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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ

CURSO BACHARELADO EM FISIOTERAPIA


LUDMILLA MEDEIROS GONÇALVES

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR HOSPITALAR

Araguaína, TO
2023

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LUDMILLA MEDEIROS GONÇALVES

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR HOSPITALAR

Relatório do Estágio Supervisionado Hospitalar apresentado


como requisito obrigatório para a obtenção da pontuação
necessária na disciplina de Estágio Supervisionado
Hospitalar.

Orientador: Prof. Dr. João Paulo Manfré dos Santos

Araguaína, TO
2023

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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO.................................................................................................4
2 INTRODUÇÃO.......................................................................................................5
3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO............................................................................6
4 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO.........................................................9
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................10
REFERÊNCIAS..........................................................................................................12

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,

1 APRESENTAÇÃO

O estágio curricular supervisionado é uma importante ferramenta para a


formação do perfil profissional dos estudantes, pois permite que o acadêmico coloque
em prática os conhecimentos adquiridos ao longo da vida acadêmica e se aproxime do
seu futuro campo de atuação. Neste momento, é fundamental que o acadêmico
desenvolva habilidades específicas referentes ao objetivo do curso, bem como se
aproprie de vivências para que possa desempenhar seu trabalho de acordo com as
bases legais (BRASIL, 2001).
As atividades do estágio devem ser desenvolvidas em diferentes espaços,
incluindo a rede básica de serviços, sob a orientação e supervisão de professor-
orientador e/ou profissionais credenciados, para consolidar as competências
adquiridas, permitindo que os conhecimentos, habilidades e atitudes se concretizam
em ações perante a comunidade, propiciando ao acadêmico uma visão de sua
profissão de forma ampla e concreta (BRASIL, 2001; COFEN, 2013).
Com relação à Fisioterapia, Coffito (2002) relata que a formação do
Fisioterapeuta tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para
o exercício de competências e habilidades gerais como atenção à saúde, tomada de
decisões, comunicação, liderança, administração, gerenciamento e educação
permanente. Também, os campos de atuação da mesma são muitos e envolvem várias
especialidades. Logo, se configura de grande importância à prática realizada nos mais
diversos campos de estágio durante a graduação. Esta atuação além de nos
esclarecer dúvidas, nos possibilita ver que na prática, em muitos casos, a teoria é
diferente. É um momento de aprendizado único e fundamental. No estágio, o
acadêmico poderá praticar os conhecimentos adquiridos nas disciplinas anteriormente
cursadas e desenvolver sua capacidade de planejamento, tratamento e execução,
através de uma visão integralizada, a fim de atender todas as necessidades do
paciente (MENDES, 2006).
Assim sendo, o estágio hospitalar foi realizado no Hospital Regional de
Araguaína (HRA), que se encontra localizado na Av. Tocantins, S/N Centro, em
Araguaína/TO. As atividades ocorreram entre os dias de 04/09/2023 a 23/10/2023,
totalizando uma carga horária de 200h, sob a supervisão da preceptora Claudia Lopes
Valadares.

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2 INTRODUÇÃO

A fisioterapia é uma das profissões mais jovens da área da saúde


(CALVALCANTE et al., 2011) e tem como objetivo prevenir e tratar lesões cinéticas
funcionais decorrentes de traumas e de doenças, através de mecanismos
terapêuticos próprios (MOREIRA; NOGUEIRA; ROCHA, 2007). Dependendo de sua
especialização o fisioterapeuta pode atender pacientes em condições clínicas graves,
em estado terminal e até mesmo em situações de risco de vida (BRAZ; MARTINS;
JUNIOR, 2009). Com relação a fisioterapia hospitalar compreendemos que diversos
estudos atualmente têm sido voltados aos benefícios da fisioterapia em pacientes
hospitalizados. A fisioterapia possui um arsenal abrangente de técnicas, tendo como
objetivo identificar precocemente disfunções cinético-funcionais e respiratórias,
prevenir e minimizar a perda funcional, além de preservar a capacidade de realização
de atividades por parte do indivíduo, principalmente nos domínios transferências e
locomoção (PESSINI, 2004), dando oportunidade sempre que possível, à
independência funcional do paciente.
A atual política de saúde baseada na ideia de melhorar o padrão de
assistência hospitalar no Brasil, preconizou formas alternativas de tratar o indivíduo,
reavaliando e melhorando a qualidade e eficácia dos serviços prestados. O Programa
Nacional de Humanização da Assistência Hospitalar (PNHAH) do Ministério da
Saúde, propôs um conjunto de ações integradas para humanizar o atendimento
hospitalar. Nessa forma de cuidar, chamada de atendimento humanizado, procura-se
aliviar a dor e o sofrimento do outro, tratando-o com compaixão, respeitando a
dignidade e a autonomia do outro. Humanizar o atendimento é também compreender
o significado da vida e valorizar a dimensão humana do paciente em detrimento de
sua patologia (SILVA, 2011).
Devido à proximidade no seu cotidiano com o sujeito doente, em atividades
dirigidas a reabilitação física e funcional, a fisioterapia vem exercendo um papel
fundamental na humanização da assistência. Segundo estudiosos, essas atribuições
fazem com que a fisioterapia faça parte do complexo de profissões do cuidar,
colaborando ativamente com as demais profissões da atenção à saúde, ou seja, o
fisioterapeuta necessita estar junto ao paciente para que este supere a perda de

