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COMPETÊNCIAS A ADQUIRIR
Escolher e a aplicar as técnicas e os métodos pedagógicos mais adequados aos
objetivos, aos públicos-alvo e ao contexto de formação;
ÍNDICE
4.2.5 Dinamização de atividades indoor e/ou outdoor que permitam a aplicação dos conteúdos 37
em diferentes contextos
Bibliografia 41
4 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
conhecimento ou habilidade que lhe será exigido, sem dúvida serão úteis para
produzir esta motivação. Aqui cabem as técnicas de revisão a dois, revisão pessoal,
autoavaliação e detalhamento académico do assunto. O próprio formador também
poderá explicitar a necessidade da aquisição daquele conhecimento.
▪ Envolver os formandos no planeamento e na responsabilidade pela
aprendizagem: os adultos sentem a necessidade de serem vistos como
independentes e ressentem-se quando obrigados a aceder ao desejo ou às ordens
de alguém. Por outro lado, devido a toda uma cultura de ensino onde o formador é
o centro do processo de ensino-aprendizagem, muitos ainda precisam de um
formador para lhes dizer o que fazer. Alguns adultos preferem participar no
planeamento e na execução das atividades educacionais. O formador precisa de se
valer destas tendências para conseguir mais participação e envolvimento dos
formandos. Isto pode ser conseguido através de uma avaliação das necessidades do
grupo, cujos resultados serão enfaticamente utilizados no planear das atividades. A
independência e a responsabilidade serão estimuladas pelo uso das simulações,
apresentações de casos, aprendizagem baseada em problemas, bem como nos
processos de avaliação de grupo e autoavaliação.
▪ Estimular e utilizar a motivação interna para a aprendizagem: estímulos
externos são classicamente utilizados para motivar o formando, como notas nos
exames, prémios, perspetivas de promoções ou melhores empregos. Entretanto as
motivações mais fortes nos adultos são as internas, relacionadas com a satisfação
pelo trabalho realizado, melhoria da qualidade de vida, elevação da autoestima.
▪ Outros aspetos da aprendizagem de adultos: adultos não gostam de ficar
embaraçados em frente a outras pessoas. Assim, adotarão uma postura reservada
nas atividades de grupo até se sentirem seguros de que não serão ridicularizados.
Pessoas tímidas levarão mais tempo para se sentirem à vontade e não gostam de
falar em discussões de grupo. Elas podem ser incentivadas a escrever as suas
opiniões e posteriormente, mudarem de grupos, caso se sintam melhor com outras
companhias.
O ensino andragógico deve começar pela arrumação da sala de formação, com cadeiras
arrumadas de modo a facilitar as discussões em pequenos grupos. Nunca deverão estar
dispostas em fileiras. O formador nunca deverá dizer que a resposta de um adulto está
errada. Cada resposta sempre terá alguma ponta de verdade que deve ser trabalhada. O
7 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
Características:
▪ Apresenta a informação em pequenas quantidades;
▪ Exige uma participação ativa no processo de aprendizagem;
▪ Permite ao formando trabalhar individualmente e ajustar o ritmo de estudo às suas
próprias necessidades e possibilidades;
▪ Indica imediatamente se a resposta dada pelo formando é ou não correta;
▪ Apresenta as matérias decompostas em sequências ordenadas, sendo ensinado, em
cada sequência, um único elemento;
▪ Não permite o prosseguimento se não forem aprendidas, ou entendidas, as
sequências anteriores.
Desvantagens:
▪ Reduzida confiança neste tipo de estratégias;
▪ Necessidade de maior motivação do formando;
▪ Não proporciona uma relação humana formando – formador típico de uma sala de
formação;
▪ Custos de acesso à web por parte do formando.
