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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde

Curso de Fisioterapia

Izabel Araújo de Matos


Karen Cristina Pestana

Orientadas pela prof. Angélica Rodrigues Araújo

RELATÓRIO REFLEXIVO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO EM

FISIOTERAPIA NAS DISFUNÇÕES ORTOPÉDICAS/TRAUMATOLÓGICAS E REUMATOLÓGICAS

Belo Horizonte

2022
1. INTRODUÇÃO

O presente trabalho relata a experiência vivenciada pela aluna Izabel Araújo de Matos e
Karen Cristina Pestana, da disciplina do Estágio Obrigatório em Fisioterapia nas disfunções
ortopédicas/traumatológicas e reumatológicas na Clínica de Fisioterapia da PUC Minas, do
período de agosto a dezembo de 2022.

Durante o estágio, o aluno desenvolve competências gerais de atenção à saúde, tomada


de decisões para avaliar, sistematizar e definir condutas baseada em evidências científicas,
comunicação, para atuar como Fisioterapeuta na reabilitação de condições de saúde nessa
área de fisioterapia, no nível secundário de atenção à saúde. Portanto, ao desenvolvê-las,
o aluno atua em situações reais de assistência a pacientes com disfunções ortopédicas,
assistidas neste campo de estágio, de modo a melhorar/restaurar força muscular,
mobilidade articular e promover melhora da funcionalidade e inserção no contexto social.

1.1 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral da disciplina consiste em desenvolver a capacidade de avaliar


indivíduos, de diferentes faixas etárias, com disfunções ortopédicas, traumatológicas e
reumatológicas e ser capaz de determinar o diagnóstico fisioterapêutico e de planejar,
prescrever e executar adequadamente o tratamento fisioterapêutico, seja em ambiente
ambulatorial e/ou por teleatendimento, de disfunções musculoesqueléticas ortopédicas,
reumatológicas e traumatológicas.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Na apresentação da disciplina, constam-se objetivos específicos, organizados em


três competências que norteiam o desenvolvimento do aluno nesse campo de estágio.

a) Conceituais:

- Conhecer as normas de biossegurança vigentes, com destaque para a condição atual


de pandemia de SARS-CoV-2, aplicando práticas apropriadas de controle de infecção
(biossegurança).
- Reconhecer sinais e sintomas da COVID-19, aplicando orientações pertinentes e
promoção da saúde e autocuidado e, caso necessário, realizando o devido
encaminhamento baseado no fluxo assistencial de Belo Horizonte.
- Aplicar, em situação clínica ambulatorial e/ou domiciliar (teleatendimento), os
conhecimentos desenvolvidos e adquiridos no decorrer do curso de fisioterapia no
atendimento de atenção secundária de indivíduos com disfunções
musculoesqueléticas de origem ortopédica, traumatológica ou reumatológica,
respeitando-os e valorizando-os.
- Analisar e interpretar as informações coletadas durante a consulta fisioterapêutica,
incluindo resultados de exames complementares, tendo como base os conhecimentos
desenvolvidos e adquiridos no decorrer do curso de fisioterapia, e estabelecer o
diagnóstico fisioterapêutico.
- Interpretar possíveis intercorrências do processo terapêutico, contribuindo para a
manutenção da saúde, bem-estar e qualidade de vida das pessoas, famílias e
comunidade.
- Discutir de forma interdisciplinar casos clínicos envolvendo as disfunções do sistema
musculoesquelético e desenvolver projetos terapêuticos em equipe.
- Ser capaz de elaborar trabalhos acadêmicos e/ou artigos científicos e de apresentá-
los em diferentes formatos, fundamentando-se no conhecimento científico.

b) Procedimentais:

- Realizar a consulta fisioterapêutica de indivíduos de diferentes faixas etárias com


disfunções musculoesqueléticas de origem ortopédica, traumatológica ou
reumatológica, utilizando dos instrumentos apropriados para a avaliação das
alterações de estrutura e função, atividade e participação.

- Planejar, prescrever e executar a conduta terapêutica, tendo como base um exame


físico de qualidade, e utilizar de procedimentos terapêuticos manuais, físicos e
cinesioterápicos baseados em evidências científicas.

