3

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DO CEARÁ

CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

FRANCISCO LUCAS LOPES FERREIRA

DAVID LUCAS FARIAS

O PAPEL DA MUSCULAÇÃO NA MELHORA DOS NÍVEIS DE ANSIEDADE

E DEPRESSÃO

FORTALEZA – CE

2022
 4

FRANCISCO LUCAS LOPES FERREIRA

DAVID LUCAS FARIAS

O PAPEL DA MUSCULAÇÃO NA MELHORA DOS NÍVEIS DE ANSIEDADE

E DEPRESSÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Graduação em Educação Física
do Centro Universitário Estácio do Ceará,
como requisito parcial à obtenção do grau de
bacharel em Educação Física.

Orientador: Prof. Dr. Andreson Charles de

Freitas Silva

FORTALEZA – CE

2022
 5

LUCAS PEREIRA DE ALMEIDA

MANOEL DE SOUZA

O PAPEL DA MUSCULAÇÃO NA MELHORA DOS NÍVEIS DE ANSIEDADE

E DEPRESSÃO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

ao Curso de Graduação em Educação Física
do Centro Universitário Estácio do Ceará,
como requisito parcial à obtenção do grau de
bacharel em Educação Física.

Aprovado em: _____de __________de 2022

BANCA EXAMINADORA

____________________________________________
Profº. Dr. Andreson Charles de Freitas Silva (Orientador)
Centro Universitário Estácio do Ceará

____________________________________________
Profº. Fulano de tal
Faculdade fulano de tal

____________________________________________
Profº. Fulano de tal
Faculdade fulano de tal
 6

AGRADECIMENTOS

Aqui você fará os agradecimentos que desejar, sugiro a cada pessoa ou grupo de
pessoas colocar em parágrafos diferentes.
Agradeço a fulano de tal por isso....
Agradeço a minha família .....
 7

RESUMO

Objetivo: Compreender o papel da musculação na melhora dos níveis de ansiedade e

depressão em praticantes de musculação. Metodologia: Tal investigação tratou-se de
um estudo descritivo, transversal e com características quantitativas de amostra com
análise e comparação de dados que permite refletir um padrão a ser seguido. A pesquisa
foi realizada nos meses de abril e maio de 2022. Todos os participantes desta pesquisa
foram esclarecidos dos riscos e benefícios, e concordaram em participar do estudo
mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre Esclarecido (TCLE) antes de
prosseguirem às suas respostas. Os participantes foram voluntários, tiveram a identidade
preservada e puderam desistir a qualquer momento do estudo. A pesquisa está de acordo
com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). Resultados: Os
resultados do estudo corroboram o fato de que a musculação contribui para a redução
dos níveis de ansiedade e depressão em praticantes de musculação. Conclusão:
Conclui-se que a musculação é capaz de proporcionar benefícios significativamente
relevantes para a redução e/ou tratamento de doenças como ansiedade e depressão.

ABSTRACT

Objective: To understand the role of bodybuilding in improving anxiety and depression

levels in bodybuilders. Methodology: This investigation was a descriptive, cross-
sectional study with quantitative sample characteristics with data analysis and
comparison that allows reflecting a pattern to be followed. The research was carried out
in April and May 2022. All participants in this research were informed of the risks and
benefits, and agreed to participate in the study by signing the Informed Consent Form
(ICF) before proceeding with their responses. Participants were volunteers, had their
identity preserved and could withdraw from the study at any time. The research is in
accordance with resolution 466/12 of the National Health Council (CNS). Results: The
results of the study corroborate the fact that weight training contributes to the reduction
of anxiety and depression levels in bodybuilders. Conclusion: It is concluded that
bodybuilding is able to provide significantly relevant benefits for the reduction and/or
treatment of diseases such as anxiety and depression.
 8

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................... 9

2 METODOLOGIA...................................................................................... 11

2.1 Planejamento da Pesquisa......................................................................... 11

2.2 Local do Estudo ........................................................................................ 11

2.3 Participantes da Pesquisa .......................................................................... 11

2.5 Procedimentos e Instrumentos……........................................................... 11

2.7 Análise de Dados....................................................................................... 12

3 RESULTADOS…………………………………………………………… 12
4 DISCUSSÃO ……………………………………………………………. 19
5 CONCLUSÃO ………………………………………………………….. 21

REFERÊNCIAS......................................................................................... 21

Apêndice A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

23
(TCLE)..

