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Ricardo Dias
Junho de 2011
Castelo Branco
Ricardo Dias
Conclusão2
Índice
Índice............................................................................................................................. 2
Enquadramento Teórico.................................................................................................4
Descrição....................................................................................................................... 5
Resultados Obtidos...........................................................................................9
Conclusão.................................................................................................................... 13
Referências Bibliográficas............................................................................................16
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Conclusão3
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Conclusão4
Enquadramento Teórico
Este projecto foi aplicado na população abrangida pelo Centro de Saúde São
Miguel de Castelo Branco. Em 2000, o Índice de Envelhecimento do Concelho era de
163.2% repercutindo-se numa percentagem de 28.5% de pensionistas por cada 100
habitantes (superior à média nacional). Estes e outros dados permitem concluir que a
população de Castelo Branco, para além de estar a diminuir, se encontra envelhecida
e que, dessa forma, a incidência de Doenças do Envelhecimento será maior. Um
exemplo deste tipo de patologia é a Osteoartrose.
A Osteoartrose (OA) é uma patologia degenerativa crónica que afecta
primeiramente a cartilagem de articulações sinoviais, com eventual remodelação
óssea (osteófitos), podendo ser definida por sintomas clínicos e sinais radiográficos
pelo que é já considerada um problema de saúde pública (1)
. Não só é o tipo de artrose
(2,
mais comum, como também a patologia articular mais comum na população adulta
. Aproximadamente 50% dos indivíduos com mais de 65 anos padecem desta
3)
(4-6)
condição, aumentando a sua prevalência com a idade . Afecta mais mulheres que
homens e, nos idosos, é a patologia que mais contribui para as limitações na
mobilidade. Considera-se que a prevalência aumentará nos próximos anos devido ao
aumento de população obesa. Os factores de risco para a OA estão amplamente
descritos e já permitem não só averiguar o grau de risco do indivíduo como também
actuar no campo da prevenção (1).
(7)
O joelho é das articulações que mais é afectada por esta patologia . A
Osteoartrose do Joelho (OAJ) caracteriza-se, de uma forma geral, por dor articular,
rigidez e limitação funcional. Desta forma, os objectivos gerais da fisioterapia passam
pela diminuição da dor sentida e aumento da funcionalidade da zona afectada (8)
. A
progressão da OAJ é afectada principalmente pela idade avançada, obesidade e
presença de Artrose no geral . A Osteoartrose da Anca (OAA) afecta
(6)
masculino (6).
A Fisioterapia, no que trata à intervenção na OA, possui um conjunto vasto e
variado de técnicas e ferramentas que lhe permite actuar de forma eficaz nesta
condição . A literatura recomenda que pacientes com OA sintomática sejam
(11)
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(11)
exercícios, uso de tecnologias de apoio) . Este conjunto de instruções pode ser
inserido num Plano de Tratamento em Fisioterapia (7, 12).
O Exercício Terapêutico (ET) é a principal modalidade sugerida pela evidência. É
recomendado que pacientes com OA realizem regularmente vários tipos de exercícios
direccionados ao fortalecimento muscular, ganho de amplitude de movimento,
diminuição da dor, melhoria da funcionalidade, equilíbrio e endurance (capacidade
aeróbica), diminuição da medicação tomada e, em última instância, aumento da
qualidade de vida . O ET deve ser entendido não como um método de
(7, 8, 11-15)
tratamento localizado no tempo, mas como um hábito a adquirir por parte do paciente.
A intervenção em grupo (classe) aparenta ser mais económica que o exercício
individual ao serem tratados, em simultâneo, diversos pacientes (7, 16-18).
A educação do paciente é importante no tratamento da OA, devendo o programa
educativo ser talhado com base nas necessidades individuais do paciente e não só
pode como deve ser discutida a sua alteração ao longo do tratamento (19).
Descrição
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o Parte Teórica: (30 minutos) estas sessões foram realizadas no início das
sessões respectivas (com retroprojector) antes da realização da parte prática.
