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UNIVERSIDADE REGIONAL DA BAHIA

CURSO BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

MERCIA DE BRITO SANTOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO EM SAÚDE DO IDOSO

Arapiraca-AL
2024
UNIVERSIDADE REGIONAL DA BAHIA
CURSO BACHARELADO EM FISIOTERAPIA

MERCIA DE BRITO SANTOS

RELATÓRIO DE ESTÁGIO
SUPERVISIONADO EM SAÚDE DO IDOSO

Relatório de Estágio Supervisionado, desenvolvido no Município de


Arapiraca – AL, em saúde idoso, com carga horária de 125 horas.
Preceptora:. Aryane Soares.

Arapiraca- AL
2024
RESUMO
O envelhecimento é baseado nas alterações estruturais do organismo, tratando-se de um processo
progressivo e natural envolvendo mecanismos e a incapacidade de realizar funções. A ocorrência de
quedas é considerada um problema de saúde pública, devido à sua alta incidência e devido as
consequentes complicações para e saúde e os custos assistenciais que provoca. O estágio em
Saúde do Trabalhador foi realizado no Centro de Medicina Física e Reabilitação (CEMFRA),
localizado na Rua Abraão de Oliveira, N° 417/ Bairro Cavaco, na cidade de Arapiraca-AL, que conta
com atendimentos ao público das mais variáveis idades e gêneros como: homens e mulheres, idosos
e crianças, com diversos atendimentos diários nas mais diversas especialidades da área da saúde.
Tendo seu maior número de pacientes dentro da fisioterapia. O presente relatório trata-se da vivencia
sobre as abordagens e atribuições do fisioterapeuta na saúde do idoso. Os atendimentos que foram
realizados e executados durante seu horário de funcionamento nos turnos matutino e vespertino de
segunda-feira a sexta-feira. Durante o período deste estágio tive como preceptora a fisioterapeuta
Laís Leandro, onde fui instruída de forma extraordinária de como deveria ser o comportamento de
cada estagiário (a) perante todas as regras da instituição e as regras de atendimento. Os
atendimentos foram realizados de forma individual visando à dificuldade do praticante e fazendo a
utilização da fisioterapia adequada de acordo com a necessidade de cada praticante, para que a
sessão ocorresse de forma positiva e satisfatória. O objetivo do presente estudo foi destacar quais os
benefícios da fisioterapia na prevenção de quedas e melhora do equilíbrio em idosos. Conclui-se que
a fisioterapia pode contribuir em idosos na prevenção de quedas, melhorando o equilíbrio, força
muscular, funcionalidade, marcha, promovendo bem-estar físico e mental.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................... 6
2 OBJETIVO .......................................................................................................................... 8
2.1 Objetivo geral....................................................................................................................8
2.2 Objetivos específicos .................................................................................................... 8
3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E ESQUEMA DO TRABALHO ........................... 9
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................................... 9
4.1 AS INTERVENÇÕES DO FISIOTERAPEUTA NA PREVENÇÃO DE QUEDAS EM
IDOSOS..................................................................................................................................12
5 TRABALHOS DESENVOLVIDOS.......................................................................................15
6 ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS ............................................................. 16
7 IMPORTÂNCIA DO TRABALHO PARA A VIDA PROFISSIONAL ....................................... 17
8 CONCLUSÃO......................................................................................................................18
REFERENCIAS......................................................................................................................20
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1 INTRODUÇÃO
O presente relatório refere-se ao estágio supervisionado que foi realizado
entre o período de 04 de outubro/2023 a 03 de novembro de 2023 de caráter
obrigatório para se cumprir os requisitos mínimos para a formação que constam na
grade curricular do Curso de Bacharelado em Fisioterapia. Este relatório menciona
os trabalhos realizados ao longo do estágio supervisionado no Centro de Medicina
Física e Reabilitação, localizada na Rua Abraão de Oliveira, N° 417/ Bairro Cavaco,
na cidade de Arapiraca. Todos os atendimentos eles foram realizados no setor de
Fisioterapia, durante os dias da semana, ou seja, de segunda-feira a sexta-feira em
praticantes com diversas idades, a cada sessão tinha uma duração de 30 minutos.
O centro da instituição fornece as comunidades tanto local como de vários
municípios circunvizinhos diversos serviços de reabilitação como, por exemplo:
reabilitação intelectual, reabilitação física, visual, mental e múltiplas deficiências,
atenção fonoaudiológica, atenção à saúde das pessoas ostomizadas. Na área de
teleconsultoria (teleconsultoria assíncrona). Possuem os serviços de órteses,
próteses e mat especiais em reabilitação como, por exemplo: dispensão de opm
auxiliares de locomoção, manutenção e adaptação de opm auxiliares de locomoção,
manutenção e adaptação de opm ortopédica, dispensão de opm oftalmológica,
substituição/ troca de opm.
Funcionando desde o ano de 2000, no bairro Cavaco, o Centro de Medicina
Física e Reabilitação do Agreste (CEMFRA) tem ajudado centenas de pessoas
portadoras de deficiência ou que sofreram algum tipo de mutilação, por conta de
acidentes no trânsito ou em locais de trabalho. Mantido com recursos da prefeitura e
com o apoio dos poderes públicos em níveis estadual e federal, o estabelecimento é
especializado em casos de baixa e média complexidade, no atendimento a
pacientes de 49 municípios do Agreste, Sertão e Baixo São Francisco.
O CEMFRA atende uma média de 800 pessoas por dia e possui mais 1.200
pacientes cadastrados. A assistente social revelou ainda que o estabelecimento
oferece aos pacientes serviços ambulatoriais e de hidroginástica, além de apoio
social e de inclusão social com a parceria de escolas do município.
Atualmente o envelhecimento populacional é um fenômeno universal, tanto
em países desenvolvidos como em emergentes igual ao Brasil e, para tal, tem
recebido uma atenção especial no que diz respeito à políticas que viabilizem não só
7

