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GESTÃO DE EQUIDADE E DAS APRENDIZAGENS: MÉTODOS E


ESTRATÉGIAS DE ENSINO EFICAZES USADAS EM TURMAS
DIVERSIFICADAS

Pedro José, pjosesapila@gmail.com

Resumo
As estratégias de aprendizagem “podem ser definidas, a um nível mais complexo, como
processos conscientes delineados pelos estudantes para atingirem objectivos de aprendizagem e,
a um nível mais específico, como qualquer procedimento adoptado para a realização de uma
determinada tarefa”.

Para ele, as estratégias são complexas, pois auxiliam tanto no cumprimento de rotinas simples
(sublinhar o que nos parece mais importante para depois recuperar as ideias principais quando
voltarmos a ler apenas os sublinhados), quanto na elaboração de um planejamento para atingir
um objectivo de aprendizagem.

Em termos gerais, a aplicação adequada das estratégias de aprendizagem implica no


estabelecimento do objectivo que se pretende atingir, que pressupõe uma intencionalidade de
acção por parte do sujeito, na avaliação das próprias competências intelectuais, e no tempo e
esforço requeridos.

O objectivo do uso da estratégia é afectar o estado afectivo e emocional do aprendiz, ou o modo


como o aprendiz selecciona, adquire, organiza ou integra novo conhecimento Em síntese, a
finalidade das estratégias é facilitar a aprendizagem.

Palavras – Chave: Gestão escolar, Gestão de equidades, Métodos e estratégia, Ensino.

Abstract

Learning strategies “can be defined, at a more complex level, as conscious processes outlined
by students to achieve learning objectives and, at a more specific level, as any procedure
adopted to carry out a given task”.

For him, the strategies are complex, as they help both in the fulfillment of simple routines
(underline what seems most important to us and then recover the main ideas when we go back
to reading only the underlines), and in the elaboration of a plan to reach a goal of learning.
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In general terms, the proper application of learning strategies implies the establishment of the
objective to be achieved, which presupposes an intentional action on the part of the subject, in
the evaluation of his/her own intellectual competences, and in the time and effort required.

The purpose of using the strategy is to affect the affective and emotional state of the learner, or
the way in which the learner selects, acquires, organizes or integrates new knowledge In
summary, the purpose of strategies is to facilitate learning.

Keywords: School management, Equity management, Methods and strategy, Teaching.

Introdução

A educação é uma das principais bases da sociedade. Com isso em mente, pode-se
imaginar a grande responsabilidade que envolve as tarefas relacionadas à gestão escolar,
ou seja, de uma escola, curso, creche ou universidade.

Elas envolvem um contingente imenso de informações e actividades, as quais é preciso


analisar para descobrir a melhor forma de gerenciar todos esses processos escolares. Os
segredos para assegurar a excelência do ensino ofertado são a qualidade e a eficiência
de sua gestão. (SILVA; 1997, p.116)

A escola tem um papel muito importante para controlar a propagação dos métodos e
estratégias. Ela é responsável pela propagarão de informação e difusão de conhecimento
sobre a equidade. O professor pode actuar de uma forma que não beneficie ninguém por
critérios económicos ou sociais, mas que traga equidade.

Afinal, há mais coisas envolvidas do que apenas o ensino em si. O bom funcionamento
de todas as operações do negócio deve permitir que os membros da comunidade
académica estejam sempre bem respaldados em suas práticas. (SILVA; 1997, p.125)

Métodos e estratégias de ensino eficazes usadas nas escolas

As estratégias de ensino
Segundo MEIRIEU (1998) salienta que as estratégias de ensino constituem-se em
percursos e acções que viabilizam o processo d e aprendizagem por meio de uma
metodologia dialéctica, ou seja, que favorece o desenvolvimento de acções cognitivas
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como a observação, a confrontação, a elaboração de hipóteses, a análise e a sintetização,


entre outras, realizadas pelo aluno ao aprender.
A estratégia de ensino nas séries iniciais são, geralmente, diferentes daquelas aplicadas
nos anos finais do ensino fundamental. Ao trabalhar com alunos mais jovens, o
professor deve ter em mente a importância da formação de pequenos grupos para um
resultado mais efectivo. Além disso, é essencial que o professor foque em actividades
experimentais que façam com que os alunos consigam visualizar o que está sendo
trabalhado.

