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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇABIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA


CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA

Momade Omar, Código: 708212307


2º Ano, Turma E

A Historiografia Moçambicana

Setembro de 2022
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇABIQUE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA (CED)
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA

Momade Omar, Código: 708212307

2º Ano, Turma E

A Historiografia Moçambicana

Trabalho de Campo da Disciplina Evolução do


Pensamento Histórico de carácter avaliativo,
submetido ao Instituto de Educação à Distância,
Universidade Católica de Moçambique, como
requisito parcial para obtenção de grau de
Licenciatura em Ensino de História.

Docente: Sulemane Issagy

Setembro de 2022
Índice
Introdução...................................................................................................................................3

1. A Historiografia Moçambicana...............................................................................................4

1.1. Conceitualização da História e Historiografia.....................................................................4

1.2. Caracterizar a Historiografia Moçambicana........................................................................5

1.3. Períodos da Historiografia Moçambicana............................................................................6

1.4. Identificar os Principais Actores da Historiografia Moçambicana......................................9

1.5. Identificar os desafios da historiografia moçambicana......................................................10

Conclusão..................................................................................................................................11

Referências Bibliográficas........................................................................................................12
Introdução

Num entanto, apresenta-se o arquivo e seu percurso histórico, pois este é normalmente
constituído por documentos gerados e reunidos na obtenção de um objectivo, bem como os
valores oficiais e culturais que levam à preservação dos mesmos, analisa-se a memória nos
sistemas de arquivo, esta memória que é conjugada em registos guardados e que são as fontes
de confecção do trabalho historiográfico: materiais a partir dos quais o historiador pode
realizar sua pesquisa, definir temas e com os quais escreve o texto histórico.

O presente trabalho da disciplina de Evolução de História, tem como tema A Historiografia de


Moçambique, salientar que o mesmo tem como objectivo geral de caracterizar a historiografia
de Moçambique, identificar os principais actores, descrever os períodos e identificar os
desafios da historiografia de Moçambique. E por fim apresenta-se a produção historiográfica,
que reflecte os avanços contemporâneos da produção do conhecimento.

Neste sentido, para realização deste trabalho de campo levou-se em consideração uma análise
bibliográfica e documental buscando-se analisar o tópico a partir dos materiais e documentos
existentes em Arquivos, centrando-se principalmente na documentação que deu mais ímpeto e
clareza à pesquisa.
1. A Historiografia Moçambicana

1.1. Conceitualização da História e Historiografia

 História

Segundo GIORDANI (2008: 9), a palavra Historia é de origem grega, sendo a forma original
histriae e passou através do latim para grande parte dos idiomas modernos. Este termo, patra
os gregos significava investigação ou inquérito. Entretanto, nos tempos que correm este
conceito é usado tanto para designar a narrativa dos acontecimentos como a própria serie
deles.

Georges Lafebvre (1971), um dos grandes historiadores do século XX, definiu história nos
seguintes termos: “A historia é a memoria do género humano, o que lhe consciência de si
mesmo, isto é, da sua identidade no tempo, deste a sua origem; é, por consequência, o relato
do que, no passado dará uma nova recordação dos homens”. Mais a realidade não se estrutura
so no tempo, mais também no espaço que o homem modifica e dele se apropria.

Segundo PÉLISSIER (1958: 29), a história é uma ciência dos actos humanos do passado e dos
vários factores neles influíram, visto na sua sucessão temporal.

 A Historiografia

Historiografia é o produto do conhecimento histórico óptido racionalmente, ou seja,


obedecendo as regras metodológicas e de cognição da historia com pretensões de
cientificidade.

Para RUSEN (2001: 46):

“As formas de apresentação do conhecimento histórico são


fundamentos da ciência histórica, ou seja, a historiografia é parte
integrante da pesquisa histórica, cujos resultados se enunciam, pois, na
forma de um saber redigido”.

Neste sentido, a historiografia seria a construção narrativa dos resultados da pesquisa


histórica, realizada a partir do controle metódico de investigação empírica e de crítica
documental. É ela que dá formas e fetio histórico aos elementos empíricos (objectivos da
pesquisa inserindo na vida pratica, atribuindo-lhe sentidos e significados.
 Historiografia de Moçambique

A história da historiografia não se reduz ao estudo das principais obras histórica de cada
época ou civilização, compreende também trabalhos de metodologia, publicação de
documentos, ensino de história e apreciação de obras literárias de teor histórico. Por tanto,
esta ligada às correntes de pensamento de um determinado período histórico. Cada etapa de
desenvolvimento da sociedade corresponde a uma forma própria de encarar e fazer a história,
ou seja, um tipo de historiografia.