a possibilidade de as pessoas viverem mais anos, mas que esses sejam de


qualidade de vida no que diz respeito aos aspectos biopsicossociais.
A velhice, ou a conhecida terceira idade é uma fase da vida onde a pessoa
passa por alterações que levam à redução de força e degeneração do organismo, o
que acaba acarretando diversos acidentes, dentre eles, o mais comum, a queda. A
fisioterapia nesse sentido possui um papel fundamental nesta etapa, para um
envelhecimento ativo, tentando preservar a capacidade funcional do idoso para
prevenir os constantes riscos de queda e dar a ele independência e qualidade de
vida.
O fisioterapeuta em sua formação tem conhecimentos específicos para a
atenção ao idoso, pois tem conhecimento das alterações fisiológicas do
envelhecimento nos níveis anatômicos e fisiológicos, ajudando assim, na prevenção
e no tratamento, trabalhando o equilíbrio, devolvendo ao paciente a qualidade de
vida e a autonomia do mesmo. Cabe então à esses profissionais da área se
atentarem para este cenário, cada qual atuando em suas especificidades, e todos
colaborando para a melhor condição de vida dos indivíduos idosos, orientando o
familiar responsável e o idoso com formas seguras para evitar quedas.
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2 OBJETIVO

2.1 Objetivo geral


• Colocar em prática todos os conhecimentos que foram adquiridos no decorrer
de todo o curso de Fisioterapia, que foram voltados ao público saúde do
idoso, capacitando o discente dentro do seu âmbito profissional.

2.2 Objetivos específicos


• Obter a garantia de competências profissionais a partir da forma prática
atuante.

• Fazer uma revisão de literatura sobre os principais meios de prevenir e/ou


minimizar riscos de quedas, orientar a família e o idoso sobre o ambiente em
que vive.
• Identificar as consequências do idoso devido aos fatores de riscos das
quedas e analisar as principais intervenções de quedas das pessoas idosas,
pois, tendo o paciente sua capacidade funcional preservada, ele terá uma
melhor qualidade de vida.
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3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E ESQUEMA DO TRABALHO


Ao decorrer do primeiro dia de estágio a fisioterapeuta Aryane Soares, nos
redigiu com todas as orientações que são necessárias e de acordo a que respeito e
de suma importância de como o estagiário (a) deveria se comportar no
desenvolvimento dos atendimentos e em relação às sessões que seriam
desenvolvidas e ao praticante, pode esclarecer diversas dúvidas e exemplificou
como ocorreria cada uma das sessões, e os possíveis sinais que o paciente poderia
apresentar sobre o que pode está sentindo durante a realização de cada sessão.
Logo após ter esclarecido todas as dúvidas logo em seguida, foi apresentado todo o
material que seria utilizado para poder realizar as intervenções, avaliações e
evolução do quadro de cada praticante.

