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Aluna: Jacqueline Rose Melo de Souza Leite Amaral

Tarefa I – UNIDADE I

Dentro do contexto abordado percebe-se que é inevitável que todos os


envolvidos no ambiente de cuidados paliativos instituam uma prática
que leve à comunhão de estratégias terapêuticas, pensando naquilo que
se pode e deve-se proporcionar ao paciente em questão com uma visão
global e ao mesmo tempo personalizada.

Oferecer ao indivíduo meios de como fazê-lo ter as melhores chances


de realizar suas escolhas com dignidade, evidenciado em tudo aquilo
que fez e faz parte de sua história, ou seja, daquilo que é relevante em
sua vida, individualmente, baseado em sua vivência.

O que dentro da terapia vai favorecer o conforto, a qualidade de vida e o


alívio deve partir do princípio de que nem tudo que compõe um
protocolo será o mais direcionado ao caso, sendo, portanto, preciso
adequar a cada paciente e suas necessidades.

Os protocolos devem nortear a terapia de forma construtiva e


colaborativa ao bem-estar do indivíduo não devendo então ser
determinista. Para que tudo flua de maneira a contribuir aos cuidados
paliativos com o paciente, a equipe multidisciplinar deve criar as
estratégias terapêuticas voltadas para condutas que direcionem-se para
uma mesma rota de raciocínio clínico, evitando choques de abordagens
e consequentemente transtornos os quais influenciarão o conforto do
indivíduo acometido por uma doença incurável.

O conforto e bem-estar do paciente em cuidados paliativos devem ser


priorizados acima de tudo. O objetivo principal dos cuidados paliativos
é proporcionar qualidade de vida e alívio dos sintomas para os pacientes
que enfrentam doenças graves, progressivas ou terminais. Vale lembrar
que, o paciente em paliação está, antes de qualquer conduta e
consolidação terapêutica, em uma posição vulnerável necessitando de
uma abordagem integrada entre os profissionais envolvidos para
minimizar os efeitos da doença.
As abordagens terapêuticas utilizadas em pacientes em estado de
paliação devem ser adaptadas às necessidades individuais do paciente,
levando em consideração seus sintomas, preferências e metas de
cuidados. O foco principal é controlar a dor, gerenciar os sintomas
físicos e psicológicos, melhorar a qualidade do sono e garantir que o
paciente tenha o máximo de conforto possível.

Além disso, os cuidados paliativos também englobam o suporte


emocional, social e espiritual do paciente e de sua família. É essencial
que a equipe de cuidados paliativos trabalhe em conjunto com o
paciente e seus entes queridos para entender suas demandas, respeitar
suas escolhas e garantir que suas preocupações sejam abordadas. Para
isso é necessário que as abordagens terapêuticas estejam em
conformidade com o objetivo de proporcionar o aconchego e a sensação
de um estado ameno diante da doença, respeitando a individualidade e
dignidade do paciente durante todo o processo.

A presença do fonoaudiólogo na equipe multidisciplinar já é uma


realidade pela sua evidente precisão a partir do momento em que
tratamos sintomas e dificuldades que contribuem para a melhora da
qualidade de vida deste paciente como no caso das disfagias, agregando
assim fatores moduladores das complicações de cada paciente com
amparo prudente e essencial estendendo à família e cuidadores.

Importantíssimo no processo de paliação é compreender que: o que


mais pareceria óbvio em uma terapia alimentar, por exemplo, muitas
vezes não será possível. O que ocorre é que o terapeuta tem que ter
uma visão ampla e avaliativa sobre diversos aspectos que darão ou não
resultados satisfatórios a tais práticas. É um dever de toda equipe estar
sempre observando as condições gerais, dentro da evolução do quadro,
e estabelecer o melhor caminho para que se mantenha a proteção e
tranquilidade do indivíduo e familiares.

A eletroestimulação pode ser utilizada como uma opção terapêutica


complementar em pacientes em estado de paliação. Embora a
eletroestimulação não seja capaz de curar doenças terminais ou reverter
condições irreversíveis, ela pode proporcionar alguns benefícios aos
pacientes em cuidados paliativos.

A eletroestimulação envolve o uso de correntes elétricas de baixa


intensidade para estimular os músculos ou nervos do corpo. Ela pode
ser aplicada de diferentes formas, como a estimulação elétrica
transcutânea (TENS) ou a estimulação elétrica funcional (FES).

Na paliação, a eletroestimulação pode ser usada para aliviar a dor. A


TENS é frequentemente utilizada para aliviar a dor crônica em pacientes
paliativos. Ao aplicar correntes elétricas de baixa intensidade na pele
sobre a área dolorida, a TENS pode ajudar a bloquear os sinais de dor
transmitidos ao cérebro, reduzindo assim a percepção da dor.

Outra opção é a FES. Esta pode ser utilizada para estimular os músculos
enfraquecidos em pacientes com mobilidade reduzida devido a
condições paliativas. A estimulação elétrica dos músculos pode ajudar a
manter a força muscular e prevenir a atrofia.

A eletroestimulação também pode ser usada para melhorar a circulação


sanguínea em pacientes que sofrem de condições que causam inchaço
ou má circulação. Isso pode ajudar a reduzir o edema e promover a
cicatrização de feridas.

É importante ressaltar que a aplicação da eletroestimulação em


pacientes em estado de paliação deve ser realizada com cuidado e sob
supervisão médica. A terapia deve ser adaptada às necessidades
individuais de cada paciente e considerar sua condição geral de saúde.

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