Equidade na Educação

Segundo a Unesco (2019), a equidade educacional pressupõe a preocupação com a


justiça ou com processos justos, de modo que a educação de todas(os) as(os) estudantes
seja considerada como de igual importância. Para isso, busca-se conceder atenção e
delinear estratégias, de acordo com as necessidades específicas de cada grupo ou
indivíduo (SERAFINI; 1997). Na educação, a procura por justiça social exige acções
que removam os obstáculos para que cada um(a) alcance o seu potencial educacional.
Neste caso, a inclusão se verifica quando os indivíduos adquirem as competências
essenciais para o seu pleno desenvolvimento.

Estratégias de ensino

As estratégias de ensino são técnicas que utilizam  diferentes meios e condições para
favorecer a aprendizagem.

São técnicas que você deve usar para que os alunos se apropriem de novos
conhecimentos com mais facilidade.

Diante de tantas distracções, e da pluralidade de informações externas que chegam aos


alunos diariamente, você precisa ser um verdadeiro estrategista para que a aula os
mantenha interessados.

Para colocar em prática as estratégias de ensino, você precisa conhecer seus alunos,
considerar a dinâmica da turma, estudar e seleccionar os métodos apropriados.
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Claro que, aplicar diferentes estratégias de ensino significa sair da zona de conforto.
Isso vale tanto para o professor quanto para os estudantes. Todos estamos habituados
aos métodos expositivos com transmissão de conteúdos definidos.

Assistir aulas e ouvir a palestra do professor, já não é garantia de que o aluno aprenda.
Especialmente para alunos do ensino fundamental, que precisam de métodos de
aprendizagem mais dinâmicos e diversificados (SERAFINI; 1997, 152)

Agora, veja 8 diferentes estratégias de ensino que podem transformar a participação dos
alunos nas suas aulas.

8 Estratégias de ensino para obter melhores resultados em sala de aula


1. Aula expositiva dialogada

Com base nessa estratégia de ensino, você expõe o conteúdo com o apoio da
participação activa dos alunos. Para isso, você pode direccionar um conhecimento
prévio, incluindo material de apoio ou sugestão de vivências/actividades para os
estudantes se prepararem em casa.

Nesse método, você leva os alunos à interpretação, questionamento, assimilação com


fatos da realidade e discussão do tema proposto. Isso suscita nos estudantes a análise
crítica, em contraposição à passividade intelectual.

Como a exposição oral pode ser algo difícil e embaraçoso para alguns alunos, você pode
sugerir a participação também por outros meios, como sínteses escritas e formulação de
perguntas.

Em resumo, a aula expositiva deixa de ser um monólogo, e o aluno interage com o


professor.

Ex: Na aula anterior, oriente os alunos sobre o tema que será abordado. Durante a
explicação do conteúdo, questione os estudantes sobre suas experiências e opiniões a
respeito do tema.

2. Trabalho em grupo

Essa é uma técnica já conhecida, onde os estudantes se reúnem em grupos para analisar
e discutir os conteúdos sugeridos.
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Esse tipo de trabalho conduz os alunos à reflexão analítica, interpretação, consideração


de diferentes hipóteses e explicação das conclusões.

Ex: divida a turma em grupos de 4 a 6 pessoas (um bom número para que todos
manifestem sua opinião) e determine um tempo para discussão. Em seguida, oriente
todos os grupos a comunicarem suas conclusões para o restante da sala.

3. Dinâmicas e brincadeiras

Brincadeiras e dinâmicas, como estratégias de ensino, ajudam a mobilizar os alunos,


quebrar a monotonia e promover interactividade.

Importante, é claro, que as dinâmicas tenham um objectivo relacionado com temas


discutidos em sala de aula.

Além de proporcionar um momento de descontracção e entrosamento, o intuito


principal é facilitar a aprendizagem.

Ex: Com base no assunto que será abordado, pesquise e prepare uma dinâmica breve
para o início da aula. Assim, os alunos mudam o foco das informações anteriores e
“entram no clima” do tema proposto.

4. Novas tecnologias

O uso de smartphones e tablets em sala, muitas vezes, prejudica o bom andamento da


aula, não é mesmo? Você já deve estar habituado a dividir a atenção dos estudantes com
os aparelhos electrónicos.

Mas isso pode ser revertido ao seu favor. O uso das TICs (Tecnologias de Informação e
Comunicação) em sala de aula também pode ser favorável para a aprendizagem.

Ex: Você pode criar quizzes personalizados online, com conteúdos relacionados às
matérias da sua aula. Existem plataformas onde você cria questionários online grátis e
pode disponibilizar para os seus alunos em sala.
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5. Resolução de problemas

A partir dessa estratégia de ensino, você propõe uma situação-problema e direcciona os


estudantes à reflexão, análise crítica, levantamento de hipóteses e argumentação para
solucionar o problema proposto.

