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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INDE
INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
Testagem 2013
MÓDULO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
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ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR
Duração do Módulo: 64 HORAS
Índice:
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1. Introdução ao Módulo:
Nos esforços com vista à melhoria da qualidade de ensino, o MINED, produziu o presente
módulo de Organização e Gestão Escolar, cuja finalidade é fornecer ao futuro professor um
instrumento de apoio.
No fim de cada Unidade Temática são apresentadas actividades e questões para auto –
avaliação com o objectivo de estimular o estudo individual ou em grupo de formandos. A
seguir às questões de auto-avaliação é fornecida uma chave de correcção contendo as
possíveis respostas. Contudo, poderão ser consideradas outras respostas elaboradas pelos
formandos
Longe de ser um instrumento acabado, ele é apenas uma proposta para um debate em matéria
de OGE.
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2. Competências a Desenvolver no Módulo:
a) Promove o espírito patriótico, a cidadania responsável, os valores universais e os
direitos da criança;
b) Age de acordo com os princípios éticos e deontológicos associados à profissão de
professor;
c) Demonstra Domínio dos conhecimentos das Ciências da Educação relacionadas
com o ensino primário;
d) Promove o auto-desenvolvimento profissional e envolve-se num trabalho
cooperativo, colaborativo e articulado;
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4. Visão Geral dos Temas do Módulo:
(horas)
-Conceito de Organização 1
3 Organograma:
(horas)
4 Gestão Pedagógico/didáctica:
5 Gestão administrativa/financeira:
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- Gestão de espaços 1
- Construnções escolares 1
- Supervisão escolar 1
- Avaliação escolar 1
- Inspecção escolar 1
9 Gestão e liderança:
- Liderança escolar 1
- Resolução de problemas 1
- Gestão de conflitos 1
- Conselho de escola 1
12 Primeiros socorros/HIV/SIDA
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UNIDADE TEMÁTICA III: Estratégias dos saberes locais no ensino- 7 horas
No Tema/ Conteúdo Tempo
(horas)
13 Currículo local
Avaliações 9 horas
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PREÂMBULO
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UNIDADE TEMÁTICA 1: Fundamentos da Gestão Escolar
1.1.Duraçao da Unidade temática- 7 horas
Para que a escola possa funcionar correctamente deve ser dirigida, gerida na base de
conhecimentos de administração e gestão de organizações. Por isso, nesta unidade temática
são abordadas matérias sobre a administração e gestão de estabelecimentos escolares, em
particular as do ensino primário. O conceito organização nas suas variadas vertentes e
dimensões é aqui também abordado com o objectivo de permitir ao professor uma visão geral
sobre as organizações. No fim da unidade o módulo orienta a aprendizagem para a escola
como organização e nos seus objectivos
1.4.Recursos de aprendizagem
O sistema educativo é o conjunto de meios pelo qual se concretiza o direito à educação, que
se exprime pela garantia de uma permanente acção formativa orientada para favorecer o
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desenvolvimento global da personalidade, o progresso social e a democratização da
sociedade.
O sistema educativo desenvolve-se segundo um conjunto organizado de estruturas e de
acções diversificadas, por iniciativa e sob responsabilidade de diferentes instituições e
entidades públicas, particulares e cooperativas
Um sistema educativo é toda a máquina de formação e educação dos cidadãos que é guiada
no seu funcionamento pela política, estratégia e normas definidos pelo Ministério da
educação.
Se chama sistema porque todos os intervenientes são coordenados e guiam-se pelas mesmas
normas. Apesar de haver escolas privadas e públicas ou de um aluno estudar em Niassa outro
em Sofala, todos atingem os mesmos objectivos e isso permite-lhes frequentarem o mesmo
curso na Universidade ou noutro nível qualquer.
A lei 6/92 de 6 de Maio define o quadro geral, os objectivos, os princípios e a estrutura do
Sistema Nacional de Educação. De um modo geral, o objectivo básico do SNE consiste em
“erradicar o analfabetismo de modo a proporcionar a todo o povo o acesso ao conhecimento
científico e desenvolvimento pleno das suas capacidades”.
A administração de um sistema implica um aspecto legal através do qual se atribuem
competências, um aspecto económico – financiamento das escolas e um aspecto ideológico
– definição de objectivos, metas e currículos.
Tipos de administração de sistemas educativos
Administraçao descentralizada
Neste Módulo utilizamos a conceptualização de Visscher, Adrie.
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de futebol ou outra modalidade, acontece em qualquer instituição. Uma escola, por
exemplo, tem um director, professores, serventes, alunos, directores de turma, etc., cada
um cumprindo um certo papel para que a escola no seu todo possa cumprir o seu papel de
educar. Este é o sentido instrumental desta palavra.
O seu curso se chama organização e gestão escolar. O que será então, organização? A
palavra organização tem três significados todos utilizados nesta disciplina:
Pode significar uma instituição – escola, empresa, ministério.
Um instrumento – a maneira como as partes de um todo estão dispostas para
cumprir certa função, por exemplo, director geral, director administrativo, os
professores, os serventes etc.
Mas também pode significar a função pela qual uma instituição, define prioridades, aloca
recursos, coordena os esforços de cada um para realizar uma certa actividade. Por exemplo,
organizar a bicha, organizar o trabalho, organizar os livros, indicar a actividade e sua
sequência de realização, quando o professor planifica a aula ele organiza os conteúdos numa
dada sequência lógica determina as actividades a serem realizadas pelos alunos e por ele,
pensa nos recursos que vai precisar e o tempo a alocar, etc. Durante o nosso curso vamos
utilizar esta palavra em todos estes significados.
Todos nós somos membros de alguma organização: uma faculdade, uma equipa de desporto,
um grupo de música ou teatro, uma organização religiosa ou cívica ou empresa. Tais
agremiações são chamadas genericamente como organizações.
Conceito
As organizações são importantes porque são instituições que reflectem alguns valores e
necessidades culturalmente aceites. Elas permitem que vivamos juntos e de modo civilizado,
Este capítulo foi escrito com base em Chambel et al (1997: p. 95-111)
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e que realizemos objectivos enquanto sociedade. As organizações servem a sociedade,
transformando o mundo num lugar melhor, mais seguro, mais barato e mais agradável de se
viver.
As organizações realizam objectivos
As organizações geram sinergias – o esforço de uma pessoa é mais valioso combinado com
os esforços dos outros. Mesmo que um indivíduo sozinho pudesse fazer tudo o que as
organizações fazem para produzir um produto (o que é difícil acreditar), ele jamais poderia
faze-lo tão rapidamente.
Sabemos através da história que dependemos dos registos das realizações passadas como
uma base de conhecimento sobre a qual possamos construir ou adquirir mais aprendizagens e
chegar a maiores resultados. Sem esses registos, a ciência e outros campos do conhecimento
ficariam imobilizados.
O que o nosso amigo está agora a ler, não foi inventado hoje, é o resultado de longos anos de
estudo.
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último, quando uma pessoa está numa organização, pode ocupar vários postos na sua
profissão ou na chefia.
Características das Organizações
Como vimos, as organizações são muito diversificadas quanto à sua natureza. Algumas
organizações dedicam-se ao fabrico de produtos, como por exemplo, as fábricas de conservas
ou uma família. Outras se dedicam ao desenvolvimento do lazer, outras zelam pela
manutenção da ordem pública como a polícia.
De acordo com Chambel et al (1997: p. 95), “O que distingue estes diferentes tipos de
organizações é, por um lado, os beneficiários e, por outro lado, os seus produtos”.
Apesar dessa diversidade, podemos encontrar algumas características que são o denominador
comum dessa multiplicidade e que podemos considerar caracterizadoras de uma organização,
nomeadamente, os participantes; os objectivos e a tecnologia.
Para que os membros de uma organização possam dar o seu contributo, a organização atribui
a cada um dos seus participantes um determinado papel ou cargo que inclui diferentes
dimensões: funcional, hierárquica e interpessoal.
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a) Dimensão funcional - A organização estipula o conjunto de tarefas e procedimentos do
trabalho, isto é, os modos de realização dessas tarefas para cada um dos participantes. Por
exemplo, a tarefa do professor é diferente da tarefa do director ou da tarefa do servente.
b. Essas pessoas sejam colocadas em cargos ou posições onde fazem o trabalho dado pela
organização
c. Cada ocupante duma posição ou cargo é dito o que tem que fazer, quem é o seu chefe e com
quem troca informações para poder cumprir da melhor maneira o seu dever.
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Os objectivos das Organizações
Os participantes de uma organização reúnem-se no sentido de obter determinados efeitos
com as suas acções conjuntas, que individualmente não seriam possíveis. Estes efeitos
constituem os fins desejados, isto é, os objectivos da organização.
Considere o nosso amigo uma escola privada em que os alunos devem pagar para
frequentarem a escola, num ambiente em que há vagas nas escolas para todos.
Por ser privada, a escola utiliza a receita cobrada para pagar a renda de casa, pagar os
professores e adquirir todos os recursos necessários para o seu funcionamento. Havendo
vagas suficientes para todos, as pessoas teriam a liberdade de escolher a melhor escola para
os seus filhos.
Assim, aquela escola privada teria que fazer qualquer coisa para poder ganhar mais alunos
para si. Se a escola não tiver alunos a escola teria que fechar e desaparecer.
Mas todas as escolas ensinam e são competidoras com esta escola. Para esta escola
sobreviver deverá assegurar resultados académicos altos, boa disciplina e uma boa imagem
perante o público.
Uma boa escola é aquela que gradua o maior número possível de alunos como resultado
da aprendizagem.
Isto é, uma boa fábrica de cadernos é aquela que produz maior quantidade possível de
cadernos gastando pouco.
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Como compreender a necessidade de formar alunos úteis?
Ora, a escola para ser útil aos seus clientes, que são os alunos, os pais bem como toda a
sociedade, ela deve fornecer à sociedade pessoas formadas e úteis para trabalhar.
Todas as escolas gostariam que todos os seus alunos graduados encontrassem emprego ou
passem nos exames de admissão a outros níveis de ensino porque isso revelaria um bom
desempenho da própria escola.
Então a escola deve ter como objectivo assegurar o sucesso escolar e educativo das crianças.
O objectivo de uma escola consiste em produzir pessoas formadas e úteis à sociedade.