Apêndice B – Instrumento de coleta – Questionário............................. 24

 9

1. INTRODUÇÃO

A ansiedade pode ser caracterizada como um sentimento de medo, vago e

desagradável, muitas vezes associado a um desconforto e/ou tensão derivado de uma
sensação de antecipação aos eventos desconhecidos e alheios (MULLER, 2022). Além
disso, por vezes desagradável a ansiedade primária é um fenômeno adaptativo
necessário ao homem para o enfrentamento de determinadas situações cotidianas, uma
vez que intensidade e duração devem variar entre os diferentes indivíduos de acordo
com as situações enfrentadas (ARAUJO, 2019).
Sua função adaptativa é também marcante, uma vez que se encontra ligada a
mecanismos de sobrevivência, portanto, ligada a mecanismos de defesa territorial,
seleção de companheiro e mecanismos de ataque-defesa (SANTOS et al., 2020). Por
outro lado, a depressão pode ser definida como uma condição na qual o indivíduo se
mostra abalado fisicamente e psicologicamente, caracterizando uma doença
psicoemocional crônica, ou seja, que persiste por um longo período de tempo,
apresentando diversos sintomas e tendo como principal deles o sentimento contínuo de
tristeza profunda e intensa (CIZIL, 2019).
Sob uma abordagem mais específica, o Transtorno Depressivo Maior
(depressão) influencia a forma de agir, raciocinar e vivenciar momentos cotidianos,
podendo acarretar problemas na vida pessoal, profissional, social e familiar dos
indivíduos, além de interferir em condições de interesses, suas capacidades cognitivas e
aspectos relacionados à aptidão física (KOWALSKI, 2021). Dessa forma, propõe-se que
diante das diversas abordagens destinadas ao tratamento de tais condições, observa-se
ainda que grande parte da literatura é favorável ao uso das intervenções
farmacoterápicas, apesar de que seus malefícios e contraindicações estejam amplamente
descritas, considera-se uma vertente plausivelmente aplicável em casos em que o
 10

indivíduo não é alertado sobre a necessidade de um estilo de vida ativo e da importância

do exercício físico para a promoção da saúde (ALVES, 2017).
Todavia, ressalta-se a relevância dos estudos que apontam a importância do
exercício físico no combate ao progresso da sintomatologia provocada por tais
transtornos, uma vez que seus efeitos sobre o humor do indivíduo através da liberação
de neurotransmissores que proporcionam uma melhora significativa do quadros de
ansiedade e depressão (DE OLIVEIRA LOBO et al., 2018). Além disso, observou-se
que durante a pandemia os espaços destinados à promoção da saúde através do exercício
foram temporariamente fechados devido os protocolos de enfrentamento à pandemia por
concluírem que tais atividades não eram essenciais, entretanto, sabe-se da total
importância da manutenção dos níveis de atividade física para uma melhor resposta
imunológica contra diversas doenças (LAUX et al., 2018).
Ainda convém lembrar, que existem inúmeras evidências sobre a importância do
exercício físico para a prevenção e reabilitação de várias doenças crônicas, destaca-se
na literatura os achados que demonstram a participação em várias formas de exercícios
físicos apresentando associação com a melhora da saúde mental e qualidade de vida, em
virtude desses achados, os profissionais da área da saúde indicam a prática regular de
exercícios físicos para pessoas de todas as idades, tendo em vista a prevenção e/ou
recuperação de uma qualidade de vida adequada (CAMPOS et al., 2019). Todavia,
embora a qualidade de vida seja uma variável de mensuração multifatorial, estudos
apontam que são necessários para uma boa qualidade de vida a combinação entre bem-
estar físico e psicoemocional (SOUZA, 2019).
Dessa forma, o exercício físico compreendido como uma característica inerente
ao ser humano com dimensões biológicas, comportamentais e sociais, representa um
tema bastante pautado em discussões científicas e políticas em todo o mundo nos
últimos anos, uma vez que através de um estilo de vida mais ativo é possível
desenvolver condições de melhoria da saúde física e mental dos indivíduos (GOMES,
2019). Assim, afirma-se que a musculação é um meio de treinamento caracterizado pela
utilização de pesos e máquinas desenvolvidas para oferecer alguma carga mecânica
externa em oposição ao movimento produzido pelo corpo e seus segmentos corporais,
além disso, a utilização deste meio de treinamento de maneira sistematizada, objetiva
predominantemente o treinamento da força muscular, porém sua condição de exercício
físico pode oferecer diversos benefícios psicoemocionais (ABIKO et al., 2018).
 11

