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CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNVIC

Adrian Emily Ramos de Carvalho


Nicoly Corrêa Rabelo

A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DE


QUEDAS EM IDOSOS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Pindamonhangaba – SP
2021
CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNVIC

Adrian Emily Ramos de Carvalho


Nicoly Corrêa Rabelo

A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DE


QUEDAS EM IDOSOS: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Monografia apresentada como parte dos requisitos para


obtenção do Diploma de Bacharel em Fisioterapia pelo
Curso de Fisioterapia Centro Universitário
UniFUNVIC.

Orientador: Prof. MSc. Keyleytonn Sthil Ribeiro

Pindamonhangaba – SP
2021
Carvalho, Emily Ramos de; Rabelo, Nicoly Corrêa.
A atuação da fisioterapia na prevenção de quedas em idosos: Revisão
bibliográfica / Adrian Emily Ramos de Carvalho; Nicoly Corrêa Rabelo/
Pindamonhangaba-SP: UniFUNVIC Centro Universitário FUNVIC, 2021.
49f: il.
Monografia (Graduação em Fisioterapia) UniFUNVIC-SP.
Orientador: Prof. MSc. Keyleytonn Sthil Ribeiro

1 Envelhecimento. 2 Doenças. 3 Quedas em idosos. 4 Fisioterapia. 5 Tratamentos.


I A importância da fisioterapia na prevenção de quedas em idosos II Adrian Emily
Ramos de Carvalho; Nicoly Corrêa Rabelo
CENTRO UNIVERSITÁRIO FUNVIC

ADRIAN EMILY RAMOS DE CARVALHO


NICOLY CORRÊA RABELO

A ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM IDOSOS:


REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Monografia apresentada como parte dos requisitos para


obtenção do Diploma de Bacharel em Fisioterapia pelo
Curso de Fisioterapia Centro Universitário
UniFUNVIC.

Data: ___________________

Resultado: _______________

BANCA EXAMINADORA

Prof. _____________________________________ Centro Universitário UniFUNVIC


Assinatura_________________________________

Prof. _____________________________________ Centro Universitário UniFUNVIC


Assinatura_________________________________

Prof. _____________________________________ Centro Universitário UniFUNVIC

Assinatura_________________________________
AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar a Deus, todas nossas conquistas são fruto de muita fé e perseverança.

Agradecemos as nossas famílias pelo amor e ajuda nos momentos em que necessitamos, e por
sempre acreditarem em nós.

Ao nosso orientador Professor MSc. Keyleytonn Sthil Ribeiro, pela ajuda e continuidade na
nossa pesquisa. Obrigada por nos ajudar em mais um passo dos nossos sonhos.

Ao Centro Universitário UniFUNVIC e aos professores pela paciência e aprendizado


dedicado nestes anos.

Aos amigos que nesta etapa podemos contar, com uma palavra de ânimo e cumplicidade nos
momentos necessários.
“Desejo que você, sendo jovem, não amadureça depressa demais e, sendo maduro, não insista
em rejuvenescer, e que sendo velho, não se dedique ao desespero. Porque cada idade tem o
seu prazer e a sua dor e é preciso que eles escorram entre nós.”
Victor Hugo
RESUMO

Envelhecer faz parte do processo da vida e acontece de forma gradual, caracterizado pela
mudança no funcionamento do organismo, debilidade do sistema imunológico e necessidades
nutricionais. A queda entre idosos caracteriza um problema de saúde pública, com alta
mortalidade e está dentre as causas de óbitos em idosos, dentre elas a hospitalização. É certo
que a prática de atividades físicas continuamente aprimora a saúde do idoso, ajudando a
prevenir quedas, dando uma maior segurança na execução das atividades diárias, permitindo o
contato social, minimizando o risco de doenças crônicas. O trabalho tem como objetivo geral
analisar a literatura sobre o processo de envelhecimento e a importância do fisioterapeuta, na
prevenção e tratamentos de quedas dos idosos com o acometimento de doenças. O
envelhecimento é gerado pelos processos orgânicos, como a perda de controle postural devido
as mudanças nos sistemas e no qual o tratamento fisioterápico ajuda trabalhando a mobilidade,
força, verticalização da postura e resistência muscular, entre outros que ajudam a prevenir
possíveis quedas. A função da fisioterapia busca nortear o idoso, para que ele identifique
possíveis quedas, prescrevendo e realizando exercícios físicos, como fortalecimento muscular,
propriocepção e alongamentos. Sendo assim, o idoso busca promover a melhoria na capacidade
funcional e proporcionar maior independência. Portanto, o fisioterapeuta precisa ser um
profissional capacitado para atuar no tratamento e na prevenção, já que essa assistência
multifatorial minimiza a chance de quedas. Logo, é o profissional que detém os conhecimentos
relevantes para nortear os pacientes e familiares, com formas seguras de prevenção das quedas,
além de maneiras de ampliar a capacidade funcional, suporte muscular e independência.

Palavras-chave: Envelhecimento. Doenças. Quedas. Fisioterapia. Tratamentos.


ABSTRACT

Aging is part of the life process and happens gradually, characterized by changes in body
functioning, weakness of the immune system, and nutritional needs. Falling among the elderly
is a public health problem, with high mortality and is among the causes of death in the elderly,
including hospitalization. It is certain that the practice of physical activities continuously
improves the health of the elderly, helping to prevent falls, providing greater safety in
performing daily activities, allowing social contact, and minimizing the risk of chronic diseases.
The general objective of this paper is to analyze the literature on the aging process and the
importance of the physiotherapist in the prevention and treatment of falls in the elderly with the
affliction of diseases. Aging is generated by organic processes, such as the loss of postural
control due to changes in the systems, in which physiotherapy treatment helps by working on
mobility, strength, posture verticalization, and muscle resistance, among others, which help to
prevent possible falls. The function of physical therapy seeks to guide the elderly, so that they
can identify possible falls, prescribing and performing physical exercises such as muscle
strengthening, proprioception, and stretching. Thus, the elderly seeks to promote improvement
in functional capacity and provide greater independence. Therefore, the physical therapist needs
to be a skilled professional to act in the treatment and prevention, since this multifactorial
assistance minimizes the chance of falls. Therefore, it is the professional who holds the relevant
knowledge to guide patients and families with safe ways to prevent falls, as well as ways to
increase functional capacity, muscle support, and independence.

Keyword: Aging. Illnesses. Falls. Physical therapy. Treatments.


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 8
2 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................... 10
2.1 ENVELHECIMENTO E SEU PROCESSO .............................................................. 10
2.1.1 Envelhecimento do Tecido Muscular ......................................................................... 13
2.1.2 Envelhecimento do Tecido Ósseo .............................................................................. 14
2.1.3 Envelhecimento do Tecido Articular .......................................................................... 15
2.2 SÍNDROME DE QUEDAS EM IDOSOS ................................................................. 16
2.3 SÍNDROME DA FRAGILIDADE EM IDOSOS ...................................................... 18
2.4 DOENÇAS DO ENVELHECIMENTO E RISCOS DE QUEDAS ........................... 19
2.4.1 Vertigens e tonturas .................................................................................................... 19
2.4.2 Doenças cardiovasculares ........................................................................................... 20
2.4.3 Doença de Alzheimer ................................................................................................. 20
2.4.4 Doença de Parkinson .................................................................................................. 21
2.4.5 Osteoartrite ................................................................................................................. 22
2.4.6 Osteoporose ................................................................................................................ 22
2.5 IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE
QUEDAS NOS IDOSOS.......................................................................................................... 23
2.5.1 Testes fisioterapêuticos para avaliação de pacientes idosos acometidos de quedas ... 24
2.5.1.1 Teste Timed Up and Go (TUG) .................................................................................. 24
2.5.1.2 Avaliação de risco de queda ....................................................................................... 25
2.5.1.3 Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) ........................................................................... 25
2.5.1.4 Marcha Tandem (MT) ................................................................................................ 25
2.5.2 Práticas de prevenção e tratamento fisioterápicos a pacientes idosos ........................ 26
2.5.2.1 Prática de exercícios físicos ........................................................................................ 26
2.5.2.2 Fortalecimento muscular ............................................................................................ 27
2.5.2.3 Treinamento de equilíbrio .......................................................................................... 28
2.5.2.4 Treinamentos proprioceptivos .................................................................................... 29
2.5.2.5 Treino de marcha ........................................................................................................ 29
2.5.2.6 Hidroterapia na recuperação e prevenção de quedas .................................................. 29
3 MÉTODO...................................................................................................................31
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO...................................................................... ........33
5 CONCLUSÃO............................................................................................................39
REFERÊNCIAS........................................................................................................ 40
8

1 INTRODUÇÃO

A sociedade tem envelhecido em escala global, gerando uma maior vulnerabilidade para
distúrbios do equilíbrio, multimorbidade crônica e quedas.1 O envelhecimento é considerado
um processo natural no que diz respeito à diminuição funcional do organismo, ocorrendo de
maneira inevitável com o passar do tempo Essa modificação na capacidade funcional torna os
idosos mais vulneráveis a influência de fatores extrínsecos e intrínsecos, bem como aos agravos
decorrentes das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).2 O envelhecimento está
fisiologicamente relacionado ao declínio cognitivo e à resposta prejudicada ao estresse,
mediante a degeneração do circuito espinhal gerando mudanças progressivas do desempenho
motor.3
Com o envelhecimento, é comum a redução da massa muscular que, por consequência,
reduz a força, bem como a redução da massa óssea, o que afeta no enfraquecimento esquelético.
São fatores que podem comprometer a postura, marcha, equilíbrio e a propriocepção, condições
essas que irão favorecer a queda.4 Conforme ocorre o envelhecimento, os sistemas do corpo
humano mudam em relação a sua morfologia e funcionalidade, perdendo gradualmente os
mecanismos que mantem a homeostasia do organismo. São mudanças que, em geral, começam
no início da vida adulto, porém se intensifica conforme os anos passam. Portanto, não são
mudanças consideradas como enfermidades, pois são esperadas pela ação do tempo nos
tecidos.5
A quantidade de quedas cresce em idosos, ambos o sexo, a partir dos 65 anos de idade
e em torno de 30% das pessoas nesta faixa etária caem pelo menos uma e vez ao ano. 6 A queda,
em geral, está relacionada ao aumento da fragilidade e vulnerabilidade do indivíduo. Contudo,
alguns comportamentos de risco, como falta de atividade física e sedentarismo, podem
aumentar o risco de quedas e reduzir a capacidade funcional dos idosos. Além disso, existem
transtornos cognitivos e mentais, como demência e depressão.2
O envelhecimento promove a redução da força muscular, perda de equilíbrio, dentre
outras características que influenciam na locomoção. Em torno de 40 a 60% das quedas entre
os idosos geram ferimentos.7 O equilíbrio é resultado da interação entre diversos sistemas do
corpo humano. Cada sistema possui componentes que podem sofrer perdas funcionais com o
envelhecimento, o que acaba dificultando o funcionamento da resposta motora, que é
responsável pela manutenção do equilíbrio de postura. Sendo assim, pode acontecer prejuízos
funcionais devido as quedas.5 O distúrbio do equilíbrio é um grande fator de risco para as quedas
e caracteriza um dos motivos recorrentes da busca por cuidados médicos.1
9