Por outras palavras, não basta produzir bons cadernos. É preciso que esses cadernos sejam
comprados por serem os preferidos no mercado.
a. Tecnologia mediadora
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existem sectores definidos para trabalhar com depósitos a prazo, contas à ordem, câmbios,
etc.
b. Tecnologia em cadeia
c. Tecnologia intensiva
O nosso amigo deve lembrar que uma organização caracteriza-se por ter participantes,
objectivos e tecnologia. Os participantes devem ter tarefas, ter poder e canais de
comunicação interpessoal.
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Como referimos anteriormente, uma organização consiste num conjunto de indivíduos, os
seus participantes, que se reúnem com intenção de atingir certos objectivos.
Para que tal seja possível, os autores que já citamos, assinalam que a organização possui um
conjunto de regras com o propósito de modelar o comportamento dos indivíduos, tendo em
vista esses objectivos.
A componente formal
Do conjunto das regras organizacionais podemos destacar as oficiais, isto é, as regras que
regulam as actividades dos seus diferentes membros que são tornadas explicitas. Estas
constituem a estrutura formal da organização e consistem no conjunto de meios que a
organização utiliza, por um lado, para dividir o trabalho e, por outro, para coordenar e
controlar.
Numa escola, as tarefas podem ser distribuídas de acordo com a competência dos seus
professores, existindo em cada turma um professor com a tarefa de ensinar o português,
matemática, filosofia, biologia, etc.
Como todos os elementos sabem o que deles é esperado, a coordenação das suas tarefas fica
facilitada. Como os procedimentos são especificados previamente, a tarefa de controlo dos
resultados do trabalho de cada elemento torna-se também mais fácil.
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Numa organização escolar ocorrem a supervisão directa por parte do director e outras
autoridades superiores do professor,
Organogramas
a. Ambiente geral – diz respeito às condições gerais que afectam todas as organizações e
inclui: condições legais, políticas, tecnológicas, económicas, demográficas, ecológicas e
culturais de uma determinada área geográfica. Estas condições, apesar de não possuírem um
contacto directo com a organização, influenciam o seu funcionamento. Por exemplo, um
novo desenvolvimento tecnológico pode permitir à organização uma maior e melhor
produção.
Quando entramos numa escola vemos edifícios, alunos, professores, funcionários não
docentes, carteiras, quadros pretos, mapas, secretaria, direcção e às vezes, uma cantina
escolar. Também nos recordamos de ter estudado, ter feito avaliações, ter pedido um
certificado ou ter recebido um boletim de passagem na escola. Esta é a realidade da escola
que voce agora vai procurar compreender no texto seguinte.
De um modo geral, a escola define-se como um estabelecimento de ensino que tem por
finalidade desenvolver global e equilibradamente, o aluno, nos aspectos intelectual, sócio-
educativo, psicomotor e cultural com vista à sua correcta integração na comunidade.
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Em Moçambique, a escola é definida no Regulamento do Ensino Básico (REGEB) como
sendo “um estabelecimento de ensino que visa conferir aos alunos uma formação básica nas
áreas de comunicação, das ciências matemáticas, das ciências naturais e sociais, da
educação física, estética e cultural, bem como o desenvolvimento das capacidades do
educando, de modo a permitir-lhe viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente na
melhoria da qualidade de vida, tomar decisões fundamentadas e prosseguir a sua
aprendizagem ao longo de toda a vida”.
Como deve ter reparado, no conceito de escola como estabelecimento está subjacente a ideia
de um edifício, de um lugar onde se ministra o ensino por um lado e por outro, para que serve
a escola e finalmente para que servem os seus serviços ou seja, qual é a finalidade de educar
o aluno.
A definição diz que tipo de ensino deve ser ministrado. No caso das escolas básicas o ensino
ministrado deve permitir aos alunos ter uma formação básica em:
Comunicação;
Ciências matemáticas;
Da educação física;
Estética e cultural
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Como dizia Brito (1994, p.8), uma escola é uma complexa empresa que produz o sucesso
escolar e educativo dos alunos.
Para discutirmos este assunto vamos nos apoiar no módulo um do conjunto de materiais para
formação de directores de escolas. De acordo com aquele manual, os termos filosofia,
missão, finalidade, objectivos, metas, indicam o propósito e o rumo duma escola.
A palavra filosofia significa um sistema de princípios que orientam a vida. Tal conceito é útil
para nós como indivíduos, bem como para a escola. A missão duma escola pode ser
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entendida como a filosofia da escola, aquele sistema de princípios que orientam a vida de
uma escola.
A missão é um propósito que deve ser alcançado através de actividades de uma instituição.
A escola, como qualquer organização, define, para si, uma linha de orientação fundamental
que norteia as múltiplas actividades que decorrem no seu dia a dia. Dessa linha de orientação
deverão ocorrer objectivos amplos que não condicionem ou limitem qualquer acção, opção
pedagógica ou projecto educativo, que se pretende implementar, mas que sirva de
enquadramento à sua consecução. Podemos dizer que a missão da escola é o seu objectivo
eterno ou permanente através do qual a escola se define.
A escola moçambicana visa conferir aos alunos uma formação intelectual (saber),
psicomotora (saber fazer) e afectiva (saber ser estar) para lhes permitir viver e trabalhar
com dignidade.
Ou seja, a escola moçambicana procura dar aos alunos uma formação que torne os alunos
úteis à sociedade e a si próprios.
De acordo com Pimenta e outros (1999: p.93) a missão da escola coincide em boa parte com
as funções da educação e poderíamos resumi-las do seguinte modo:
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a. Proporcionar conhecimentos e desenvolver capacidades que permitam aos indivíduos
adquirir as competências básicas necessárias à sua vida de adultos e à sua integração
na sociedade.
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atribuição de um diploma é, portanto, a forma mais utilizada para concretizar a
certificação escolar.
Os objectivos da escola moçambicana são, de modo geral, iguais aos objectivos do Sistema
Nacional de Educação (SNE). De acordo com o plano curricular do ensino básico alguns dos
objectivos gerais do SNE traduzem-se em:
A. Educação para a cidadania
Inclui:
a. Proporcionar o desenvolvimento integral e harmonioso da personalidade;
b. Inculcar na criança, no aluno padrões aceitáveis de comportamento: lealdade,
respeito, disciplina e responsabilidade;
c. Educar o aluno para o espirito da unidade nacional, respeito e amor à pátria;
d. Desenvolver sensibilidade estética e a capacidade artística e o amor pelo belo.
B. Educação para o desenvolvimento económico e social
Inclui:
a. Erradicar o analfabetismo, de modo a proporcionar a todo o cidadão o acesso ao
conhecimento científico e desenvolvimento pleno das suas capacidades;
b. Promover a educação da rapariga;
c. Educar o aluno para o respeito e preservação do ambiente e do ecossistema;
d. Proporcionar uma formação básica nas áreas da comunicação, ciências, meio
ambiente e cultural.
C. Educação para as práticas ocupacionais
Inclui:
a. Desenvolver no aluno o interesse pelos exercícios físicos, desporto e recreação;
b. Desenvolver no aluno hábitos de higiene, nutrição e cuidados sanitários.
1.4.6 Valores da escola
Quais os valores da escola?
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sociedade considera desejável atingir como objectivo ou meta. Os valores desenvolvem-se
pela experiência, educação e observação.
A comunidade confia à escola a missão de desenvolver os valores cultivados em casa nos
alunos; é tarefa da escola para além de proporcionar conhecimementos científicos aos alunos
desenvolver neles hábitos e comportamentos dignos aceitáveis na comunidade.Esses valores
uma vez desenvolvidos passarão a fazer parte da vida de cada um.
A declaração da missão da escola baseia-se nos seus próprios valores e nos do seu corpo
docente e do País, a serem transmitidos à próxima geração. Por exemplo, uma escola que é
gerida por organização religiosa inclui nos seus valores a fé em Cristo, Deus, Alá, etc.
Tais valores incluem: comportamento aceitável, honestidade, eficiência, pontualidade,
aplicação, autodisciplina, polidez, cortesia, justeza, justiça, tolerância, coragem, respeito pelo
trabalho, respeito pelas pessoas e pela propriedade alheia, desportivismo, imparcialidade,
perseverança, respeito pelas autoridades legítimas, preocupação com a comunidade, limpeza,
atitude crítica, humildade, perspectivação do futuro, etc.
1. O edifício escolar deve ser construído em local adequado aos fins educativos e
respeitar as normas pedagógicas e de higiene e as previstas pelo órgão que
superintende as obras públicas.
2. Permitir acesso à água potável e casas de banho.
Edifíci 3. A escola deve ter salas de aula com altura e superfície adequadas, conforme as
o normas de construções dos edifícios escolares em vigor no País.
escolar
4. Ter uma sala para secretaria;
5. Ter uma sala para gabinete do director;
6. Pátio de recreio ao ar livre, cuja área deve ser pelo menos, o dobro da superfície
total das salas de aulas.
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Estas são exigências em relação à estrutura física da escola. Mas o nosso amigo
sabe que no nosso País ainda existem escolas sem as mínimas condições físicas.
Este é um problema que deverá ser resolvido no futuro. Mas agora o nosso amigo
cursista sabe que existem normas que regem a construção de escolas.
A escola deve ter um regulamento interno próprio que contenha as regras de
inscrição ou admissão, as normas de assiduidade dos alunos e critérios de avaliação
de conhecimentos.
Regula O nosso amigo deve estar recordado que as normas e os regulamentos conferem o
mento carácter formal às organizações, neste caso a escola. Os regulamentos fazem com
interno que aquilo que se passa dentro das escolas não dependa da vontade dos funcionários
que atendem o público ou dos seus professores ou da disposição daqueles.
Os regulamentos fazem com que as coisas sejam feitas da mesma maneira e o que
acontece nos estabelecimentos de ensino seja previsível.