Ex: No início da aula, você simula um problema sem resposta óbvia, e orienta os alunos
a se concentrarem na aula para encontrar uma solução para o problema apresentado. Ao
final da aula eles devem apresentar as possíveis soluções.

6. Júri simulado

Nesse método, você faz a simulação de um júri em sala de aula, propõe um problema e
divide a turma em dois lados: defesa e acusação.

Depois de um tempo determinado, você inverte os lados de acusação e defesa para que
os alunos se coloquem diante das duas diferentes perspectivas.

Os estudantes são levados a assumir um posicionamento, a reflectir sobre os diferentes


lados de uma mesma situação e formular o pensamento crítico.

Ex: Você pode criar uma história ou levantar um tema polémico (respeitando a idade e o
entendimento da faixa etária dos seus alunos). Deve ser um assunto que favoreça a
argumentação e o debate.

7. Tempestade de ideias

Tempestade de ideias, tempestade cerebral ou Brainstorming, é uma estratégia de


ensino que estimula a formação de ideias novas.

A partir de uma imagem ou frase, por exemplo, a imaginação deve fluir, de forma
natural e espontânea.

Aqui, não existe certo e errado, tudo é levado em consideração. Posteriormente, cada
aluno é convidado a explicar seus pontos de vista.

Esse tipo de actividade impulsiona a criatividade, a suposição e a imaginação.


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Ex: Elabore uma frase e peça aos alunos para completá-la, cada um com uma ideia
diferente.

8. Fórum

No fórum, os alunos se reúnem e debatem sobre um determinado tema. Todos os


participantes devem apresentar suas opiniões. Esse tipo de estratégia de ensino mobiliza
habilidades como: capacidade de síntese, argumentação, observação e senso crítico.

Cada área apresenta suas particularidades, por isso, nem todas as estratégias utilizadas
em uma disciplina serão efectivas em outras. Clique nos links a seguir e confira
diferentes estratégias de ensino-aprendizagem que podem ser utilizadas nas aulas de
diversas disciplinas:

 Estratégias de ensino para aulas de Biologia


 Estratégias de ensino para aulas de Física
 Estratégias de ensino para aulas de Inglês
 Estratégias de ensino para aulas de Química
 Estratégias de ensino para aulas de Educação Física
 Estratégias de ensino para aulas de Geografia
 Estratégias de ensino para aulas de Matemática
 Estratégias de ensino para aulas de Sociologia
 Estratégias de ensino para aulas de Filosofia
 Estratégias de ensino para aulas de História
 Estratégias de ensino para aulas de Português
Gestão escolar

Segundo BORUCHOVITCH (1990) diz que a gestão escolar é uma espécie de modelo
educacional elaborado pelas instituições de ensino. O intuito é impulsionar e coordenar
diferentes dimensões das habilidades, dos talentos e, também, da dita competência
educacional, aprimorando o ensino.

Vale ressaltar que tal conceito se diferencia de “administração académica” ou


“administração escolar”. O objectivo da gestão escolar é aplicar princípios e estratégias
essenciais para ampliar a eficácia dos processos dentro da instituição e, assim, promover
uma consistente melhoria do ensino ofertado aos estudantes.
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Ao definir a gestão como elemento prioritário em seu escopo de acções, a escola


adquire a capacidade de se concentrar na promoção do crescimento, da coordenação e
da organização das condições básicas para afiançar um progresso sustentável.

Na gestão da escola, a preocupação é lidar com todos os aspectos pertinentes às rotinas


educacionais. Seu foco primordial é a obtenção de resultados, de empenho na execução
de uma liderança exemplar, de relevância do currículo e da participação activa dos pais.

A gestão escolar online

A gestão escolar online é a administração da educação utilizando tecnologias da


informação. O gestor pode usar a internet  para gerenciar a secretaria de educação,
escolas, alunos e professores. Existem alguns equipamentos e sistemas que podem
ajudar na gestão escolar conectada, como:

 Computadores;
 Tablets;
 Smartphones;
 Notebooks;
 Smart tv;
 Roteador e rede wi-fi;
 Switch de rede;
 Rede 4G;

Gestão escolar participativa

Entre os tipos de gestão escolar existe a participativa. A gestão escolar participativa é


aquela em que a comunidade participa activamente do planejamento, execução e
fiscalização dos gastos dos recursos da escola. As decisões são tomadas pelo conselho
escolar, formado por representantes dos pais, alunos, professores, coordenadores,
secretários e directores escolares.

