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Índice
CAPITULO I.............................................................................................................................2
1.1.Introdução...........................................................................................................................2
1.2.Objectivos...........................................................................................................................2
1.2.1.Geral.................................................................................................................................2
1.2.2.Específicos.......................................................................................................................2
1.3.Metodologia........................................................................................................................2
2.3.Reforma Curricular.............................................................................................................5
3.Conclusão...............................................................................................................................9
4.Referências Bibliográficas...................................................................................................10
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CAPITULO I
1.1.Introdução
O trabalho aborda sobre o percurso do Ensino das Ciências Sociais no Ensino Básico em
Moçambique, destacado pelas mudanças e reformas no ensino básico pelo Ministério da
Educação e Desenvolvimento Humano, em disciplinas como História, Geografia, Educação
Moral e Cívica e Musical.
1.2.Objectivos
1.2.1.Geral
1.2.2.Específicos
1.3.Metodologia
Para realização do trabalho que aborda sobre o ensino das ciências sociais no Ensino Básico em
Moçambique recorreu-se a consulta de obras como teses, artigos relatórios para revisão dos
conteúdos, com base em autores como Basílio (2006), MEC (1999) e INDE (2003, 2004), e para
organização dos conteúdos, baseou-se nas normas da Universidade Save.
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A segunda reforma ocorreu em 1977 quando foi extinto o ensino preparatório e introduzidas
novas denominações, como 5ª classe e 6ª classe em substituição ao 1º e 2º ano do Liceu
(denominação anterior à independência) e 3º, 4º, 5º anos do Liceu, respectivamente, pelas
denominações 7ª, 8ª e 9ª classe do 1º ciclo do Ensino Secundário e 6º e 7º ano pelas
denominações 10ª e 11ª classes. A terceira reforma ocorreu em 1983, introduzindo o Sistema
Nacional da Educação (SNE) por meio da Lei 4/83 (Moçambique, 1997).
Esta integração concorre para a formação integral do aluno, conjugando o conhecimento do meio
físico e social. Assim, as Ciências Sociais contribuirão para que o aluno reconheça as
transformações económicas, sociais e políticas da sua sociedade e facultarão os conhecimentos
para a formação do cidadão, como entidade singular e a sua relação com os outros na construção
da democracia e no respeito pela tolerância mútua (INDE, 2004).
As Ciências Sociais são constituídas por seis disciplinas, nomeadamente: Língua Portuguesa,
Línguas moçambicanas, Língua Inglesa, Educação Musical, Ciências Sociais e Educação Moral e
Cívica. Esta última é consagrada ao 2º Grau. Os objectivos preconizados neste grupo de
disciplinas são:
A área de Ciências Sociais visa desenvolver a capacidade de comunicar, oralmente e por escrito,
de se situar e se relacionar com o mundo, bem como o desenvolvimento de atitudes responsáveis
perante a sociedade. São, ainda, desenvolvidas competências de carácter transversal, tais como o
desenvolvimento de estratégias de aprendizagem, resolução de problemas, o juízo crítico e
habilidades para lidar com as situações complexas da vida (INDE, 2004).
Na recolha das fontes orais e iconográficas (fontes gravadas em placas), é importante o uso de
documentos, depoimentos, relatos de pessoas da escola, da família e de outros grupos sociais, a
partir das quais pode-se desenvolver trabalhos orais e escritos para que o aluno adquira,
gradualmente, a autonomia intelectual (INDE, 2019).
2.3.Reforma Curricular
Segundo Pacheco (2001, p.150), entende-se por reforma educativa a uma transformação da
política educativa de um país a nível de estratégias, objectivos e estratégias, objectivos e
prioridades. Esta transformação pode ser traduzida por conceitos como: inovação, renovação,
mudança e melhoria tendo como um elemento comum a introdução de algo novo. Nessa óptica, a
reforma curricular vai necessitar de uma estratégia planificada para a modificação de certos
aspectos do sistema educativo de um país de acordo com um conjunto de necessidades, resultados
específicos, meios e métodos adequados.
A reforma curricular de 2004, teve como justificativa: Concepção da escola mais como agente de
transformação do que como meio de transmissão de conhecimentos; reconhecimento da
necessidade de formação integral da personalidade, o que leva a que as diferentes disciplinas
sejam abordadas numa perspectiva integrada; exigência de programas que se adeqúem à
realidade: características locais, pontos de partida e de aprendizagem diversificada e predomínio
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Segundo Castiano et al. (2005), a transformação curricular do Ensino Básico visa responder três
questões, nomeadamente: a expansão das oportunidades educativas, a melhoria da qualidade do
ensino e uma administração escolar descentralizada. A estas questões, se acrescenta uma quarta,
que está vinculada à adaptação do sistema educativo às novas condições. Esta justificativa
interage com as teorias usadas para a concepção do novo currículo. O novo currículo do Ensino
Básico centra-se no aluno e numa pedagogia sensível às culturas priorizando assim, por um lado,
as teorias tradicionais e, por outro, as teorias críticas ou pós-críticas e, sobretudo o
construtivismo.