Criação A criação de escolas é um assunto que compete às autoridades máximas da
ou educação. Assim, a criação, abertura e funcionamento de um estabelecimento de
abertur ensino público ou privado dependem da autorização do Ministro da Educação.
a duma
escola
Para efeitos de registo de informações sobre os alunos, as aulas dadas, as notas dos
alunos e sobre o funcionamento da escola, deverá haver em cada escola:
□ Boletim de matrícula;
□ Livro de matrícula;
□ Livro de turma;
□ Caderneta do aluno;
□ Mapa do aproveitamento dos alunos (pauta)
Escritu □ Processo individual do aluno;
ração
escolar □ Livro de registo de correspondência que entra ou sai;
□ Livro de termos de exames;
□ Mapa de levantamento estatístico para informar as autoridades superiores e a
direcção da escola;
□ Livro de despachos do director da escola.
Os documentos da escrituração escolar devem ser arquivados em local próprio, com
numeração que permita a sua classificação por ano, isto é, a escola deve ter um
arquivo para que, por exemplo, as pautas não desapareçam e a escola esteja em
condições de passar os certificados.
O mobiliário e equipamento das salas de aula deverão ser constituídos no mínimo
Mobili
por:
ário e
equipa □ Carteiras
mento □ Secretária e cadeira para o professor
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□ Um armário para a arrumação de material didáctico e trabalhos feitos pelos
alunos
□ Um quadro preto.
Se o nosso professor e outros pretendessem abrir uma nova escola deveriam pensar:
2º erguer um edifício escolar com salas de aula, casas de banho, água e secretaria;
3º colocar nas salas de aula para além das carteiras, um quadro preto, uma mesa e cadeira
para o professor.
4º comprar os modelos previstos para poder fazer os registos dos alunos, professores, aulas
dadas, etc.
O artigo 3 do regulamento das escolas básicas classifica as escolas de acordo com o grau ou
graus de ensino que leccionam como segue:
Direcção da escola
De acordo com Brito (1994: p. 8), “Numa escola todos somos gestores. Gestores do tempo,
do espaço, do ensino, da aprendizagem, das verbas, dos conflitos e da imagem. Nós,
professores, alunos, funcionários, pais, representantes de interesses sócio-económicos,
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culturais, desportivos ou autárquicos. Gerimos opções, interesses, projectos. Gerimos e
geramos a escola”.
Na sua organização interna a escola possui vários níveis de gestão considerando-se o número
e complexidade de situações e pessoas envolvidas, directa ou indirectamente.
Gerir o espaço colectivo «Escola», o espaço sala de aula ou o espaço mesa de trabalho
corresponderá a níveis diferentes da administração do espaço. Gerir o calendário anual de
actividades curriculares corresponderá a um nível de gestão diferente da gestão do tempo da
unidade de ensino ou do tempo de uma aula.
Actividades
Auto-avaliação
b) Porque se diz que a escola tem a função de selecção, de diferenciação das pessoas numa
sociedade?
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c) Qual é a importância do organograma de uma escola?
Chave de correcção
a) A escola diferencia-se de outras organizações porque enquanto estas têm por missão
produzir bens e serviços para a satisfação da sociedade, a escola tem por missão:
A escola prepara o indivíduo para que seja um cidadão independente, crítico, criativo,
responsável e participativo para a exercer os seus deveres e direitos como membro de uma
sociedade.
Bibliografia complementar
A escola como organização, estrutura-se em áreas e em cada área, são desenvolvidas muitas
actividades que garantem o pleno funcionamento da escola. Essas actividades para que seja
possível a sua realização é necessário que haja uma boa planificação, supevisão, inspecção
avaliação, boa gestão e liderança, daí que a presente unidade temático Componente da
Gestão Escolar vai debruçar-se sobre: a Gestão pedagógica/ didática, Gestão administrativa/
financeira, Gestão dos Espaços e Construções escolares, Planificação de Actividades
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Escolres, Gestão e liderança, Resolução de Problemas e Tomada de Decisões, e porque a
escola está inserida numa comunidade, será discutida a ligação entre a Escola e a
comunidade e o funcionamento de Conselho de Escola.
No fim de aprendizagem desta Unidade Temática o formando deve ser capaz de:
2.4.Recursos de aprendizagem:
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O Director Provincial de Educação e Cultura, o Director Distrital dos Serviços de
Educação, Juventude e Tecnologia, o Director de uma Escola desempenham o papel de
gestor porque qualquer um deles deve garantir a implementação de políticas de
educação na sua Província, no seu Distrito ou na sua escola.
O director de uma escola lida com o dia a dia de uma determinada escola, enquanto que o
Ministro lida com os problemas gerais que afectam todas as escolas.
A gestão já foi chamada de “a arte de fazer coisas através de pessoas”. Esta definição, chama
a atenção para o facto de que os gestores alcançam os objectivos das organizações
conseguindo que outros realizem as tarefas necessárias – e não realizando eles próprios as
tarefas.
Numa escola, a gestão é o processo de planificar, organizar, liderar e controlar os
esforços realizados pelos professores, alunos e outros funcionários da escola e o uso de todos
os outros recursos da escola para alcançar os objectivos estabelecidos.
Organização - orienta e controla a formação das turmas e a elaboração dos horários das
turmas e dos professores, procede à distribuição dos professores pelas turmas, disciplinas e
classes, de acordo com as orientações superiormente definidas, garante o enquadramento e a
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integração de novos professores e dos recém formados, assegura a distribuição e o controle
do material básico escolar
Segundo Brito (1994: p.36-37), o fundamental numa escola como organização é que os seus
recursos humanos agrupados em serviços, órgãos de gestão ou de apoio, turmas, etc., sejam
coordenados na procura de metas comuns.
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A concepção democrática-participativa de gestão valoriza o desenvolvimento pessoal, a
qualificação profissional e a competência técnica. A escola é um espaço educativo, lugar de
aprendizagem em que todos aprendem a participar dos processos decisórios, mas é também o
local em que os profissionais desenvolvem sua profissionalidade.
A organização e gestão do trabalho escolar requerem o constante aperfeiçoamento
profissional – político, científico, pedagógico – de toda a equipe escolar. Dirigir uma escola
implica conhecer bem seu estado real, observar e avaliar constantemente o desenvolvimento
do processo de ensino, analisar com objectividade os resultados, fazer compartilhar as
experiências docentes bem sucedidas.
A gestão de pessoal tem uma dupla função: melhorar os recursos humanos em si e melhorar o
funcionamento da escola. Para esse feito é necessário considerar acções de formação
científica geral e de formação especifica para as funções de cada professor ou funcionário.
Disciplina
Disciplina preventiva
Disciplina correctiva
É uma acção administrativa que ocorre quando se regista uma infracção às normas. Destina-
se a desencorajar a violação das normas. Os líderes devem procurar evitar o recurso a esta
medida preferindo a prevenção.
Princípios que garantem boa disciplina segundo Okumbe (1998: P.119).
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a) Os membros da escola devem conhecer as normas;
b) A acção disciplinar deve ser imposta logo após a ocorrência da infracção para que os
infractores tenham consciência da relação entre acção disciplinar e a infracção
cometida;
c) A acção disciplinar deve ser imposta de forma consistente, isto é, para igual infracção
igual pena;
d) Acção disciplinar deve ser objectiva, quer dizer, a acção disciplinar incide sobre
factos ocorridos e não factos deduzidos ou presunções;
e) Acção disciplinar deve ser impessoal – Deve haver clareza de que se pune o
comportamento errado não a pessoa. A punição não deve levar a contradições
pessoais. O líder não se deve distanciar do membro punido, procurando restabelecer
um bom clima de trabalho.
f) Acção disciplinar deve ter em conta o direito à defesa, isto é, a pessoa deve ser ouvida
antes de ser punida.
Podemos dizer que relação humana é o estar com outras pessoas e entrar em interacção com
elas eficazmente.
Na vida diária vivemos e trabalhamos com pessoas: podem ser os membros da nossa família,
os vizinhos, os amigos ou outras pessoas, com quem trabalhamos. Quem quer que seja,
reconhecemos a sua presença e nos relacionamos com ele através de vários meios de
comunicação.
Em cada local de trabalho, cada pessoa deve ter as suas responsabilidades, o director de
escola organiza o programa para a escola. Ele leva a cabo a supervisão necessária para
garantir que o programa seja cumprido, cada professor prepara um esquema de trabalho,
planos de lição e registos das avaliações para as suas turmas. Além disso, alguns professores
podem ser responsabilizados por actividades extra-aula.
No fim de cada período escolar são preparadas informações sobre o progresso de cada aluno.
Se o professor de uma disciplina ou de uma turma se atrasa na realização das avaliações, o
director de turma ou de classe atrasar-se-á também na preparação das informações dos alunos
para o fim do período. Então, os alunos podem não receber as informações a eles relativos
para levarem aos seus pais e encarregados de educação.
Por conseguinte, num local de trabalho é preciso ter em conta que o que os outros fazem
afecta o nosso trabalho e o nosso trabalho afecta o que eles fazem. Isto acontece porque todas
as diferentes tarefas numa organização estão relacionadas e numa organização todas as
pessoas têm relações de trabalho.
Fase exploratória - Esta fase envolve a procura de pistas e informações para formar opiniões
e impressões acerca um do outro. Nas escolas, esta fase deve ser planificada, detalhada de
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forma abrangente. Procure conhecer-se a si mesmo e conhecer as pessoas com quem
trabalha.
Peritos em administração observaram que as pessoas nos seus locais de trabalho gostam de:
Sentir que o seu trabalho é considerado importante. Não gostam de ser inúteis;
Serem louvadas pelo que fazem, mas não serem repreendidas em público, quando
erram;
Saberem o que é que os seus superiores pensam do seu trabalho - sentem-se
encorajadas quando o seu conhecimento sobre um aspecto é apreciado,
Serem tratados com respeito tanto os que exercem altos cargos de direcção como os
que não exercem nenhum;
Admitir erros;
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Motivação dos alunos
Tal como os professores, os alunos numa escola devem ser motivados. Pare por um instante e
reflicta sobre que passos devem ser dados para motivar os alunos?
Os seus esforços nas aulas e nas outras actividades escolares sejam apreciados pelos
professores e pelo director da escola;
Os seus pais tenham oportunidades de ver o que é que eles fazem na escola.
Podíamos acrescentar outros aspectos à lista, mas o mais importante é reconhecer que há
vários factores que podem ser incluídos. Uma melhor compreensão da natureza da sua
motivação sugere que para que a aprendizagem tenha lugar, deve-se ter em conta as
necessidades básicas dos alunos, tais como, psicológicas, de segurança, de carinho bem como
as suas necessidades de auto-estima e auto-realização.