O fisioterapeuta também é muito importante na atenção à população idosa. A atuação


na gerontologia se consolidou, em especial, depois da publicação da Resolução nº 476, de
dezembro de 2016. Tal Resolução reconhece a atividade do fisioterapeuta no exercício da
especialidade. Além disso, ajuda a conservar as funções cognitiva e motora dos idosos, ao passo
que ajuda a retardar a incapacidade e reabilitar os idosos.5 Logo, para que haja um
envelhecimento ativo, é necessário preservar a capacidade funcional do idoso para prevenir
possíveis riscos.8
O exercício físico ajuda a prevenir diversas patologias associadas a idade, como doenças
cardiovasculares e metabólicas, perda de qualidade óssea e câncer. Além disso, reduz o risco
de quedas em idosos, evitando a redução da massa muscular e aprimorando o controle do
equilíbrio.9 Ao longo dos anos e com o envelhecimento, a atividade física se torna primordial
para aprimorar a qualidade de vida, prevenir efeitos do envelhecimento e corroborar com a
prevenção de doenças crônicas.10 É uma função primordial e precisa ser feita por meio de
exercícios físicos, treino de marcha e equilíbrio, além das atividades de relaxamento. 8
O trabalho tem como objetivo geral analisar a literatura sobre o processo de
envelhecimento e a importância do fisioterapeuta, na prevenção e tratamentos de quedas dos
idosos com o acometimento de doenças.
10

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1. ENVELHECIMENTO E SEU PROCESSO

O envelhecimento é reconhecido pela perda contínua da integridade fisiológica, que


compromete a função e aumenta a vulnerabilidade. Essa deterioração é o principal fator de risco
para patologias como câncer, debates, doenças neurodegenerativas e cardiovasculares. Os
fatores metabólicos na presença ou falta de antioxidantes, levam ao estresse oxidativo e também
podem degradar componentes metabólicos e celulares.11 Dentre as consequências estão as
desordens do equilíbrio, redução da velocidade da marcha e declínio funcional, podendo gerar
decadência nos sistemas sensoriais, como vestibular, visual e somatossensorial. 12
O envelhecimento é um processo fisiológico e multifatorial gerando a perda de funções
no organismo e trazendo riscos para o desenvolvimento de inflamações e patologias crônicas.
Uma das possíveis relações entre idade e doenças virais é o envelhecimento, processo associado
à idade e redução da imunidade, reduzindo a capacidade orgânica de resistir a infecções. 13 É
um processo conhecido como desenvolvimento dinâmico, progressivo e universal dos
organismos vivos, reconhecido pelas mudanças psicossociais e morfológicas.14 O
envelhecimento é irreversível e afeta negativamente a qualidade de vida. Os idosos se deparam
com dificuldades associadas ao agravamento da saúde.15
A população idosa é a parcela que mais tem crescido, reflexo do aumento da expectativa
de vida. Estimativas da Organização Nações Unidas (ONU), preconiza que em 2050 cerca de
22,1% da população terá sessenta ou mais, equivalente a 1,97 bilhões de pessoas. No Brasil, o
percentual de pessoas idosas pode aumentar de 12% em 2015 para 29% em 2050.16 Em 2019 o
Brasil tinha em torno de 33 milhões de indivíduos com 60 anos ou mais de idade. Em 2020, as
capitais que se destacaram em proporção de idosos foram: Rio de Janeiro (20,7%), Porto Alegre
(19,4%) e Recife (15,9%), predominantemente de mulheres.17 A população brasileira crescerá
até 2047, chegando a 233,2 milhões de pessoas. Nos anos posteriores, reduzirá gradualmente,
até 228,3 milhões em 2060, estas são estimativas demográficas em padrões por sexo e idade,
ano a ano, até 2060. Em 2060, 25,5% da população deverá ter mais de 65 anos. Nesse mesmo
ano, o país teria 67,2 indivíduos com menos de 15 e acima dos 65 anos para cada grupo de 100
pessoas em idade de trabalhar. A Figura 1, ilustra essa porcentagem de crescimento
populacional no Brasil.18
11

Figura 1- Porcentagem de 9% do crescimento populacional brasileiro.


Fonte: IBGE, 2018.

Em 2060, a porcentagem populacional com idade entre 65 anos ou mais chegará a


25,5%, ao mesmo passo que em 2018 foi de 9,2%. Já os jovens, caracterizados entre 0 a 14
anos deverão ter um percentual de 14,7% da população em 2060, frente a 21,9% em 2018.18
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que o Brasil será o sexto país com
mais idosos no mundo até 2035, existem ainda vários desafios a serem alcançados na saúde
pública com relação aos idosos e carência de informações acerca das singularidades dos
mesmos, que acabam afetados de forma direta ou indireta. As limitações corporais dos idosos
são as que mais comprometem sua autonomia e independência.19
Os idosos têm características cognitivas e biológicas da idade e saberes, experiências e
conhecimentos acumulados durante a vida. Não são somente pessoas com dificuldades e
necessidades, porém indivíduos que conseguem desenvolver habilidades e prosseguir na
aprendizagem. Portanto, programas de educação em saúde promotores de participação ativa dos
idosos, levando em conta a premissa da importância do conhecimento de situações palpáveis
da vida, do dialógico e, fazendo com que se sintam no meio.14
Essa fase da vida é caracterizada por mudanças sociais, cognitivas e psicológicas. Os
recursos da personalidade realizam um papel muito importante na determinação do bem-estar
subjetivo, que mensura a qualidade de vida. Esses recursos têm relação com o
autoconhecimento, capacidades de enfrentamento, autovalorização e senso de ajustamento
psicológico.20 A funcionalidade na velhice, desta forma, sofre influencias de diversos fatores,
entre eles, mudanças fisiológicas, idade, cognição, escolaridade, renda, entre outros. A
funcionalidade pode ser compreendida como um continum de estados funcionais, com vários
12

níveis de desempenho, o que reflete numa complexidade que, geralmente, torna difícil
diferenciar processos patológicos dos considerados como “normais”.21
Os idosos são mais suscetíveis aos efeitos do estresse em relação aos jovens. Quanto
melhor o sistema de reservas, melhores serão as respostas mediante o estresse, compreendendo
que essas são definidas por vários sistemas funcionais. O envelhecimento tem associação com
as mudanças do sistema imunológico que é classificado como envelhecimento, que aumentaria
o índice de adoecimento por infecções, bacterianas ou virais câncer e doenças autoimunes.
Dentre os biomarcadores usados entre a relação de jovens e idosos o processo imunológico é a
menor parte em números totais de células T CD8+ de memória. A capacidade de proliferação
dos linfócitos T sendo prejudicada, corrobora para reduzir a capacidade dos idosos em instalar
uma imunidade eficaz mediante os novos antígenos.13
O envelhecimento acontece mediante as inúmeras transformações no sistema
imunológico. Esse estado é caracterizado por mudanças no tamanho das células T, padrão de
secreção de citocinas, capacidade celular e geração de anticorpos, que geram um estado pró-
inflamatório e uma capacidade menor de responder a antígenos. Além das interações junto aos
patógenos, o microbioma e a nutrição do hospedeiro, exercício e estresse, e demais
determinantes externos, modular o processo de imunossenescência. 22 É um processo com
muitas mudanças gradativas e se manifestam intensamente durante os anos, as quais
consideram, entre as mudanças, transformações estruturais que constituem o sistema
musculoesquelético e composição corporal.5
As mudanças geradas por essa fase, podem gerar déficits do equilíbrio e distúrbios da
marcha que permitam as quedam e limitações nas funções, como fraturas, imobilidade, que
influenciam nas atividades diárias. Sabe-se que a população idosa tem crescido durante os anos,
por conta da maior expectativa de vida, possível diante do combate à desnutrição, redução da
mortalidade materna e infantil, acesso a vacinas e medicamentos gratuitos, dentre demais
ações.23 Os constantes declínio da função fisiológica que, em geral, acontecem durante os anos
estão relacionadas a caminhada mais vagarosa e as dificuldades para se levantar e se
equilibrar.24 Além dos riscos de fraturas relacionadas a quedas, o equilíbrio caracteriza uma das
características das atividades diárias, profissionais ou recreativas; portanto, um
comprometimento dessa habilidade pode afetar toda a qualidade de vida.9
13