- Ser capaz de escrever evoluções diárias dos atendimentos, elaborar e emitir


relatórios e atestados, mantendo a confidencialidade das informações, prestando
esclarecimentos, dirimindo dúvidas e orientando indivíduos e familiares sobre o
processo terapêutico.

- Ser capaz de programar e emitir a alta fisioterapêutica, com adequadas orientações


domiciliares e/ou encaminhamentos, quando necessário, garantindo a integralidade
da assistência

c) Atitudinais:

- Atuar com atitude profissional e ética e atender o cliente com habilidade e


competência, baseado na convicção científica, da cidadania e da ética.

- Compreender as demandas de saúde e funcionalidade do usuário, possibilitando


desenvolver ações de prevenção, promoção, proteção e reabilitação da saúde, tanto
em nível individual quanto coletivo.
2. PACIENTES ATENDIDOS NO CAMPO DE ESTÁGIO

Durante o segundo semestre de 2022, as alunas Izabel Araújo de Matos e Karen Cristina
Pestana, atenderam no Ambulatório de Ortopedia 7 pacientes, no período de 17 de agosto a 10
de dezembro do mesmo ano. Dos pacientes atendidos, a maioria é aposentado, e outros
trabalham como autônomos, possuem renda salarial entre 1 a 4 salários mínimos, com a idade
entre 12 a 76 anos, utilizam transporte público, alguns moram sozinhos e outros moram com a
família.

A maioiria foram encaminhados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que apresentaram
várias condições de saúde como: gonartrose , ruptura manguito rotador, tendinopatia do
supraespinhal e entre outros.

Os déficits funcionais pelo qual os pacientes buscam tratamento de reabilitação, são por
quererem melhorar a sua funcionalidade nas atividades de vida diária e qualidade de vida.

PACIENTES:

1. M.P.J
A paciente Marli Pereira de Jesus, 56 anos, divorciada e atualmente desempregada
(afastada pelo INSS), apresenta como diagnóstico médico ruptura total dos tendões do
manguito rotador (supraespinhal e infraespinhal). Compareceu ao centro clínico no dia
05/09/2022 e ficando sob os cuidados da aluna Izabel Araújo a partir desta data, estando
em tratamento no período de agosto até início de dezembro de 2022. A mesma mostra-se
bem disposta e colaborativa ao tratamento, sendo assídua e comparecendo pontualmente
aos horários de atendimento, apresentando apenas 1 falta sem justificativa.

Ao iniciar o tratamento comigo no dia 05/09/2022, apresentou como queixa principal a


presença de dor, em repouso e em movimento, no MSD (região do ombro e braço). ADM
estava reduzida nos movimentos de rotação externa, abdução, extensão e flexão de ombro
e queixa-se também de tensão na região do trapézio. A paciente realiza praticamente
todas as suas AVDs utilizando o membro superior esquerdo (não dominante). Quando é
necessário, usa o MSD de forma a realizar movimentos apenas com o antebraço ou com o
braço em pequenas amplitudes.

Observa-se atualmente, uma melhora relacionada a sua ADM ativa, principalmente nos
movimentos de abdução de ombro (de 80° evoluiu para 100°) e flexão de ombro (de 90°
evoluiu para 120°). Dessa forma, contribuindo positivamente para melhora da realização
de suas atividades funcionais. Em relação a sua ADM passiva, também foi possível observar
uma melhora, nos movimentos de abdução de ombro (de 90° evoluiu para 110°) e flexão
de ombro (de 100° evoluiu para 130°), apresentando um end fell vazio (não existe limitação
mecânica no final do intervalo, mas o paciente não vai deixar você ir mais longe por causa
da dor excessiva).

A respeito do seu quadro álgico, ainda queixa-se de dor contínua em repouso em


movimento na região do MSD (principalmente na região lateral e anterior do braço). Dessa
forma, avaliando como grau 7 na EVA, nota dada em praticamente todos os atendimentos
em relação tanto ao repouso e moviemento.