Gestão Financeira
A gestão financeira na escola tem a ver com os custos da educação, fontes dos recursos para
o financiamento daqueles custos e a aplicação desses recursos de tal ordem que sejam
alcançados os objectivos da escola.
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A educação é consumo e investimento em capital humano para as pessoas e para a sociedade.
Pessoas educadas adquirem conhecimentos, habilidades e atitudes que lhes permitem ter altas
remunerações e gozar um papel activo no desenvolvimento social. Estes são os benefícios
directos da educação. Os benefícios indirectos da educação são difíceis de medir em
termos reais, mas incluem, por exemplo, a redução da criminalidade, o aumento da coesão
social, a inovação tecnológica e benefícios de geração para geração, isto é, os filhos de
pessoas que estudaram beneficiam de boas condições de vida e estão bem posicionados para
estudarem também.
A educação como investimento é entendida de duas formas: (1) investimento privado (2)
investimento social. A forma como se faz à partilha entre o investimento privado e social
depende de país para país. No caso de Moçambique, no ensino primário, o investimento é
quase todo social ficando para as famílias uma ínfima parte que se relaciona com o
transporte, compra de cadernos, lápis e outras facilidades. O Estado garante o ensino quase a
custo zero para o ensino primário do 1º grau, fornecendo até os livros.
Orçamento
O orçamento é um programa da escola que é expresso em termos financeiros (em dinheiro).
É a estimativa em dinheiro daquilo que se vai receber receita, e o montante de dinheiro que
se vai gasto é feito para um certo período de tempo, habitualmente, um ano. A lei n.º 15/97,
de 10 de Julho, estabelece os princípios básicos que orientam a elaboração, gestão, controlo,
fiscalização e execução do Orçamento do estado e da Conta Geral do Estado.
Numa escola, os espaços são utilizados por todos quantos frequentam a escola, sendo por
isso, necessária uma atenção mais cuidada e permanente.
Preservar a qualidade dos espaços e/ou melhorá-los deverá ser uma atitude permanente, não
só da equipa que dirige a escola, mas de todos os que nela vivem e convivem. Um dos
aspectos a considerar para uma maior dedicação de todos na preservação do espaço é a
necessidade que utente tem de sentir que tem responsabilidades nesse espaço.
Uma das estratégias que os gestores escolares deverão considerar para a conteção da
degradação do edifício é a imediata recuperação das pequenas anomalias. Se não se substituir
imediatamente o vidro que se partiu, teremos, forçosamente, muitos vidros partidos logo a
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seguir. Se na parede branca aparecer um risco de carvão ou uma marca com lama e não for
feita a imediata limpeza, outros riscos e marcas de lama surgirão em breve. Degradação atrai
degradação, e é bom que os alunos cresçam num ambiente que não lhe transmita o gosto nem
a conformação com a degradação, a falta de hábito de preservação dos espaços...
Um espaço poderá ser muito feito, se nada mais tiver senão as paredes, o tecto e pavimento.
Mas se o enchermos de plantas devidamente distribuidas, ele transmitirá uma sensação
totalmente diferente. Se a angariação daquelas plantas for feita por todos os utenyes daquele
mesmo espaço e as tratarem, o gosto pela preservação e melhoria será maior e mais
espontâneo. Logo, é fácil depreender que as três vertentes da gestão escolar terão de ser
pensada em simultâneo e não de forma estaque. Concluindo, devem ter percebido que a partir
dos princípios acima descritos, os espaços duma escola fazem igualmente parte dos recursos
materiais, que acabaste de discutir no tema anterior relacionado com a gestão
administrativa/financeira.
Construções Escolares
Com este capítulo, pretende-se armar o futuro professor de noções básicas de construções
escolares, tendo em conta que a escola como organização precisa de uma gestão de espaços
de uma forma criteriosa, que passa pelas novas construções e posterior manutenção.
Para que este processo tenha efeito é necessário que o futuro professor esteja munido de
conhecimentos básicos sobre as construções escolares.
Construir é fabricar com material diverso e de acordo com um plano, edificar, etc.
44
Com estas definições conclui-se que, contruir é um processo complexo que compreende
muitos elementos, pois muitos podem pensar que construir é somente quando edificá-mos
uma casa ou sala de alvenaria (feita de blocos, cimento ferro e coberta de chapas de zinco),
contruir é mais do acabámos de descrever, pois, mesmo uma casa ou sala de aulas feita de
pau a pic, é uma construção, quando o senhor professor com ajuda de pais e encarregados de
educação fabricam um quadro, uma carteira ou um banquinho, estão perante um construção.
Numa escola podemos encontrar várias formas de financiamento para as várias necessidades
em infra-estruturas, tais como: salas de aulas, sanitas, pavilhões, gabinetes de trabalho,
laboratórios, casas para funcionários, etc.
Estas infra-estruturas podem ser financiadas de várias maneiras, sendo as formas mais usadas
as seguintes: Orçamento do Estado, Patrocínios de privados e contribuições das comunidades
locais.
Estes organismos financiadores podem impôr condições no uso destes fundos, como por
exemplo: podem determinar que toda a construção seja da sua responsabilidade, como podem
autorizar a escola para dirigir todo o processo de construção.
O primeiro processo é mais simples, pois a escola só recebe a informação dos gastos
previstos para a construção da obra e da sua recessão, enquanto no caso de a responsabilidade
da condução da construção estiver ao cargo da escola, aí a responsabilidade é maior, daí que
o senhor professor na qualidade de gestor deve proceder-se da seguinte maneira:
1º- Caso de construção de uma obra de pau a pic, o mais importante é o envolvimento do
Conselho de Escola para que o uso do fundo disponibilizado seja mais transparente possível.
A redacção das especificações devem ser bem simples e objectiva, não importando que
algumas expressões tais como “de acordo com o projecto”, “conforme detalhe em plena”,
“devem obedecer rigorosamente o projecto aprovado” e outras sejam repetidas tantas vezes
quantas forem necessárias.
Esses detalhes permitirão haver um bom entendimento entre o proprietário da obra, quem a
fiscaliza ou acompanha e responsável pela sua execução. Deve-se fazer o trabalho com
bastante atenção, acompanhando-se as plantas, de modo a não haver omissões e dúvidas, ao
mesmo tempo corrigidas as deficiências e eliminando-se o que for desnecessário (excessos,
repetições).
Orçamento faz uma previsão de custos necessário para cálculo de capital de investimento,
sendo que, quando mais cuidadosa e realistamente, mais se aproximará das despesas
contabilizadas durante a construção. De grande importância é a observação dos prazos de
realização das várias etapas da obra, devido às oscilações de preços, de mão-de-obra e de
materiais.
1. Condições locais
Especificações
a) Terreno de 14m*36m (rectangular)
b) Na sala existe rede de água
c) Na rua não há rede de esgoto
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d) Existe prostração de light com iluminação na rua
2. Fundações
Especificações
a) Constará de cravação de estacas pré-moldadas
A distribuição dessas estacas será determinada pelo calculista de concreto armado,
sendo apenas a quantidade prevista aproximada, bem como o seu cumprimento.
b) Sobre as estacas serão moldadas vigas-baldrame que servirão de base para as paredes
tanto externas, essas vigas serão concertadas aproximadamente no nível do solo de
modo a permitir o assentamento de 5 6 fiadas sobre elas, até o respaldo do alicerce,
que dessa forma ficará acerca de 40cm acima do nível.
5. Telhados
a) Será de madeiramento em peroba, utilizando de preferência, bitolas comerciais
b) Exigirá trabalho de carpinteiro contraído por metro quadrado de projecção
horizontal
c) Com cobertura de talhado de barro
d) A funilíria será em chapa de folha galvanizada, com detalhes na planta de telhado e
melhor descrição no item referente a instalação hidráulica.
6. Revestimentos
As massas grossas e finas com argamassa de cal e areia. Esse tipo de revestimento será
aplicado em todas as paredes e fornos, tanto internos como externos, com excepção daquelas
superfícies onde forem indicados revestimentos especiais, especificações abaixo:
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a) Azulejos brancos
Copa e cozinha: em todas as paredes até a altura do forno e no interior do armário sob a pia,
sistema de colocação com juntos a prumo, peças de acabamento, apenas calhas externas.
7. Esquadria de Ferro
a) Na porta de entrada da sala de estar, medindo 1.8m*2.70m, com duas folhas de abrir,
com vidro interior em cada folha, grade de segurança de própria porta
b) Nos caixilhos de copa e da cozinha, ambos com 1.8m* 1m, basculantes,
c) Nos caixilhos do banheiro principal com 1,4m* 1m, sem grade.
8. Instalação Hidráulica e Aparelhos Sanitários
a) Água
O critério de alimentação de água será o seguinte: a água será recebida da canalização da
Sabes e passando pelo relógio fixado no cavalete na entrada do terreno irá alimentar duas
caixas de água de 10.000 litros cada. A tubulação de entrada alimentaria torneiras de jardim,
uma torneira na pia da cozinha e uma torneira de tanque.
Das caixas de água do corpo principal sairá alimentação para um aparelho de aquecimento
central eléctrico (200 litros) e deste a canalização de água quente (em cobre) irá alimentar os
seguintes pontos:
9. Electricidade e telefone
A entrada será feita com colocação de poste e caixa de ferro para relógio, na frente do lote. A
condução subterrânea ate a caixa de distribuição colocada dentro do armário, sob a escada.
Do quadro de instalação serão os diversos circuitos, por fios plásticos, no interior de
conduites pesados conectados com bucha e arruela, embutidos nas paredes e na laje do 1º
pavimento.
10. Pintura
Locais aplicação: todas as paredes externas onde não houver revestimento especial, nas
paredes acima dos azulejos, da garagem, lavandaria, muros e muretas do quintal.
