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MEYRELLYSON RODRIGUES MEIRELES

BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA NAS UNIDADES


HOSPITALARES

Cuiabá-MT
2022/02
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mEYRELLYSON rODRIGUES MEIRELES

BENEFÍCIOS DA CINESIOTERAPIA EM UNIDADES


HOSPITALARES

Trabalho de conclusão de curso, apresentado


ao Departamento de Fisioterapia da Instituição
Universidade de Cuiabá, para obtenção do
título de Bacharel em Fisioterapia.

Orientador:

Cuiabá-MT
2022/02
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4

2 PROBLEMÁTICA......................................................................................................5

3 OBJETIVOS...............................................................................................................6

4 JUSTIFICATIVA.........................................................................................................7

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................................8

6 METODOLOGIA......................................................................................................11

7 CRONOGRAMA......................................................................................................12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................13
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1 INTRODUÇÃO

A fisioterapia tem conseguido auxiliar na manutenção das funções vitais de


diversos sistemas corporais, pois atua na prevenção e/ou no tratamento das
doenças cardiopulmonares, circulatórias e musculares, reduzindo assim a chance de
possíveis complicações clínicas. Com os avanços no campo da fisioterapia e
principalmente as manobras executadas dentro das unidades hospitalares, bem
como nas unidades de terapias intensivas (UTI’s), tais estudos tem corroborado para
que as técnicas em anatomia, fisiologia e biomecânica, tem proporcionado melhoras
significativas no que se refere ao tratamento do/e através do movimento nesses
pacientes, e uma das ferramentas que tem sido utilizado com relativa frequência é a
cinesioterapia.
Vale destacar que tal procedimento visa trabalhar diretamente com o
movimento, utilizando-se de formas variadas de exercícios motrizes buscando agir e
minimizar as enfermidades, ou seja, trabalhando assim, na prevenção, cura e
reabilitação do paciente, de modo que, uma das suas principais funções é agir no
desenvolvimento do movimento, restauração da força, da resistência à fadiga da
mobilidade e flexibilidade, além de atuar na coordenação motora (KISNER e
COLBY, 1998).
Nesse contexto devido a inúmeras morbidades que o paciente adquiriu e/ou
sofreu que podem ter conduzindo-o a um estado de imobilidade, estado esse que
modifica e impede a vida normal e ainda quando nas unidades hospitalares podem
causar diversas complicações clínicas, tais como: no tecido conjuntivo, no sistema,
osteomuscular, respiratório, metabólico, gastrointestinal, respiratório entre outros.
Vale ressaltar que devido a esse estado de imobilidade, o sistema
musculoesquelético é o mais afetado, desse modo, a cinesioterapia ao atuar na
prevenção de tais imobilidades, visa estabelecer e/ou criar bons procedimentos
físico-funcional no paciente de modo, minimizar o tempo negativo desse imobilismo,
reduzir o tempo de internação, bem como, a melhora gradativa na qualidade de vida
da pessoa internada.
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2 PROBLEMÁTICA

As unidades hospitalares (UH) são espaços onde comumente há muitos


pacientes internados e que por seu estado clínico sofrem com a imobilidade e o não
condicionamento físico e a fraqueza muscular acabam sendo problemas associados
à maior incapacidade de reabilitação do doente, principalmente os que se encontram
nas Unidades de Terapias Intensivas (UTI’s). Caso essa imobilidade não seja
tratada, novos problemas na saúde podem ser desencadeados, aumentando a
dificuldade de reabilitação. Nesse contexto, para se tratar a desordem e/ou
restabelecer a qualidade de vida à necessidade da fisioterapia/fisioterapeuta nesse
processo da recuperação motora com a inserção de terapia segura e viável
principalmente em pacientes críticos, podendo minimizar os efeitos deletérios da
imobilização prolongada. Assim, a Cinesioterapia ao considerar a dinâmica natural
do corpo, é uma forma de tratar a imobilidade dos pacientes nas UTI’s otimizando o
tratamento ali recebido e corroborar para minimizar as patologias existentes?
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3 OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL:

- Apresentar a Cinesioterapia como uma forma eficaz e necessária para a


reabilitação dos pacientes com estágios de imobilidades nas Unidades de Terapias
Intensivas;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

- Apontar a cinesioterapia como um suporte para a reabilitação de pacientes


internados nas unidades hospitalares nas UTI’s;
- Destacar os principais tipos de cinesioterapia;
- Ressaltar sobre as principais indicações da cinesioterapia;
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4 JUSTIFICATIVA