Gestão escolar democrática

A gestão escolar democrática tem como principio a participação de toda a comunidade


escolar na gestão da instituição de ensino. Isto requer o envolvimento de pais, alunos,
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professores, directores, coordenadores pedagógicos, secretários escolares, secretários de


educação e até prefeitos.

Pilares da gestão educacional

Para que seja viável a construção da autonomia da escola, em todos os sentidos


(financeiro, académico, pedagógico, redução de custos, optimização, aproveitamento do
tempo etc.), a gestão escolar pode se assentar em 6 pilares norteadores, capazes de
trazer autonomia em todos os sentidos:

1. Gestão pedagógica da escola

Esse é o pilar mais importante de todos. Ele deve ser a prioridade máxima da
instituição, uma vez que está directa e intimamente ligada à actividade-fim da empresa.
Sendo assim, a gestão pedagógica está relacionada a elementos de máxima relevância,
tais como:

 Planejar e organizar o sistema educacional;


 Gerir os recursos humanos;
 Melhorar as práticas educacionais;
 Aprimorar as metodologias de ensino;
 Elaborar e implementar projectos pedagógicos;
 Definir metas para optimizar a relação de ensino/aprendizagem.

GESTÃO PEDAGÓGICA: TUDO O QUE VOCÊ PRECISA FAZER (Leia para


saber mais sobre o assunto)

2. Gestão administrativa da escola

O objectivo principal da gestão administrativa da escola é gerenciar os recursos


materiais, físicos e financeiros da instituição.

A gestão é responsável por cuidar do património e assegurar a coerência de sua


utilização. Para garantir que sua actuação seja exemplar, é imprescindível:

 Manter um estado de constante atenção às normas e leis educacionais;


 Prezar pela manutenção dos bens da empresa;
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 Ter atenção com as actividades rotineiras da secretaria (e de outras áreas) e com


operações pertinentes, de forma a ensejar um melhor trabalho do corpo docente.

3. Gestão financeira da escola

A funcionalidade da gestão financeira escolar consiste em gerir os recursos financeiros.


Fica sob sua alçada, por exemplo, realizar um levantamento de todas as receitas e
despesas, definir o destino dos recursos, fazer a distribuição apropriada do dinheiro de
acordo com as demandas de cada actividade e sector etc.

A gestão escolar financeira competente é aquela capaz de garantir que todos os sectores
tenham suas demandas atendidas e possam funcionar de forma plena e satisfatória,
contribuindo para que a organização alcance seus objectivos de negócios.

4. Gestão de recursos humanos da escola

Segundo POZO (2004) argumenta dizendo obviamente, a sua escola apresenta uma
preocupação contínua com os seus recursos humanos. A gestão de RH envolve lidar
com o corpo docente, o corpo discente, os pais e os funcionários.

O sector de recursos humanos deve prezar por uma boa relação com todo esse
contingente de pessoas ligado directa e indirectamente aos processos da instituição.
Contudo, o foco deve ser maioritariamente o engajamento e a motivação dos
colaboradores, para que eles possam desenvolver as habilidades necessárias para a
obtenção de um melhor desempenho da escola.

5. Gestão da comunicação da escola

A gestão de recursos humanos e a comunicação estão, de fato, conectadas uma à outra.


Mas esta última diz respeito somente à comunicação realizada internamente na
instituição.

Ela trata também da comunicação feita para além dos muros da escola, ou seja, com a
comunidade exterior, com o “público”. (POZO; 2004, 137)
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6. Gestão de tempo e qualidade do ensino

Por gestão do tempo, entendemos aqui o ato de estimular e proporcionar que todos os
sectores tenham condições de aumentar a produtividade. E, também, de fazer com que
os procedimentos internos apresentem um elevado nível de excelência.

Nesse caso, os gestores devem organizar e coordenar o trabalho, de modo que a equipe
obtenha um óptimo desempenho e, consequentemente, reduza ineficiências.

7. Controle académico escolar

O controle académico faz referência à gestão dos alunos, englobando:

 Gestão de matrículas dos alunos;


 Gestão de documentos dos alunos;
 Gestão de transferência e remanejamento de alunos;
 Gestão das turmas dos alunos;
 Gestão dos diários dos professores;
 Gestão das notas dos alunos;
 Gestão da frequência dos alunos;
 Gestão da carga horária dos alunos;
 Gestão dos conteúdos ministrados pelos professores.