11. Limpeza
a) dos pisos
13. Administração
Quando se pretende organizar uma obra em contrição civil passa pelos seguintes itens:
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a) Mão-de-obra: refere-se a equipe do pessoal envolvido desde a preparação ate os
últimos detalhes da obra. Exemplo: engenheiro civil, técnico, pedreiro, auxiliares
(ajudantes e serventes), carpinteiros, etc
b) Recursos envolvidos: refere-se os valores monetários para a execução da obra e outras
despesas inerentes a obra.
c) Estaleiro (Veja a lista de conceitos)
d) Materiais envolvidos: Cimento, brita, andaime, escadas, areia, tintas, madeira, tubos,
fios, arames, pá, e.t.cc
Implantação de edifícios
Edifícios são obras de contrição destinadas tanto á habitação como a utilização para
instalações industriais, realizações de actividades sociais, acontecimentos culturais ou para
outras finalidades.
Após a recolhe dos materiais necessários para a marcação (estacas, uma rolo de fio, uma fita
métrica de 30m e um nível de bolha de ar e esquadria) passa-se a fase da execução.
Os alinhamentos que passam por esses pontos permitem traçar o nu ou face externo das
paredes fechadas.
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Para que este traçado permaneça durante a execução dos trabalhos, importa substituir s
estacas por pontos situados no mesmo alinhamento, mas fora do domínio da obra. É
importante salientar que as estacas devem ter pelo menos 50cm de comprimento fincada no
chão, o suporte eleva-se pelo menos 2 m acima do chão. Esta altura deve permitir uma livre
circulação na superfície do canteiro.
Esta construção provisória deve ser contraventada e suficientemente sólida para sustentar
sem deformação a carga dos contrapesos cuja a função é estender os arames.
É com relação a esse plano feito com uma rede de arame que se constrói a obra, importa,
pois, controla seriamente o traçado antes empreender a execução.
Fundações
Fundações são elementos estruturais subterrâneos que tem por finalidade o suporte das cargas
de super- estrutura e outras solicitações transmitidas ao terreno. Nas fundações assentam as
paredes e os pilares dos edifícios.
As fundações compreendem três itens: marcação dos alinhamentos, escavações (abertura dos
caboucos) e alicerces. Elas suportam com segurança as cargas que lhe são transmitidas pelos
elementos da contrição nas condições mais desfavoráveis.
As fundações dos edifícios serão estabelecidas sobre terreno estável e suficiente firme por
natureza ou consolidação artificial.
Topografia da área;
Dados geológicos;
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Tipos de fundações
As fundações devem ser estabelecidas no solo a uma profundidade tal que a base fique fora
do alcance da geada a profundidade mínima vai de 0.9m a 0.4m, conforme as regiões dos
pais, a profundidade pode também ser maior em regiões mais expostas.
Os caboucos, em muitas situações são abertos de acordo com a largura necessária aos
alicerces.
Alcerces- são elementos estruturais subterrâneas que tem por finalidade o suporte de cargas
de super-estruturas e outras solicitações transmitidas ao terreno.
Alvenaria- obras de construção que são feitas de pedras, tijolos, cimento, e de maneira geral
de materiais de pedra.
Canalização de uma construção- rede de canos que ligando as descidas de águas servidas e
de águas pluviais, que guiam os afluentes para fora da construção.
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Desaterro- consiste em rebaixar o nível do terreno pela remação da terra.
Edifícios- são obras de construção destinadas tanto à habitação como a utilização para
instalações industriais, realização de4activdades sociais, acontecimentos culturais ou para
outras finalidades, como salas de aulas por exemplo.
Laje (coberturas) - são estruturas horizontais que dividem o espaço interior do edíficio em
andares e suportam tanto a carga proviniente do seu peso próprio, pessoas e equipamentos.
Paredes- são elementos verticais com função de separar o exterior e o interior do edifício
assim como a compartimentação.
Pilares ou colunas- são montantes de suportes de secções transversais variadas, que servem
para suportar as cargas exercidas pelas coberturas e quando se trata de edifícios industriais as
cargas exercidas pelas vigas guindastes e pontes rolantes.
Tectos suspensos- são estruturas que se usam em edifícios públicos e industriais para
melhoramento dos parametros acúisticos, térmicos e as propriedades estéticas dos
compartimentos, assim como para construir andares auxiliares.
5- Quais são os passos que como gestor de uma escola deves respeitar para construir uma
sala de aulas de alvenaria, ou material convencional.
Tendo acabado de resolver as actividades, verifique suas respostas. Se você tem alguma
dúvida, volte ao texto e procure resolvê-las antes de prosseguir.
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2- Todas as actividades da gestões administrativa/financeira estão enquadradas nas
tarefas gerais da secretaria de uma escola do ensino primário.
3- a) F, b) V, c) F, d) V, e) F
4- Numa escola podem ocorrer várias constuções tais como: salas de aulas, edifícios,
recintos desportivos, material de ensino, etc.
A avaliação, entendida como um processo, tem por objectivo melhorar a escola, e não medir
resultados. Isto é, deve servir para alcançar algo que, no caso, é o aprimoramento da escola e
das acções que nela têm lugar.
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Auto- avaliação
O diagnóstico;
A colecta de dados;
A supervisão.
Ao conceber esta forma de avaliar e de promover a eficácia das escolas, devemos partir de
alguns pressupostos básicos, nomeadamente:
b. Os professores não terão interesse na avaliação e nas mudanças propostas se eles não
participarem das decisões acerca dos objectivos e dos procedimentos a serem
adoptados;
c. Uma escola eficaz se caracteriza pelo facto de que o movimento gerado pela
avaliação seja comum para a escola como um todo e haja um conjunto de objectivos
compartilhados;
d. As chances de os professores modificarem sua postura serão maiores se eles tomarem
consciência da situação e reflectirem durante a planificação das acções.
A avaliação deve considerar que uma escola eficaz teria as seguintes características:
Ensino orientado segundo as necessidades dos alunos: eles são levados a sério,
tem-se confiança neles, encoraja-se a agirem de maneira cooperativa e autónoma;
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Envolvimento do aluno em sua própria aprendizagem, fazendo-o participar da
definição dos objectivos, do material, das situações, dos métodos e do próprio
planeamento;
Clima da escola: uma escola, como conjunto vivo de pessoas que convivem e
colaboram, desenvolve sua própria linguagem, possui suas palavras, seus próprios
conceitos, rituais e modos de expressão familiares que facilitam a comunicação,
dão segurança, fornecem a cada um a impressão de "estar em casa";
Avaliação externa
Aqui a avaliação é exercida sob iniciativa e responsabilidade pública ao nível da
administração central, regional ou local, é exterior à própria escola. As autoridades que
procedem a esta avaliação no nosso País são os inspectores.
De acordo com o regulamento de inspecção da educação aprovado pelo diploma ministerial
nº 46/91 de 29 de Maio, “a inspecção é um órgão especial de controlo e supervisão do
cumprimento das disposições e normas pedagógicas, administrativas, jurídicas, financeiras e
outras vigentes em todos os órgãos e instituições do Ministério da Educação.
Os objectivos e atribuições da inspecção consistem na avaliação e fiscalização da aplicação
da política educativa do estado em todos os órgãos e instituições da educação, com base nas
leis estatais e decisões do Ministro da educação; verificação do processo de direcção nos
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órgãos e instituições da educação; avaliação da eficácia do processo docente educativo e
proposição da correcção das faltas verificadas e fortalecimento da disciplina laboral.
Para a prossecução destes objectivos, os inspectores podem assistir às aulas ou outras
actividades ligadas ao processo pedagógico, assistir a reuniões, avaliar o funcionamento das
estruturas de direcção, propor medidas punitivas ou capacitar o pessoal a todos os níveis nos
aspectos controlados.
Supervisão escolar
A Supervisão pode ser definida como a recolha, a intervalos regulares, de informações sobre
a natureza e o nível qualitativo do desempenho dos programas e actividades em curso na
escola. A supervisão regular fornece uma orientação com base na qual é possível julgar o
impacto dos insumos sobre os resultados escolares.
A Supervisão é considerada como a dimensão ou fase de gestão que se ocupa com o aumento
da eficácia instrucional.
a) Supervisão geral
b) Supervisão instrucional
A supervisão geral tem a ver com as actividades que ocorrem fora da sala de aulas tais como:
concepção e revisão do currículo, preparação de unidades e materiais de instrução,
informação aos pais e meios didácticos.
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A Inspecção da Educação tem como principais objectivos avaliar, fiscalizar e monitorar a
aplicação da política educativa definida pelo Estado em todos os órgãos e instituições
públicas e privadas da Educação, com base na legislação em vigor e nas decisões do Ministro
da Educação ( B.R. 1ª Série de 28/06/2000).
A supervisão escolar está inclusa nas actividades da Inspecção não havendo por isso
razões de separar estas duas actividades. Esta situação leva a que muitas das vezes os
professores não conseguem distinguir a Supervisão Escolar da Inspecção ( MINED, tema
IV,1998 a ).
* verificar o cumprimento dos programas de ensino e das normas estabelecidas para direcção
e realização do processo de ensino;
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Indicadores de eficácia escolar
Meios e equipamento
A avaliação interna nas escolas se mostra muito valiosa como um processo de mudança
pelas seguintes razões:
a. Nenhuma mudança ocorre sem que sejam levadas em conta as particularidades de cada
escola e seu contexto;
c. Os professores terão interesse na avaliação e nas mudanças propostas mesmo se eles não
participarem das decisões acerca dos objectivos e dos procedimentos a serem adoptados;
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d. As chances de os professores modificarem sua postura serão maiores se eles tomarem
consciência da situação e reflectirem durante a planicaçao das acções.
e. O professor melhor do que ninguém sabe o que anda errado na sua escola.
2.4.6 Planificação de actividades escolares
Planificação
Planificação é um processo dinâmico, uma acção colectiva que visa definir de forma clara,
simples e original uma intenção ou um conjunto de intenções, com os seus respectivos
detalhes nos seus diferentes níveis, por intermédio dos quais pretende viabilizar um objectivo
ou acções da organização.
Tipos de planificação
Planificação Estratégica
Responde à situação de uma forma ampla e integrada. É um processo contínuo que oferece
uma visão do futuro. É um documento orientador que define os objectivos e as principais
linhas de acção (as estratégias) sobre como alcançá-los com periodicidade de médio e longo
prazo.
Estratégias
Estratégias são caminhos, direcções, preceitos que a organização observa nas suas relações
com ambiente interno e externo para alcançar seus objectivos ou deles se aproximar.