A força muscular não obteve melhora, mantendo como resultado: grau 3 para os músculos
flexores, extensores, abdutores e rot. externos do ombro e grau 4 para os músculos
adutores e rot. internos do ombro.

Em relação ao tempo que a mesma se encontra em tratamento neste centro clínico, posso
dizer que consegui alcançar parcialmente os objetivos propostos. Uma vez que, a paciente
teve uma boa evolução em relação a sua ADM, mas não o esperado. Além disso, a dor ainda
presente no MSD é uma queixa importantes a ser tratada.

Conclui-se, portanto, que a paciente Marli Pereira de Jesus, não está apta para alta. A
mesma, deve retornar em fevereiro de 2023 para reavaliação e continuidade do
tratamento.

Condutas:
• Cinesioterapia ativa resistida em CCA para ganho de ADM - abdução, rotação externae
flexão de ombro.(4x resistidas por 10s)
Obs: o movimento de rotação ext. é realizado com o thera band.
• Aplicação do TENS com a finalidade de redução do quadro algico.
Parâmetros: T= 80 e F=150 Hz por 15 minutos
• Mobilização articular na região do ombro (próximo o acrômio e interlinha articular).
• Cinesioterapia ativa livre em CCF para ganho de ADM com uso do bastão,
movimentos de abdução, extensão e flexão de ombro. (3x10).
• Mobilização neural do nervo mediano

Foto do paciente durante atendimentos – IMAGEM NÃO AUTORIZADA PELA PACIENTE*


Cartilha
2. I.G.J.C

O paciente Iury Gabriel de Jesus Cassiano, 20 anos, estudante e seminarista, apresenta


como diagnóstico médico tendinopatia do supraespinhal do membro direito (não
dominante). Compareceu ao centro clínico no dia 26/10/2022 e passa estar sob os cuidados
da aluna Izabel Araújo a partir desta data, estando em tratamento no período de outubro
a início de dezembro de 2022. O mesmo mostra-se disposto e colaborativo ao tratamento,
sendo assíduo e não apresentando nenhuma falta.

Ao iniciar o tratamento comigo no dia 26/10/2022, apresentou como queixa principal a


presença de dor em repouso e em movimento no ombro e região lateral e anterior do braço,
caracterizando-a como queimação e fisgadas. Por mais que haja presença do quadro álgico,
consegue realizar todos os movimentos do ombro sem limitação da ADM.

Foi realizado testes especiais, afim de confirmar a tendinopatia, foi realizado: Teste de
Gerber e Teste de Sped, (ambos realizados com o MSD) no qual obteveram resultado
negativo. E Teste de lata vazia (realizado com o MSD) no qual obteve resultado positivo.

Em relação a sua avaliação postural, observa-se a escapula posicionada rodada lateralmente,


presença de tilt escapular (borda inferior mais afastado do ponto de referência em
comparação a borda superior), úmero roda internamente e anterioriza-se. Além disso,
durante o ritmo escapulo-umeral, observa-se discinesia dos músculos serrátil anterior e
trapézio e deslocamento da borda inferior da escápula e alamento. Ademais, os músculos
trapézio fibras médias e inferiores, romboide menor e maior e serrátil anterior encontram-
se enfraquecidos.

Sobre a força muscular, os músculos que obtiveram o grau reduzido foram: trapézio fibras
medias e inferiores (grau 3), romboides (grau 3) e serrátil (grau 4). Os demais grupos
musculares, flexores, extensores e adutores do ombro receberam grau força 5. Devido ao
fato de estarmos no início do tratamento, não foi possível observar nenhuma evolução em
relação ao fortalecimento de tais músculos.

Em relação ao seu quadro álgico, antes classificava como grau 6 de acordo com a EVA (que
se manifestava na região anterior e lateral do braço). Atualmente, observa-se uma melhora
em relação a mesma, classificando-a como grau 2.

Em relação ao tempo que o mesmo se encontra em tratamento neste centro clínico, posso
dizer que não consegui alcançar os meus objetivos. O paciente obteve uma boa evolução
em relação a redução da dor, mas ainda é necessário que haja um trabalho relacionado a
fortalecimento muscular e consciência corporal.