“Quando se diz historiografia moçambicana refere-se as obras escritas


só para a história de Moçambique, por autores nacionais ou
estrangeiros, a historiografia inclui tudo quando foi escrito para
proporcionar informações sobre o passado humano como testemunho.
Integram esta literatura os relatos autobiográficos e memorialistas
deste que sejam referentes a aspectos da vida social mais amplo do que
os estritamente pessoais”. (Ibidem)

A história oral também ocupa um lugar, tanto quando este conceito designa as tradições
históricas transmitidas oralmente, nos povos sem escrita, como quando se refere ao registo
escritos ou por gravação de depoimentos orais de autores ou testemunhas de acontecimentos
históricos.

1.2. Caracterizar a Historiografia Moçambicana.

Segundo Capela 1991 apud Mussa (2006), em História é preciso questionar e problematizar.
Por exemplo, a história escrita ontém sob regime monopartidário, era uma história prenhe de
um discurso ideológico do partido no poder, sob alicerce do marxismo-leninismo, visando a
glória e o triunfo das acções do regime da revolução socialista moçambicana que vigorou até
1990.

Era uma história que defendia a criação de um homem novo. Capela fundamenta-se na
História moçambicana da autoria do Departamento de História da UEM, que de forma visível
regista as suas páginas o seguinte, Esta é uma História de Moçambique. Tem e toma partido,
tem e toma posição.

Um outro constrangimento da historiografia moçambicana é o de construir um edifício


histórico para alojar os heróis da luta de libertação nacional, para desmascarar os
colaboradores do colonialismo e motivar as novas gerações a aceitarem os princípios
ideológicos do Regime Revolucionário instituído depois de 1975.
Os intelectuais que se não identificassem pelos novos ideais na Revolução Moçambicana,
eram simplesmente excluídos e ignorados. Foi o caso de Kampa Simango, por exemplo, que
em nenhuma fase da História de Moçambique se fala deste grande intelectual. Ao ler os
manuais da História de Moçambique sobre os reinos e império locais, os casos de Báruè,
Matola, Fuma, Nhaca, Machaquene, Tembe Mataca e outros no Sul, Norte e Centro, não são
estudados com a profundidade requerida.

1.3. Períodos da Historiografia Moçambicana

A historiografia de Moçambique pode ser percebida como a concepção e o modo de fazer


história em Moçambique, a mesma pode ser estudada ou analisada sob ponto de vista
diacrónico, assim, pode-se encontrar características peculiares da historiografia em fases
distintas. Esta concepção é defendida por José Capela (1991), numa abordagem analítica da
história em Moçambique.

É de salientar que estas datas não são estanques e por conseguinte não encerram uma visão
absolutamente fechada. Porém, as características comuns da concepção da História
transmitem o agrupamento nesse sentido.

 Abordagem da História do período anterior ao século XV, a literatura sobre a


história de Moçambique para o período anteriores ao século XV é muito escassa
exceptuando alguns relatos do século X nos mercadores árabes como Ibn Shahriyar e
Al-Masˈudi (KI-ZERBO, 2010).

Estes relatos referem-se a baia de Sofala como terminar de ouro. África tropical continuava
fechada, sem conhecer a escrita como o seu passado conservando-se e transmitindo-se por via
da oralidade e na experiencia.

 Abordagem da Historia do período do século XV até a independência, a partir do


século XV, graças aos contactos com os europeus aparece uma literatura histórica que
para além de raras, não expiram muita confiança porque são da autoria dos europeus
que relatavam aspectos culturais e políticos das sociedades moçambicanas.

Os primeiros relatos referem-se ao vale do Zambeze e todo litoral de Moçambique como


primeiros locais com que os europeus entraram em contacto, é de grande importância para
este período “O diário do bordo” da viagem de Vasco da Gama da autoria do Álvaro Velho
(Newitte, 1981). As maiorias dos estudiosos da história de Moçambique são unânimes em
reconhecer que a historiografia colonial deixou uma base fragilíssima em termo de estrutura
de fontes.
A documentação deste período é rica em discrições de natureza etnográfica, memória de
viajantes e legislação colonial, apresentando tendências para um registo fraco das lutas
populares contra o sistema colonial, da Introdução desse sistema e do seu impacto na
formação social moçambicana, tornando muito difícil a reconstituição da história. Depois da
2ª guerra mundial, as circunstancia e a atmosfera politica estimularam o aparecimento de uma
literatura marcada por uma rejeição da cultura colonial, são exemplos dessa tendência os
Poemas de Noémia de Sousa, José Craveirinha, João Dias e João Albazine.