61
Podemos concluir pela definição que a estratégia além de medir o desempenho da
organização em termos quantitativos, também o faz de forma qualitativa
A escola para a elaboração do seu plano estratégico deve basear nestes instrumentos.
Planificação operacional
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Plano Anual da Escola
- O plano da escola deve ser concebido e elaborado pela comunidade escolar, sob a
coordenação dos dirigentes da escola.
-Propôr acções para interferir na escola como um todo: organização escolar, formação e
atribuição de classes e turmas, horários de trabalho pedagógico, avaliação de desempenho de
todos.
Necessidades da escola
Neste espaço indica-se as finalidades da escola, sempre que possível quantificando-as. Ter
em conta que vários sectores da escola concorrem conjuntamente para os objectivos globais a
atingir.
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Actividades
Calendarização de actividades
O dia-a-dia de uma escola é dinâmico e, como tal, surgem imponderáveis que podem fazer
alterar o percurso originalmente fixado. Solicitar a colaboração, o mais alargado possível,
para discutir eventuais alterações e aceitar uma realidade necessária; reajustar-se os
objectivos sempre que necessário e justificado.
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Activ Obje Particip Respon Recursos Calendarizaçao Avaliaç O
idade ctivo antes sável materiais de actividades ao das b
e activida s
financeir des
os
Para estabelecer o plano da escola é preciso ter claro que, a direcção da escola deve
identificar as necessidades de todas as secções e grupos envolvidas na escola. Tais
necessidades não se identificam somente perguntando as pessoas envolvidas. Elas estão
desseminadas por vários documentos existentes na escola que a direcção deve consultar
Além das leis e decretos sobre a Educação pode haver declarações de intenção, como, por
exemplo: a educação para auto – suficiência individual, a educação para o desenvolvimento,
a educação para a reabilitar grupos desfavorecidos, preservação do meio ambiente e do
património cultural, a educação da rapariga, etc.
Deste modo garante que a missão da escola esteja de acordo com a política do governo
central.
2.5. Actividades
1- Na base do que acabaste de estudar, elabore um plano anual da escola, tendo em conta
todas as actividades e áreas da escola.
Após a elaboração do plano anual da escola, faça a distribuição de tarefas pelos membros de
direcção da escola.
Tendo acabado de resolver as actividades, verifique suas respostas. Se você tem alguma
dúvida, volte ao texto e procure resolvê-las antes de prosseguir.
Questão1- Planificação é um processo dinâmico, uma acção colectiva que visa definir de
forma clara, simples e original uma intenção ou um conjunto de intenções, com os seus
respectivos detalhes nos seus diferentes níveis, por intermédio dos quais pretende viabilizar
um objectivo ou acções da organização.
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2.4.7 Gestão e liderança escolar
A Gestão é um conjunto de operações visando o alcance dos propósitos pelos quais uma
organização foi criada.
A gestão significa uma definição clara dos objectivos, uma planificação e programção
correcta, bem como a escolha bem pensada das estratégias de implementação.
A gestão já foi considerada de “a arte de fazer as coisas atravês de pessoas”. Esta definição
chama atençõa para o facto de que os gestores alcançam os objectivos das organizações
conseguindo que os outros realizem as tarefas necessárias- e não realizando eles próprios as
tarefas.
Estes objectivos não alcançam num dia, é preciso trabalhar todos os dias para alcançar e
sempre que se alcançam uns, surgem novos objectivos.
- Maior produtividade;
-Os subordinados não se sentem responsáveis pelos resultados do trabalho que realizam, pois,
eles não participaram na planificação das actividades e não ouvidos e consequetemente
andam constantemente desmoralizados.
Democrático
-Permite que os membros do grupo escolham as tarefas e os parceiros com quem gostam
mais de trabalhar.
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Resultados de trabalho esperado
- A dinâmica do trabalho é lenta, tendo em conta que o líder e o grupo perdem tanto tempo
em reuniões de consulta, e a procura de consensos. (Ex: o adj. Pedagógico que elabora
horário em função das necessidades e conveniências de cada professor deve ser antecidido
por uma consulta prévia.
Deixa-andar
-Deixa o grupo fazer o que quer, e como quer, mas não dá orientações.
Conclusão
No que acabamos de analisar em relação aos estilos de gestão, conclui-se que muitos
directores de escolas aplicam os três estilos ou uma combinação destes.
É necessário que tenhámos em conta que não há melhor estilo que o outro, o mais importante
é que a aplicação de um destes estilos depende da situação real de cada escola e da
maturidade, idoniedade e personalidade dos professores e do pessoal não docente. O director
69
da escola deverá pensar no estilo que lhe garante alcançar os propósitos pelos quais é a razão
fundamental da existência da escola.
Os directores de escolas não devem ficar presos a único estilo. Devem ser reflexivos na
analíse da realidade concreta da escola que dirige ensaiando vários estilos até encontrar o
razoável que lhe permite alcançar os objectivos da escola.
Nota importante: Nenhum destes estilos é importante que o outro, a sua aplicação por parte
do gestor, depende muito das caracteristicas e do comportamento dos membros da
organização.
Poder de um gestor
O gestor para exercer a sua autoridade usa o poder, que pode ser:
Liderança
Pode ser definido como sendo a capacidade que certos indivíduos tem de influenciar o
comportamento de pessoas a realizarem certos objectivos comuns da organização duma
forma voluntária.
Nesta definição, podemos destacar 8 elementos que são: capacidade, indíviduo, influência,
comportamento, pessoas, objectivos, organização e voluntária. Estes elementos
seleccionados, mostram que a liderança é exercida por um indivíduo, numa organização onde
há objectivos a cumprir, e que este exerce uma influência no comportamento das pessoas, no
sentido de estes realizarem actividades duma forma voluntária e existência de um processo
70
de comunicação. Daí que liderar significa dirigir, influenciar e motivar os professores a
realizar tarefas essenciais. Liderar envolve o trabalho com as pessoas, estabelecendo a
atmosfera adequada, ajuda os professores e os alunos a darem o seu melhor de si.
Sim, existe diferenças entre estes. Um líder pode não ser um gestor, da mesma forma que um
gestor pode não ser líder.
O líder usa influência para modificar o comportamento dos seus membros, enquanto que o
gestor usa o poder legal para fazer com que os membros do grupo realizem as suas tarefas,
daí que a preocupação de momento é de transformar o gestor em líder, ser gestor e líder ao
mesmo tempo, isto é, o gestor deve usar o poder que é conferido pela lei depois de esgotadas
todas as influências.
Líder Gestor
Inova Administra
Cria Imita
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Faz o que é necessário Faz o que deve fazer
Tipos de Líder
-Líder de referência
-Líder situacional
-Líder carismático
2.4.3.Actividades
Responde:
Tendo acabado de resolver as actividades, verifique suas respostas. Se você tem alguma
dúvida, volte ao texto e procure resolvê-las antes de prosseguir.
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sejam líderes em lugar e quando a influência não resultar poderão usar o poder que implica
punições e outros métodos.
Questão2-Amigo cursista, respondeste bem quando disseste que não existe melhor estilo de
gestão, pois, todos estilos são melhores quando bem aplicado, a aplicação de um estilo
depende das caracteristicas da organização e dos seus membros.
Resolução de problemas
Conceito
• Reconhecimento do problema;
• Análise do problema;
• Definição de soluções alternativas;
• Escolha da melhor alternativa;
• Implementação da solução escolhida;
• Avaliação da sua eficácia
• As decisões de rotina e
• As decisões inovativas ou decisões únicas.
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As decisões de rotina
São decisões que tem a ver com os procedimentos e são tomadas com base num amplo
conhecimento de regras, regulamento e políticas da organização. Por exemplo, quando o
gestor decide sobre a lista de tarefas semanais para professores isso é claramente rotina. Em
alguns manuais de administração escolar, os directores são orientados sobre como tomar
decisões de rotina.
Muitas vezes elas levam tempo a implementar porque vários factores como recurso,
formação de pessoal, produção de material de apoio, etc. Podem necessitar de ser tomadas
em consideração no processo de implementação.
Por exemplo, uma decissão de transformar uma sala de aula para sert um centro de apoio
para alunos, professores e trabalhadores é uma decisão inovativa.
Decisões políticas: são decisões tomadas em altos níveis de administração, tais como
Ministério da Educação, Governo. Estas decisões dizem respeito a aspectos tais como, a
reforma educacional para o país, a introdução de novos currícula a formação, a contratação
de professores, políticas sobre línguas, etc.
Decisões operacionais: É o conjunto de todas decisões tomadas pelo director na escola, pelo
professor na sala de aulas com os seus alunos. A sua implementação realiza-se no quadro da
escola.
• Da natureza da decisão;
• Da área a que diz respeito;
• Do seu estilo de direcção e;
• Da predisposição das pessoas em participar.
A tomada de decisões pode ser influenciada por uma seríe de aspectos organizacionais,
políticos e pessoais, por exemplo:
Entre as caracteristicas das decisões eficazes contam-se o facto de elas devem ser:
necessárias, atempadas e apropriadas à tarefa e situação a tratar. Devem ser compreensíveis,
comunicadas com clareza e aceitáveis para aqueles que as devem implementar.
O último aspecto pode ser problemático é que o director de escola deve investir muito
esforço para persuadir os funcionários e agentes para aceitarem a decisão. Boas decisões,
idealmente têm de contemplar uma variedade de necessidades concorrentes as necessidades
da escola, dos professores, pessoal não docente, a tarefa e a situação. A possibilidade de
conflito está sempre à espreita.
Gestão de conflitos
A escola é um local propício para a emergência de conflitos, pois, é um lugar onde divergem
muitas pessoas, e que não é possível que todas as pessoas tenham os mesmos objectivos ou
75
interesses, e isso resulta em conflitos, que é o lado oposto da cooperação. O conflito está
ligado a discórdia, a divergêrncia e até mesmo ligado a antagonismo.
O conflito não eclode só por eclodir. Eles se desenvolvem-se por várias fases, e cada uma
delas concorrem vários factores para o surgimento do conflito.
Conflito percebido Os potenciais são acelerados pela forma como as pessoas se encaram
umas as outras. Estas percepções determinam se o conflito vai ou não ocorrer.
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Conflito aberto ou manifesto- Com base nas duas fases anteriores ocorre a confrontação
podendo essas ser conflituosas ou de procura de soluções.