Condutas atuais:
• Uso do ultrassom terapêutico.
Parêmetros: 1 mhz, Pulsado 50%, 0,6v cm quadrado, margiando o acrônimo, durante
6 minutos.
• Liberação miofascial da região do trpézio fibras superiores
• Uso de eletroestimulação (FES) para fortalecimento dos múculos interescapulares e
trapézio fibaras inferiores, associado a CNT ativa resistida em CCA com o uso do thera
band vermelho para rot. externa
Parêmetros: P:250, F 50 hz, Ton: 8s / Toff: 24s,
Duração 20m, R. descida: 3s / R. subida: 3s
No momento atual, é nescessário darmos continuidade ao tratamento, uma vez que o
paciente precise de condutas que visam o fortalecimento de determinados grupos
musculares, o que consequentemente resultará numa melhora do seu posicionamento
postural. Dessa forma, buscando uma melhor evolução do seu quadro clínico/funcional,
proporcionando uma melhor qualidade de vida para o mesmo.

Cartilha
Foto do paciente durante atendimentos - IMAGEM AUTORIZADA PELA PACIENTE*

3. C.E.A
O paciente Celso Esteves, 56 anos, sexo masculino, solteiro e autônomo, apresenta como
diagnóstico médico condropatia grau 3 bilateral. Compareceu ao centro clínico no dia
29/08/2022 e passou a estar sob os cuidados da aluna Izabel Araújo a partir desta data,
estando em tratamento no período de agosto a início de dezembro de 2022. O mesmo
mostra-se disposto e colaborativo ao tratamento, sendo assíduo, e apresentando apenas 3
faltas sem justificativa.

Ao iniciar o tratamento comigo no dia 29/08/2022, apresentou como queixa principal dor
ao realizar atividades de subir e descer escadas e caminhadas longas, principalmente no MIE
(na região anterior do joelho). Por mais que possua o quadroálgico, consegue realizar os
movimentos de flexão, extensão, rot. interna e externa do joelho sem limitação da ADM.

No que se refere a sua avaliação da marcha, atualmente observa-se: diminuição do padrão


de ativação do glúteo máximo e gastrocnêmico (ativa o isquiotibial antes em flexão do
joelho em baixa angulação), hiperextensão do joelho e falta de impulso na passada. Além
disso, foi realizado a medida reale aparente do MMII, no qual nota-se o MID maior que o
MIE, apresentando o uma diferença de 2cm.

Em relação ao seu quadro álgico, antes classificava como grau 5 de acordo com a EVA (que
se manifestava na região do joelho). Atualmente, observa-se uma melhora em relação a
mesma, relatando que raramente sente dor e quando sente classificou-a como grau 1.

Sobre a força muscular, os músculos que atualmente mostram-se com redução do trofismo
são: glúteo máximo, gastrocnêmico e quadríceps (principalmente no MIE). Na avaliação de
força dos movimentos de flexão, extensão, rot. lateral e rot. medial de joelho obteve grau
5 em todos.

Em relação ao tempo que o mesmo se encontra em tratamento neste centro clínico, posso
dizer que consegui alcançar os meus objetivos parcialmente (ativação muscular adequada
dos MMII, redução do quadro álgico e ensinar as fases da marcha para uma execução
correta). Uma vez que, o paciente obteve uma boa evolução em relação a redução do
quadro álgico, mas ainda é necessário que haja um trabalho relacionado a ativação
muscular e aumento do trofismo.

Condutas:
• Cinesioterapia ativa resistida em CCA no banco extensor (3x10)
• Cinesioterapia ativa livre em CCF, agachamento búlgaro (3x10)
• Cinesioterapia ativa livre em CCF, agachamento com o uso da bola (3x10)
• Cinesioterapia ativa resistida em CCA no aparelho para glúteo (3x10)
• Cinesioterapia ativa resistida em CCF noleg press (3x10) – pés posicionaados
afastados e em posição mais alta para fortalecimento do glúteo

Em relação ao tempo que o mesmo se encontra em tratamento neste centro clínico, posso dizer
que consegui alcançar os meus objetivos parcialmente (ativação muscular adequada dos MMII,
redução do quadro álgico e ensinar as fases da marcha para uma execução correta). Uma vez que,
o paciente obteve uma boa evolução em relação a redução do quadro álgico, mas ainda é
necessário que haja um trabalho relacionado a ativação muscular e aumento do trofismo.