Para se executar esse plano, em 2004, o governo moçambicano anunciou o ensino gratuito da 1ª a
7ª classes abo lindo o pagamento de taxas de matriculas no Ensino Básico e aumentou Escolas
Primárias Completas no país como forma de diversificar as oportunidades (Castiano et al, 2005).
A Sociedade civil deparava-se com a fraca qualidade da educação oferecida pela escola
moçambicana. A fraca qualidade do ensino, em suma, prevalecia o déficit epistemológico e
moral. Esses problemas eram enormes ou porque 45% de professores não são formados ou
porque regista-se a falta do material didáctico ou porque os conteúdos não eram adequados às
condições socioeconómicas e culturais do país. As populações exigiam que o Estado resolvesse
esses problemas operando uma reforma curricular (Basílio, 2006).
Analisando os programas do 1⁰, 2⁰ e 3⁰ ciclo s, pode-se afirmar que os princípios que nortearam
a definição do novo currículo do Ensino Básico visam a:
aprofunda os conteúdos centralmente definidos ou ainda que define novos conteúdos visando o
desenvolvimento de conhecimentos, atitudes e práticas relevantes nos alunos, de e para a
comunidade em que a escola se insere (INDE, 2004: 4).
Os conteúdos que constituem o currículo local são definidos por intervenientes na educação da
criança, como: professores, alunos, pais e encarregados de educação, líderes e autoridades locais,
representantes das Instituições afins e das organizações comunitárias (INDE, 2004).
O ensino integrado é um sistema que possibilita ao jovem e ao adulto ter uma formação integral
num único currículo, que vai além daquilo que é necessário para o mercado de trabalho ou para o
seu processo de escolarização e formação continuada. Na verdade, o ensino integrado é a
possibilidade do aluno fazer uma escolarização profissional com uma formação mais sólida,
(Davini, 2009). É, na realidade, uma forma de organização do conhecimento escolar que permite
a compreensão das relações complexas que compõem a realidade e possibilita a emancipação dos
educandos.
O Currículo Integrado faz parte de uma concepção de organização da aprendizagem que tem
como finalidade oferecer uma educação que contemple todas as formas de conhecimento
produzidas pela actividade humana. Trata-se de uma visão progressista de educação à medida que
não separa o conhecimento acumulado pela humanidade na forma de conhecimento científico
daquele adquirido pelos educandos no cotidiano das suas relações culturais e materiais. Por essa
razão, possibilita uma abordagem da realidade como totalidade, permitindo um cenário favorável
a que todos possam ampliar a sua leitura sobre o mundo e reflectir sobre ele para transformá-lo
no que julgarem necessário, (Ciavatta, 2005,p.85).
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3.Conclusão
O currículo introduzido em 2004, traz consigo inovações que possibilitam garantir uma formação
de um cidadão capaz de enfrentar as adversidades da sociedade. A organização do ensino por
ciclos de aprendizagem, o novo paradigma de avaliação, a distribuição dos professores no 1º, 2 º,
3º ciclo, assim como, a introdução das línguas nacionais no ensino (como auxiliares de
aprendizagem e como disciplina) fez com que o currículo do ensino básico tivesse maior
relevância para os seus actores.
O aprendizado proveniente do ensino das Ciências Sociais como História, Geografia, Educação
Cívica e Moral, em suma, em disciplinas curriculares, resultante do processo de alfabetização
tende a responder às realidades da vida das pessoas no seu meio e levar o aluno a trabalhar os
conhecimentos quotidianos. A missão dos professores é ligar o conhecimento da escola com a
vida prática dos alunos a partir dos exemplos. O espírito de ligar a prática com a teoria, em
Moçambique, é um desafio levado a peito pelos educadores e o MEC, em resposta, introduziu um
espaço para integração das culturas locais. A preocupação com o cumprimento de metas traçadas
nos programas de ensino por parte dos professores e a falta de acompanhamento dos alunos pelos
do pais e/ encarregados na realização dos trabalhos de casa são factores que também contribuem
negativamente na implementação efectiva da progressão por ciclos de aprendizagem.
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4.Referências Bibliográficas
INDE e MEC. (1999). Plano Curricular do Ensino Básico: Objectivos, Política, Estrutura,
Planos de Estudos e Estratégias de Implementação. Maputo: INDE/MEC.
Pacheco, José Augusto. (2001). Currículo: Teoria e Práxis 22. Porto Editora, Porto.