2.1.1 Envelhecimento do Tecido Muscular

Dentre as mudanças morfofisiológicas comuns do envelhecimento, as musculares são


importantes do ponto de vista funcional, já que o envelhecimento gera a perda de massa
muscular importante, caracterizando a sarcopenia. Portanto, o envelhecimento gera déficits na
massa muscular, começando, geralmente, depois dos 25 anos.5 A perda na massa muscular é
maior nos idosos frágeis.6 Com os anos, é possível observar uma redução da força muscular e
elasticidade, redução da massa óssea, prejuízo da estabilidade e dinâmica articular. Essa série
de mudanças compromete os mecanismos de controle da postura.25
Ao longo dos anos, os indivíduos sofrem com mudanças nas fibras musculares. Nos
idosos é possível observar a redução na quantidade e no volume de fibras de contração rápida
e nas de contração lenta, porém em menor proporção. Essa perda é substituída por tecido
conjuntivo. Essa série de eventos é inevitável de ser interrompida, entretanto, sua progressão
pode ser retardada com a inserção de programas voltados para o treinamento de força
muscular.26
A perda de tônus muscular, devido a degeneração dos tecidos e declínio de tecidos
ósseo, faz com que seja preciso praticar musculação para reduzir a perda de massa muscular. 24
Essa redução da força muscular e coordenação das extremidades inferior provém da
deterioração física num corpo mais velho.27
Tal redução é gerada pelas mudanças na microarquitetura das fibras musculares,
deposição do tecido adiposo progressivo e conjuntivo, o que gera um quadro de denervação das
fibras; além de reduzir a resposta aos fatores de desenvolvimento endotelial vascular, que
auxiliam na isquemia e perfusão inadequada dessas fibras.5
A sarcopenia é uma condição comum entre os idosos, que impacta significativamente
na capacidade funcional e qualidade de vida. Ademais, está relacionada à alta incidência de
desfechos geriátricos, como quedas, mobilidade reduzida, perda de independência e
mortalidade. Em moradores da Europa, uma extensa faixa de prevalência foi encontrada de 1%
a 29%; e em instituições de longa permanência, a variação é de 14–33%.28
Os músculos sofrem com a perda de massa muscular, redução da quantidade de fibras,
diminuição do volume das fibras brancas, substituição de fibras por tecido conjuntivo, menor
qualidade na contração dos músculos.15 A sarcopenia é classificada como uma síndrome
caracterizada pela perda generalizada de massa e função muscular.29 No contexto
gerontológico, não é incomum, especialmente porque se estima que os idosos percam, em torno
de 1 a 2% da massa muscular esquelética e de 1,5 a 5% de força muscular no ano. A sarcopenia
14

em idosos está relacionada aos altos riscos, como baixa qualidade de vida e
morbimortalidade.33 que eleva o risco de eventos adversos em idosos, como quedas e fraturas,
perda de qualidade de vida e funcionalidade, entre outras.30 Além disso, eleva o risco de
limitações física e incapacidade. As estatísticas epidemiológicas apresentam que a sarcopenia
afeta em torno de 50% dos idosos, conforme o país, etnia, critérios diagnósticos e ambiente de
saúde.31
Portanto, a perda muscular parece ser inevitável, iniciando em adultos com idades entre
30 e 40 anos. Progride com redução da massa muscular em média 8% por década entre as idades
de 40 a 70 anos, e acelera para 15% por década a partir de 70 anos, variando entre homens e
mulheres. A sarcopenia tem diversas causas, como genética, distúrbios metabólicos,
deficiências nutricionais e limitações físicas.31

2.1.2 Envelhecimento do Tecido Ósseo

A matriz óssea, fisiologicamente, é sintetizada por células conhecidas como


osteoblastos, responsáveis pela geração dos componentes de sustentação. Porém, ao mesmo
tempo, parte da matriz é reabsorvida por células osteoclastos, que degradam a matriz óssea. É
um processo reconhecido como remodelamento ósseo.5
Os tecidos ósseos são constituídos por alguns tipos celulares: osteoblastos, que tem
como função sintetizar a matriz celular não mineralizada; osteócitos e; osteoclastos,
responsáveis pelo remodelamento e reabsorção.32 No processo de envelhecimento, a perda
óssea é gerada pelo aumento da reabsorção óssea, bem como pelas deficiências funcionas das
células-tronco mesenquimais (MSCs) que comprometem a linhagem com a adipogênese devido
a osteogênese e redução da capacidade de auto renovação.33 O tecido ósseo sobre com as
alterações, por conta do desequilíbrio da reabsorção de cálcio e menor massa e densidade
óssea.34
Portanto, a perda óssea está associada à idade, por conta da maior reabsorção em relação
a formação óssea, que é um processo que reduz o volume trabecular e diminuição da largura do
osso cortical.35 Esse envelhecimento reduz os osteoblastos e aumenta os osteoclastos
desenvolvendo uma perda absoluta de massa óssea ocorrendo um desequilíbrio de reabsorção
de cálcio, fator que também acontece com a influência dos hormônios sexuais ocasionando a
perda mineral óssea.36
Quando a densidade mineral óssea menor não alcança todos os ossos igualmente, é
porque há uma perda maior nos ossos trabeculares antes dos 50 anos, como nos ossos da coluna
15

vertebral.8 Sendo assim, o envelhecimento tem relação com as mudanças macroestruturais


geométricas do osso cortical e trabecular, além da redução do número trabecular, espaço
trabecular maior e espessura inferior. No osso cortical gera reabsorção e formação endocortical
na superfície periosteal.37 O osso é necessário, pois tem o papel de sustentar o corpo, que com
o envelhecimento acaba ficando fragilizado.20

2.1.3 Envelhecimento do Tecido Articular

O tecido articular é composto por fibras e colágeno, associadas as células articulares já


maduras, conhecidas como condrócitos, já as jovens, são conhecidas como condroblastos. Essa
estrutura busca oferecer movimento e sustentar os segmentos corporais. Entretanto, é o tecido
mais prejudicado durante o envelhecimento, o que ressalta o baixo metabolismo e pouca
vascularização que possui.5 A articulação é a conexão entre os ossos corporais e uma
inflamação nessa área gera várias doenças.38
Além do envelhecimento existe também uma mudança na cartilagem com consequentes
alterações biomecânicas, as quais podem reduzir a flexibilidade e locomoção. 39 O
envelhecimento está dentre os fatores de risco da degradação da cartilagem, proteólise,
calcificação e glicação avançada. As mudanças celulares consideram densidade celular menor,
senescência celular com perfis secretores anormais e mecanismos de defesa celular e respostas
anabólicas.40 Existem evidências associado a idade na geração de espécies reativas de oxigênio
(ROS) em relação a capacidade antioxidante dos condrócitos importantes na degradação de
cartilagem.41 A cartilagem articular sofre alterações na estrutura da matriz, atividade
metabólica, composição molecular e propriedades mecânicas. Tais mudanças consideram
fibrilação e composição do proteoglicano e redução da atividade anabólica. 42
As doenças articulares comprometem a funcionalidade e autonomia do idoso,
influenciando na mobilidade e apresentando a dificuldade na execução de atividades diárias.
São alterações que geram dor, rigidez e reduz o espaço intra-articular, perda de massa muscular,
o que reduz a amplitude dos movimentos, mudanças na marcha e equilíbrio, comprometendo a
mobilidade física predispondo a incapacidade funcional.34
As mudanças no tecido articular se estendem aos discos intervertebrais da coluna, que
perdem proteoglicanos e água e elevam a quantidade de colágeno, fazendo com que o disco
tenha sua espessura reduzida e, a partir disso, aumente a curvatura da coluna vertebral,
propiciando ao idoso uma cifose dorsal.5
16

2.2 SÍNDROME DE QUEDAS EM IDOSOS

A queda é definida pelo deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior
ao inicial, sem correção hábil, tendo como causa circunstancias multifatoriais intrínsecas ou
extrínsecas que influenciam na estabilidade. Pode gerar comprometimentos funcionais, físicos
e psicossociais, além de reduzir a qualidade de vida e capacidade de executar as tarefas do dia
a dia.9 A queda é qualquer contato acidental com superfícies próximas. Diversos fatores de risco
para quedas podem ser encontrados.5
A causa de quedas tem relações com fatores delimitados em extrínsecos e intrínsecos.
Os extrínsecos são as condições de infraestrutura do meio ambiente, como piso e iluminação
dos ambientes, o que se torna perigo para os indivíduos. Já os intrínsecos estão vinculados às
mudanças fisiológicas que alcançam o organismo humano, provenientes da idade. Portanto, é
preciso identificar precocemente o risco de queda de idosos.43
Dentre os fatores intrínsecos, um dos mais complexos, porém tratável por meio de
exercícios físicos, é o equilíbrio, pois os déficits na capacidade motora aumentam o risco de
queda.43
A menor flexibilidade nos membros inferiores também é um fator de risco para as
quedas. Estudos enfatizam que a redução da amplitude do movimento e força muscular nos
movimentos ocasionam mudanças nos padrões de marcha e dificuldades para realizar atividades
diárias.8
As quedas podem gerar lesões de partes moles, escoriações, ferimentos, fraturas, trauma
com ou sem lesões neurológicas e até a morte. Além disso, podem gerar consequências
psicológicas e sociais, como tristeza, depressão, menor prática de atividades físicas e sociais.25
A gravidade gerada pelas lesões decorrentes de quedas varia; logo, os pacientes com
Osteoporose, sofrem com o risco de fraturas do fêmur ou do corpo vertebral, principalmente
para quedas no nível do solo ou em escadas. O risco de traumatismo craniano é alto para todos
os idosos, e tais lesões podem resultar em patologia intracraniana com sequelas funcionais. 9 As
quedas podem ocasionar grandes consequências, como perturbação na mobilidade, lesões
permanentes, declínio funcional e internação do asilo, além de ser uma das causas de eventos
traumáticos.8
Apesar das quedas terem causa única, grande parte possui circunstâncias multifatoriais,
intrínsecas, extrínsecas ou, em grande parte, pela relação das duas. Porém, as quedas graves são
comuns em idosos frágeis, com múltiplas doenças e polifármacos, diferente das quedas que
acontecem pelo comportamento de risco.44 Diversas condições clínicas estão relacionadas aos
17

distúrbios do equilíbrio, inclusive o declínio da função do equilíbrio associado à idade,