Conclui-se, portanto, que é necessário darmos continuidade ao tratamento (mas pensando em


uma possível alta), Devido ao fato de não termos atingido por completo os objetivos propostos.
Então, deve retornar em fevereiro de 2023 para reavaliação e continuidade do tratamento.

Foto do paciente durante atendimentos – IMAGEM NÃO AUTORIZADA PELA PACIENTE*


Cartilha
4. H.M.S
O paciente Hugo Marques da Silva Azevedo, 9 anos, sexo masculino, estudante, não possui
nenhuma patologia, porém foi encaminhado a pedido da fonoaudiologia (é tratado por eles
devido ao seu quadro de disfemia) para que pudéssemos avaliá-lo. Compareceu ao centro clínico
no dia 24/08/2022 e passa estar sob os cuidados da aluna Izabel Araújo a partir da presente data,
estando em tratamento no período de agosto a início de dezembro de 2022. O mesmo mostra-
se colaborativo ao tratamento, sendo assíduo e apresentando 2 faltas sem justificativa.

Sua mãe, Jaqueline Marques, relata que o paciente é um menino mais quieto e pouco ativo, não
pratica muitas atividades físicas e não apresenta muito interesse pela prática de esportes. Sendo
assim, passa muito tempo mexendo no celular e assistindo televisão.

Ao iniciar o tratamento comigo no dia 24/08/2022, oberava-se uma hiperlordose lombar, baixo
padrão de ativação dos músc. abdominais e isquiotibiais, hiperextensão dos joelhos e
alinhamento postural inadequado. Além disso, foi realizado a medida reale aparente do MMII, no
qual nota-se o MID maior que o MIE, apresentando uma diferença de 1cm.

O paciente não possui nenhuma limitação de ADM e quadro álgico. Porém, por ser uma criança
sedentária e pouco ativa, consequentemente adota hábitos posturais inadequadas. E ao deixar
de se exercitar, observa-se uma redução do trofismo muscular e falta de consciência corporal.

Em relação ao tempo que o mesmo se encontra em tratamento neste centro clínico, posso dizer
que não consegui alcançar os meus objetivos (fortalecimento muscular dos estabilizadores do
tronco, MMII e MMSS, conscientização corporal adequada, promover o alinhamento postural
adequado). Então não foi possível observar uma melhora tão significativa em relação a sua
postura.

Conclui-se, portanto, que o paciente Hugo de Morais, não está apto para alta, deve retornar em
fevereiro de 2023 para reavaliação e continuidade do tratamento.

Condutas atuais:
• Exercícios de RPG associados ao uso da bola suiça e bastão
• Cinesioterapia ativa livre em CCF com uso da bola suiça para mobilização do tronco e
inclinação anterior da coluna
• Cinesioterapia ativa livre em CCF com uso do feijão para inclinação alteral do tronco
• Alongamento em ortostatismo com uso da bola, realizando movimentos de rotação,
extensão e flexão do tronco.
• Tranrencia de ST-DP e DP-ST associado ao uso do bastão

Foto do paciente durante atendimentos – IMAGEM NÃO AUTORIZADA PELA PACIENTE*


Cartilha
5 Paciente I.M.T.:

A Sra. Iranir Maria Teixeira, 75 anos, empregada doméstica aposentada, com diagnóstico médico
de espondilite anquilosante e lombalgia crônica, encontra-se em tratamento nesse centro clínico
desde 18/08/2021, e permaneceu sob meus cuidados no período de 17/08/2022 a 07/12/2022.
Paciente assídua ao tratamento e bastante colaborativa, tendo comparecido em atendimentos.
Apresentou como queixa principal dor lombar e nas pernas e devido a isso relatou sua principal
limitação funcional como sendo dificuldade e limitação nas atividades de vida diária como varrer
e lavar vasilha. Atualmente relatou que começou a realizar as atividades de vida diária,
aguentando ficar mais tempo em pé para lavar as vasilhas e começou a arrumar o próprio quarto.
Relatou também que houve diminuição na medicação analgésica que a paciente tomava,
principalmente da medicação mais forte.