É durante a musculação que ocorre também a liberação dos neurotransmissores

endorfina e dopamina, que ao agirem no organismo proporcionam um efeito
tranquilizante e analgésico no praticante regular, que frequentemente se beneficia de um
efeito relaxante pós-esforço e dessa forma consegue manter um estado de equilíbrio
emocional e físico frente às ameaças do meio externo (SILVA, 2019).
Para tal, este estudo objetiva investigar os possíveis efeitos da prática da
musculação sobre os níveis de ansiedade e depressão em praticantes regulares da
modalidade, pois dessa forma será capaz de estabelecer uma possível correlação entre o
tipo de exercício em questão e os seus respectivos benefícios à saúde dos indivíduos.

2. METODOLOGIA

2.1 Planejamento da pesquisa

Tal investigação tratou-se de um estudo descritivo, transversal e com

características quantitativas de amostra com análise e comparação de dados que permite
refletir um padrão a ser seguido.
A pesquisa foi realizada nos meses de abril e maio de 2022. Todos os
participantes desta pesquisa foram esclarecidos dos riscos e benefícios, e concordaram
em participar do estudo mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre
Esclarecido (TCLE) antes de prosseguirem às suas respostas. Os participantes foram
voluntários, tiveram a identidade preservada e puderam desistir a qualquer momento do
estudo. A pesquisa está de acordo com a resolução 466/12 do Conselho Nacional de
Saúde (CNS).

2.2 Local de estudo

A pesquisa foi realizada em academias de musculação instaladas no município

de Fortaleza-CE no período de abril a maio de 2022.

2.3 Participantes da pesquisa

A população da pesquisa foi composta por praticantes

iniciantes e intermediários de musculação e a amostra foi
 12

composta por 30 praticantes de ambos os sexos com idade ≥ 18

anos de idade.

2.4 Instrumentos e procedimentos

Foi aplicado um questionário digital (formulários do google) (Apêndice A)

subdivido em duas partes, sendo a primeira parte destinada a compreensão do perfil
sociodemográfico e a segunda destinada a investigação dos efeitos da musculação na
redução dos níveis de ansiedade e depressão. Vale ressaltar que o questionário foi
confeccionado pelos próprios pesquisadores com perguntas objetivas sobre situações
problemas para verificarmos se tal prática apresenta correlação com alterações nos
níveis de ansiedade e depressão em praticantes de musculação.

2.5 Análise dos dados

Todas as informações da pesquisa foram convertidas em gráficos no programa

Microsoft Excel 2019 16.06742.2048. com valores em porcentagem. Para melhor
entendimento pelo público.