Pretendiam expor sempre temas interessantes e diferentes para os
participantes promovendo o conhecimento da Patologia e o esclarecimento de
dúvidas. Os temas abordados nas duas sessões, respectivamente, foram:
“Anatomia e Fisiopatologia da Osteoartrose da Anca e/ou Joelho”
(Anexo 5);
“Estratégias de Prevenção e Tratamentos Existentes na Osteoartrose
da Anca e/ou Joelho” (Anexo 6).
o Parte Teórico-prática: (60 minutos) conjunto de exercícios específicos para a
OA (Anexo 7), realizados pelos participantes, sob orientação do aluno e
acompanhados de ensino teórico, de forma a promover a melhoria dos
diversos outcomes. Na realização dos exercícios utilizou-se algum material
(colchões e almofadas).
o Avaliação Final: (30 minutos) realizada na última sessão para obter dados
comparativos com a avaliação inicial e, assim, verificar os ganhos em saúde.
Foram preenchidos / realizados por cada participante:
Questionário de Estado de Saúde (SF-12v2);
Questionário KOOS sobre o Joelho (se aplicável);
Questionário HOOS sobre a Anca (se aplicável);
EVA dor;
Timed Up & Go Test;
Questionário de Satisfação do Doente Ambulatório de Fisioterapia
(PTOPS) (Anexo 13).
o Discussão Final: (20 minutos) conversa com os participantes, na última
sessão, acerca da Classe de Movimento desenvolvida, suas opiniões e
sugestões para a realização futura de outros projectos.
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Nº de
Sessã
Data participante Actividades
o
s
11/05/201 Introdução à Classe de Movimento;
1 1 11 Avaliação Inicial;
(4ª Feira) Parte Teórico-prática (Ensino).
13/06/201
2 1 4 Parte Teórico-prática.
(6ª Feira)
17/05/201 1ª Sessão Teórica: “Anatomia e Fisiopatologia da Osteoartrose
3 1 4 da Anca e/ou Joelho”;
(3ª Feira) Parte Teórico-prática.
19/05/201
4 1 4 Parte Teórico-prática.
(5ª Feira)
24/05/201 2ª Sessão Teórica: “Estratégias de Prevenção e Tratamentos
5 1 3 Existentes na Osteoartrose da Anca e/ou Joelho”;
(3ª Feira) Parte Teórico-prática.
26/05/201
6 1 2 Parte Teórico-prática.
(5ª Feira)
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31/05/201
7 1 3 Parte Teórico-prática.
(3ª Feira)
02/06/201 Parte Teórico-prática;
8 1 4 Avaliação Final;
(5ª Feira) Discussão Final.
Resultados Obtidos
Gráfico 1: SF-12v2
60
50
40
Pontuação
30
20
10
0
A B C D Média
Participante
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Gráfico 2: KOOS
C
Participante
0 20 40 60 80 100 120
Pontuação
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Gráfico 3: HOOS
C
Participante
Pontuação
Relativamente à dor na anca e/ou joelho, questionada usando a EVA dor (Anexo
11), os resultados obtidos (Gráficos 4 e 5) permitem concluir que todos os valores
sofreram um decréscimo após a intervenção de, em média, 1,6 pontos para o joelho e
2,7 pontos para a Anca, pelo que ocorreram melhorias significativas nos participantes.
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7 6
6
5
A
5
B 4 B
Pontuação
Pontuação
4 C C
D 3
3
2
2
1 1
0 0
T0 T1 T0 T1
No que trata ao “Timed Up & Go Test” (Anexo 12), os resultados obtidos estão
presentes na Tabela II concluindo-se que, apesar de inicialmente existirem dois
participantes considerados apenas “Maioritariamente Independentes” (entre 10-20s),
no final da Classe todos obtiveram a pontuação máxima (“Independente na
Mobilidade”).
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Gráfico 6: PTOPS
180
160
140
120
Satisfação
100 Insatisfação
Localização
80
60
40
20
0
? ? ? ?
Conclusão
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Como percebe, na minha opinião existem alguns pontos fracos neste modelo de
Estágio. Assim, para os contrapor sugeria o seguinte:
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Referências Bibliográficas
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Conclusão18
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