4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Para muitos idosos a velhice está atrelada a algo negativo, visto que
demonstram vulnerabilidade e fragilidade, desta forma, permite que sintam-se
abandonados e fracos, olhando essa fase como o fim da vida. Já por outro lado, há
quem veja essa fase como um ponto positivo, possibilitando maior liberdade e
sentimento de dever cumprido. Um dos principais pontos no processo de
envelhecimento é a redução da capacidade funcional, equilíbrio, força,
propriocepção, flexibilidade, agilidade, e coordenação motora, possuem fatores que
atingem claramente alterações neurológicas e musculares.
O desequilíbrio entre a produção e a reabsorção óssea favorece o surgimento
de osteopenia e osteoporose, desenvolvendo o risco de desqualificação na
população idosa. O processo de envelhecer é algo fisiológico e progressivo que
acarreta prejuízos ao organismo gradativamente, deixando-o propício a
acometimentos extrínsecos e intrínsecos (Sales et al, 2020).
A prevenção de quedas em qualquer ambiente ou contexto é extremamente
desafiante. As pessoas mais idosas, que residem em lares ou instalações de
cuidados a idosos, são uma população reconhecida com alto risco de queda, devido
a muitos indivíduos ter: déficit nas atividades de vidas diárias, disfunções cognitivas
e visuais, serem poli medicamentados, sentirem dor, terem incontinência urinária
assim como redução dos níveis de força e equilíbrio.
A incidência de quedas no Brasil provoca uma grande preocupação para a
saúde pública, devido ser considerada uma das principais causas de lesões e de
10

morte entre os idosos. Esses acidentes podem causar diversos traumas graves em
indivíduos com idade avançada, como por exemplo, o traumatismo craniano e
fratura de quadril, que posteriormente contribuem para o declínio da capacidade
funcional, da autonomia, e aumento da mortalidade (Moraes et al, 2022).
Nesse cenário o fisioterapeuta apresenta um papel de extrema importância na
prevenção de quedas em idosos por meio de orientação para a realização de
atividades físicas, alongamentos, fortalecimento muscular, treino de marcha e
equilíbrio, buscando a manutenção ou melhoria da capacidade funcional, redução
das incapacidades e limitações. Independente se o programa de exercícios é feito
em grupo ou de forma individual, o mesmo promove vários benefícios no controle de
quedas.
A realização do fortalecimento muscular no indivíduo idoso pode potencializar
o fator determinante para a melhora da independência e da qualidade de vida, além
de ser melhor indicador para a prevenção do risco de quedas. O fortalecimento
muscular leva a melhora da função do idoso, e quando associado a outros
exercícios funcionais leva a ganho de equilíbrio. O fortalecimento pode ser feito com
uso de pesos ou faixas elásticas, que darão resistência ao movimento.
A prática regular de exercícios físicos promove melhoras significativas nos
aspectos equilíbrio, flexibilidade, funcionalidade e aumento da resistência muscular,
reduzindo o risco de quedas e consequentemente quebrando o ciclo de quedas. O
tipo de exercício físico mais eficaz na prevenção das quedas nos idosos é o treino
de equilíbrio. Mudanças moderadas a elevadas do equilíbrio, após um programa
centrado no treino de equilíbrio, conduzem a um significativo efeito protetor na
redução de quedas. O exercício físico é mais eficaz se prolongado no tempo e de
maior intensidade – maior número de horas e pelo menos duas vezes por semana
Os idosos ficam expostos a vários fatores de risco, principalmente em suas
residências. Portanto, é importante a realização de ações que diminuam estes
fatores. Ações e adaptações recomendadas são: evitar camas muito altas; usar
sapatos apropriados e dispositivos de apoio para marcha (bengala, andador); não
encerar pisos; instalar corrimãos nas escadas e rampas; providenciar iluminação
adequada para a noite; instalar, no banheiro, vaso sanitário mais alto e barras de
apoio próximo ao chuveiro e ao vaso sanitário; os tapetes devem ser
antiderrapantes; concertar calçadas e degraus quebrados.
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Os acidentes domésticos em idosos devem ser vistos como um