3. RESULTADOS

3.1 Perfil Sociodemográfico

A seguir serão apresentados os dados coletados durante a pesquisa, assim, de

acordo com as tabela e gráficos, verifica-se que participaram da pesquisa 30 indivíduos
(homens e mulheres) praticantes de musculação em uma academia da cidade de
Fortaleza, Ceará, sendo que a maioria (60 %) é do gênero feminino e 40 % é do gênero
masculino. Além disso, observou-se uma significativa predominância quanto a idade
dos indivíduos, uma vez que (56,7%) dos indivíduos assinalaram idade entre 18 - 25
anos, 30% assinalaram ter idade entre 26 - 35 anos e 13,3% assinalaram ter idade entre
36 - 45 anos de idade. Além disso, observou-se que a maioria dos indivíduos
participantes da pesquisa assinalaram possuir o ensino superior completo (43,3%), 30%
assinalaram possuir ensino superior incompleto e 26,7% possuem ensino médio
completo. Por fim, ressalta-se que todos os indivíduos participantes da pesquisa (100%)
 13

concordaram com o Termo de Livre Consentimento Esclarecido (TCLE) que estava

integrado ao questionário.

Variável Masculino n (%) Feminino n (%)

Gênero 10 (40%) 20 (60%)

Variável Ensino Superior Completo - Ensino Ensino Médio Completo n (%)

Superior Incompleto n (%)

Grau de Instrução 12 (43,3%) - 10 (30 %) 8 (26,7 %)

Variável 18 - 25 anos n (%) 26 - 35 anos/36 - 45 anos n (%)

Idade 17 (56,7%) 9 (30 %)/4 (13,3%)

Tabela 1. Perfil Sociodemográfico dos Participantes da Pesquisa

3.2 Questões específicas acerca do papel da musculação na redução dos

níveis de ansiedade e depressão

Observa-se que ao analisarmos de forma específica os fatores que interferem nos

níveis de ansiedade e depressão em decorrência da prática de musculação, 100% dos
indivíduos participantes assinalaram que praticam musculação, assim como 100%
relatou gostar de praticar musculação, corroborando com a premissa de que a
modalidade provoca resultados benéficos aos praticantes, uma vez que o número de
respostas ao questionário onde se refere a gostar da prática é unânime.
 14

3.3 Prática da musculação por recomendação médica

Observa-se que a maior parte dos participantes (86,7%) não praticam

musculação devido uma recomendação médica, o que sugere que tal iniciativa parte de
um processo de tomada de decisão individual, movido por muitos fatores que acabam
por interferir diretamente na qualidade de vida do indivíduo e atuando como fator
preventivo ao desenvolvimento de transtornos psicoemocionais como ansiedade e
depressão, porém observa-se também que 13,3% dos indivíduos relatam praticar
musculação em decorrência de uma recomendação médica.

3.4 Repercussões da pandemia na prática da musculação e seus efeitos

sobre os danos ao domínio emocional

Ao investigar a questão sobre a paralisação das atividades em decorrência da

pandemia, observou-se que a maioria dos indivíduos (66,7%) tiveram que interromper
suas atividades devido aos fatores que provocaram restrição aos locais de prática
durante o isolamento social, enquanto 33,3% dos participantes mantiveram suas
atividades mesmo com os decretos restritivos. Além disso, destaca-se que a maioria
(63,3%) dos indivíduos também acredita que tal paralisação tenha causado danos ao
domínio emocional, sendo responsáveis por respostas humorais desagradáveis, enquanto
36,7% acredita não ter sofrido danos ao domínio emocional em razão da paralisação da
prática.
 15

3.5 Diagnósticos e percepções individuais acerca dos transtornos de

ansiedade e depressão

Ao analisarmos os dados referentes ao número de indivíduos que receberam

algum tipo de diagnósticos referente aos transtorno de ansiedade e depressão, observou-
se que a maioria (73,3%) dos participantes não apresenta diagnóstico clínico para
nenhum dos transtornos, enquanto 26,7% dos participantes relatam já terem recebido
algum diagnóstico acerca dos transtorno citados anteriormente. Por outro lado, ao
analisar a percepção individual de cada participante, destaca-se que a maioria dos
indivíduos (76,7%) consideram-se ansiosos e/ou depressivos, o que representa uma
alerta significativo visto que muitos desses indivíduos podem apresentar sintomas e não
buscarem assistência médica, de forma a negligenciar uma condição clínica grave,
todavia, observou-se também que 23,3% dos participantes não se consideram ansiosos
e/ou depressivos. Além disso, os resultados mostram que 50% dos participantes já se
 16