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movimento, e fazer ressurgir nele a motivação em realizar tarefas e minimizar suas
limitações (SILVA, 2011). O fisioterapeuta hospitalar é importante por atuar no

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atendimento de pacientes internados para prevenir complicações respiratórias,
neurológicas e motoras. Logo, a atuação do Fisioterapeuta no processo saúde- doença
assume papel decisivo para garantir, principalmente qualidade de vida à população. Já
no ambiente hospitalar sua atuação vem aumentando sistemática e gradualmente nas
últimas décadas, o que possibilita um avanço na área científica e leva a um maior
esclarecimento sobre o papel deste profissional.
Iniciamos com a apresentação do hospital e todas as suas alas, a fisioterapeuta
preceptor do estágio mostrou a ala Neurologia, onde era o local de atuação que
iriamos trabalhar, conversou sobre as normas e uso obrigatório de EPI e vestimentas
apropriadas.
A neurologia é a especialidade que se dedica ao diagnóstico e tratamento das
doenças que afetam o sistema nervoso (cérebro, tronco encefálico, cerebelo, medula
espinhal e nervos) e os componentes da junção neuromuscular (nervo e músculos).
Investiga as doenças do sono, doenças psiquiátricas crônicas e neurológicas, cefaleia
e enxaqueca, traumas, entre outras.

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3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO

Durante os dias em que se seguiram os estágios no HRA pudemos


acompanhar diversos pacientes e entender na prática todos os processos
relacionados a Fisioterapia Hospitalar. Logo, mediante acompanhamento no centro
compreendi de maneira clara e explicativa o conceito e a relevância da
Cinesioterapia, esta é um tratamento utilizado para ajudar no alívio de dores
musculares, melhorar a amplitude de movimentos do corpo, melhorar a postura e
corrigir alterações da coluna vertebral, entre outros benefícios. Normalmente, esta
terapia costuma ser recomendada para um vasto leque de indivíduos com problemas
neurológicos, cardíacos, respiratórios, disfunções ortopédicas ou que sofreram lesões
no sistema musculoesquelético. Sua também pode ser aplicada para a recuperação
da função respiratória, através de exercícios que ajudam a melhorar o movimento de
ventilação da respiração. As técnicas especiais de cinesioterapia contribuem para
tratar ou prevenir algumas patologias ou alterações; melhorar, restaurar ou aumentar
a funcionalidade; otimizar a condição física e a saúde geral.
Também aprendi e compreendi acerca da aplicação de métodos como a
Facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) em pacientes, este método promove
e acelera a resposta dos mecanismos neuromusculares através da estimulação dos
receptores do sistema nervoso. Baseia-se na utilização de movimentos e posturas
com fins terapêuticos e procura entender o movimento e a postura normal para
realizar a aprendizagem ou reaprendizagem quando estes movimentos ou postura
estão alterados. As técnicas de FNP baseiam-se principalmente na estimulação dos
proprioceptores para aumentar a demanda feita ao mecanismo neuromuscular, para
obter e simplificar suas respostas. A importância dos proprioceptores, foi reconhecida
como um fator-chave na facilitação da contração dos músculos.
A ala em que o estágio foi realizado foi na área de Neurologia do Hospital
Regional de Araguaína – TO, que é destinada ao tratamento de pacientes com
esclerose múltipla e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) começou a ser ampliada.
A fisioterapia em neurologia, também chamada de fisioterapia neurológica ou
fisioterapia neurofuncional, tem como objetivo o tratamento e a diminuição dos
sintomas de alterações neurológicas, que compreendam ou não problemas motores.
Outro ponto primordial a ser destacado aqui diz respeito à visita a ala de pacientes da

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Nefrologia. A Nefrologia é uma especialidade médica dedicada ao diagnóstico e
tratamento clínico das doenças do sistema urinário, principalmente relacionadas ao
rim. O médico especializado nas doenças do sistema urinário chama-se médico
nefrologista. Também, pudemos entender sobre o Treino de Marcha, este define-se
como um conjunto de atividades que visam a aquisição de competências para a
deambulação, que incluem exercícios específicos em superfícies planas, instáveis ou
escadas.
O treino de marcha inclui atividades como treino de equilíbrio que tem como
objetivo ajudar o corpo a manter o equilíbrio, numa posição estática ou dinâmica; o
treino da postura: intervenção concebida para melhorar o alinhamento e posição do
corpo em relação à gravidade, centro de massa e base de suporte; e uma
aprendizagem motora: intervenção que proporciona práticas ou experiências capazes
de mudar a capacidade de executar ações qualificadas. Para realizar o treino de
marcha podem utilizar-se várias superfícies ou obstáculos, sendo que a utilização de
passadeira tem demonstrado resultados positivos.
Entendi também a relevância da faixa elástica no ambiente hospitalar, estas
faixas elásticas para exercícios TheraBand são importantes, pois ajudam os usuários
a reabilitar lesões, melhorar a vida funcional, melhorar o desempenho atlético e
facilitam a medição do progresso e o alcance de metas de condicionamento físico ou
terapia. As faixas de resistência são fáceis de usar, convenientes, portáteis e são uma
alternativa eficaz para pesos livres e máquinas de musculação. Com original sistema
de resistência progressiva, são confeccionadas em borracha e apresentam 8 níveis
de elasticidade, cada qual com uma cor diferente e proporciona fortalecimento
muscular.