acontecimento extremamente importante para aquele indivíduo, pois poderá ter
como consequências perda de função, imobilidade e até mesmo levar ao óbito. Os
fatores de riscos são diversos e podem levar a lesões, distúrbios psicológicos e
diminuição da sua função (Souza, 2021).
A queda representa um risco alto para a saúde do idoso, mesmo não sendo
uma consequência do envelhecimento, ela sinaliza que há uma fragilidade ou indício
de alguma doença aguda presente. Além dos problemas médicos, as quedas
apresentam custo social, econômico e psicológico enormes, aumentando a
dependência e a institucionalização, sendo uma das principais causas de
incapacitação e óbito. É de extrema importância que os profissionais de saúde
voltados para a área de geriatria e gerontologia, estudem e conheçam o tema
“quedas” nessa população, pois, o tratamento das consequências geradas pelas
quedas e a prevenção das mesmas, são ligados a fatores como controle de
medicamentos que podem ser fatores de risco; educação em saúde para o idoso e
seus familiares; exercícios e atividades físicas como protocolo de tratamento;
acessibilidade e orientação e manutenção da capacidade funcional.
As quedas são eventos mórbidos multifatoriais e que podem ocasionar
lesões, distúrbios emocionais, declínio funcional e morte. Os principais fatores de
risco podem ser identificados de maneira precoce, com vistas à prevenção e
redução dos índices de morbidade, mortalidade e custos financeiros (Maciel, 2022).
O crescente aumento populacional idoso e o aumento considerável da
ocorrência de patologias crônico-degenerativas provocam a necessidade da
capacitação e reorganização dos serviços de saúde, incluindo uma melhor formação
e capacitação de profissionais responsáveis no atendimento destes pacientes. Neste
sentido, as quedas em idosos são verdadeiramente uma das maiores preocupações
em gerontologia, pela frequência e pelas consequências diretas em relação à
qualidade de vida da pessoa idosa. A fisioterapia por meio do treinamento
proprioceptivo aumenta os estímulos sensoriais, permitindo melhor equilíbrio
postural e funcional, melhorando assim o quadro motor desses pacientes.
O envelhecimento é um processo progressivo, no qual, obtém diversas
alterações. Com o avançar da idade cronológica, as pessoas se tornam menos
ativas, diminuindo suas capacidades físicas, adquirindo alterações psicológicas. Os
sentimentos de velhice unidos a estresse e depressão desmotivam a pratica de
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exercícios, facilitando o surgimento das doenças crônicas, as quais contribuem para


o processo de envelhecimento (Figueiredo et al., 2022).
A atuação da fisioterapia na realização de exercícios com idosos visa
promover o fortalecimento muscular, treino proprioceptivo que são importantes para
restaurar o equilíbrio e marcha dos idosos, devido a isso é importante inserir uma
rotina de exercícios semanais na vida do idoso visto que oferece uma maior
segurança na realização de suas atividades, melhorando assim o equilíbrio e
marcha diminuindo assim, o risco de quedas. Levando esses idosos a um bem-estar
físico e mental e melhor execução das atividades ao decorrer do dia.
Com o intuito de prevenir é importante que o fisioterapeuta desenvolva
atividades que possam estimular os idosos a ter hábitos saudáveis de vida, como
uma alimentação adequada, a prática de atividades físicas, orientações quanto ao
domicílio e intervenha na organização do ambiente com a finalidade de reduzir
riscos de quedas (Santos et al, 2021).