Para se chegar a um acordo num conflito é necessário ter em conta cinco aspectos de
diferênças, e que essas diferênças são baseadas no choque de: interesses, compreensão,
valores, estilos e opinião.
Os envolvidos num conflito podem assumir três formas de recção a um conflito, sendo a
destacar:
Agressivo- (combatê-lo)
Assertivo- (negociá-lo)
Negociação
A situação do conflito pode ter vantagens e benifícios mútuos se for resolvido de maneira
correcta e com atitude em relação á possível solução.
Cada parte numa negociação tem de concordar com o resultado, se tiver de ser implementado
e cada parte tem interesse em outra parte concordar. Por isso atrvés da negociação, torna-se
uma decisão conjunta.
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Uma forma popular de descrever as estratégias de resolução de conflitos é falar em termos de
Ganhar ou Perder e podem ser assim descritas:
• Ganhar e Perder
O resultado desta estratégia é que uma parte ganha e a outra perde. Muitas vezes esta
estratégia não é satisfatória e o conflito volta a surgir.
• Perder Perder
Nesta estratégia tenta se encontrar um comprimisso que poucas vezes é aceite por cada uma
das partes envolvidas no conflito
• Ganhar Ganhar
Ambas as partes envolvidas no conflito saem satisfeitos com o resultado e a ênfase, coloca-se
na solução do problema e não em vencerem um ao outro.
Lutar por uma estratégia de ganhar – ganhar, para que ambas as partes possam estar
satisfeitos com o resultado é o caminho ideal para todos gestores/administradores. Os
conflitos devem ser resolvidos democraticamente.
Actividades
-Prepare uma pequena lista das principais áreas para a tomada de decisões na escola.
-Faça uma lista de possíveis fases do desenvolvimento de um conflito de princípio até ao fim.
-Faça uma lista de situações conflituosas com que você teve de lidar nos últimos dois meses.
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Auto avaliação
Chave de correcção
2.5.9. Bibliografia
A escola é uma organização que se encontra inserida num meio ou numa comunidade. Pode-
se considerar que a comunidade cria escolas com objectivo que esta sirva de um lugar onde
os filhos da comunidade vão se servir dela na sua educação.
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Além destas comissões, o Ministério da Educação, inspirado na célebre frase “FAZER DA
ESCOLA UMA BASE PARA O POVO TOMAR PODER” criou, nos artigos 7 e 8 do
Regulamento Geral do Ensino Básico, os Conselhos da Escola, que devem funcionar em
todas as escolas do Ensino Básico no país. Este órgão surge com objectivo de dar legalidade
a participação da comunidade na escola.
Por outro lado, as escolas, como instituições públicas, não podem ser dirigidas somente pelos
professores, sob orientação do director, com base apenas nas suas inclinações. A influência
da comunidade onde a escola está inserida torna-se progressivamente importante na forma
como a escola é dirigida. Esta grande comunidade é composta por pessoas de diversas
origens, tais como, empregadores, religiosos, autoridades tradicionais e outros. Estes grupos
podem, de diversas maneiras, desempenhar um papel importante no apoio à escola. Por isso,
eles devem ser chamados a colaborarem significativament na governação da mesma.
Para que a participação da comunidade seja feita de uma forma organizada, é necessário que
os vários grupos se organizem em associações que podem ser:
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• Associações de Pais e Encarregados de Educação
Uma Associação de Pais e Encarregados de Educação pode ser um fórum onde o director e
os professores podem explicar os programas da escola, obter o apoio dos pais e, assim, ajudar
alcançar sucessos.
Muitas vezes, uma associação de Pais e Encarregados de Educação pode tornar-se numa
fonte importante de apoio financeiro e material para o desenvolvimento da escola. De modo
similar, pode ser uma fonte de recursos humanos para ajudar em diversos projectos da escola
desde o desenvolvimento desportivo até ao apoio na agricultura e jardinagem.
Uma associação dos antigos alunos da escola pode ser organizada a nível local, ou a nível
nacional com subdivisões, se a escola for suficientemente grande para comandar uma
organização de âmbito nacional.
Uma associação de antigos alunos é uma potencialidade que pode ser utilizada para angariar
ou dar contribuições financeiras e materiais para a conservação e desenvolvimento da sua
antiga escola. Com a sua preocupação pela manutenção de altos padrões pedagógicos e de
disciplina, uma associação de antigos alunos pode apoiar muito na construção e manutenção
das escolas e na conservação das tradições.
Um outro elo de ligação importante que a escola deve procurar estabelecer é com
Associações Profissionais dos Professores, tais como a Associação dos Directores de
Escolas, Organização de Professores (ONP) e Associação de Professores de uma dada
disciplina- Matemática, Língua Portuguesa, Educação Física, etc.
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Além da promoção e melhoria do estatuto social dos seus membros, estas associações podem
dar uma base regular de apoio profisional.
Os pais e o público em geral têm variados graus de expectativas sobre o papel que a escola
deve desempenhar na vida da comunidade; esperam que os seus filhos desenvolvam certas
qualidades para a melhoria da vida e da vida da comunidade.
O director deverá, por isso, desenvolver e manter relações priveligiadas com e dentro da
comunidade.
Actividades
82
Auto avaliação
2- Como é que podemos fazer para que a comunidade participar activamente na vida da
escola.
Chave de correcção
Tendo acabado de resolver as actividades, verifique suas respostas. Se você tem alguma
dúvida, volte ao texto e procure resolvê-las antes de prosseguir.
Questão1-A comunidade exerce um papel importante nas escolas, ela pode realizar várias
actividades desde limpezas do espaço escolar, várias construções, organização dos alunos,
palestras, convívios, etc.
Bibliografia
- Diez J. Juan (1994) A Família – Escola, uma relação vital, editora Porto, Porto.
Os primeiros socorros
Conceito
A escola é um local frequetado por uma comunidade numerosa (alunos, professores, e outros
trabalhadores) propensos a vários riscos que podem ser causadas por factores internos e
externos à escola.
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O professor na sua qualidade de responsável pela vida dos alunos na escola, tem a obrigação
de velar pela vida dos alunos em todos os sentidos. Para tal é necessário que estes tenham
conhecimentos sobre os Primeiro Socorros aos seus alunos em caso de necessidades.
Primeiros Socorros são os cuidados prestados de imediato a uma pessoa que acabou de
sofrer um ferimento ou que adoenceu de repente, antes de ser levado ao centro de saúde ou
ao hospital mais próximo da escola.
Os primeiros socorros destinam-se a impedir que o estado do ferido ou doente se agrave, até
à chegada de um profissional de saúde especializado. Qualquer um de nós pode prestar os
primeiros socorros através dos seguintes cuidados:
Certas cobras quando mordem, injectam um veneno que provoca uma intoxicação mais ou
menos grave. Dependendo do tipo de cobra, Pode mesmo provocar a morte. Em caso de
mordedura de cobra devemos:
• Isolar a circulação do sangue na zona picada, amarrando na parte superior um laço bem
apertado (um garrote);
• Chupar a ferida para fazer sair o veneno e cuspí-lo;
• Ir ao centro de saúde sem demora.
A mordedura de cão é sempre perigosa porque os cães podem ser portadores de uma doênça
grave, a raiva. No caso de sermos mordidos por um cão devemos:
HIV/SIDA
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HIV- Sigla de Vírus de Imunodeficiência Humana (iniciais do nome de Inglês). Ataca as
células que protegem o corpo contra o ataque de doenças, vírus, bactérias, etc. Enquanto
ataca as células o vírus mantém se no corpo da pessoa infectada sem quaisquer manifestações
visíveis.
SIDA- Sigla para o sindroma de Imunodeficiência Adquirida, estado sintomático apresentado
por uma pessoa sofrendo de um conjunto de infecções que afectam o organismo debilitado
pelo HIV. Ate ao momento, o SIDA não tem cura, apesar de haver já medicamentos que
prolongam a vida das pessoas infectadas.
Como se transmite o HIV
-Relações sexuais desprotegidos, transfusões de sangue, e transplantes, se a unidade sanitária
não cuidar devidamente das analises do sangue ou órgãos doados, agulhas, seringas, laminas
e outros objectos cortantes se não devidamente esterilizados, transmissão de mãe para filho.
Tem que haver contacto entre o sangue ou fluidos genitais frescos de duas pessoas, em
que um delas ou ambas estejam infectados pelo HIV.
Quanto tempo desde a infecção ate se manifestar o SIDA.
Varia de pessoa para pessoa. Depende da capacidade de reacção de cada organismo. É maior
em pessoa saudável, alimentação equilibrada e que evitam comportamentos de risco.
Resposta ao HIV/ SIDA no MINED
A Politica e a Estratégia do MINED prevêem a resposta baseada em.
Prevenção
• Retardamento do início da actividade sexual,
• Abstinência
• Fidelidade
• Uso correcto e consistente do preservativo, para pessoas sexualmente activos.
• Promoção de tratamento rápido e eficiente gestão das DTSs.
Cuidados e Apoio
• Atender as necessidades físicas, emocionais, psicológicas e educacionais dos funcionários
afectados e infectados pelo vírus de HIV.
• Apoiar no atendimento das necessidades físicas, emocionais, psicológicas e educacionais dos
órfãos e de outras crianças vulneráveis.
• Assegurar que os direitos e dignidade de todos os indivíduos afectados sejam respeitados.
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• Encorajar o Aconselhamento e Testagem Voluntaria, onde existem os serviços.
• Estabelecer parcerias.
• Facilitar o acesso a serviços de Aconselhamento e Tratamento.
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Guia de parâmetros para o Ensino Primário
Sida em Moçambique (ARO Juvenil)
Estratégia de Comunicação sobre o HIV/SIDA (MINED)
Não te envergonhes de perguntar.
Transmite os teus conhecimentos aos outros.
Bibliografia complementar
Actividades
Auto avaliação
Chave de correcção
Para a acomodação do CL, o currículo concebido centralmente reserva 20% do tempo global.
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comunidade em que a escola está inserida, cabendo à mesma comunidade definir o que
gostaria que os filhos aprendessem, A selecção de conteúdos pode, pois, incluir matéria não
meramente local do ponto de vista geográfico cuja aprendizagem se afigura relevante no
contexto da comunidade.