Na reavaliação, foi reaplicado a escala de BERG com o nota total 30, permaneceu com a mesma
pontuação da reavaliação inicial. Também foram encontradas alterações de estruturas e funções
compatíveis com a sua queixa de dor, no entanto, considerando a idade e atividades de vida diária
dela, torna-se necessário o aprimoramento dos estabilizadores de tronco e resistência muscular,
bem como manutenção da musculatura a fim de dar estabilidade nas atividades diárias. Durante
as sessões de fisioterapia, com objetivo de melhorar a dor da paciente, foi realizada aplicação de
ondas curtas em quase todas as sessões, exercícios de fortalecimento muscular para MMII, com
foco na ativação dos músculos quadríceps e glúteo médio. Durante este semestre, foi observado
diversas feridas nas pernas com maior quantidade na direita, a paciente foi encaminhada para o
médico no qual foi solicitado o exame angiotomografia. O exame ainda não foi realizado devido
a espera pelo SUS. A Paciente teve melhora de dor, durante as sessões de tratamento com ondas
curtas e exercícios de fortalecimento para MMII, onde foi orientada a evitar atividades e tarefas
que aumentam a intensidade da dor, como fazer faxina com grande esforço, ficar sentada ou de
pé por longas horas. Na execução do exercicio de extensores do joelho, a mesma relata caimbrã
e logo após esses episodios é realizado liberação miofascial.

Por fim, após várias sessões de tratamento, a paciente foi reavaliada, tanto em termos de
estrutura e função, quanto em termos de atividade e participação, na qual, o resultado final
pouca melhora do quadro álgico. Sendo assim, paciente não está apto para receber alta e foi
passada uma cartilha com orientações de exercícios domiciliares para fazer durante as férias.
Fotos de pacientes durante atendimentos - IMAGEM AUTORIZADA PELA PACIENTE*

Cartilha
6. Paciente D.A.R.: O Sr. Dobson de Assis Rodrigues Alves, 53 anos, com diagnóstico médico
de tendinopatia do supra-espinhal no ombro esquerdo e capsulite adesiva no ombro direito.
Encontra-se em tratamento neste centro clínico desde 16/03/2022 e permaneceu sob meus
cuidados no período de 17/08/2022 a 07/12/2022. Paciente assíduo ao tratamento,
colaborativo.

Ao iniciar o tratamento, apresentou como queixa principal dor no ombro esquerdo; devido a
isso relatou sua principal limitação funcional para varrer e carregar peso. Na reavalição final,
foi aplicado a escala DASH com o score total de 45, o paciente alcançou uma melhora em sua
postura e na mobilidade acessória da glenoumeral do ombro esquerdo e do ritmo escapulo
umeral e não relata mais dores no ombro. No entanto, paciente relata dor no epicôndilo lateral
do MSD, sintoma este que inicialmente não estava presente e surgiu sem causa aparente.
Devido a esta queixa, foi realizado o teste de ULTT4 para lesão do nervo ulnar, na qual, o
resultado foi negativo. Foi realizado também, o teste de epicondilite lateral, na qual, o
resultado foi positivo.

Ao exame físico atual observou-se que o paciente consegue realizar todos os movimentos
ativos de ombro esquerdo e direito sem limitação ou presença de dor. O ritmo escapulo-
umeral se encontra normal. Na palpação do ombro direito e esquerdo não apresenta dor ou
incomodo, apenas na região dos tendões extensores do MSD. Em relação à força muscular,
observou-se uma melhora, sendo encontrado grau 4 de força para abdutores, flexores e
rotadores interno do ombro esquerdo, na qual alcançou grau 3 em sua avaliação inicial. Foi
reaplicado o teste simples do ombro, na qual a maioria das respostas teve resultado positivo,
referente à melhora do quadro álgico do paciente, em sua primeira avaliação obteve um
resultado negativo das respostas

Como o tempo de tratamento no ambulatório é curto, foi passado uma cartilha com
orientações de exercícios domiciliares.

