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Atuação da Terapia Ocupacional em Pacientes Oncológicos no Contexto

Hospitalar

Daniel de Sousa Nunes1, Giovanna Sousa de Moraes2,


Brenda Kelly de Queiroz Silva3Ianara Guedes Bernardo
e Silva4, Jean Carlos Souza Silva5
1
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde
/Terapia Ocupacional, e-mail: sousa.nunes@aluno.uece.br
2
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde
/Terapia Ocupacional, e-mail: giovanna.sousa@aluno.uece.br
3
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde
/Terapia Ocupacional, e-mail: brenda.kelly@aluno.uece.br
4
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da Saúde
/Terapia Ocupacional, e-mail: ianara.guedes@aluno.uece.br
5
Universidade Estadual do Ceará, Centro de Ciências da
Saúde/Terapia Ocupacional, e-mail: jeanc.souza@uece.br

RESUMO. Este resumo expandido apresenta uma análise sobre a atuação da Terapia Ocupacional na área da Oncologia no contexto
hospitalar. A Terapia Ocupacional é uma disciplina da saúde que visa promover a reabilitação e o bem-estar dos pacientes através do
envolvimento em atividades do cotidiano. Neste contexto, ela desempenha um papel fundamental no tratamento do câncer, fornecendo
suporte emocional, físico e social para os pacientes durante o processo de diagnóstico, tratamento e recuperação. Ao longo do texto,
serão explorados os principais aspectos da atuação da Terapia Ocupacional em pacientes oncológicos, destacando os meios de
intervenção e cuidados paliativos, bem como sua atuação no contexto hospitalar.

Palavras-chave: Terapia ocupacional. Oncologia. Contexto Hospitalar

1. INTRODUÇÃO

Segundo o Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), a


Terapia Ocupacional é uma área da saúde que visa promover a saúde e o bem-estar dos indivíduos por meio da utilização
de atividades ocupacionais. Essas atividades são selecionadas e adaptadas de acordo com as necessidades, objetivos e
condições de saúde dos pacientes. A Terapia Ocupacional pode ser aplicada a pessoas de todas as idades e em diversas
situações,
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como reabilitação de lesões, distúrbios físicos ou respiratórios, doenças crônicas, entre outros. O câncer é uma doença
crônica que demanda um tratamento longo e doloroso, que
mesmo com avanços terapêuticos que possibilitaram melhorias, o acompanhamento pós tratamento é considerado
desgastante e cansativo (MELO, 2003). Com o processo de adoecimento e a internação em hospitais, o indivíduo tem suas
atividades de vida diária prejudicadas sendo assim, necessário o acompanhamento com um terapeuta ocupacional, para
ajudar a promover a autonomia e a qualidade de vida dos pacientes durante sua hospitalização. Assim, a intervenção em
terapia ocupacional é de fundamental importância, pois ainda
que o cotidiano esteja muito limitado, sem a possibilidade de escolhas e/ou fazeres, a vida não pode perder seu sentido. Os
terapeutas ocupacionais buscam em suas intervenções manter a independência e autonomia dos sujeitos preservando o
desempenho ocupacional pelo maior tempo possível (Rugno et al.,2018). Dessa forma, as ações são realizadas com base
nas relações entre as pessoas, seu envolvimento em ocupações importantes as quais caracterizam os sujeitos e contexto em
que se inserem (Costa et al,2017). O foco da avaliação e intervenção pode estar voltado para o desempenho funcional das
atividades da vida diária (AVD), atividades instrumentais da vida diária (AIVD) e para as atividades de lazer(Rugno et
al.,2018).
Em 2009 foi criado a Associação Científica de Terapia Ocupacional em Contextos
Hospitalares e Cuidados Paliativos que responde pela especialidade junto ao Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia
Ocupacional (COFFITO). De acordo com a Resolução n° 429 de 08 de julho de 2013,(D.O.U. no 169, Seção I de 02 de
Setembro de 2013) art. 4° inciso III - A área de atuação de “Atenção em Cuidados Paliativos” compreende o oferecimento
de cuidados terapêuticos ocupacionais junto a equipes multiprofissionais, a pacientes com condições
crónico-degenerativas potencialmente fatais (oncológicas e não-oncológicas) e que estão em tratamento sem condições de
modificação da doença; os Cuidados Paliativos podem ser realizados tanto em contextos intra-hospitalares, como através
de ações em contextos extra hospitalares oferecidas por equipe hospitalar, não se restringem à fase de terminalidade da vida
e são considerados cuidados preventivos, pois previnem um grande sofrimento motivado por dores, sintomas e pelas
múltiplas perdas físicas, psicossociais e espirituais e podem reduzir o risco de luto complicado.

2. METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, onde buscamos selecionar artigos e


extrair informações necessárias para a construção desse resumo. A busca e seleção de dados ocorreu em agosto de 2023 e
foi realizada nas bases de dados e biblioteca digital Google acadêmico e artigo científico de farmacologia.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Segundo Othero (2012), no gerenciamento dos sintomas, foi relatado que a terapia
ocupacional trabalha para ajudar os pacientes a lidar com os sintomas decorrentes do câncer e do

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tratamento, como fadiga, dor, perda de mobilidade e limitação física bem como a manutenção da funcionalidade onde, o
terapeuta ocupacional auxilia os pacientes a preservar e melhorar a capacidade funcional, adaptando as atividades
exercidas para se adequarem às suas habilidades e limitações. Além disso, adaptação à mudança de papéis e rotinas são
importantes pois o câncer pode impactar significativamente a vida diária do paciente, e a terapia ocupacional ajuda a
enfrentar essas mudanças, adaptando-se aos novos papéis e rotinas que podem surgir.
Também, se o paciente enfrenta limitações físicas ou motoras decorrentes do tratamento
ou cirurgia, a terapia ocupacional pode auxiliar no processo de reabilitação e fortalecimento muscular auxiliando na
recuperação do tônus e equilíbrio e força, tudo voltado para que o paciente possa ter autonomia e independência. O
terapeuta ocupacional também fornece apoio emocional ao paciente durante todo o processo, ajudando-o a enfrentar os
desafios psicológicos e emocionais associados ao diagnóstico e tratamento do câncer.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Terapia Ocupacional desempenha um papel crucial na abordagem holística do


tratamento do câncer. Ao fornecer suporte emocional, físico e social, a terapia ocupacional ajuda os pacientes a enfrentar
os desafios da doença de maneira mais eficaz, garantindo uma melhor qualidade de vida. A atuação da Terapia
Ocupacional na Oncologia tem demonstrado resultados positivos no apoio aos pacientes durante todo o ciclo da doença.
Através da participação em atividades terapêuticas, os pacientes relatam melhorias na qualidade de vida, aumento da
energia e motivação para enfrentar os desafios do tratamento.
As intervenções terapêuticas da Terapia Ocupacional são altamente personalizadas e
adaptadas às necessidades de cada indivíduo, o que permite uma abordagem individualizada e centrada no paciente. O
trabalho em conjunto com a equipe médica multidisciplinar é essencial para garantir uma abordagem abrangente no
tratamento oncológico. Além disso, a Terapia Ocupacional tem sido eficaz na redução dos níveis de estresse e ansiedade,
proporcionando um espaço seguro para expressar emoções e preocupações relacionadas ao câncer. O engajamento em
atividades ocupacionais também tem sido associado a uma maior adesão ao tratamento médico, confiante para melhores
resultados clínicos.

5. REFERÊNCIAS

Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO). (16 de maio de 2014). Resolução n° 429 de 08 de
julho de 2013 - Reconhece e disciplina a especialidade de Terapia Ocupacional em Contextos Hospitalares, define as
áreas de atuação e as competências do terapeuta ocupacional especialista em Contextos Hospitalares e dá outras
providências.

COSTA, A. Ética e comunicação em Cuidados Paliativos. Hospitalidade, Lisboa, n. 297, p. 26-30, 2012.
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DEFINIÇÃO de Terapia Ocupacional. [S. l.], [2014?]. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/nsite/?page_id=3382.
Acesso em: 5 ago. 2023.

MELLO, M. A. F. et al. Processo avaliativo em Terapia Ocupacional. In: DE CARLO, M. M. R. P.; LUZO, M. C. M.
(Orgs.). Terapia Ocupacional: Reabilitação Física e Contextos Hospitalares. São Paulo: Rocca, 2004. p. 74-98.

Rugno, F. C., Bombarda, T. B. & Carlo, M. M. R. P. (2018). Terapia ocupacional e cuidados paliativos oncológicos. In:
Carlo, M. M. R. P. & Kudo, A. M. Terapia ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos. São Paulo:
Editora Payá

OTHERO, Marilia Bense et al. Manual de Cuidados Paliativos ANCP. 2. ed. atual. [S. l.: s. n.], 2012. Disponível em:
https://dms.ufpel.edu.br/static/bib/manual_de_cuidados_paliativos_ancp.pdf. Acesso em: 5 ago. 2023.

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