1. MÉTODOS AFIRMATIVOS
Método Expositivo
(Exposição de conhecimentos)
Métodos Afirmativos
(Transmissão de
conhecimentos do formador
ao formando) Método Demonstrativo
(Transferência de
competências do formafor
para o formando)
Trata-se de uma comunicação unilateral do formador aos formandos. Este tipo de método
está presente na educação tradicional, sendo bastante utilizado. O formador desenvolve
oralmente um assunto, preocupando-se essencialmente com a transmissão dos conteúdos
teóricos, a estrutura do raciocínio e o resultado. Assim, toda a formação passa por uma
transmissão de informações em que a comunicação se efetua num único sentido: do
formador para os formandos. O objetivo é o acumular de conhecimentos. O formador é
aquele que sabe, fala e está ativo em sala, sendo que o formando desempenha um papel
passivo na formação, de simples recetáculo de informação.
11 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
PRINCIPAIS VANTAGENS:
PRINCIPAIS DESVANTAGENS:
▪ Preparação
O formador prepara os formandos, diz-lhes o que vai executar e põe-nos à vontade para
colocarem qualquer questão.
▪ Demonstração
O formador explica, demonstra e ilustra cada fase, realçando os pontos fundamentais
na boa execução da tarefa. Decompõe o conjunto em partes mais pequenas que podem
ser aprendidas progressivamente. Executa enquanto explica.
▪ Execução
O formador pede aos formandos que executem o trabalho, acompanhando essa
execução, corrigindo os erros da execução, valorizando os aspetos positivos. Pede aos
formandos que expliquem os aspetos fundamentais, certificando-se de que tudo foi
compreendido.
▪ Verificação
Esta fase destina-se a obter feedback dos formandos e, como tal, controlar o processo
de aprendizagem e auscultar eventuais necessidades de repetição ou aprofundamento.
PRINCIPAIS VANTAGENS:
PRINCIPAIS DESVANTAGENS:
2. MÉTODO INTERROGATIVO
Dedutivo
(Apreensão de conhecimentos
do geral para o particular,
Método Interrogativo através do rigor lógico)
(O formando é colocado numa
situação de procura de Indutivo
respostas)
(O sujeito apreende através
da metodologia experimental,
ou seja, da observação de
factos para uma lei geral)
16 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
TIPOS DE PERGUNTAS
PRINCIPAIS VANTAGENS:
3. MÉTODO ATIVO
Entende-se por métodos ativos todos aqueles em que o formando ocupa, de facto, um papel
determinante no processo de aprendizagem e em que progride através da sua própria
atividade. Por outras palavras, os conhecimentos (os saberes) não lhe são
transmitidos/fornecidos como algo produzido, mas, pelo contrário, todo o processo se
alicerça na descoberta e interiorização do próprio formando. O tipo de comunicação é
multidirecional, promovendo a interação e implicando, por parte do formador, uma postura
de observador, facilitador, mediador e animador. O formando é um agente ativo e
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PRINCIPAIS VANTAGENS
PRINCIPAIS DESVANTAGENS
▪ Estimular a participação;
▪ Criar um clima psicológico favorável;
▪ Regular a participação;
▪ Apoiar/orientar a atividade do grupo;
▪ Resolver possíveis conflitos;
▪ Fazer a síntese da sessão.
Perante a grande diversidade de técnicas pedagógicas, atualmente privilegiam-se aquelas
que estimulam a participação ativa de todos os formandos, favorecendo a interação e
comunicação entre todos os elementos e valorizem os saberes e experiências de cada um.
Há várias técnicas pedagógicas utilizadas em formação:
▪ EXPOSIÇÃO
Técnica de comunicação pela qual uma pessoa apresenta, diante de um auditório, um
determinado tema. Consiste na:
• Transmissão de conjuntos sistematizados de conteúdos programáticos,
incluindo vários conceitos e generalizações;
• Dá especial relevo conferido às relações entre conteúdos, ou seja, entre
conceitos ou generalizações (bastante adequado para sumarizar e relacionar
conteúdos anteriormente aprendidos);
• Obedece a uma sequência estruturada de apresentação, a partir de um
enunciado organizador.