Fotos de paciente durante atendimentos -*IMAGEM AUTORIZADA PELO PACIENTE*


Cartilha
7. Paciente Lucia Rocha: L.R.S., 66 anos, gênero feminino, aposentada, com diagnóstico
médico de gonartrose de joelho E.

Compareceu para sua primeira consulta no dia 19 de setembro de 2022, onde foram coletados
dados pessoais e da anamnese. A sua queixa principal é dor nos joelhos, principalmente no
esquerdo, relata que a dor é dor tipo queimação, que aparece nos movimentos de subir e
descer as escadas e quando caminha nos terrenos irregulares, com subir morro.

O teste de Trendelenberg deu positivo à esquerda, o que indica a fraqueza do glúteo médio
do lado esquerdo. Ainda não foi aplicado nenhum questionário e também exames de imagens
não foram analisados, sobretudo para confirmar o diagnóstico de gonartorse de joelho.

Fotos de paciente durante atendimentos: Paciente não autorizou o uso da imagem.


Cartilha
Como me preparei para essa atividade? O que eu li e estudei?

Para essa atividade, buscamos através de artigos e sites confiáveis, alem de conversas frequentes

com a professora, as possíveis manifestações clínicas dos pacientes, como elas afetariam o dia a

dia dos mesmos e possíveis tratamentos eficazes, para assim alcançarmos nossos objetivos gerais

e específicos.

Portanto, para essa atividade, limos muitas notícias, e programas com tema mobilidade e artigos

científicos.

O que eu aprendi com essa atividade? Qual conhecimento abordado foi mais significativo para

a minha formação acadêmica? Por que?

Aprendemos com essa atividade a importância da força muscular nas demais atividades que

realizamos no nosso dia a dia, observando também como o defict da força muscular tem relação

direta na questão do equilíbrio. Conseguimos aprender a realizar e a orientar corretamente para

a execução do exercício trazendo maiores benefícios para os pacientes para não ocorrer nenhuma

intercorrência. Todos esses conhecimentos citados foram de grande importância para a nossa

formação, pois quando nos depararmos com uma situação parecida, estaremos aptas e

confiantes de que saberemos lidar com a situação de forma ética e segura.

O que ainda pretendo aprender com isso?

Pretendemos aprender mais sobre a patologia e fisiopatologia dessas condições, para assim

realizar condutas baseadas em evidencias para facilitar o tratamento e atender as expectativas

do paciente.

Quais disciplinas prévias consigo relacionar ao conhecimento tratado aqui?

As disciplinas prévias que conseguimos relacionar ao conhecimento tratado são, cinesioterapia,

anatomias, fisiologia, Fisioterapia na Saúde de Idoso e outros.


Quais fontes posso consultar para aprender mais?

Para aprender mais, podemos consultar as matérias dos semestres passados além de buscar nas

bases de dados artigos publicados sobre o assunto. Sendo elas: PEDro, Pubmed, Embase e

Cochrane.

AUTO AVALIAÇÃO INDIVIDUAL

Karen Cristina Pestana

1) Quais foram os pontos fortes que contribuíram para seu desempenho no estágio?

O meu empenho em estudar sobre o caso e para a avaliação clínica da paciente, perguntas a
professora e a monitora de estágio, foram fundamentais para meu desempenho e crescimento
no estágio. Além disso, a minha educação, responsabilidade e compromisso com pacientes,
comigo mesma e com professora e os colegas, permitiram melhorar o meu desempenho e
aprendizagem na prática clínica.

2) Quais pontos você pode aprimorar para seu desempenho ficar melhor ainda?

Ainda, posso aprender muito em discutir com a professora e os colegas sobre casos clínicos de
pacientes e estudar mais, pesquisar mais sobre diferentes assuntos.

3) Qual é a importância desse estágio para a sua formação profissional?