medicamentos e as doenças.1
As quedas são multifuncionais e compõem um problema de saúde pública, estando
associadas à morbidade e mortalidade dos idosos. São responsáveis pela limitação de
movimentos, depressão e pior a qualidade de vida. Ademais, é um problema associado ao alto
custo econômico e social. As mudanças no equilíbrio corporal, são tidas como vertigem,
tontura, desequilíbrio que são as principais queixas dos idosos.1 Portanto, a queda pode sinalizar
o declínio da capacidade funcional ou sintoma de uma nova doença. E podem gerar uma
interação complexa entre fatores extrínsecos e intrínsecos. Dentre os primeiros, acontece a
perda de equilíbrio postural e podem ser gerados por problemas primários do sistema
osteoarticular e/ou neurológico.30
O maior evento incapacitante é a queda, que é quando o corpo se desloca não
intencionalmente para um nível abaixo da posição inicial, com incapacidade de corrigir em
tempo hábil. A queda é acidental, evento pelo qual o sujeito muda de posição. São as principais
responsáveis pelas limitações graves, como traumatismo craniano, dificuldades de locomoção,
fraturas de quadril e dependência funcional.45
A maior tendência nos idosos sofrerem com quedas é por conta das comorbidades
relacionadas, como as cardiovasculares, osteomusculares, psiquiátricas, dentre outras, devido
ao processo de envelhecimento, como aumento do tempo de reação e redução da eficácia das
estratégias motoras do equilíbrio corporal.6 Dentre as principais consequências está a fratura,
especialmente as de quadril, seguidas de punho.8
A alta frequência de quedas é recorrente na população idosa, portanto um terço dos
idosos acima de 65 anos já caiu pelo menos vez ao ano e o índice de queda é de 50%. Os idosos
com mais de 70 anos, a queda é ainda maior e pode gerar fraturas e eventos fatais.10 As quedas
com lesões estão dentre as causas de morte acidental na população idosa, caracterizando um
problema de saúde pública.1 O percentual de quedas cresce proporcionalmente a quantidade de
idosos, crescendo exponencialmente com as mudanças biológicas associadas à idade. Portanto,
um número relevante de idosos, com idade maior que 80 anos, demonstra uma quantidade maior
de lesões relacionadas as quedas.8
Dentre as mudanças responsáveis pelo aumento do risco de queda estão: mudanças do
funcionamento motor e sensorial; déficit do equilíbrio dinâmico e estático; perda da força e
potência muscular dos membros inferiores; perda da acuidade visual, dentre outros. 43 São
fatores que levam a uma menor qualidade de vida e encarem o tratamento. Em torno de 65%
das quedas estão associadas à lesão, das quais 10 a 15% sofrem com lesões graves,
18

principalmente a fratura óssea. Entre os resultados está a imobilização prolongada, que pode
gerar úlceras de pressão, infecções urinárias, trombose venosa e espasmos.46
Estudos apresentam que, depois da primeira queda, acontece um declínio da capacidade
funcional dos idosos, fazendo com que entrem num círculo vicioso. Em geral, a síndrome pós-
queda é uma síndrome de estresse pós-traumático.47 Essa síndrome e o medo de cair afetam
cerca de 73% dos que sofreram esse evento no ano interior, pois dentre os idosos sem relato de
quedas, a prevalência foi de 46%.48 Além disso, gera perda de autonomia, isolamento,
dependência e depressão, além disso em alguns casos necessita de imobilização que restringem
as atividades diárias.25

2.3 SÍNDROME DA FRAGILIDADE EM IDOSOS

O envelhecimento e doenças crônicas, como os distúrbios musculoesqueléticos, doenças


hiperglicêmicas e processos cardíacos, geram a Síndrome da fragilidade.49 Por consequência,
tais processos degenerativos produzem mudanças que podem influenciar na saúde mental,
como a velocidade da marcha e risco de quedas.50
A fragilidade é um estado relacionado a idade das reservas fisiológicas inferiores,
reconhecida pela resposta enfraquecida ao estresse e desfecho insatisfatório.51 Enquanto
síndrome fisiológica, a fragilidade demonstra uma reserva e resistência inferior nos idosos em
relação aos estressores, o que tem relação com o maior risco de eventos negativos.30 Uma das
principais características é a redução do desempenho físico. Logo, é uma síndrome com
diversas mudanças.52 É constantemente comum entre idosos com mais de 65 anos, com uma
estimativa entre 4 a 59,1%. Além disso, restringe a funcionalidade, tornando-os frágeis.49 Tem
relação com consequências, principalmente as quedas. 29 Diante dos avanços científicos
relacionados ao tema, esse conceito se transformou com o tempo, considerando os mecanismos
fisiopatológicos.52
Os marcadores fenotípicos de fragilidade, operacionalizados mediante os dados do
Cardiovascular Health Study (CHS), consideram fraqueza global com baixa força muscular,
lentidão, redução do equilíbrio e mobilidade, baixa atividade física e perda involuntária de peso.
Para fins de diagnóstico, pelo menos três dos componentes devem ser identificados, portanto a
presença de um dois é tida como um indicador do estado de pré-fragilidade. Numa abordagem
maior, pressupõe-se que a fragilidade também pode se manifestar pelo comprometimento
cognitivo, apesar de que evidências apresentam que o declínio é seletivo.51
19

As fraturas por fragilidade é um problema epidêmico, já que a população envelhece a


uma taxa maior que o previsto. As mais graves são as de quadril; essas fraturas podem gerar
uma morbidade graves, relacionadas a um alto risco de mortalidade. 53 A fragilidade é comum
em idosos, elevando o risco de eventos adversos como dependência e quedas. Em idosos é tida
como uma condição biológica na qual existe uma resposta pobre de diversos sistemas
fisiológicos para manter a homeostase depois de um evento estressante. 54

2.4 DOENÇAS DO ENVELHECIMENTO E RISCOS DE QUEDAS

2.4.1 Vertigens e tonturas

Estima-se que pelo menos 30% dos idosos com acima de 60 anos sofram com vertigem
e tontura, aumentando para 50% para os com acima de 85 anos. Em torno de 22 milhões de
adultos norte-americanos, segundo a National Health Interview Survey de 2008, tinham
distúrbios de equilíbrio, sendo que 26% eram idosos. 1 A tontura é um preditor para as quedas,
sendo a principal causa de morte acidental em idosos com mais de 65 anos. 55 Especialmente
nos idosos, o impacto da tontura pode ser significativo, já que está associada a questões como
depressão, isolamento e autocontrole.56
O aumento da suscetibilidade a quedas provém das mudanças fisiológicas associadas
as a tontura, desequilíbrio e vertigem; são sintomas que pioram o equilíbrio precário dos
idosos.57 Os sintomas de tontura são um problema prevalente em cerca de 30% dos idosos com
mais de 60 anos, já tontura é um preditor de quedas em idosos, bem as causas da vertigem que
se manifestam de várias maneiras.58
Apesar das causas de tontura sejam multifatoriais, a disfunção vestibular periférica está
entre as mais comuns. A vertigem posicional paroxística benigna é a maneira mais recorrente
de disfunção vestibular nos idosos, seguida da doença de Ménière. O desequilíbrio e a tontura
podem ser gerados por mudanças em qualquer um dos fatores relacionados ao sistema de
equilíbrio, tanto de origem sensorial, quanto vestibular, visual, muscular e neurológica. 59
Resulta nos idosos a dificuldade em executar tarefas, além de gerar a deficiência no controle do
equilíbrio corporal, como transferências posturais, marcha e demais tarefas dinâmicas que
necessitam da flexão do tronco e da cabeça diante da variabilidade de contextos ambienteis. Os
pacientes experimentam esses sintomas de várias maneiras: falsa sensação de movimentação
do corpo, sensação de desmaio iminente, desequilíbrio corporal, dificuldade na marcha, dentre
outros; geradas por disfunções vestibulares ou extravestibulares, como cardiovasculares,
20

visuais, neurológicas, entre outras. As principais disfunções vestibulares no idoso são:


Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB), Doença de Menière, Equivalentes de
Migrânea, Labirintopatias Metabólicas, Labirintopatias de Origem Vascular e Síndromes
Multissensoriais.60 Somente a presença de tontura é um preditor de quedas.55
Apesar da vertigem e tontura serem reconhecidas como fatores que aumentam o risco
de quedas e sintomas comuns entre os idosos, estudos epidemiológicos apresentam uma maior
variabilidade na prevalência de distúrbios do equilíbrio.1

2.4.2 Doenças cardiovasculares

A doença cardiovascular considera diversas doenças que podem elevar o risco de queda
e são prevalentes em idosos, como síncope hipotensiva postural, arritmias, distúrbios da
tireoide, infarto agudo do miocárdio anterior, insuficiência cardíaca, diabetes mellitus 2; levam
ao aumento do risco de quedas. Idosos com pelo menos 4 desses fatores demonstram um risco
de 60% maior do que a população em geral.61
A hipertensão compõe um fator de risco para quedas, já que para controlar o nível de
pressão arterial é preciso utilizar anti-hipertensivos que geram hipotensão postural.62 Os
pacientes com doenças cardiovasculares demonstram uma relação com risco de quedas, já que
o débito cardíaco menor reduz o fluxo cerebral e declínio cognitivo, tidos como fatores de risco.
Os Acidentes Vasculares Cerebrais (AVCs) podem gerar hemiplegia ou paresia, gerando
mudanças na marcha, bem como disfunção visual e lesão espaço-visual.63

2.4.3 Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é a causa mais recorrente de demência neurodegenerativa e se


caracteriza por uma progressão vagarosa dos sintomas. O primeiro caso foi do psiquiatra e
neurologista Alois Alzheimer, em novembro de 1906, na paciente Auguste Deter e a patologia
passou a receber esse termo por Kraepe-lin em 1910.29 De princípio foi caracterizada como uma
entidade clínico-patológica, em que o diagnóstico definitivo era feito por autópsia.30
É um transtorno neurodegenerativo irreversível e progressivo, que muda a função
cognitiva, considerando: memória, funções executivas, habilidades viso espaciais, linguagem e
personalidade ou comportamento.30 É uma doença que não tem cura. E as principais
manifestações clínicas, consideram perda de memória e declínio das funções superiores, o que
acarreta na prevalência de quedas.64
21