4.1 As intervenções do fisioterapeuta na prevenção de quedas em idosos


O fisioterapeuta possui um papel fundamental na prevenção de quedas em
idosos, visando à manutenção ou melhoria da capacidade funcional, reduzindo as
incapacidades e limitações, proporcionando então uma maior independência através
de orientações quanto à realização de atividades físicas, fortalecimento muscular,
treino de marcha, equilíbrio e alongamentos. Com o crescimento do campo de
atuação do fisioterapeuta, além de atuar na reabilitação ele também atua na
prevenção de doenças de forma individual ou coletiva.
Segundo Santos (2020) a fisioterapia geriátrica tem como objetivo a
reinserção social, no âmbito preventivo e curativo. Dentro da equipe multidisciplinar
promovendo a manutenção da capacidade funcional, garantindo conforto e
autoestima. Através de orientações, atividades lúdicas, trabalhando o equilíbrio,
fortalecimento muscular, cognição e treino das atividades de vida diária.
A queda pode ser considerada um fenômeno de grande importância na vida
do idoso, uma vez que pode representar incapacidade, perda da função, síndrome
da imobilidade e até mesmo a morte. Em uma queda estão envolvidas qualidades
físicas como equilíbrio, força e mobilidade articular que influem na marcha, no
sistema sensorial e comprometem o sistema musculoesquelético.
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As quedas na população idosa são frequentes e determinam complicações


que alteram negativamente a Q.V dessas pessoas. Sua ocorrência pode ser evitada
com medidas preventivas adequadas, identificando causas e desenvolvendo
métodos para reduzir sua ocorrência. Saber o local onde ocorreu a queda é
importante para identificar fatores ambientais causadores da mesma e valorizar este
evento, uma vez que a morte pode ser uma de suas consequências (RIBEIRO et al.,
2008).
Incontáveis são as barreiras que os idosos precisam enfrentar no cotidiano
das cidades brasileiras. São calçadas esburacadas com piso irregular, com
bloqueios físicos, ou falta de calçamento, edifícios sem rampa de acesso para
pedestres, escadas ou saídas de elevadores mal regulados, ambientes
comprometidos também por uma iluminação deficiente, ausência de corrimão ou
mesmo devido ao espaçamento e a inclinação entre os degraus.
As principais alterações biológicas que o envelhecimento pode causar são:
maior rigidez das cartilagens, dos tendões e dos ligamentos, diminuição da massa
muscular, perda ou redução da força muscular, do equilíbrio, da mobilidade articular,
da agilidade da coordenação motora, e das funções hepáticas e renais. Além disso,
pode ocorrer diminuição de quantidade de água, da altura, aumento do peso e da
gordura, maior trabalho ventilatório ao esforço, redução do número e tamanho dos
neurônios, redução da capacidade termorreguladora e queda do tempo de reação e
da condução nervosa. O processo de envelhecimento resulta também a perda de
densidade óssea, que pode levar à osteoporose, principal preocupação em relação
aos aspectos esqueléticos no idoso (Freitas, 2021; Deliberato, 2021).
Os problemas devido ao ambiente físico inadequado são geralmente
causados por eventos ocasionais que trazem riscos aos idosos. Quanto maior for o
grau de vulnerabilidade e instabilidade do mesmo, eles se tornarão mais graves,
especialmente àquele que já apresenta alguma deficiência de equilíbrio e marcha.
Frequentemente os idosos não caem por realizar atividades perigosas e sim em
atividades rotineiras.
Cabe ressaltar que a queda é um evento real na vida dos idosos e traz a eles
consequências físicas, psicológicas e sociais muitas vezes irreparáveis. Com isso, a
abordagem após o evento deve incluir uma avaliação ampla e integral, onde seja
realizada pelo profissional responsável uma anamnese bem detalhada e direcionada
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às causas da queda, garantindo a ele uma melhor qualidade de vida, autonomia e