consideravam ansiosos e/ou depressivos antes mesmo do início da pandemia, assim

como 50% relatou não associar tais questões à pandemia.
 17

3.6 Perspectivas e percepções individuais acerca dos efeitos e/ou benefícios

do exercício físico

Foram analisadas as perspectivas e percepções individuais acerca dos efeitos

e/ou benefícios desencadeados através da prática do exercício físico, observou-se diante
dos resultados que a maioria dos indivíduos (71%) acredita que a ausência da prática
agrava seus níveis de ansiedade e/ou depressão, todavia, 29% dos indivíduos acredita
que não há correlação entre a prática e os efeitos citados. Além disso, os resultados
apontam que a maioria dos indivíduos (96,8%) relataram a crença de que o exercício
físico é eficaz durante o processo de recuperação em situações onde há diagnósticos
clínicos de quadros de ansiedade e/ou depressivos, porém, 3,2% dos indivíduos
relataram não associar tal correlação.
 18

3.7 Crenças e recomendações individuais acerca dos efeitos e/ou benefícios

do exercício físico

Foram analisadas as considerações e recomendações dos participantes da

pesquisa tendo em vista compreender um pouco mais sobre a perspectivas dos
praticantes sobre o exercício físico, uma vez que este processo favorece o conhecimento
de possíveis pontos positivos e/ou negativos acerca da prática, bem como compreender
possíveis limitações que existam entre os praticantes, dessa forma, buscou-se
compreender se os indivíduos se consideravam pessoas melhores em razão da prática do
exercício físico, os resultados apontam que a maioria dos indivíduos (93,5%) acreditam
na melhora pessoal decorrente da prática, por outro lado, 6,5% acredita que não há tal
melhora. Além disso, objetivou-se compreender se os indivíduos possuem a crença de
que o exercício físico é uma prática necessária para uma melhor qualidade de vida, onde
todos os participantes (100%) assinalaram que compartilham da mesma ideia e
acreditam que o exercício é fundamental para uma melhor qualidade de vida. Por fim,
observou-se que na questão referente a recomendar a musculação para outras pessoas,
mais uma vez todos os participantes (100%) assinalaram que recomendariam.
 19

DISCUSSÃO

Diante dos resultados apresentados no estudo, observa-se que o exercício físico,

em especial a musculação, apresenta condições favoráveis para a redução dos níveis de
ansiedade e depressão em praticantes regulares de exercícios, uma vez que baseado nas
respostas fornecidas, infere-se que as concepções e perspectivas sobre os benefícios da
prática são significativamente relevantes para melhora e/ou prevenção de transtornos
psicoemocionais (SANTOS, 2019).
Além disso, os resultados corroboram com grande parte da literatura acerca da
questão, uma vez que a maior parte dos estudos que investigam o papel benéfico do
exercício físico como terapia preventiva e/ou adjuvante no tratamento de ansiedade e
depressão, apontam que o exercício predispõe um estilo de vida mais ativo, tornando o
indivíduo mais apto e disposto para executar suas tarefas diárias, além de promover o
contato com outras pessoas, estabelecendo uma condição de socialização durante a
prática do exercício (ROCHA et al., 2019).
Ainda convém destacar, que através do exercício físico são liberados hormônios
e neurotransmissores que desempenham um papel fundamental na regulação do humor,
fazendo com que o indivíduo reduza seus momentos de estresse, passando a lidar com
as situações do cotidiano de uma forma mais estratégica e saudável, uma vez que grande
parte dos diagnósticos de ansiedade e depressão são provenientes de situações
recorrentes de estresse e problemas relacionados ao contexto familiar, social e
 20