21 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
▪ DEMONSTRAÇÃO
Cabe ao formador exemplificar a demonstração, auxiliando os formandos na execução da
mesma, no sentido destes a efetuarem com sucesso. Neste sentido o formador deve
dominar plenamente o assunto, para que consiga estabelecer o objetivo de demonstrar
eficazmente a tarefa.
O domínio do saber-fazer é imperativo nesta técnica, e é precisamente a valência que mais
estimula. Assim sendo esta técnica requer uma elevada capacidade e conhecimentos
técnicos que um formador deve possuir. Através desta técnica o formador partilha um
determinado tipo de saber ou saber-fazer, sendo, desta forma, uma técnica pedagógica que
permite a aprendizagem de tarefas manuais ou psicomotoras. O formador elabora e
demonstra a sequência das operações segundo uma determinada lógica à tarefa e leva os
formandos a repetir o modelo da sua execução. Estas tarefas têm de ser feitas segundo uma
determinada fase, só depois de estar concluída a primeira fase é que se pode passar à fase
seguinte. Esta técnica não só apela à participação dos formandos, como também os auxilia
na descoberta do saber-fazer, favorece os processos de aprendizagem ao nível do
desenvolvimento de aptidões psicomotoras. Antes do início da sessão o formador deve
decompor a tarefa a executar em todas as suas etapas, fazer a checklist do material e
equipamentos necessários, bem como as regras de segurança para a sua utilização, e ainda
os critérios de avaliação. Por fim deverá cumprir exatamente as etapas de execução da
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tarefa, garantindo que os formandos estão a aprender e prontos para avançar para a
próxima etapa.
▪ FORMULAÇÃO DE QUESTÕES
O formador coloca questões aos formandos por forma a conduzir a ação, de tal forma que
os levam a descobrir as soluções possíveis para a tarefa em causa.
▪ ROLE PLAYING
Atividade pedagógica que consiste em simulações particulares; técnica que visa representar
situações, semelhantes às da vida real, através de uma cena improvisada entre dois ou mais
atores (formandos). O role playing pode ser considerado como um tipo particular de
simulação no qual se dá relevo à espontaneidade e à empatia (o ator-formando deve pôr-se
o mais possível na pele da personagem). Este é normalmente presenciado por um público
e seguido de discussão.
Etapas
Fase 1: Preparação
Fase 2: Execução
▪ ESTUDO DE CASO
Um “caso" é uma situação concreta da vida real, que necessita de uma resolução ou decisão.
As situações apresentadas são complexas, obrigam à consideração de vários parâmetros,
desencadeiam processos de análise e confronto de opiniões e remetem para soluções em
aberto (podem ser alteradas mediante novas informações ou diferentes pontos de vista). Os
casos devem ser adequados aos formandos e aos objetivos da formação. Esta técnica
permite descobrir novas perspetivas na apreciação dos problemas e tomada de decisões.
▪ BRAINSTORMING
O brainstorming ou “tempestade de ideias” é uma técnica essencialmente criativa e
pretende levar o grupo a produzir de maneira intensiva ideias novas e direções diferentes.
Consiste em pedir ao grupo que, sobre determinado tema, diga o maior número de ideias
possível. É uma técnica original, que desinibe e motiva os formandos.
A técnica desenrola-se em três momentos fundamentais:
1. Acumulação desordenada de ideias: o grupo deve sentir-se livre para lançar o maior
número possível de sugestões, sem atender à qualidade das mesmas;
2. Análise e ordenação: as ideias serão hierarquizadas segundo critérios de viabilidade e
pragmatismo, de acordo com o fim em vista, devendo o grupo participar ativamente na sua
ordenação;