independência.
As quedas em idosos necessitam de intervenções em uma perspectiva
multiprofissional, pois exigem novas estratégias para sua prevenção. É imperativo
aos profissionais de saúde e serviços de saúde a prestação de cuidados à pessoa
idosa, no que tange à avaliação do risco de queda e posterior aplicação das
medidas eficazes de prevenção.
O âmbito de atividade da fisioterapia vem crescendo cada vez mais com o
passar dos anos e acompanhado o envelhecimento populacional, uma vez que a
fisioterapia apresenta um papel importante no que diz respeito à atenção básica,
através de prevenção de quedas, prevenção de doenças e promoção de saúde
individual e coletiva, ademais atuando na reabilitação e orientações domiciliares.
A fisioterapia preventiva na terceira idade, atua com o propósito de promover
e manter a saúde, trabalhando para reduzir o efeito fisiológico das alterações
funcionais, adquirida no decorrer do processo de envelhecimento, e fatores
favoráveis à doenças e risco de queda.
O fisioterapeuta exerce um papel fundamental na prevenção das quedas de
idosos. O profissional busca a manutenção e a melhoria da capacidade funcional e
minimiza as suas incapacidades e limitações, através da realização de atividades
físicas como: fortalecimento muscular, treino de marcha, equilíbrio e alongamentos.
Atua também na reabilitação, onde possui um papel primordial na prevenção de
forma individual ou coletiva (Leiva Caro, 2022).
O profissional fisioterapeuta é visto como um reabilitador, sendo que um de
seus principais objetivos são a prevenção e a promoção da saúde, a atuação
fisioterapêutica é de extrema importância na reabilitação funcional dessas pessoas,
trabalhando a prevenção de quedas e a reabilitação de atividades funcionais,
embasada em conhecimentos científicos e práticos. Para evitar as quedas, é
necessário promover a prática da atividade física.
É muito importante que o fisioterapeuta enxergue de forma ampla todos os
aspectos que envolvam o dia a dia do idoso, e, a partir disso, desenvolva atividades
que os estimulem a ter hábitos mais saudáveis, como uma alimentação adequada,
praticar atividades físicas, orientar exercícios a domicílio e intervir na organização do
ambiente, a fim de reduzir riscos de quedas.
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A fisioterapia possibilita o desenvolvimento de planos de exercícios


detalhados que podem trazer benefícios ao indivíduo frágil, como: aperfeiçoamento
da marcha, elevação da densidade mineral óssea, desenvolvimento da capacidade
aeróbica, melhora na força e flexibilidade, além de trazer benefícios psicossociais.
Esses aspectos influenciam diretamente no equilíbrio, marcha e propriocepção e
consequentemente minimizam os riscos das quedas e suas consequências (Souza,
2021). Cabe salientar que o profissional fisioterapeuta encontra um diversificado
público de idosos nos serviços de saúde, desde aqueles que necessitam de
assistência total até aqueles que são totalmente independentes, porém necessitam
de tratamento em grupo ou ambulatorial. Assim, a fisioterapia deve modificar a
visão, exclusivamente estabelecida para a recuperação e reabilitação, e explorar,
definitivamente, em atividades voltadas a Atenção Primária a Saúde, a promoção da
saúde e prevenção de complicações nessa população.
A independência do idoso para a execução das atividades do cotidiano, com
a finalidade de minimizar as consequências fisiológicas e patológicas do
envelhecimento, garantindo a melhoria da mobilidade e contribuindo para uma
qualidade de vida satisfatória devem ser os pontos principais de ações interventivas
de promoção da saúde.
O fisioterapeuta está apto a avaliar, tratar e prevenir distúrbios
cardiovasculares, respiratórios, neurológicos e musculoesqueléticos que possam
interferir e provocar limitações à funcionalidade do organismo, com fins de promover
a independência funcional, reduzindo o risco de quedas e contribuindo, assim, com a
melhora da autoestima do idoso. A fisioterapia preventiva é extremamente relevante
para o bem-estar do idoso, pois, cabe ao fisioterapeuta atuar na preservação das
funções motoras do idoso com o objetivo de adiar e/ou minimizar possíveis
patologias peculiares do envelhecimento.