profissional, sendo o exercício uma forma de desligar momentaneamente destas

questões conflitantes (RODRIGUES, 2019).
Por fim, o exercício físico apresenta características que influenciam
positivamente na qualidade de vida relacionada à saúde, sendo um conjunto de fatores
que interferem significativamente na promoção e/ou manutenção da saúde, uma vez que
o exercício promove o aumento das respostas do sistema imunológico, bem como
desenvolve capacidades físicas que proporcionam a condição do indivíduo manter sua
autonomia durante a execução de suas atividades da vida diária, sendo esta uma
condição fundamental para um envelhecimento saudável (BANKOFF, 2019) .
Além disso, observa-se que segundo (MASIERO, 2020) a musculação é uma
prática que pode ser diretamente influenciada por fatores motivacionais, uma vez que os
indivíduos podem buscar a prática por razões diversas, tais como: I) Estímulo por
mídias e redes sociais, II) Estilo de vida e III) Tratamento e prevenção de doenças, além
disso, o estudo aponta que os jovens entre 18 - 25 anos são os que mais buscam a
prática da musculação, influenciados prioritariamente pelas mídias e redes sociais,
todavia, observou-se que os adultos e idosos acima de 60 anos são os que mais buscam
a musculação motivados por aspectos relacionados ao processo de prevenção e/ou
tratamento de doenças.
Ainda convém lembrar, que em nossos resultados a maioria dos participantes
apresentavam idade entre 18 - 25 anos, faixa etária muito semelhante a encontrada no
estudo citado anteriormente, diante disso, propomos que investigações futuras busquem
compreender os reais aspectos motivacionais e como estes interferem no processo de
adesão à prática da musculação, além disso, compreender de que forma estes aspectos
motivadores podem interferir nos níveis de ansiedade e/ou depressão, uma vez que
segundo (DE MEDEIROS AZEVEDO, 2022) a população jovem é a mais afetada por
estes tipos de transtorno psicoemocionais, necessitando de investigações amplas e
detalhadas.
Ademais, mesmo diante de uma elevada quantidade de pessoas que buscam a
musculação motivados pela necessidade de tratar e/ou prevenir o surgimento de
doenças, nossos resultados apontam que a maioria dos indivíduos buscam a musculação
por uma iniciativa própria, não sendo necessário o aconselhamento médico, revelando
um cenário onde os indivíduos apresentam uma consciência mais estabelecida sobre a
importância de tornar o estilo de vida mais ativo e consequentemente favorecer a saúde,
de acordo com (DE PAULA LEMOS FILHO et al., 2018) diversos fatores contribuem
 21

para a mudança do estilo de vida, porém, o exercício físico se apresenta como um dos
fatores mais importantes para a mudança de comportamento, uma vez que provoca uma
série de mudanças fisiológicas e emocionais, que proporcionam a capacidade do
indivíduo de melhor responder aos diversos desafios encontrados durante o cotidiano.
No que se refere ao papel da musculação como ferramenta eficaz na redução dos
níveis de ansiedade e depressão, observou-se que os resultados de nosso estudo apontam
que é perceptível por partes dos praticante os benefícios proporcionados pela prática à
saúde mental de uma forma específica, diante disso, propomos que mais estudos sejam
produzidos sobre a questão uma vez que analisar tal questão é fundamental para que
futuramente essa percepção seja cada vez maior na população em geral, uma vez que
segundo (TEIXEIRA, 2020) a musculação é capaz de prevenir o surgimento de doenças
como ansiedade e depressão, bem como capaz de compor o tratamento das mesmas,
onde em alguns casos a musculação é capaz de reduzir e/ou cessar as intervenções
medicamentosas prescritas para controlar a progressão do quadro das doenças.

CONCLUSÃO

Diante dos resultados apresentados e discutidos anteriormente, concluiu-se que a

prática da musculação apresenta significativos dados que contribuem com a premissa de
que é capaz de reduzir os níveis de ansiedade e depressão, bem como prevenir o
surgimento de tais doenças, uma vez que promove benefícios aos indivíduos desde a
satisfação com a prática até mesmo ao proporcionar uma melhor condição do indivíduo
consigo mesmo.
Além disso, embora tais afirmações necessitem de investigações mais amplas e
aprofundadas, através deste estudo é possível compreender inúmeros aspectos que
permeiam as principais lacunas existentes acerca da temática, ainda destacando-se por
ser executado logo após o período adverso ocasionado pela pandemia, sendo
significativamente importante para compreender a percepção dos indivíduos após o
período restritivo de isolamento social e paralisação das atividades.