3. Seleção da(s) ideia(s): por fim, seleciona-se e aplica-se a(s) melhor(es) sugestão(ões).
24 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
▪ DINÂMICAS DE GRUPO
Existem inúmeras dinâmicas de grupo que podem ser usadas ao longo de um processo
formativo. Estas surgem como instrumentos, ferramentas que estão dentro de um processo
de formação e organização, que possibilitam a criação e recriação do conhecimento. Estas
servem para responder a interrogações como: (1) o que pensam as pessoas, o que sentem,
o que vivem e sofrem; (2) para desenvolver um caminho de teorização sobre esta prática
como processo sistemático, ordenado e progressivo; (3) para retornar à prática, transformá-
la, redimensioná-la; (4) para incluir novos elementos que permitem explicar e entender os
processos vividos. As técnicas participativas geram um processo de aprendizagem libertador
porque permitem:
• Desenvolver um processo coletivo de discussão e reflexão;
• Ampliar o conhecimento individual e coletivo, enriquecendo o seu
potencial e conhecimento;
• Possibilita a criação, formação, transformação e conhecimento onde os
participantes são sujeitos à sua elaboração e execução.
Tipos de técnicas/dinâmicas:
▪ Técnica do quebra-gelo;
▪ Técnica da apresentação;
▪ Técnicas da integração;
▪ Técnicas de animação e relaxamento, etc.
▪ TRABALHO DE GRUPO
Consiste em dividir o grupo em pequenos subgrupos que vão trabalhar para tentar encontrar
a solução de determinada tarefa dentro de um espaço de tempo determinado. Cada
subgrupo elege um porta-voz que irá apresentar as soluções encontradas e todo o grupo se
envolve na discussão das várias propostas. Esta técnica permite o aprofundamento do tema
ou problema através da discussão chegando-se mais facilmente a conclusões. Revela-se
muito eficaz no desenvolvimento da capacidade de comunicação, flexibilidade mental,
trabalho em equipa, etc. Requer uma sólida competência psicopedagógica por parte do
formador.
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▪ PHILLIPS 66
É uma técnica que visa à participação do grupo todo numa discussão, dividindo-o, para isso,
em grupos de seis participantes cada um, para trocarem ideias, durante seis minutos, e,
depois expor as suas conclusões a todos.
Assim, a técnica consiste na divisão dos formandos em grupos de seis pessoas, que, durante
seis minutos, vão discutir uma questão proposta pelo formador.
ETAPAS
▪ JIGSAW
Esta técnica consiste em colocar os formandos em pequenos grupos de estudo,
heterogéneos (os grupos de origem), que irão trabalhar o mesmo tema. O assunto é dividido
em tantas partes quantos os elementos do grupo, tendo cada aluno que preparar a sua parte
a partir da informação fornecida pelo formador e outra que recolhe. Em seguida, os
formandos que vão estudar o mesmo assunto juntam-se em subgrupos para discutirem e
aprenderem em conjunto. Ou seja, o grupo divide-se e cada membro reúne-se noutro grupo
formado pelos elementos dos vários grupos a quem foi atribuída a mesma tarefa (os grupos
de peritos), trocando informação, esclarecendo dúvidas. Ao concluírem as atividades nos
subgrupos, os formandos voltam aos seus grupos de origem e cada qual ensina/trabalha a
sua parte com os outros elementos do grupo. Durante o trabalho, o formador funciona como
um mediador.
26 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
Em síntese:
▪ JOGOS PEDAGÓGICOS
Conjunto de técnicas de animação pedagógica e dinamização da aprendizagem que,
utilizando meios mais ou menos elaborados, permitem a participação e envolvimento geral
dos formandos a nível cognitivo e afetivo. Como qualquer outro jogo são compostos por uma
componente lúdica, tendo sempre presente um objetivo pedagógico. Estas técnicas são
muito utilizadas em formação, pelo que a sua abordagem irá ser mais aprofundada.
o AMBIENTE FÍSICO
O espaço onde decorre a ação pode ser um obstáculo ao prosseguimento da mesma, se
ocorrerem situações como: sala mal dimensionada (demasiado grande/pequena); ruídos
exteriores; sonoridade deficiente; cadeiras desconfortáveis; mesas pequenas ou em número
insuficiente; falta de luz, calor/frio;…). Ter boas condições materiais constitui um fator
necessário e indispensável ao sucesso de uma ação de formação, embora não seja suficiente.
A disposição espacial dos formandos é outro fator a ter em conta, pois influencia o seu grau
de participação.