O Alzheimer apresenta vários sintomas, como a redução das funções cognitivas e


motoras e o declínio do equilíbrio. O prejuízo gerado no Sistema Nervoso Central (SNC)
associado ao envelhecimento pode acometer o equilíbrio, portanto, é um fator preocupante, já
que, o prejuízo no equilíbrio de indivíduos com Alzheimer está relacionado as quedas.65 A perda
da mobilidade independente e segura é justificada, especialmente, pela mudança da marcha e
equilíbrio.66

2.4.4 Doença de Parkinson

A doença de Parkinson está dentre as mais frequentes após o Alzheimer. As principais


manifestações são motoras e consideram tremor de repouso, rigidez no músculo, bradicinesia e
mudanças na postura.29 Os distúrbios não motores são comuns e podem gerar antes dos sinais
motores, como anosmia, obstipação intestinal e depressão. Nas fases mais avançadas,
transtornos cognitivos, psiquiátricos e disfunções autonômicas são recorrentes. 30 É uma das
causas mais recorrentes de incapacidade entre os idosos. É uma doença neurodegenerativa
crônico-progressiva, além do déficit de equilíbrio com alto risco de queda.67
É uma doença que causa desordem neurodegenerativa progressiva crônica resultando na
perda gradual da funcionalidade, além de ocasionar incapacidade.45 Os distúrbios de equilíbrio
consideram o eixo do corpo e não respondem à terapia dopaminérgica utilizada na doença. 67 As
pessoas com essa doença possuem duas vezes mais chances de cair do que pessoas saudáveis.68
Entre os fatores que corroboram com a queda recorrente estão: medo de cair, histórico de queda,
mobilidade funcional deficiente e fraqueza muscular. 69
A incidência média em pesquisas considera dados neuropatológicos para diagnóstico é
de 21 por 100 mil indivíduo/ano.29 É menos recorrente antes dos 50 anos, entretanto a incidência
cresce de 5 a 10 vezes depois dos 60 anos. Além disso, é mais comum em homens estudados.
Indivíduos idosos podem apresentar parkinsonismo secundário por conta de alguns
medicamentos com efeitos adversos.30 Os principais sinais e sintomas do Parkinson tem relação
com a degeneração dos neurônios da parte compacta da substancia negra, que produz a
Dopamina. A substancia negra envia fibras nervosas secretoras da Dopamina para o núcleo
caudado e putâmen. Com a degeneração desses neurônios, ambos os núcleos ficam ativos. Essa
mudança transforma o papel dos gânglios de base e gera uma redução relevante da informação
talâmica excitatória para o córtex cerebral, reduzindo os movimentos voluntários. Além dos
fatores comuns, esses indivíduos apresentam sintomas não fatores como ansiedade, fadiga,
distúrbios cognitivos e depressão.45
22

2.4.5 Osteoartrite

Mudanças geradas nos tecidos articulares ao longo do envelhecimento corroboram com


o desenvolvimento da Osteoartrite.38 A Osteoartrite é uma doença articular inflamatória
degenerativa proveniente das respostas medidas por condrócitos e sinoviócitos. Sua etiologia é
multifatorial que considera alterações no alinhamento osteomioarticular, gerado pela
instabilidade articular. Ademais, os níveis de soro e citocinas inflamatórias sinoviais são
maiores nos indivíduos acometidos.70
É uma doença que considera processos de inflamação, biomecânicos e degenerativos da
cartilagem, osso subcondral e sinóvias.28 Além disso, influência nas estruturas articulares,
considerando a cartilagem articular, gordura infrapatelar, membrana sinovial e menisco. Os
aspectos comuns da Osteoartrite são degradação da cartilagem, remodelação do osso
subcondral e alterações na sinóvia.38 Conhecida como Artrose também, entretanto a
classificação Osteoartrite é mais correta, já que no processo fisiopatológico não acontecem
somente mudanças degenerativas.30
Quando sintomática do quadril e joelho é um fator de risco.71 Como uma doença
recorrente, a Osteoartrite é causa de disfunção motora crônica e dor em idosos. Teoricamente,
pode resultar na função proprioceptiva e da entrada sensorial, influenciando na capacidade de
manter o equilíbrio.72 É muito comum, sendo o distúrbio articular mais recorrente no homem e
com alto custo individual.29 Pode acometer em torno de 6 a 12% da população de adultos e mais
de 1/3 da população acima de 65 anos, especialmente as mulheres. 30

2.4.6 Osteoporose

O osso consegue adaptar a estrutura aos sinais mecânicos por meio da remodelação
óssea norteada por osteócitos mecanossensíveis. A partir do envelhecimento, um desequilíbrio
nessa remodelação gera a osteoporose.37 A osteoporose é uma doença óssea disseminada pelo
esqueleto, conhecida pela baixa massa óssea e mudança na microarquitetura do tecido ósseo. 33
É conhecida pela OMS como a mais frequente; sendo assim, é necessário compreender que
diminui a densidade e qualidade dos ossos, pois eles se tornam mais porosos, o que,
consequentemente, enfraquece o esqueleto.73
Por conta do envelhecimento podem surgiu patologias como osteoporose, que reduz a
massa óssea, permitindo que os idosos fiquem suscetíveis a quedas e fraturas. 74 As fraturas
acontecem no colo do fêmur, punho e vértebras, porém todos os ossos são suscetíveis.29 A mais
23

grave é a de fêmur, pois 5 a 20% das vítimas falecem no mesmo ano que o acidente e em torno
de 50% das que sobrevivem ficam incapacitadas.30
A perda ocorre em indivíduos com mais de 70 anos e alcança o osso trabecular e cortical
caracterizando a osteoporose grau II.20
A Fundação Internacional de Osteoporose (FIO) apresenta que há uma estimativa que
cada três segundos acontece uma fratura osteoporótica. Depois dos 50 anos de idade, uma em
cada três mulheres e um em cada cinco homens sofrerão pelo menos uma fratura. Além disso,
em torno de 50% das pessoas que sofreram uma fratura osteoporótica sofrerão mais uma no
futuro e o risco de demais fraturas aumenta a cada ocorrência.73

2.5 IMPORTÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE


QUEDAS NOS IDOSOS

O fisioterapeuta tem uma função importante para prevenir quedas em idosos por meio
da orientação e execução de atividades físicas, visando a manutenção ou melhoria da
capacidade funcional.75 É um dos profissionais de saúde essenciais nas ações para uma melhor
qualidade de vida e saúde do idoso, tendo como objetivos preservar a função motora, prevenir
as incapacidades do envelhecimento, podendo atuar na prevenção de quedas. 76
O fisioterapeuta tem, em sua principal função social, ampla participação na saúde da
população, tanto na prevenção de quedas em idosos quanto no seu tratamento. 56 Para a
prevenção de quedas, é preciso aprimorar as condições de recebimento das informações
sensoriais para ativação muscular.10
O ramo de atuação do fisioterapeuta tem crescido. Além da reabilitação, atua prevenindo
doenças e promovendo a saúde, tanto individual, quanto coletivo. Considerando-se a
contribuição desse profissional na atenção primária, é preciso que este desenvolva atividades
visando estimular hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas. 75
O fisioterapeuta tem ampla possibilidades de técnicas e modalidades de tratamento
eficientes para promover a melhora da qualidade de vida e prevenção de quedas nos idosos,
como a cinesioterapia, exercícios de fortalecimento, exercícios proprioceptivos, entre outros. 33
A OMS ressalta a importância dos fisioterapeutas relacionados ao cuidado das pessoas idosas
visando assegurar uma assistência adequada, já que atuam em vários órgãos e sistemas
humanos, buscando prevenir e tratar distúrbios cinéticos funcionais.10
A Fisioterapia tem uma função importante na prevenção de quedas, reabilitação, usando
técnicas como fortalecimento muscular, treino de marcha e equilíbrio, alongamentos, visando
24

a melhora na capacidade funcional. Além disso, considera orientações além da assistência para
o desenvolvimento de atitudes, pois está apto a avaliar, tratar e prevenir distúrbios
cardiovasculares, neurológicos, respiratórios e musculoesqueléticos que influenciam e
promovem limitações funcionais.20
O fisioterapeuta é responsável por escolher os exercícios adequados para cada paciente
e cada fase da desordem vestibular, tanto na aguda, quanto na crônica. Para entender uma
avaliação clínica é necessário considerar as mudanças dos sistemas corporais. 39 A fisioterapia
busca introduzir exercícios que asseguram a melhora na força muscular e do equilíbrio. 46
Esse profissional tem em sua formação conhecimentos específicos, já que entende das
mudanças fisiológicas do envelhecimento nos níveis fisiológicos e anatômicos, auxiliando na
prevenção e tratamento. Os profissionais da área devem se atentar para está questão, cada qual
atuando em suas especificadas, e todos contribuindo para uma melhor condição de vida.8 Os
fisioterapeutas atuam na educação em saúde, passando os conhecimentos em motricidade,
cognição, consciência do corpo, ajudando os idosos a serem responsáveis por sua saúde. 23
No desenvolvimento da terapia, é necessário analisar a dificuldade e escolher um
programa de exercícios interessante para o paciente receber, buscando incentivar o aluno a
continuar treinando.77 A aptidão física e a atividade física são importantes na qualidade de vida
dos iodos, principalmente os que possuem dificuldades funcionais.15 O fisioterapeuta organiza
uma proposta que promove a saúde do idoso mediante a observação feita previamente, a partir
das mudanças encontradas. É preciso considerar, que a percepção desse idoso comparado às
atividades básicas diárias, bem como os instrumentos, buscam contextualizá-las na realidade.8
Os danos das funções musculares são inevitáveis no envelhecimento, porém podem
reduzidas e até revertidas, a partir do condicionamento físico. Logo, exercícios a longo prazo
podem prevenir deficiências musculares. A atividade física constante, logo, aprimora as
funções mentais e físicas, além de reverter efeitos de doenças crônicas. 36
Gomes et al.16 apresenta que vários modelos de instrumentos foram e estão sendo
gerados para que os profissionais da saúde detectem precocemente os idosos que demonstram
maior risco de quedas.