Por fim, ressalta-se que diante das questões discutidas neste estudo, torna-se
indispensável a tomada de decisão dos Profissionais de Educação Física em disseminar
o conhecimento acerca da questão, visando a propagação de informações
cientificamente comprovadas sobre a temática e a mudança no estilo de vida de cada
 22

vez mais indivíduos, promovendo saúde e reduzindo os riscos de doenças como

ansiedade e depressão.

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PARTE FUNDAMENTAL DO TRATAMENTO A PESSOAS COM DEPRESSÃO.
Anais do EVINCI-UniBrasil, v. 6, n. 1, p. 83-83, 2020.

APÊNDICES

APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido –TCLE

NÓS, Francisco Lucas Lopes Ferreira e David Lucas Farias, alunos do Curso de
Educação Física do Centro Universitário Estácio do Ceará – FIC junto com o Professor
Doutor Andreson Charles de Freitas Silva, estamos desenvolvendo uma pesquisa que
tem como tema O PAPEL DA MUSCULAÇÃO NA MELHORA DOS NÍVEIS DE
ANSIEDADE E DEPRESSÃO, e venho, na oportunidade, solicitar sua participação
voluntária neste estudo, respondendo a um questionário contendo perguntas sobre o
assunto em questão.
Com vistas a esclarecer as finalidades e procedimentos adotados durante o estudo,
solicitamos a leitura cuidadosa de cada item:
1. As informações coletadas no questionário somente serão utilizadas para a
construção desta pesquisa;
2. Todas as informações serão sigilosas e o anonimato do participante desta
pesquisa será preservado;
3. As informações coletadas durante o estudo serão arquivadas em fichas de
anotações sob a tutela do pesquisador responsável;
4. Em nenhum momento, o participante desta pesquisa terá algum tipo de ônus
financeiro;
5. O participante tem liberdade de desistir a qualquer momento de participar da
pesquisa.
Em caso de maiores esclarecimentos, entre, por gentileza, em contato diretamente com
o pesquisador:

Eu, _______________________________________________ declaro que entendi os

objetivos, riscos e benefícios da minha participação nesta pesquisa.

Sendo que: ( ) aceito participar.

( ) não aceito participar

Fortaleza, ____ de ________de 2022

 25

_________________________________________
Assinatura do voluntário

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO

Qual sua idade?

____
Gênero?
( )Masculino ( ) Feminino ( ) Outro __

Onde reside?
( ) Fortaleza ( ) Região Metropolitana

Grau de instrução?
( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino superior
incompleto
( ) Ensino superior completo

Você pratica musculação?

( ) sim ( ) não

Você gosta de praticar musculação?

( ) sim ( ) não

Você pratica musculação por indicação médica?

( ) sim ( ) não

Você parou de praticar musculação devido a Pandemia?

( ) sim ( ) não

Isso te causou algum dano emocional?

( ) sim ( ) não

Você recebeu algum diagnóstico médico sobre ansiedade e/ou depressão?

( ) sim ( ) não

Você se considera uma pessoa ansiosa e/ou depressiva?

( ) sim ( ) não

Você já se considerava uma pessoa ansiosa e/ou depressiva antes da pandemia?

( ) sim ( ) não
 26

Você considera que a falta de exercícios físicos agravou sua ansiedade e/ou
depressão?
( ) sim ( ) não

Você acredita que o exercício físico contribui para a recuperação de quadros de

ansiedade e/ou sua depressão?
( ) sim ( ) não

Você sente um bem-estar ao praticar musculação?

( ) sim ( ) não

Você já se considerava uma pessoa melhor com a prática da musculação?

( ) sim ( ) não

Você considera a musculação uma prática necessária para a melhora de vida das
pessoas como um todo?
( ) sim ( ) não

Você recomendaria a musculação para outras pessoas portadoras de ansiedade

e/ou depressão?
( ) sim ( ) não