Gestão de turmas e planejamento escolar

Na perspectiva de COSSENZA (1996) salienta que um aspecto muito importante no


ambiente escolar é a questão das turmas. A formação, a organização e o controle delas
são essenciais para que as aulas sejam bem-sucedidas, os professores fiquem satisfeitos
e os alunos tenham um maior aprendizado.

Quem não atua na área educacional costuma acreditar que a formação de turmas não
tem traços definidos e que tudo pode ser feito de modo aleatório, mas não é bem
assim. Essa actividade obedece a alguns critérios específicos.

Um dos principais pontos dentro do processo de ensino e aprendizagem são as aulas. É


nelas que ocorre a interacção entre docentes e discentes. Ora, é justamente a qualidade
dessa interacção que determina, em grande parte, o sucesso da construção de
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conhecimento dos estudantes e o aprofundamento da experiência didáctica dos


educadores.

Para que cada aula seja capaz de apresentar resultados positivos, é necessário haver uma
etapa prévia de preparação consistente. Em outras palavras, por mais que a realidade de
cada aula seja única (o que faz com que seja impossível prever todos os seus
desdobramentos), é crucial a existência de um planejamento escolar tão minucioso
quanto possível.

Além de planejar o conteúdo a ser abordado, é preciso pontuar qual a linha de


raciocínio, os objectivos a serem alcançados, as actividades a serem
feitas, as avaliações e assim por diante. Todos esses tópicos devem ser considerados
como interligados e interdependentes em relação à gestão da escola.

Conclusão:

Podemos considerar habilidades como sublinhar, tomar nota ou formar imagens como
estratégias de aprendizagem? A execução mecânica de certas habilidades não deve ser
considerada como estratégia de aprendizagem, porque esta requer um planejamento
dessas habilidades que devem ser utilizadas numa sequência com um determinado fim,
o que exige do sujeito uma compreensão dos seus próprios processos mentais
(metaconhecimento), fazendo com que essas habilidades sejam utilizadas de um modo
estratégico. Por esta razão, as estratégias não podem ser reduzidas a uma simples
habilidade ou a um metaconhecimento (POZO,1990a).

De acordo com Danserau (apud POZO, 1990, p.181) as estratégias de apoio à


aprendizagem não estão directamente ligadas à aprendizagem dos materiais, e têm como
função incrementar a eficácia da aprendizagem. Portanto, as estratégias de apoio são
aquelas utilizadas para aumentar a motivação, a atenção, a concentração e o
aproveitamento dos próprios recursos cognitivos.

Referências bibliográficas:
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1. BORUCHOVITCH, E. (1999). Estratégias de aprendizagem e desempenho


escolar: considerações para a prática educacional. Psicologia: reflexão e
crítica. Porto Alegre, v.12, n.2.
2. COSSENZA, S.M. (1996). Interacção no processo de aprendizagem de língua
estrangeira à distância: estilos e estratégias do aprendiz adulto. Dissertação
(Mestrado em Linguística Aplicada) - Faculdade de Letras, Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro.
3. FREIRE, Paulo. (1996). Pedagogia da autonomia. São Paulo: Paz e Terra.
4. MEIRIEU, P. (1998). Aprender... sim, mas como? 7. ed. Porto Alegre: Artes
Médicas.
5. POZO,J.I. (1990). Estratégias de aprendizaje. In: COLL, C., PALÁCIOS, J;
MARCHESI, A. (Eds.). Desarrollo psicológico y educación - psicologia de la
educación. Madrid: Alianza Editorial.
6. POZO, J.I. (1998). Estratégias de aprendizaje. Educar,. v.1, n.3.
7. POZO, J.I. (2002). Aprendizes e mestres: a nova cultura da aprendizagem.
Tradução Ernani Rosa. Porto Alegre: Artmed.
8. POZO, J.I.; MONEREO, C.; CASTELLÓ, M. (2004). O uso estratégico do
conhecimento. In: COLL, C.; MARCHESI, A. ; PALACIOS, J.
Desenvolvimento psicológico e educação - psicologia da educação escolar. Porto
Alegre: Artmed. p. 145-160.
9. SERAFINI, M.T. (1990). Saber estudar e aprender. Milano: Grupo Editorial e
Fabbri, Bompiani; Sonzogno: Etas S.p.A.
10. SILVA; SÁ. (1997). Saber estudar e estudar para saber. 2. ed. rev. e aum.
Porto: [s.n.].

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