 A abordagem da História do período desde 1975 à 1990, enquadra-se no contexto


político, marcado pela independência nacional, portanto, o nascimento de uma nação.
Notabilizou-se, neste contexto, a ligação profunda do governo moçambicano às
ideologias marxistas-leninistas. Uma vez que, independência de Moçambique era vista
como Revolução Socialista de Moçambique, enquadrada na visão ideológica
supracitada e ligada aos pressupostos patrióticos, a história teve que ser o veículo de
consolidação dos valores da independência e da nação.

Deste modo, ela caracterizava-se pela defesa da criação do Homem novo, e estava ao serviço
directo do estado Moçambicano e fundamentalmente à nação. Neste sentido pode-se afirmar
que a situação foi semelhante ao cenário ocorrido na Europa na época moderna. Entretanto,
investigação não é muito profunda, sobretudo no que diz respeito a cultura, religião e a
economia de Moçambique.

Em todo o caso, surge uma tendência de trazer fundamentalmente a História política, numa
abordagem cujos temas aparecem com uma certa superficialidade e naturalmente com espaços
para ser enriquecida. Em termos de material escritos, destacam-se os cadernos de história, o
lançamento da obra de História da Universidade Eduardo Mondlane, intitulada História de
Moçambique Volume I. entre vários ensaios do departamento de História.

Segundo BRAGANÇA & WALLERSTEIN, (1978 (II): 34).

“Notabilizou-se, neste contexto, a ligação profunda do governo moçambicano


as ideologias marxistas para leninistas, uma vez que a independência de
Moçambique era vista como revolução socialista de Moçambique, enquadrada
na visão ideológica supra citada e ligada aos pressupostos patrióticos, a
história deve que ser o veículo de consolidação do valor da independência e
da nação. Deste modo, ela caracteriza-se pela defesa da criação do homem
novo e estava ao serviço directo do estado moçambicano e fundamentalmente
a nação”.

Neste sentido pode-se afirmar que a situação foi semelhante ao cenário ocorrido na Europa na
época moderna, entretanto, a investigação não é muito profunda sobretudo no que a cultura, a
religião e a economia de Moçambique. A partir da década de 1980 a historiografia sobre
Moçambique relevou duas tendências principais: uma claramente nacionalista, formalmente
enraizada no novo país e outra, integrada nas correntes historiográficas internacionais.

COPPER (1999, pp 1-29),

“De facto, nos anos 80 do século passado assentou-se em Moçambique como


nos outros países africanos a influencia de uma historiografia nacionalista –
marxista, os principais propósitos era a conceptualização das dinâmicas e
movimentos que contribuíram para independência e formação da
nacionalidade, como as acções da resistência e implantação colonial, que das
etnias que foram remetidas para um plano secundário. E em segundo ideário
nacionalista, as sociedades tribais não teriam um pensamento específico da
nação moçambicana, exemplo são manuais oficiais da FRELIMO para a
história de Moçambique”.

Na introdução escreve-se: “O método que vamos usar para estudar a história de Moçambique,
será um método que se vai adoptar as condições actuais da luta do povo moçambicano
revolucionário, todas as histórias têm sido escritas sobre Moçambique baseiam-se na acção
dos portugueses exerceram sobre o nosso país. Com isto queremos dizer que a historia de
Moçambique até aqui tem sido relatada colonização portuguesa e, por isso, a partir da data em
que ele chegaram a Moçambique, a historia que antes da colonização e quase totalmente
desconhecida. (Frelimo,c. 1977, caps. VII-VIII)”.

 Abordagem da Historia do período pós 1990, depois da década 90 com a assinatura


dos acordos de Roma, a entrada em vigor da nova constituição, em suma um novo
contexto político, a situação historiográfica de Moçambique, sofreu algumas
alterações, surgem mais estudos de pesquisadores moçambicanos. Os historiadores
moçambicanos desenvolveram estudo sobre o período pré imperialista da colonização
portuguesa, afastando-se dos pressupostos nacionalista muito em voga logo após a
independência alargando a fronteira do conhecimento histórico (Mamam, 2000, p. 6).
A historiografia moçambicana aproximou-se, quer na sua abordagem narrativa quer analítica,
da praticada pelos historiadores internacionais, em ambos os planos a historiografia recuperou
para as suas pesquisas as relações entre as resistências primárias e o nacionalismo, a
identificação dos grupos sociais que compunham as sociedades/entidades no território, as sua
divisões e modo de produção, e discute a contribuição da resistência dos subordinados fase ao
poder colonial.