5 TRABALHOS DESENVOLVIDOS
Durante as sessões desenvolvidas e com base nessa avaliação, o
fisioterapeuta desenvolveu um plano de tratamento específico para cada paciente,
que pode incluir uma variedade de intervenções e técnicas, como:
Exercícios terapêuticos: que foram prescritos exercícios específicos para
melhorar a força muscular, a flexibilidade, a resistência e a coordenação motora. Os
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exercícios podem ser realizados tanto em sessões supervisionadas pelo


fisioterapeuta quanto em casa, como parte de um programa de exercícios regular.
Mobilização e manipulação: O fisioterapeuta utilizou técnicas de mobilização e
manipulação para melhorar a amplitude de movimento das articulações, aliviar a dor
e melhorar a função.
Treinamento de equilíbrio e prevenção de quedas: Uma parte importante da
fisioterapia para idosos é o treinamento de equilíbrio e a prevenção de quedas. O
fisioterapeuta ensinou exercícios específicos para melhorar a estabilidade e a
coordenação, reduzindo o risco de quedas.
Terapia manual: Essa técnica envolveu o uso das mãos do fisioterapeuta para
realizar massagens, alongamentos e liberações miofasciais, com o objetivo de aliviar
a dor, melhorar a circulação sanguínea e relaxar os músculos.
Utilização de modalidades físicas: O fisioterapeuta pode utilizar modalidades
físicas, como calor, frio, ultrassom e eletroterapia, como complemento ao tratamento,
para aliviar a dor, reduzir a inflamação e promover a cicatrização.
Orientações e treinamento: O fisioterapeuta também fornece orientações sobre
a postura correta, o uso adequado de dispositivos auxiliares, como bengalas ou
andadores, e estratégias para realizar atividades diárias com segurança e eficiência.
É importante ressaltar que a fisioterapia para idosos é um processo contínuo e
adaptativo. O tratamento pode ser ajustado ao longo do tempo, de acordo com a
evolução do paciente e suas necessidades específicas. A regularidade das sessões
e a adesão às recomendações do fisioterapeuta são fundamentais para obter
resultados satisfatórios.

6. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS RESULTADOS


O envelhecimento, que inevitavelmente acomete o indivíduo com o passar
dos anos, interfere nos seus diversos aparelhos e sistemas orgânicos. Alterações
funcionais dele decorrentes produzem diferentes consequências para o idoso, como
por exemplo, distúrbios na marcha. A marcha é resultante da interação dos sistemas
neurológico, musculoesquelético, vestibular e somato-sensorial. As quedas na
população idosa são frequentes e determinam complicações múltiplas que afetam
negativamente a qualidade de vida dessas pessoas.
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A queda pode ser considerada como um marcador do início de um importante


declínio de determinada função ou um sintoma de uma patologia nova. A
conceituação de quedas pode ser entendida como uma insuficiência súbita do
controle postural, uma falta de capacidade para corrigir o deslocamento do corpo,
durante seu movimento no espaço; uma mudança de posição inesperada, não
intencional, que faz com que o indivíduo permaneça em um nível inferior; bem como
um deslocamento não intencional do corpo para um nível inferior em relação à
posição inicial.
A prevenção de quedas em qualquer situação ou ambiente é relativamente
desafiante, porém, a população de idosos é reconhecida com alto risco de queda,
devido a muitos indivíduos ter: déficit nas atividades de vidas diárias, disfunções
cognitivas e visuais, serem poli medicamentados, sentirem dor, terem incontinência
urinária ou redução dos níveis de força e equilíbrio.
Após quedas ou fraturas, o tratamento com o fisioterapeuta se torna ainda
mais essencial, pois ele deverá ter um olhar amplo no caso do idoso e entender as
limitações que essa condição interferiu e ainda pode interferir na capacidade
funcional da pessoa. Enxergar o indivíduo como um todo, seu sistema
musculoesquelético, neurológico, urológico, cardiovascular e respiratório, assim
como o meio em que vive.
Através disso o fisioterapeuta tem o papel de restabelecer e melhorar a
capacidade funcional do idoso, procurando prevenir o agravamento da sua condição
e impedir que novas quedas ou fraturas possam surgir no futuro. Ele deve
estabelecer uma rotina de exercícios diários de fortalecimento muscular e equilíbrio
que farão parte de toda a vida do idoso.