A cinesioterapia pode contribuir muito para a recuperação do paciente


hospitalizado, uma vez que é à base de vários tratamentos das terapias e manobras
manuais, sendo muito importante para ajudar a traçar uma conduta de tratamento e
reabilitação ao paciente buscando assim diminuir atrofias musculares, evitar perda
de massa muscular, buscar diminuir tempo de internação, e reabilitar o mais rápido.
Por meio da cinesioterapia é possível apontar a melhor forma de ajudar o
paciente a retomar a sua funcionalidade dos sistemas neuromuscoloesqueléticos,
circulatórios por meio do biomecanismo dos movimentos.
Assim, a cinesioterapia é de suma importância na conduta, na avaliação, na
forma de tratar para reabilitar o paciente trazendo uma melhor qualidade de vida
para o hospitalizado que se encontre com as mobilidades comprometidas,
principalmente os pacientes oriundos das UTI’s. Busca-se assim esclarecer os
benefícios e contribuição da cinesioterapia no tratamento da melhoria de reabilitação
cinético-funcional do doente através de treinamentos planejados e sistemáticos.
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5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Nas últimas décadas cresceu muito a necessidade e presença do


fisioterapeuta nas unidades hospitalares, seja devido a comprovação da eficácia das
suas técnicas, seja por ter seu papel legalizado nas equipes multidisciplinares que
tratam pacientes críticos.
A Cinesioterapia é a parte da Fisioterapia que se utiliza de movimentos ativos
do paciente, através da contração muscular voluntária, que pode também ser
descrita como exercícios terapêuticos com objetivo de reabilitar o movimento,
frequentemente utilizado em conjunto com as técnicas de terapia manual. Sua
aplicação é importante, pois sempre que existe uma disfunção do aparelho
locomotor humano, existe também uma deficiência ou desequilíbrio da função
muscular.
Os efeitos da cinesioterapia são percebidos no desenvolvimento, na evolução
do quadro, restauração e manutenção da força, flexibilidade, melhora da fadiga, da
mobilidade, coordenação motora, entre outros (KISNER & COLBY, 1998).
A imobilidade é causa de preocupação, pois, considera-se que de sete a dez
dias um período de repouso, de doze a quinze dias considera-se imobilização e a
partir de quinze dias é considerado decúbito de longa duração (KANOBEL, 2004).
A Cinesioterapia, que é a terapia ou tratamento através do movimento,
engloba diversas técnicas e recursos e quando é impossibilitada ou contraindicada,
é utilizado os movimentos de forma passiva para manter a elasticidade da
musculatura global e a amplitude articular, evitando lesões em tendões e ligamentos
dado o repouso prolongado e seus efeitos nocivos. Podemos dizer que é a tentativa
de imitar os movimentos naturais e fisiológicos.
Em todas as situações de cinesioterapia todos os segmentos corpóreos do
paciente devem ser tratados, com diversos métodos e de diversas formas, buscando
sempre combater os efeitos da não movimentação natural levando em conta a
particularidade de cada caso.
Para um prognóstico melhor é necessário uma correta avaliação, com
exames de inspeção, palpação, mensuração, avaliação de todos os reflexos,
utilização de testes especiais, de força e de amplitude, enfim, dando um enfoque
global. (SHESTACK, 1987).
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Assim, podemos dizer que, a cinesioterapia atua diretamente na imobilidade,


estado do que não se move, porém pode ser também uma restrição prescrita ou
inevitável em algum momento da vida do indivíduo, ou seja, pode ser natural ou
necessária.

5.1 APLICAÇÃO DA CINESIOTERAPIA NAS UNIDADES HOSPITALARES

Existem muitas complicações comuns e específicas dos pacientes internados


que necessitam da fisioterapia nos hospitais, não havendo um procedimento padrão
para todos. Assim, os problemas decorrentes e diferentes em cada paciente devem
levar a um tratamento planejado e que venha de encontro às necessidades
individuais, conforme já explicita GARDINER (1995).
Dentro das Unidades Hospitalares, principalmente em pacientes internados em
Unidade de Terapia Intensiva a imobilidade pode trazer complicações e sérios
problemas à saúde, assim, a intervenção do fisioterapeuta através de procedimentos
de Cinesioterapia após a realização da anamnese é necessária, de forma a prevenir
o que se denomina Síndrome da Imobilidade Prolongada (SIP).
A utilização de procedimentos de cinesioterapia motora em pacientes que
estão no leito, imobilizados, por tempo prolongado, podem minimizar os efeitos
adversos e negativos que surgem, buscando melhorar a qualidade de vida do
paciente.
Como não existe um tipo ou um padrão específico de tratamento, cabe ao
profissional de fisioterapia uma avaliação cuidadosa para traçar objetivos claros e
estratégias, sempre com reavaliações objetivando correções junto ao programa
estabelecido na busca de progressão junto ao estado clínico do paciente, até atingir
o potencial de recuperação esperado. Prevenindo assim a atrofia e
comprometimento dos nervos. Se houver nível de consciência no paciente, a
cinesioterapia ativa pode ter um sucesso maior. Com a evolução do paciente os
exercícios da cinesioterapia poderão ser utilizados de forma mais ampliada,
buscando evolução gradual da força muscular.
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Nas Unidades de Terapia Intensiva dos hospitais é necessário que o