O Currículo Local é uma das principais inovações do Ensino Básico e tem como principal
objectivo formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, da vida da sua
família, da sua comunidade e do seu país tendo em conta as necessidades, conhecimentos e
as potencialidades locais, com vista à melhoria das condições.
* Sistematização da informação;
Para que haja sucesso no trabalho de contacto com a comunidade com o objectivo de recolha
de dados, torna-se imperioso a organização de uma equipa de trabalho. Este grupo deve ser
constituído por alunos e professores e deve ainda, ser munida de informações pertinentes
sobre a tarefa que levarão a cabo.
c) Sistematização da informação
* relevância sócio-económica;
Nesta distribuição deve se ter em conta a idade dos alunos, o seu nível de desenvolvimento
psicomotor e competências a atingir;
A integração dos conteúdos locais unidades temáticas deve ter em conta duas formas:
Aprofundamento e extensão.
* Introdução;
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A elaboração de textos deve contar com a colaboração dos professores de Língua Portuguesa
e pode partir do conhecimento que os professores têm sobre a matéria. Das entrevistas aos
membros da comunidade tidos como fontes fidedignas e através de material escrito.
2- Educação de Valores;
3- Ambiente;
4- Agro-pecuária;
5- Saúde e Nutrição;
6- Ofícios.
Para que haja sucesso no tratamento do CL nas escolas do Ensino Básico, os professores, os
alunos, os pais e encarregados de educação e outros membros da comunidade, bem como
instituições e diferentes unidades económicas e sociais devem ter claro os seus papéis na
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escola, principalmente o papel relativo à determinação das necessidades de aprendizagem e
garantia da sua abordagem no processo de ensino-aprendizagem.
- O papel do professor
• Garantir que o saber veiculado pela escola seja usado em benefício da própria comunidade,
seja através do aprendizado dos alunos, ou através de palestras que possam ser organizados
pela escola ou na comunidade com a participação desta.
Caso não seja possível a ida dos membros da comunidade à escola para apoiarem na
leccionação dos conteúdos locais, o professor poderá organizar os alunos em pequenos
grupos elevá-los ao encontro da comunidade.
- O Papel do aluno
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Ao aluno cabe-lhe o papel activo e criativo na aprendizagem e no desenvolvimento de
competências básicas para a vida, veiculadas através da escola e da comunidade e a aplicação
desses conhecimentos na vida prática, para o combate à pobreza individual, familiar e social.
Dependendo da sua experiência, o aluno pode apoiar os grupos de professores que trabalham
nas comunidades na recolha de informação sobre o CL.
- O Papel da comunidade
As estratégias que podem ser usadas pelas escolas para o envolvimento da comunidade em
actividades do CL são diversificadas. Como exemplo apresentamos as seguintes:
* Procure junto das instituições, as soluções para a resolução das dificuldades existentes.
Actividade
Elabore com ajuda dos seus colegas uma lista com temas que possam integrar o currículo
local da escola que funciona no seu bairro de residência.
Auto-avaliaçao
2- Como é que o professor deve envolver a comunidade nas actividades do Currículo Local?
Guia de correcção
2- O professor deve articular com a comunidade de forma permanente, para se inteirar das
necessidades de aprendizagem dos alunos, de modo que haja uma interacção entre o saber
veiculado na comunidade.
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O conhecimento das leis que regem o sector da Educação em Moçambique é um factor muito
importante para o professor, na sua qualidade de formador do homem novo, e como
dinamizador das boas relações entre a escola e a comunidade.
Nesta relação com a comunidade local o professor assume um papel de difusor das leis que
regem o funcionamento do sector da Educação, pois, é neste sector onde se educa as novas
gerações, daí que o futuro professor deve estar destes conhecimentos para melhor esclarecer
a comunidade local, pois esta deposita maior confiança no professor.
Nesta unidade será estudada uma parte da legislação relacionada com o sector da educação e
do Estado em geral, tendo em conta que a escola é uma instituição pública, incluindo a lei
mãe que é a Constituição da República.
Ainda nesta unidade, é abordado o tema Escrituração Escolar à luz do Art.57 do… que
aprova o Regulamento Geral do Ensino Básico (REGEB).
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Princípios
A primeira obrigação dos professores moçambicanos é para com aqueles a quem ensinam,
razão de fundo do Ser Professor. Neste sentido, os professores devem:
e) Manter e desenvolver relações profissionais com os alunos baseadas nos melhores interesses
destes;
f) Basear a sua acção na aprendizagem constante e tirarem maior partido dos conteúdos
programáticos estabelecidos;
g) Não avaliar os alunos com base em considerandos de ordem ética, regional e racial;
Os professores reconhecem que o seu trabalho sairá mais enriquecido se houver uma
colaboração com os Pais e Encarregados de Educação, encorajando, por isso, a sua
participação na educação dos seus filhos. Na sua relação com os Pais e Encarregados de
Educação, os professores devem:
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b) Estabelecer com os encarregados de educação relações honestas e baseadas no respeito
mútuo;
d) Respeitar o seu direito de informação sobre os seus educandos, exceptuando nos casos em
que o professor julgar que essa informação não será no melhor interesse dos alunos.
b) Trabalhar de forma conjunta para o desenvolvimento das escolas e dos centros de ensino e
formação, promovendo as ideias democráticas;
Tendo em conta que a qualidade dos seus serviços influencia a Nação e os seus cidadãos, os
professores devem envidar todos esforços para manterem e promoverem altos padrões
profissionais, promovendo um clima que encoraja o julgamento de qualidade profissional e
contribuindo para atrair os mais inteligentes para a profissão. Neste sentido, os professores
devem:
a) Colocar em primeiro plano o seu papel como Educador Profissional, através de uma prática
responsável;
c) Serem honestos e verdadeiros quando tiverem que fazer declarações relativamente às suas
qualificações e competências;
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d) Contribuir para o desenvolvimento e promoção de boas políticas de Educação;
f) Tratar os colegas com respeito, trabalhando com eles de forma cooperativa e colegial, sempre
em benefício do aluno;
g) Apoiar os novos colegas que chegam à profissão, sejam eles professores de carreira ou
professores contratados;
Em Moçambique, mesmo que não se possa generalizar, os professores são conotados com
práticas desviantes como a cobrança de subornos e rendas, o comércio de notas e ingressos, o
assédio sexual, das alunas, muitas das quais acabam tendo gravidezes precoces e ficam
sujeitas, também, à contracção do HIV.
e) Recusar e denunciar as tentativas de suborno que sejam da iniciativa dos alunos, Pais e
Encarregados de Educação;
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f) Declarar junto dos seus dirigentes nas escolas os presentes recebidos por ocasião de datas
festivas como o Dia do Professor.
Passamos em seguida a apresentar parte da lista dos documentos da Legislação Escolar como
exemplo e chamar atenção para o facto de existirem outros que não constam desta lista mas
que são importantes para a vida profissional do professor e da escola.
- Diploma Ministerial 23/99- procede à classificaçao das áreas territoriais para efeitos de
abono especial;
- Decreto 17/99 – aprova as tabelas indiciárias e fixa os valores dos índices 100;
- Lei n. 14/2009- que aprova o Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado;
A Escrituraçao Escolar é descrita como sendo acção de registo dos actos, ocorrências e dos
bens patrimoniais de uma escola. São actos: as aulas, as reuniões de turmas e com pais e
encarregados de educação, as matrículas entre outros. Estas acções devem ser sempre
registadas em modelos próprios dos da Escrituraçao Escolar. Os bens patrimoniais da escola
incluem: terrenos, campos de jogos, edifícios, mobiliário, equipamentos, meios de
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transportes, animais entre outros. Estes bens devem ser todos registados em cumprimento
da/do Lei/Decreto do Conselho de Ministros que regula a .
Para efeitos de registo de informações sobre os alunos, as aulas dadas, as notas dos alunos,
bens do património escolar e sobre o funcionamento da escola, deverá haver em cada escola
os seguintes instrumentos de registo:
• Livro de matrícula;
• Livro de Turma;
• Pauta de frequência;
• Pauta de exame;
• Termo de exame;
• Certificado de habilitações;
• Diploma;
• Guia de transferência;
• Livro de cheques;
• Termo de dispensa;
• Livro de actas;
• Livro de reclamações;
Estes são apenas parte dos instrumentos da Escrituração Escolar e, cada escola usa-os de
acordo com a sua situação (condições e dimensão).
NB: Na ausência destes, as escolas farão escrituração, recorrendo ao material existente, que
deverá ser encadernado para o arquivo.
Actividades
Com o grupo de seus colegas procure o Regulamento Tipo das Escolas do Ensino Básico na
base do mesmo elaborem um regulamento interno de uma escola do ensino primário
Auto avaliação
Chave de correcção
104
1-Deontologia Profissional do Professor é o conjunto de normas que regulam o
comportamento do professor no exercício da sua profissão.
4-No Livro de Matrícula são inscritos todos os alunos que se matriculam nessa escola e ao
longo de todo o tempo que o aluno permanecer nessa escola regista-se a sua progressão.
Bibliografia complementar
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Referências Bibliográficas usadas na elaboração do módulo.
1- Brito, Carlos. Gestão Escola Participada – na escola todos somos gestores. Colecção
educação hoje, texto editora, 4ª edição. 1998.
2- Carvalheda, Luis e Cabrito, Belmiro Gil. Noções de administração pública. Volume 1, texto
editor. 1992.
3- INDE. Plano curricular do ensino básico. INDE. Moçambique. 1999.
4- 4- Maya Eny e Oyafuso Akiko. Caminho para autonomia editora Biruta, São Paulo. 2004
5- Ministério da Educação. Regulamento Geral do Ensino Básico. Maputo.1999
6- Ministério da Educação. Melhores Escolas Princípios de Administração da Educação.1993
7- Ministério da Educação. Melhores Escolas auto desenvolvimento para gestores.1993
9- Ministério da Educação (I A P). Organização e Gestão Escolar (1, 2, e 3), Maputo. 2003
13- Ministério da Educação. Grupo de Trabalho para HIV-SIDA e Tu. Maputo, 2004
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22- UNESCO, Guia metodológico da Gestão Administrativa e Pedagógica, destinada a formação
de Directores de Escolas Primarias. 1989
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