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4 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em virtude dos fatos analisados, pude compreender que o estágio curricular


em instituições de nível superior é uma excelente maneira de praticar tudo aquilo que
foi aprendido em sala de aula, pois os alunos vivenciam diretamente a resolução de
problemas, avaliam e sugerem mudanças e, com isso, aumentam o conhecimento e
o interesse desses discentes na profissão. Além disso, Silva (2005) aborda que os
estágios curriculares quando bem orientados, geram não só benefícios aos
graduandos como também são instrumento de avaliação, retroalimentação e
aperfeiçoamento do próprio curso. Tem-se também em mente que a presença do
docente junto ao aluno, facilita sua aprendizagem e seu raciocínio clínico, visto que
ele se sente mais confiante (GAIAD & SANT’ANA, 2005).
Entendi também que a fisioterapia hospitalar é uma das áreas de atuação da
Fisioterapia que atua diretamente com pacientes hospitalares, na enfermaria, unidade
de terapia semi-intensiva e unidade de terapia intensiva e que a Fisioterapeuta tem
como responsabilidade avaliar, desenvolver e colocar em prática os procedimentos
para diferentes condições, como o pós-operatório, para prevenir as possíveis
complicações respiratórias, neurológicas e motoras originadas durante o processo de
internação do paciente no hospital.
Em resumo, a realização dessa prática de campo (estágio) se configurou como
primordial á nossa vida acadêmica, isso porque, o estágio supervisionado se
conforma como o último vínculo do acadêmico e possibilita desde já projeções de
como lidar com a vida profissional, articulando as situações cotidianas do serviço.
Através de diversas atividades supervisionadas por profissionais extremamente
qualificados e empenhados na transmissão dos conhecimentos e orientação da
prática de atendimento em Fisioterapia pude aplicar os inúmeros conhecimentos
adquiridos nas diversas disciplinas ao longo da graduação. Assim, pude aplicar e
desenvolver todas as informações e experiências adquiridas de forma árdua, porém
com extrema gratificação, pois hoje posso concluir que me considero apto e capaz de
assumir a responsabilidade de estar na posição de Fisioterapeuta.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de


Educação Superior. Resolução CNE/CES Nº 3 de 7 de novembro de 2001.
Diário Oficial da União: Brasília, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução CNE/CES n°4, 19/02/2002.


(2002). Institui diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em
fisioterapia. Brasília, Conselho Nacional de Educação.

BRAZ, P.R.P.; MARTINS, J.O.S.O.L.; JUNIOR, G.V. Atuação do fisioterapeuta


nas unidades de terapia intensiva da cidade de anápolis. Anuário de
Produção Acadêmica Docente, v.3, n.4, p.119- 129, 2009.

CALVALCANTE, C.C.L. et al. Evolução científica da fisioterapia em 40


anos de profissão. Fisioterapia e Movimento, v.24, n.3, p.513-522, 2011.

COFEN - Conselho Federal de Enfermagem, Resolução COFEN Nº 441/2013.

COFFITO. 1987. Resolução-COFFITO nº 80/87, art. 2º.

COFFITO. Aprova o código de ética profissional de fisioterapia e terapia


ocupacional. Disponível em:
http://www.coffito.org.br/conteudo/con_view.asp?secao=27>. Acessado em: 03
jan. 2023.

GAIAD, T.P; Sant’Ana. D.M.G. (2005). Análise da eficiência do estágio


supervisionado em fisioterapia na formação profissional: Uma visão de
egresso. Arq. Cienc. Saúde Unipar; Umuarama, 9(2), p. 65-70.

MOREIRA, V.; NOGUEIRA, F.N.N.; ROCHA, M.A.S. Leitura fenomenológica


mundana do adoecer em pacientes do serviço de fisioterapia do núcleo de
atenção médica integrada, universidade de Fortaleza. Estudos de Psicologia,
v.24, n.2, p.191-203, 2007.

MENDES, R. F. et al; Contribuição do Estágio Supervisionado da UFPI para


formação humanística, social e integrada; Revista da Associação
Brasileira de Ensino Odontológico - ABENO; v. 6, p. 3/6, 2006.

PESSINI, L. & BERTACHINI, L. (2004). Humanização e Cuidados Paliativos.


São Paulo: Loyola.

Silva, S.A.P.S. (2005, mar.). Estágios curriculares na formação de


professores de educação física: o ideal, o real e o possível. Revista
Digital, Buenos Aires, 10(82)

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