia e Radioterapia, por exemplo).

Essa necessidade mais ampla se deve à imensa heterogeneidade das

necessidades individuais dos pacientes e familiares. Nenhuma formação

profissional é suficientemente ampla para abordar todos os aspectos da

complexidade humana.
A equipe de Enfermagem desempenha papel essencial na equipe, atuando

como elo entre os pacientes, familiares e demais profissionais da saúde. É

importante que pelo menos parte dos enfermeiros e técnicos em enfermagem

tenham formação em Cuidados Paliativos, garantindo assim a compreensão da

abordagem oferecida, bem como as técnicas relacionadas à sua atuação

(como hipodermóclise, por exemplo).

As atuações acima citadas são algumas possibilidades de cuidado.

Independentemente da composição da equipe de cuidados paliativos, os

paliativistas devem zelar pela dignidade do indivíduo que se encontra

vulnerável pela doença, com respeito a sua autonomia. As prioridades são

definidas pelos pacientes, de acordo com suas crenças e valores pessoais, e

as decisões são compartilhadas de modo honesto e claro.

No âmbito da Enfermagem, a comunicação representa uma estratégia de suma

relevância para a prática dos cuidados paliativos. E quando subsidiada por uma

relação de atitude, cooperação, sentimento e sensibilidade, este instrumento é

um importante impulsionador da relação entre o enfermeiro e o paciente em

fase terminal .

Vale salientar que a comunicação vai muito além das palavras e do conteúdo,

uma vez que contempla a escuta atenta, o olhar e a postura, porquanto o

emprego eficaz desse recurso é uma medida terapêutica comprovadamente

eficiente para pacientes que dele necessitam, sobretudo os que se apresentam

em fase terminal .
Nessa perspectiva, a comunicação adequada é considerada um método

fundamental para o cuidado integral e humanizado porque, por meio dela, é

possível reconhecer e acolher, empaticamente, as necessidades do paciente,

bem como de seus familiares. Quando o enfermeiro utiliza esse recurso de

forma verbal e não verbal, permite que o paciente possa participar nas

decisões e cuidados específicos relacionados com a sua doença e, dessa

forma, obtenha um tratamento digno .

Trata-se, pois, de um aspecto fundamental para intermediar as relações

humanas, promover a sustentabilidade e a consolidação da autonomia, diante

das perspectivas individuais, e traduz-se como um elemento diagnóstico e

terapêutico, capaz de identificar demandas assistenciais e acolher

terapeuticamente, proporcionando fortes vínculos dos enfermeiros com os

pacientes na finitude de vida e com sua família .

No momento em que o profissional se comunica com o paciente que

vivencia a terminalidade de maneira adequada, fortalece o vínculo,

adquire confiança e quase sempre, consegue decifrar informações

essenciais e amenizar-lhe a ansiedade e a aflição 12 . Ressalta-se,

então, que a comunicação se for explanada de maneira

compreensível, ao paciente em fase terminal, contribui para que ele

tenha consciência de sua dignidade durante toda a assistência

prestada e lhe proporciona autonomia, quando precisa tomar

decisões sobre sua vida e seu tratamento .

Observa-se que um dos aspetos da comunicação que influencia as

estratégias da linguagem verbal pelos enfermeiros é o tom de voz,


que deve ser firme e seguro quando necessário, como, por exemplo,

para dar um diagnóstico, e doce o suficiente para se expressar numa

situação de apoio psicológico ou um gesto de afeto. Portanto, a

comunicação verbal é estabelecida por meio de palavras que

expressam um pensamento, clarificam um fato ou validam a

compreensão de algo, porém não é suficiente para caracterizar a

complexa interação do que ocorre no relacionamento humano 6 .

Destarte, é essencial ser acompanhada por emoções e sentimentos

para que se possa compreender não só o significado próprio da

palavra, mas também os sentimentos que vêm implícitos na

mensagem. Tais fatos são realizados através da comunicação não

verbal, por meio da qual é possível compreender os sentimentos nos

relacionamentos interpessoais . Para tanto, é imprescindível que o

enfermeiro transforme sua forma de assistir, passando do fazer para

o escutar, perceber, compreender, identificar necessidades, para

somente então, planejar ações. Nesse sentido, o escutar não é

apenas ouvir, mas permanecer em silêncio, empregar gestos de afeto

e sorriso que expressem aceitação e estimulem a expressão de

sentimentos.

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