2.5.1 Testes fisioterapêuticos para avaliação de pacientes idosos acometidos de quedas


2.5.1.1 Teste Timed Up and Go (TUG)

A escala TUG (Timed up and go), possibilita a análise do risco de queda de um paciente,
bem como a capacidade de transferência, associando com o equilíbrio dinâmico. É basicamente
25

levantar-se de uma cadeira, sem auxílio dos braços, andar a uma distância de três metros, dar
volta e sentar-se.4
O teste TUG avalia a velocidade da marcha e o equilíbrio dinâmico. 31 O risco de uma
queda é maior quando o teste TUG necessita de ≥13,5 segundos para ser encerrado, a velocidade
de marcha é de <1m/s.9

2.5.1.2 Avaliação de risco de queda

O FRAQ-Brasil (Fall Risk Awareness Questionnaire) é um questionário que analisa a


percepção do risco de cair em maiores de 65 anos. O questionário possui 26 questões objetivas
e duas questões abertas, e está desmembrado em duas seções. A primeira, com três questões, é
aplicada pelo entrevistador, e a segunda, com 25 questões, é respondida individualmente pelo
entrevistado. Cada uma das 26 questões possui somente uma resposta certa.31

2.5.1.3 Escala de Equilíbrio de Berg (EEB)

A Escala de Equilíbrio de Berg (EEB) é um teste que analisa o desempenho do equilíbrio


funcional baseado em 14 itens comuns. Alguns destes avaliam o indivíduo parado; girando 360
graus; com apoio unipodal; levantando-se, dentre outros. A pontuação máxima é de 56 pontos
e cada um tem uma escala com cinco possibilidades que variam de 0 a 4 pontos. 78
É simples e seguro para avaliar idosos, necessitando somente de um relógio e uma régua.
A análise da pontuação é realizada da seguinte maneira: 0-36 pontos: 100% risco para quedas;
37-44 pontos: locomoção segura, com auxílio para marcha; 45-56 pontos: locomoção segura.78

2.5.1.4 Marcha Tandem (MT)

O teste de Marcha Tandem (MT) analisa o equilíbrio dinâmico. É realizada a solicitação


ao indivíduo para que ele deambule sobre uma linha reta, de maneira que o calcâneo de um pé
fique à frente dos artelhos do outro pé. É satisfatório quando o paciente consegue dar mais de
dez passos sobre a linha reta e insatisfatório quando são dados menos de dois passos. 78
26

2.5.2 Práticas de prevenção e tratamento fisioterápicos a pacientes idosos


2.5.2.1 Prática de exercícios físicos

As dores crônicas do corpo estão dentre os entraves apresentados pelos idosos para não
praticar exercícios físicos regularmente. A prática de exercícios físicos permite reduzir a dor
por meio da liberação de endorfinas, responsáveis por aumentar a tolerância a dor.76 Além disso,
considera planejamento e sistematização, para manter ou aperfeiçoar a aptidão física. 27
Está prática de exercícios físicos ajudam no tratamento das doenças crônico-
degenerativas, além de possuir um efeito neuroprotetor e preventivo no desenvolvimento de
doenças neurodegenerativas é relacionada à melhoria das funções executivas e cognitivas. 75 A
prática de exercícios físicos gera melhores aspectos na flexibilidade, equilíbrio, funcionalidade
e maior resistência muscular, minimizando o risco de quedas. O tipo de exercício mais eficiente
na prevenção é o treino de equilíbrio.8
Depois da queda, o idoso restringe sua atividade por medo, dor ou pela incapacidade
funcional.33 Sendo assim, as ações preventivas são necessárias para suprir as demandas dos
idosos, tornando-se importante os programas de promoção, prevenção e educação em saúde. 46
O planejamento de um programa de treinamento físico para idosos precisa considerar suas
finalidades e motivações para a prática de atividades físicas.15
O exercício físico ajuda a reduzir muitos efeitos adversos, como saúde mental precária,
fragilidade, reduz o número de quedas e da função cognitiva, pulmonar e cardíaca. São
evidências acumuladas que apresentam que o exercício, tanto aeróbico, quanto de força, é
recomendado para os idosos saudáveis ou com doenças crônicas. 50 No começo do exercício, o
esqueleto é exposto a várias tensões geradas por forças de tração, cisalhamento e compressão.35
A promoção de atividades físicas e hábitos alimentares saudáveis ao longo do
desenvolvimento ósseo amplia as chances de acúmulo ósseo, retardando a osteoporose. 35 A
atividade física e o treinamento físico corroboram com a manutenção e aumento da força
muscular.31
A prática de atividade física regular consegue reduzir os efeitos deletérios do
envelhecimento, corrobora com a manutenção e/ou melhora da força muscular, coordenação e
velocidade do movimento. Logo, é uma potente estratégia para prevenção de quedas. 25 O
treinamento físico regular preveni lesões como quedas; elevar a mobilidade e reduzir a
mortalidade.79
27

2.5.2.2 Fortalecimento muscular

O treinamento de resistência previne o desperdício de massa muscular, já que estimula


o aumento da força muscular e hipertrofia.27 O fortalecimento muscular pode potencializar o
fator necessário para a melhora da independência e qualidade de vida, além de ser um grande
indicador pra prevenção de risco de quedas. Esse fortalecimento gera a melhora a função do
idoso, e quando vinculado a demais exercícios funcionais, é possível obter o ganho de
equilíbrio.8
A força muscular dos membros inferiores é um fator de risco para a queda.69 O
treinamento de resistência é uma alternativa eficaz para aprimorar a performance funcional dos
idosos, considerando a melhora do desempenho de algumas atividades.78
A atividade física ocasiona o ganho de força muscular, consciência corporal,
flexibilidade, aperfeiçoando as estratégias de reação postural, gerando resultados positivos. Os
exercícios feitos em grupo promovem a interação social, reduzindo as chances da instalação.
Geralmente, a prática de atividades físicas, é necessária para o desenvolvimento humano. As
vantagens dos exercícios físicos para idosos, pode ser físico e psicológico. Ao praticar
exercícios regularmente os idosos tendem a reduzir os níveis de triglicerídeos, diminuir a
pressão arterial, minimizar a gordura corporal, elevar a massa muscular, dentre outros fatores.44
É um processo sistêmico no qual o músculo ou grupo muscular levanta, abaixa ou
controla as cargas pesadas num número baixo de repetições ou em curto período de tempo. A
adequação mais recorrente ao exercício resistido pesado é o aumento da força muscular. Os
exercícios precisam usar dos maiores grupos de músculos do corpo, com movimento
concêntricos e excêntricos.80
A redução da força e potência são acontecimentos que integram o processo de
envelhecimento biológico, reduzindo a função muscular, tendo um impacto sobre as atividades
diárias e saúde dos idosos. O treinamento de potência pode ser útil para a prevenção e
reabilitação dos declínios na força e função muscular geradas pelo envelhecimento. 81
O treinamento de potência é reconhecido pela intenção de contrair o mais rápido durante
o período concêntrico do movimento e com contrações excêntricas diversas, podendo ser ágeis
ou lentas em torno de 2 a 3 segundos.82 Além disso, pode levar a aumentos na capacidade para
executar atividades rotineiras e prevenir quedas, além de reduzir a dependência e deficiência. 81
A manutenção da força muscular é muito importante para os idosos que estão com bom
estado de saúde, como para os que estão comprometidos. Logo, a inclusão de práticas que
28

buscam o fortalecimento muscular está em vários quadros, como as patologias específicas do


sistema musculoesquelético, sarcopenia, dor lombar crônica, entre outros. 26
A prática de atividades físicas reduz a incidência de quedas e riscos de fraturas, portanto,
é preciso considerar treinamentos de equilíbrio, caminhadas e exercícios de força. São
exercícios feitos a partir da contração de grupos musculares específicos contra uma forma de
resistência externa.44

2.5.2.3 Treinamento de equilíbrio

O treinamento de equilíbrio tem sido analisado como uma intervenção para retardar o
declínio fisiológico do controle do equilíbrio em idosos, e tem se apresentado com uma
alternativa eficaz na melhora do equilíbrio e controle postural.9 Esse treino é fundamentado em
exercícios específicos, buscando elevar a estabilidade da postura, aprimorar as atividades
diárias e reduzir os sintomas.1
O treinamento de equilíbrio é importante para reduzir as taxas de quedas em idosos. 83
Além disso, neutraliza a inatividade gerada pelo medo de cair, portanto é necessário considerar
exercícios para deslocamento do centro de gravidade e redução da base de apoio.84
Os elementos dos exercícios físicos, e alguns programas alternativos, consideram
exercícios que visam simular atividades diárias, bem como um programa com circuito de
exercícios, onde conterá treinamento de força e equilíbrio. Um programa de fisioterapia
convencional considera exercícios de equilíbrio, que foram relacionadas a vários exercícios. 6
O treinamento de equilíbrio desafiador é eficaz para aprimorar o equilíbrio, marcha e
desempenho da tarefa quando administrado numa dose viável, numa amplitude de ambientes
de reabilitação.85 Além disso, são atividades voltadas para elevar a força da parte inferior do
corpo e minimizar a probabilidade de queda.86
Muitos relatam que o treinamento de equilíbrio é benéfico na redução de quedas. Porém,
alguns desses exercícios possuem desafios físicos inerentes que impedem os idosos de realiza-
los de maneira eficaz. Outras doenças concomitantes associadas à idade são desafios para a
execução desses exercícios.87 Nesse exercício é preciso fazer uma atividade onde a superfície
de apoio sofre perturbações, seja instável, promovendo as reações posturas, ativação muscular
adequada e ganho de força.88 Além disso, é preciso citar que um treino de base para poder ficar
em pé e mover-se, logo, é necessário na prevenção de quedas.27 Quando associado a um
programa de fisioterapia convencional, incluem exercícios de equilíbrio como alongamento,
força e coordenação motora.8
29