profissional fisioterapeuta use de sequências num plano de gerenciamento de
mobilização para sua recuperação. A Cinesioterapia deve, portanto, preocupar-se
como correto posicionamento no leito, para que não haja deformações através da
postura e com exercícios motores passivos, executados através de movimentos de
flexão e extensão dos membros superiores e inferiores, havendo mobilização
articular, dissociação de cinturas, do quadril e escapular, sempre se notando as
condições e a evolução do paciente no leito. Conforme a evolução permite, a
cinesioterapia motora ativa pode promover exercícios onde o paciente é orientado a
realizar outros movimentos.
O fisioterapeuta, nos hospitais deve ter a preocupação formações de úlceras
ocasionadas por pressão, devendo haver um cuidado multidisciplinar e orientações
aos familiares para colaborar no tratamento após ocorrer à alta médica. Cria-se uma
rotina que envolve inspeção diária da pele, havendo higienização e manutenção da
oleosidade, buscando-se utilizar sempre o vestuário adequado e bem adaptado, com
ausência de objetos e alimentação no leito, lençóis esticados e colchões adaptados,
normalmente do tipo pneumático ou d’água, conforme alguns estudos sugerem.
Assim, a cinesioterapia atuará para a melhora dos pacientes internados nos
hospitais e dará sequência para a continuidade do progresso no ambiente extra-
hospitalar, o que a torna de extrema necessidade nas unidades hospitalares.
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6 METODOLOGIA

Considerando os meios existentes para desenvolvimento do estudo, e do


ponto de vista dos objetivos da pesquisa, está será basicamente bibliográfica, que
no entendimento de Gil (2010) “a pesquisa bibliográfica visa ao conhecimento e
análise das principais teorias relacionadas a um tema e é parte indispensável de
qualquer tipo de pesquisa, podendo ser realizada com diferentes finalidades, sendo
está um tipo de pesquisa”. Lakatos e Marconi (2005) ao ponderar sobre esse
contexto, relacionado à coleta de informações para a pesquisa acrescentam que
esses dados permitem sustentar o trabalho proporcionando meios para a resolução,
definições e análise do problema.
Assim, para constituição dos trabalhos preliminares, utilizou-se como recursos
a pesquisa exploratória e descritiva sobre o estudo, e ainda de fontes secundárias
realizadas na biblioteca da UNIC; biblioteca da UFMT e biblioteca municipal da
cidade de Cuiabá/MT, além de visitas e analises a banco de dados (Google
acadêmico; Scielo), foi realizado também um levantamento bibliográfico de
publicações dos últimos 20 anos, através de palavras-chave como: Cinesioterapia;
Imobilidade; Fisioterapia Hospitalar.
Todos esses apontamentos, sendo ordenado em fichas as quais apresentam
cabeçalho, referências bibliográficas e corpo de estudo, vale ressaltar que dentre as
publicações foram selecionadas aquelas preferencialmente em idiomas em
português, e que possui relação com o tema em estudo, sendo excluídas
publicações que tratasse de outras situações não relacionadas e/ou apresentassem
pouca qualidade metodológica, tal direcionamento, a fim de, respaldar e configurar o
desenvolvimento do trabalho, seguido das considerações finais e das referências
bibliográficas indicando toda a literatura que direcionou a referida pesquisa.
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7 CRONOGRAMA
Quadro 1 – Cronograma de execução das atividades do Projeto e do Trabalho de
Conclusão de Curso.
ATIVIDADES 2022/02
AGO SET OUT NOV DEZ

Escolha do tema.
X X
Definição do problema
de pesquisa

Definição dos objetivos,


justificativa.
X X

Definição da
X X
metodologia.
Pesquisa bibliográfica e
X X
elaboração da X X
fundamentação teórica.
Entrega da primeira
x X
versão do projeto.
Entrega da versão final
x
do projeto.

Revisão das
referências para
elaboração do TCC.

Elaboração do Capítulo
1.
Revisão e
reestruturação do
Capítulo 1 e elaboração
do Capítulo 2.
Revisão e
reestruturação dos
Capítulos 1 e 2.
Elaboração do Capítulo
3.
Elaboração das
considerações finais.
Revisão da Introdução.
Reestruturação e
revisão de todo o texto.
Verificação das
referências utilizadas.
Elaboração de todos os
elementos pré e pós-
textuais.

Entrega da monografia.

Defesa da monografia.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

GARDINER, M. D. Manual de Terapia por Exercícios. São Paulo: Santos,1995.

GIL, A. Como elaborar projetos de pesquisa. Atlas. 2010.

HALL, C. BRODY, L. T. Exercícios Terapêuticos em busca da Função. São


Paulo: Manole,2001,1995.

KISNER, C. COLBI, L. A. Exercícios terapêuticos: fundamentos e técnicos.3. Ed.


São Paulo: Manole, 1998.

KNOBEL, E. Condutas no paciente grave. São Paulo, 1998.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia do trabalho


científico: procedimentos básicos, pesquisa bibliográfica, projeto e relatório,
publicações e trabalhos científicos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005. 315 p.

SHESTACK, R. Fisioterapia prática. 3. Ed. São Paulo: Manole, 1987 .

RIVOREDO, M. G. A; MEJIA, D. A Cinesioterapia Motora como prevenção da


Síndrome da Imobilidade Prolongada em pacientes internados em Unidade de
Terapia Intensiva. 2013. Disponível em:
https://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/27/15. Acesso em 10 nov. 2022.

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