Esse estágio me proporciona momentos de muita experiência profissional, tanto para atender e
tratar paciente, quanto para lidar com as colegas de estágio e colocar na prática tudo aquilo que
vem aprendendo desde início do curso. Portanto, está sendo um momento de muita
aprendizagem e emoção, estou conseguindo ver e viver aquilo que parecia ser muito distante. Os
resultados estão sendo estímulos para continuar a acreditar e correr atrás daquilo que sempre
quis. Durante os atendimentos no ambulatório de ortopedia, tive a oportunidade de acompanhar
não só os meus pacientes, mas sim os pacientes das minhas colegas de estágio, o que contribui
muito para minha aprendizagem e desempenho.
Izabel Araújo de Matos

1) Quais foram os pontos fortes que contribuíram para seu desempenho no estágio?

O meu empenho em estudar sobre o caso e para a avaliação clínica dos pacientes, perguntas
a professora e a monitora de estágio, foram fundamentais para meu desempenho e
crescimento no estágio.

2) Quais pontos você pode aprimorar para seu desempenho ficar melhor ainda?

Ainda, posso aprender muito em discutir com a professora e os colegas sobre casos clínicos
de pacientes e estudar mais, pesquisar mais sobre diferentes assuntos e aprofundar mais
sobre os temas abordados.

3) Qual é a importância desse estágio para a sua formação profissional?

Esse estágio me proporciona momentos de muita experiência profissional, tanto para atender
e tratar paciente, quanto para lidar com as colegas de estágio e colocar na prática tudo aquilo
que vem aprendendo desde início do curso. Portanto, está sendo um momento de muita
aprendizagem e emoção, estou conseguindo ver e viver aquilo que parecia ser muito distante.
Os resultados estão sendo estímulos para continuar a acreditar e correr atrás daquilo que
sempre quis.

Conclusão

Iniciamos essa nova fase de prática clínica com um sentimento de insegurança e medo,
além de certa curiosidade e vontade de aprender mais. Colocar toda bagagem teórica de 4 anos
em prática nos pacientes é algo que nos traz grande responsabilidade, onde tínhamos que rever
toda a matéria possível para dar o nosso melhor. Diante disso, logo no início mesmo
apresentando certa insegurança, demos nosso melhor para alcançar os objetivos. Afinal de contas
é um processo importante para a nossa formação.
Acima de todas nossas inseguranças, o primeiro dia de estágio foi baseado em uma
conversa com a professora Angélica, onde ela nos explicou como funciona a clínica no dia a dia
de atendimentos, repassamos as escalas com os pacientes de cada aluno do grupo e o mais
importante desse primeiro contato, foi a forma como a professora nos acolheu, nos mostrando
que éramos capazes de vencer essa fase e que o medo seria um adjetivo muito forte, pois ele
poderia nos paralisar.
Posteriormente, com os pacientes chegando fomos enfrentando nossas dificuldades, indo
atras de estudar e compreender as patologias para darmos aos pacientes bons prognostico. Além
da professora e monitora para auxiliar-nos nas dúvidas, contamos com a ajuda dos colegas do
grupo, onde foi de grande valia cada conversa e troca de experiência.
A cada dia de atendimento era é um novo olhar sobre o paciente e a sua patologia, onde
não estávamos ali apenas para tratar uma condição e sim para ter um olhar humano sobre cada
um deles atendidos por nos. Tiramos muitos aprendizados com essa relação terapeuta e paciente,
onde queremos levar toda nossa bagagem de conhecimento desses momentos ao longo do nosso
processo de formação.
Portanto, chegamos ao fim desse semestre e desse primeiro contato com a clínica com o
coração leve e feliz de saber que demos nosso melhor e conseguimos alcançar a maioria das
expectativas postas por nós. Porém, sabemos que ainda temos muito que aprender e desenvolver
até o fim da nossa graduação. Chegando à conclusão que, a pratica clínica nos prepara para o
mercado de trabalho e acima de tudo, para nos tornarmos profissionais éticas e competentes..

Referências:

Senbursa G, Baltaci G, Atay OA. The effectiveness of manual therapy in supraspinatus


tendinopathy. Acta Orthop Traumatol Turc. 2011

Ackermann PW, Renström P. Tendinopathy in sport. Sports Health. 2012

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