2.5.2.4 Treinamentos proprioceptivos

A fisioterapia atua com os treinos proprioceptivos para aumentar os estímulos


sensoriais, possibilitando um melhor equilíbrio funcional e postural, evoluindo o quadro motor
dos pacientes. Portanto, é preciso inserir uma rotina de exercícios na vida do idoso, já que oferta
uma maior segurança, reduzindo o risco de quedas.12
A propriocepção considera informações geradas pelos mecanorreceptores, que estão nas
articulações, músculos, tensões e pele, possibilitando uma noção do posicionamento do corpo
humano em relação a sua orientação. O equilíbrio da postura é mantido pela relação dos
sistemas sensorial e neuromotor.89
O treinamento neuromuscular e a prática constante de exercícios físicos corroboram
com a manutenção da funcionalidade, equilíbrio e prevenção de quedas.77

2.5.2.5 Treino de marcha

O treino de marcha busca elevar o comprimento do passo, facilitar a subida e descida


de degraus, ampliar a base de sustentação, dissociação de cinturas, bem como o ganho funcional
das atividades diárias, além da melhora no equilíbrio.90 O exercício progressivo de marcha em
step (PSME) é um programa de treinamento do equilíbrio voltado para aumentar a capacidade
de equilíbrio, força muscular dos membros inferiores e qualidade de vida. O programa é
desenvolvimento para aprimorar a aderência ao exercício e reduzir o tédio do exercício. O
PSME no sistema de equilíbrio, aumenta a força do mecanorreceptor e proprioceptor nos pés.
Além disso, pode ajudar a força muscular a utilizar movimentos repetitivos para superar a
resistência do peso corporal.91

2.5.2.6 Hidroterapia na recuperação e prevenção de quedas

A imersão do corpo em meio líquido tornou-se comum, ofertando vantagens


terapêuticas extensas. Estes efeitos são justificados pelas influências fisiológicas ocasionadas
pelas mudanças físicas da água.10 As principais vantagens da fisioterapia aquática propõem
protocolos de tratamento, em que o idoso realizará exercícios de reabilitação sem riscos de
quedas ou lesões.8 O efeito fisiológico varia com a temperatura da água, pressão hidrostática,
tempo e intensidade.10
30

A hidroterapia é uma forma utilizada para a reabilitação da mudança funcional. É uma


atividade terapêutica que ajuda na recuperação do equilíbrio em idosos. 10 A água fornece
suporte e reduz o estresse biomecânico nas articulações e músculos. Além disso, as
propriedades físicas ajudam os idosos, na movimentação das articulações, flexibilidade, dentre
outros.8
A hidroterapia é benéfica na melhoria do equilíbrio, tarefas cognitivas e motoras para
idosos com melhor motivação em relação aos exercícios. Ademais, tem propriedades de
flutuabilidade, temperatura e resistência, que ajudam no bem-estar fisiológico e mecânico, além
de ofertar um ambiente seguro. O treinamento de equilíbrio deve ser dimensionado e prescrito.87
A terapia aquática é forma simples e indolor de melhorar o equilíbrio em indivíduos
idosos.92 Portanto, esse ambiente oferece o que em terra seria difícil ou impossível. 8
31

3 MÉTODO

O método de pesquisa do trabalho foi baseado em uma revisão bibliográfica, onde a


coleta de publicações foi nas bases de dados da Medical Literature Analysis and Retrieval
Sistem on-line (Medline/Pubmed), Physiotherapy Evidence e Data Base (PEDro), e Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Cochrane Library, Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletronic Library Online (Scielo), entre os anos de 2014 a
2021, nos idiomas Português, Inglês e Espanhol.
Foram utilizados descritores controlados encontrados no Banco de Descritores em
Ciências de Saúde (DeCS), identificando-se, assim os seguintes descritores: idoso,
envelhecimento, quedas, exercícios, Fisioterapia; prevenção de quedas. No Medical Subject
Headings (MeSH): elderly, aging, falls, exercises, Physiotherapy; fall prevention.
Para o cruzamento dos descritores nas bases de dados e processo de inclusão e exclusão
de artigos foram utilizados os operadores booleanos OR e AND, os quais foram associados de
diferentes maneiras, a fim de resgatar a maior quantidade de artigos pertinentes ao tema.
Inicialmente foram encontradas 138 publicações, sendo selecionadas 118 pelo critério
de análise de palavra-chave e resumo, excluindo 26 publicações por não estarem de acordo com
a temática. Com uma leitura na íntegra dos artigos em língua nacional e estrangeiras por
processo de inclusão foram selecionadas 92 publicações das bases de dados já citados, conforme
Figura 2.
Retrata-se que foram utilizadas várias combinações entre as palavras chave.
32

Figura 2- Levantamento nas bases de dados para a pesquisa.


Fonte: Autoras, 2021.
33

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Barreto64 apresenta em seus estudos que com o envelhecimento, as células, moléculas,


tecidos e órgãos sofrem mudanças. A biologia do envelhecimento é complexa. A idade é o
principal determinante de risco independente para as doenças crônicas mais prevalentes em
países desenvolvidos, como diabetes.
Com base nas pesquisas baseadas em revisão de literatura Marinho e cols.32 afirmam
que atividades e comportamentos de riscos, bem os ambientes inseguros elevam a possibilidade
de quedas, já que as pessoas tendem a escorregar, tropeçar, trombar, entre outras. Os riscos
variam de acordo com a frequência de exposição ao ambiente sem segurança e do estado
funcional. Porém, quanto mais vulnerável o idoso, mais suscetível aos riscos ambientais. O grau
de risco, depende da capacidade funcional. Manobras ambientais e posturais, geralmente feitas
e superadas por idosos saudáveis, associam-se a quedas nos que possuem mudanças no
equilíbrio e da marcha.
Os resultados do estudo dos autores Amorim e cols.44 apresentaram uma prevalência de
queda grave similar a 7,5% e os fatores relacionados ao sexo, situação conjugal, faixa etária,
dificuldades do sono, entre outros. São fatores que permitem delinear os perfis com menor e
maior probabilidade para queda, podendo ajudar na definição dos grupos vulneráveis e, por
consequência, favorecer o direcionamento das medidas de prevenção e promoção da saúde.
Cruz e Leite25 aplicaram um estudo de pesquisa transversal, por meio de um questionário
domiciliar entre outubro de 2014 e março de 2015, com um total de 400 idosos, a partir de 60
anos de idade, da Zona Norte de Juiz de Fora, Minas Gerais; desses 400 questionários, 315
foram respondidos pelos próprios idosos e 85 por outra pessoa. A amostra contou com 64,5%
de mulheres, e idade média entre 73,8 e de escolaridade 4,15 anos. Um total de 45,5% se
declarou branco, 59% de nível econômico C, 55,8% casados ou em união estável e 89,5%
residiam acompanhados. Dentre as morbidades relatadas em 89% dos casos, a dificuldade de
andar era apresentada por 42,8% e 82% afirmaram não precisar de ajuda para locomover-se.
Entre os que relataram queda, 44% afirmaram que caíram mais de uma vez, 46,7% das quedas
aconteceram durante a manhã e 62,9% na própria casa. Entre essas quedas, 21,9% aconteceu
no quarto. Logo, é necessário superar os paradigmas e ter um olhar maior e atento aos idosos.
As pesquisas de Chavez e cols.61 apresentam que a fragilidade tem impactado bastante
na saúde cardiovascular dos idosos, elevando o risco de desfechados adversos, além da relação
com a redução da marcha e sarcopenia. Existem poucos estudos que buscam esclarecer sobre a
função das doenças cardiovasculares como risco de quedas. Entretanto, existem outros estudos
34

que apresentam que o mecanismo pelo qual as quedas acontecem é por conta de um fenômeno
de baixa perfusão cerebral, levando a lesão cerebral crônica nos locais relacionados à
estabilidade e marcha por neurodegeneração, além da relação entre Acidente Vascular Cerebral
(AVC) e prejuízo cognitivo.
Vaceli e cols.6 após um levantamento literário apontam que é muito importante abordar
sobre a queda em idosos, pois o tratamento fisioterápico corrobora com a gerontologia e a saúde
do idoso, trabalhando aspectos que consideram a força, mobilidade e postura visando
aperfeiçoar o equilíbrio com exercícios e atividades.
Mesmo que hajam perdas comuns relacionadas ao envelhecimento, conforme Rodrigues
e Homem23, é necessário promover os idosos visando estimular um envelhecimento ativo, com
uma melhor qualidade de vida. A queda em idosos pode gerar muitas sequelas, que influenciam
fisicamente e psicologicamente, bem como a ajuda de fisioterapeutas, que contribuem para uma
velhice saudável e feliz. Portanto, aproveitar de uma velhice saudável e ativa tem relação com
o estilo de vida levado. Nascimento, Maggi e Helena 39 apresentam que o risco de quedas pode
ser menor por programas de exercícios que focam nos exercícios de equilíbrio e ganho de força.
As intervenções, em geral, em idosos, que visam reduzir as quedas e melhorar a qualidade de
vida, apresentam grandes resultados.
Dentro da análise da pesquisa de Teixeira e cols.2 aplicada em um município do sudoeste
baiano, teve-se como público-alvo idosos residentes na abrangência de uma ESF. Analisou-se
as respostas dos entrevistados e obtidas informações sobre 10 participantes, predominantemente
feminino, com idade entre 62 e 90 anos, evidenciando a feminização do envelhecimento e suas
consequências. Todas as quedas acontecem no domicílio, principalmente no quarto e/ou
banheiro. Dos entrevistados, somente dois praticavam atividade física constantemente, como
andar de bicicleta. Logo, diante das mudanças funcionais do envelhecimento, as quedas tornam-
se comuns, sendo uma preocupação para os idosos, podendo, entretanto, gerando o declínio na
capacidade, fragilização, entre outros fatores que caracterizam um problema público.
Os estudos de Chavez e cols.61 apresentam que nos últimos anos, a fragilidade tem
impactado na saúde cardiovascular dos idosos, elevando o risco de desfechos adversos, bem
como a redução da marcha e sarcopenia.
Segundo estudos de Thomas e cols.27 os altos níveis de atividade física reduzem a
morbidade e mortalidade, bem como o risco de queda entre 30 e 50%. Os principais treinos são
o de força e equilíbrio, que buscam reduzir o risco de quedas. Entretanto, o equilíbrio é a base
da capacidade de ficar em pé e mover-se, logo, o treinamento também é muito importante na
prevenção de quedas. Também se comprovou que idosos com equilíbrio deteriorado são mais
35

suscetíveis a quedas, portanto recomenda-se a prática de atividades físicas. Rodrigues e