A disposição clássica, promove nos formandos uma postura passiva, de ouvintes, limitando
a sua participação, comunicando apenas com o formador. A disposição circular promove a
participação, pois todos se veem e comunicam. Para melhor se dividir o grupo em subgrupos
de trabalho, as mesas deverão ser facilmente movimentadas, de preferência modulares.
o PARTICIPANTES
Conclusão… O domínio dos vários métodos e técnicas pedagógicas é uma preocupação que
o formador deve ter. Ele deve saber adaptar-se aos diferentes tipos de objetivos, contextos
e grupos de formação, fazendo uma utilização versátil e flexível dos métodos que tem ao seu
dispor. Para além do domínio dos métodos o formador não pode deixar de prever os vários
aspetos da sessão: os objetivos a atingir, o tempo previsto, a ordem e o encadeamento dos
29 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
Em suma:
Instalações e
equipamentos
Duração
Conteúdo
Método e
Técnica
Objetivos Pedagógica Custos
Formador Formando
Sem dúvida que o domínio dos métodos e das técnicas é importante, mas a formação tem o
seu quê de enigmático e não é raro acontecer a um formador que tenha tido sucesso com
vários grupos, ser mal sucedido com outros. É, talvez, neste enigma que reside o fascínio de
ser formador.
31 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
▪ SEIS CHAPÉUS
Os seis chapéus é uma técnica muito útil e que propícia a tomada de decisão, assim os
chapéus simbolizam os diferentes pontos de vista a partir dos quais pode ser analisado um
problema ou uma situação concreta. Procura-se que numa reunião todos os elementos
contribuam com ideias e colaborem no processo de adoção de decisões, para que todas as
pessoas integrantes do grupo criativo utilizem ao mesmo tempo cada chapéu ou ponto de
vista para analisar uma situação ou problema.
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Por forma a desenvolver a atividade os participantes deverão usar os chapéus, sendo que
cada chapéu terá uma cor distinta e cada uma corresponde uma visão acerca da temática. A
relação entre cores e chapéus é a seguinte:
▪ Chapéu Branco: Apresentação de informação de maneira objetiva e neutra;
▪ Chapéu Vermelho: São apresentadas opiniões, intuições e sentimentos, sem
necessidade de fundamentar as respostas com argumentos concisos;
▪ Chapéu Amarelo: São expostos os aspetos positivos do assunto ou ideia;
▪ Chapéu Negro: Representa a tolerância quanto à análise da questão, sendo aqui são
assinalados os possíveis riscos e obstáculos;
▪ Chapéu Verde: Nesta fase é dada liberdade ao pensamento criativo. São apresentadas
as ideias novas e as possíveis alternativas que deem valor acrescentado à questão em
debate;
▪ Chapéu Azul: É exposta a abrangência, é dada uma visão geral sobre a temática.
Sintetiza o debate, avaliando e ponderando as diferentes alternativas propostas.
▪ OPERA
Opera é a denominação em sigla de uma técnica, destinada a facilitadores/formadores que
conduzam reuniões ou grupos de trabalho. A dimensão ideal do grupo situa-se entre 6 a 12
pessoas.
Na segunda fase, o trabalho é continuado aos pares (grupos de dois). A tarefa consiste em
clarificar, através de discussão, as três ideias/objetivos/problemas mais importantes,
encontrados pelos dois elementos do grupo.
Cada item escolhido (ideia ou problema) deve ser redigido de forma isolada numa folha de
papel ou cartão, onde se justapõe uma marca, preta ou azul, que identifica o grupo. As folhas
de papel/cartões magnéticos devem então ser levadas e afixadas pelos diferentes grupos,
na coluna que lhes está atribuída, no quadro.
É dado aos participantes cerca de oito minutos para realizar esta tarefa.
E – “Exposição”
Na terceira fase, os diferentes grupos apresentam a sua decisão. Antes da apresentação, o
formador pede a todos que escutem com atenção as apresentações, porque a sua próxima
tarefa consistirá, em selecionar, de todas as alternativas existentes no quadro, as três mais
importantes.