7. IMPORTÂNCIA DO TRABALHO PARA A VIDA PROFISSIONAL


No estágio supervisionado a saúde do idoso foi muito importante para a vida
acadêmica para que possamos aplicar todo o conhecimento adquirido em sala a
situações do mundo real. Isso é fundamental para fazer entender em prática e como
lidar com os desafios reais da saúde do idoso. O aprendizado interdisciplinar torna-
se muito importante, pois muitas vezes requer uma abordagem envolvendo diversos
profissionais de diversas áreas, os estágios permitem que os estagiários trabalhem
em equipes multidisciplinares, o que é valioso para a vida profissional. Em resumo o
trabalho a saúde do idoso é essencial para desenvolver uma base sólida para a vida
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profissional na área da saúde. Fornece habilidades interpessoais e conhecimento do


contexto, preparando os profissionais para enfrentar desafios complexos e promover
a saúde de maneira eficaz. É no estágio onde o estudante tem a oportunidade de ter
o primeiro contato real, realizando condutas fisioterapêuticas para o tratamento dos
idosos.

8. CONCLUSÃO
O crescente aumento da população idosa em todo o mundo mais
especificamente no Brasil é um dos desafios políticos, econômicos e sociais diante
das novas demandas dessa faixa populacional. Devido a isso, faz-se necessário
modificar os ambientes domésticos de maneira a minimizar os perigos, além da
necessidade de promover a saúde, prevenir doenças e incapacidades do idoso com
o objetivo de diminuir os riscos que possam propiciar as quedas.
A incapacidade funcional pode gerar um aumento na demanda de cuidado no
qual requer do profissional que presta assistência ao idoso, maior capacitação e
preparo para atuar na promoção da saúde, prevenção e reabilitação das doenças
crônicas degenerativas, da mesma forma que aponta para a necessidade de se
formular e estruturar ações de ordem preventiva para aspectos sociais, cognitivos e
físicos.
O envelhecimento é um fenômeno constante e natural que traz consigo
inúmeras alterações fisiológicas que levam ao declínio da capacidade funcional do
indivíduo, podendo deixá-lo suscetível a episódios indesejáveis como as quedas. A
população idosa aumentou largamente em todo o mundo nas últimas décadas e,
com ela, cresceram também seus problemas de saúde, como as doenças crônicas e
os problemas relacionados com as quedas, tornando-se ainda mais necessária a
tomada de medidas de cuidados à saúde do idoso, sobretudo em direção às formas
preventivas de doenças crônicas e de eventos limitantes à capacidade funcional
e/ou que prejudiquem o bem-estar do idoso.
Um dos principais papéis da fisioterapia para prevenção de quedas em idosos
é manter e promover o máximo de capacidade funcional e vida ativa para os idosos.
Realizar um estágio é de grande valia para todos nós, acadêmicos de
Fisioterapia, pois contribui para o desenvolvimento de novas competências,
complementando nossos conhecimentos de aprendizagem e aprimorando nosso
trabalho na área, nos torna mais confiante na seleção do curso, como acadêmicos
19

nos tornaram mais eficazes em nossas habilidades. Incentivar a adoção de uma


melhor atitude profissional, essencial neste período de transição da vida acadêmica
para a vida profissional.
Agradecemos a nossa Prof. preceptora a fisioterapeuta Aryane Soares, pela
sua confiança diante de todas as nossas inseguranças enquanto acadêmicos, bem
como a sua postura e profissionalismo excelentes, o que nos possibilitou muita
confiança e motivação para o estudo contínuo.
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REFERENCIAS
FIGUEIREDO, L. L. DE et al. [ARTIGO RETRATADO] Análise do equilíbrio no processo de
envelhecimento. Fisioterapia em Movimento, v. 24, n. 3, p. 94–95, 2022.

FREITAS, E. V. de; CANÇADO, F.A.; DOLL, J.; GARZONI, M. R. Tratado de geriatria e gerontologia.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.

LEIVA-CARO, J. A. L. Et al. Relação entre competência, usabilidade, ambiente e risco de quedas em


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MACIEL A. Quedas em idosos: um problema de saúde pública desconhecido pela comunidade e


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