Homem27 complementam apresentando que as quedas em idosos geram grandes impactos
negativos, além do ato de cair, machucar-se, pode gerar medo, depressão, já que ao
comprometer a mobilidade, pode influenciar no sistema emocional, e gerar a dependência.
Os estudos de Iwasaki e Yamasoba59 apresentam que a tontura e desequilíbrio estão as
principais queixas entre os idosos; prevalente em torno de 20 a 30%, conforme a definição de
tontura e população. As causas subjacentes de tontura variam, como problemas neurológicos,
psicológicos, vestibulares e visuais. Estudos anteriores apresentam resultados conflitantes em
relação às etiologias da tontura, conforme os critérios e diagnósticos empregados.
Corroborando os autores Fernández, Breinbauer e Delano55 apresentam que grande parte das
doenças que geram tontura, independente da faixa etária, prevalece em idosos, pois há uma
probabilidade cumulativa de exposição, bem como alterações associadas à idade.
Conforme Almeida e cols.17 apresentam que a relação entre atividade física, qualidade
de vida, saúde e envelhecimento, considerando-se que a atividade física é necessária para
reduzir os efeitos do envelhecimento e corroborar com a melhoria da qualidade e expectativa
de vida. Sofiatti e cols.8 apresentam, em consonância que, os idosos ficam expostos a diversos
fatores de risco. Sendo assim, é necessário executar ações que reduzam estes fatores, como:
camas mais baixas; sapatos apropriados e dispositivos de apoio para marcha; barras de apoio
próximo ao chuveiro e vaso sanitário; consertar degraus e calçadas.
Nos estudos de Oliveira e cols.93 ponderam que é possível observar nos estudos uma
abordagem adequada que considera exercícios de alongamento, aquecimento, fortalecimento,
equilíbrio e relaxamento. Corroborando Sofiatti e cols.8 afirmam que os programas de prática
de exercícios físicos, cinesioterapia e até o Tai Chi, são abordagens eficientes na prevenção e
no tratamento de mudanças geradas pelas quedas em idosos. É preciso que o profissional
realizar uma análise única e individual, analisando-o em geral, para tratar as consequências e
fatores de risco.
Papalia e cols.9 delineia por meio de uma revisão sistemática e metanálise, a análise da
melhora no desempenho do equilíbrio de idosos após vários tipos de exercícios físicos. Bem
como a análise da quantidade de quedas após o programa de exercícios. A atividade física
apresentou-se muito vantajosa para os idosos em relação ao equilíbrio dinâmico e estático,
confiança no equilíbrio, qualidade de vida e desempenho físico, com alta melhora nos escores
considerados em pacientes. Comprovou-se também que o treinamento de equilíbrio gerou uma
maior confiança na capacidade dos participantes de executar várias atividades sem cair, melhor
morbidade e segurança na velocidade. Portanto, os exercícios de equilíbrio e postura precisam
36

ser considerados em protocolos de treinamento para idosos, visando prevenir o risco de quedas,
e precisam ser feitas em toda a população saudável. Entretanto, é preciso que haja mais estudos,
de maior tempo para estimar os efeitos de longo prazo dos programas de equilíbrio na redução
da taxa de quedas.
Shamsi e cols.46 apresentam que existem inúmeros exercícios que buscam não somente
aumentar o equilíbrio, bem a flexibilidade, coordenação e tempo de resposta. Ademais, a
atividade física influencia positivamente nas funções cognitivas. É muito importante ensinar o
paciente como mudar a posição do corpo com segurança, isso o preparará para possíveis quedas.
Todas as ações feitas precisam evitar quedas e reduzir a taxa de lesões, além de prevenir
possíveis deficiências, dependência da família e a quantidade de pacientes hospitalizados.
Orsano, Moraes e Prestes81 a potência e força muscular são elementos necessários para
a preservação da capacidade funcional e independência para executar as atividades diárias em
idosos, pois o envelhecimento parece minimizar a força e potência muscular, geradas pelo
declínio das funções morfológica e neuromuscular. Essa força e potência podem reduzir em
média de 20 a 40% entre os 70 e 80 anos e 50% depois dos 80 anos.
Estudos de Oliveira e Vieira80 apresenta que entre os tratamentos disponíveis, o
exercício resistido é o que demonstra maiores resultados na prevenção e retardo da Sarcopenia,
responsável pelas vantagens que devolvem a independência aos idosos, aumento da massa e
força muscular, desenvolvimento do equilíbrio, prevenção de doenças cardiovasculares,
respiratórias e neuromusculares. Portanto, os exercícios resistidos são importantes no
tratamento fisioterapêutico, comprovando a necessidade de prevenir e controlar a Sarcopenia.
Os autores Oliveira e cols.93 concluíram em seus estudos que os tratamentos
hidroterápicos são relevantes, pois são feitos em meio aquático, sendo assim, são menos graves.
Isso pode ajudar na capacidade atlética de indivíduos com funções físicas e fazer com que
percam algumas habilidades motoras. A hidroterapia ajuda os idosos que sofrem com doenças
que geram desgaste articular ou distúrbios do movimento, bem como as pessoas com doenças
neurológicas. Entretanto, os pacientes com doenças pulmonares e cardíacas graves, bem como
incontinência urinária ou intestinal são contraindicados.
Santos e Miranda94 delimitam que a partir dos resultados dos estudos, é possível reduzir
os riscos de quedas, com treinos de força muscular e exercícios de equilíbrio. A força muscular
está associada a saúde e função fisiológicas positivas, especialmente para o idoso pela relação
direta com o equilíbrio, locação e, redução dos riscos de quedas.
Conforme McPhee e cols.24, existem inúmeras evidências que a atividade física regular
é segura para idosos saudáveis e frágeis, além disso, os riscos para desenvolver doenças
37

cardiovasculares e metabólicas, como as quedas, osteoporose, obesidade e fraqueza muscular


reduzem com a prática regular de exercícios de resistência. Médicos, família ou amigos podem
influenciar os idosos a praticar atividades físicas, buscando uma atividade em grupo e elevando
a autoeficácia dos exercícios.
Santos e cols.20 com base na literatura estudada é possível concluir que com o índice de
envelhecimento crescente e as quedas em aumento, é indispensável estudar sobre este tema,
pois é um evento que pode gerar graves consequências. A fisioterapia é uma importante aliada
na melhor qualidade de vida, pois com suas técnicas trata, previne e melhora a saúde do idoso,
aprimorando a capacidade funcional, prevenindo quedas. Portanto, é preciso desenvolver
estratégias que ajudem a reduzir esses índices e fatores.
Sherrington e Tiedemann95 os fisioterapeutas podem executar uma função importante
na prevenção de quedas em idosos. Além disso, contribuir para o desafio global de prevenir
quedas. Existem muitas evidências de que intervenções prescritas corretamente fazem com que
as quedas sejam menores. Sofiatti e cols.8 complementam que esse profissional orienta para
execução de atividades físicas, fortalecimento muscular, treino de marcha e equilíbrio, visando
a manutenção ou melhoria da capacidade funcional.
Estudos de Santos e cols.20 delimitam que a Fisioterapia considera orientações além da
assistência para o desenvolvimento de tarefas, está apto a avaliar, tratar e prevenir distúrbios
cardiovasculares, neurológicos, respiratórios e musculoesqueléticos que influenciam e geram
limitações à funcionalidade do organismo, com fins de promover a independência funcional,
minimizando o risco de quedas. Ao contrário do que pensam a Fisioterapia preventiva é
necessária para o bem-estar do idoso, já que preserva as funções motoras buscando adiar e
reduzir as patologias do envelhecimento. Também analisam o ambiente no qual o idoso habita,
para aprimorar ou alterar possíveis riscos de quedas.
Conforme Santos e cols.20 o fisioterapeuta precisa seguir com orientações sobre
adequações de acordo com o Conselho Nacional de Educação (CNE), atentando-se para a saúde
em programas de promoção, proteção, prevenção e recuperação da saúde coletiva e individual.
Um ambiente adequado deve ter boa ventilação, temperatura agradável, iluminação adequada
e redução de ruídos.
Oliveira e cols.7 complementam que o fisioterapeuta realiza uma função importante na
prevenção de quedas em idosos por meio da orientação para a execução de atividades físicas,
alongamentos, treino de marcha e equilíbrio, visando a manutenção ou melhoria da capacidade
funcional, redução das incapacidades e limitações, ofertando uma maior independência. Por
fim, Matiello e cols.5 contextualiza que a atuação fisioterapêutica não se restringe somente na
38

assistência de idosos senis, bem como idosos cujo envelhecimento ocorre fisiologicamente.
Logo, são profissionais que corroboram com a saúde dos idosos em geral.
O estudo limita-se apresentar sobre a atuação do profissional fisioterapeuta na
prevenção de quedas em idosos, motivada por inúmeros fatores, as síndromes e doenças do
envelhecimento.
39

5 CONCLUSÃO

A fisioterapia é muito importante para trabalhar a prevenção de quedas em idosos, para


promover a saúde desta idade que apenas tende a crescer. Uma das funções dessa profissão para
prevenção de quedas em idosos, é manter e promover a capacidade funcional e vida ativa dos
idosos. Os programas de exercícios fisioterapêuticos precisam enfatizar o fortalecimento
muscular, especialmente nos membros inferiores.
Os exercícios fisioterapêuticos são essenciais na manutenção, promoção, resgate da
autonomia e independência funcional do idoso, aprimorando a qualidade de vida, capacidade
funcional, bem-estar e, por consequência, menores quedas.
40

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de estudo e pesquisa, sendo expressamente vedado
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Adrian Emily Ramos de Carvalho e Nicoly Corrêa Rabelo


Pindamonhangaba, dezembro de 2021

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