Cada grupo, na seleção das três alternativas, apenas poderá escolher uma da sua autoria.
É, então, dado a cada grupo dois minutos para apresentar e explicar as razões que presidiram
à seleção dos itens que propuseram. Não são permitidas críticas ou qualquer tipo de
comentários.
R – “Classificação”
Seguidamente, os grupos analisam de uma forma participada, todas as ideias, atribuindo-
lhes prioridades através de um sinal (+) ou qualquer outro mais adequado, e selecionam as
três ideias/itens classificadas como as mais importantes. É o formador que escolhe
previamente o tipo de sinal.
A – “Organização”
Depois de os papéis estarem marcados, o formador reagrupa os papéis/cartões por forma a
que aqueles com mais sinais (+) sejam colocados no topo e os semelhantes por baixo destes.
As sugestões às quais não tenham sido atribuídas marcas podem ser removidas do quadro
ou deslocadas para a parte inferior do quadro.
O formador não deve organizar os papéis/cartões por sua conta, mas, antes, deve utilizar as
dicas, conselhos, sugestões que recebe do grupo.
35 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
Roleplaying
Serious
e Ice Breakers
games
Simulações
Estes jogos não têm objetivos pedagógicos em si, mas são fundamentais para criar um
ambiente formativo agradável que, por sua vez, vai ajudar a promover a aprendizagem.
Existem baterias de ice breakers para todo o tipo de circunstâncias.
36 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
Os serious games são jogos desenhados com intuitos pedagógicos e não apenas lúdicos. Eles
são desenhados de raiz com o objetivo de resolver um problema. É nos serious games que
se incluem os jogos educativos. Existem centenas destes jogos que simulam, por exemplo, a
gestão de uma empresa, a gestão de uma loja, processos de encomendas, tratamento de
reclamações, etc. Alguns destes jogos são totalmente online enquanto outros podem ser
jogados em sala. Os serious games distinguem-se dos jogos comerciais que são adaptados
para fins educativos (por exemplo, a utilização do SimCity em formações de planeamento de
cidades).
Vantagens do “Brainstorming”:
▪ Desenvolve a capacidade para produzir ideias originais e soluções diferentes das
habituais;
▪ Ajuda a superar o conformismo, a estereotipia, a rotina e a indiferença;
▪ Mostra que a maioria das pessoas tem soluções múltiplas e que sempre é possível
encontrar uma melhor;
▪ Desenvolve a flexibilidade mental;
▪ Estimula a relação espontânea no grupo, e produz (quando se faz num clima
emocional apropriado) uma certa alegria e bem-estar na sessão e depois dela.
Desvantagens do “Brainstorming”:
▪ Dificuldade de aplicação em grupos muito grandes;
▪ Dificuldade em controlar o grupo.
Vantagens da Simulação:
▪ A técnica da simulação na formação, como processo de autoavaliação que é, dá a
possibilidade aos participantes de se reverem e tomarem consciência dos seus
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aspetos positivos e dos que ainda têm a melhorar, e contribui para uma alteração
de atitudes.
▪ Dá um contributo importante para que as pessoas se afirmem, exprimindo
corretamente as suas ideias, porque transmiti-las é tão importante como tê-las.
Desvantagens da Simulação
▪ Para ter êxito, pressupõe um processo individual, complexo e profundo de
autorreflexão, que dificilmente se consegue impor de fora para dentro.
41 Metodologias e Estratégias Pedagógicas
BIBLIOGRAFIA:
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Porto Editora
PEARPOINT, Jack e FOREST, Marsha. Inclusion: It’s about change! In Inclusion Network. disponível em
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RODRIGUES, David (org.) (2008). Educação e diferença: Valores e práticas para uma educação inclusiva.
ROMAN, J.D. (2005). The paper bridge – experiential Vs. Outdoor training. Editorial Libros en Red
SIMÕES, Eduardo e RODRIGUES, José (2010). Formação Outdoor: organização, métodos e instrumentos.