Assim, surgiram interessantes pesquisas em história, elaborando por Arlindo Chilundo, Joel
da Neves Tembe, Luís Covane, David Hedges, Amélia Souto, Benigna Zimba, Luís Filipe
Perreia, Hipólito Sengulane, Alda Saute, dentre outros.

Em 1991, estudiosos ligados ao centro de estudos africanos publicaram uma colectânea de


artigos intitulada: “Moçambique 16 anos de Historiografia: Focos, Problemas, Metodologias,
Desafios para a década de 90”. Esta obra em termos práticos apresenta os problemas de um
estudioso de história de Moçambique pode enfrentar na reconstituição no processo histórico
de Moçambique, Enásia também algumas tentativas metodológicas para compensar a estrema
escassez de fontes.

1.4. Identificar os Principais Actores da Historiografia Moçambicana

No que diz respeito a pesquisadores da História de Moçambique destaca-se Carlos Serra,


Aquino Bragança, António Rita Ferreira, José Capela, João B. Coelho, entre outros. Contudo,
a história de Moçambique também foi estudada por indivíduos não moçambicanos, e que
segundo alguns autores apresentaram alguma profundidade nos seus trabalhos relativamente
aos pesquisadores moçambicanos, A justificação prende-se ao contexto político-histórico
vivido em Moçambique. Neste sentido, destacam-se Malyn Newitte, Rene Pellessier, Gerhard
Liesegang, Bertil Egero e dupla Abrhamson E Nilson entre outros.

Porém, depois da década 90, com a assinatura dos Acordos de Roma, a entrada em vigor da
constituição de 1990, em suma, um novo contexto político, a situação da historiografia de
Moçambique, sofreu algumas alterações. Surgem mais estudos de pesquisadores
moçambicanos. Mas em termos de linha educacional, continuou-se a ensinar mais a história
política do que as outras áreas de conhecimentos, nomeadamente económica, social e cultural.
Assim, surgiram interessantes pesquisas em História, elaboradas por Arlindo Chilundo, Joel
das Neves Tembe, Luís Covane, David Hedges, Amélia Souto, Benigna Zimba, Luís Filipe
Pereira, Hipólito Sengulane, Alda Saúte, dentre outros por publicar.
Convém realçar que estes estudiosos tiveram e têm uma contribuição extremamente valiosa
para a história de Moçambique. No entanto, há ainda muitos aspectos por se estudar em
Moçambique, alguns dos quais deixam transparecer ser bastante sensíveis. Neste sentido,
temas como a Luta de Libertação, os heróis de Moçambique, os reaccionários e
revolucionários, Morte de Eduardo Mondlane e de Samora, a guerra dos 16 anos, são assuntos
que aparecem na actualidade cobertos de muitas questões? Todavia é preciso ter em conta que
a historiografia de Moçambique assenta-se nos pressupostos epistemológicos da ciência
histórica e que apesar de novos dados que aparecem, a investigação deve ser aprofundada e
não ser tomada de ânimo leve.

Nos últimos anos, o ARPAC - instituto de investigação sócio-cultural, tem levado a cabo uma
série de estudos sobre os heróis. Trata-se de um trabalho bastante salutar.

Entretanto, urge criar-se um debate epistemológico sobre a história de Moçambique. Esta


classe dos historiadores parece não existir em Moçambique. Os trabalhos quase que não são
reeditados. Aliás, deve-se referir que a história não se confina aos assuntos políticos.

1.5. Identificar os desafios da historiografia moçambicana

Há ainda muitos aspectos por se estudar em Moçambique, alguns dos quais deixam transparecer ser
bastantes sensíveis, neste sentido temas como a luta de libertação dos heróis de Moçambique, os
raciocínios e os revolucionários, morte de Eduardo Mondlane e de Samora Machel, a guerra de 16
anos, são assuntos que aparecem na actualidade cobertos com muitas questões. Todavia, é preciso ter
em conta que a historiografia de Moçambique assenta-se nos pressupostos epistemológicos da ciência
histórica e que apesar de novos dados que aparecem e não ser tomadas de ânimos leves.

Segundo CURTIN e TERENCE RANGER (1980), os desafios da historiografia de Moçambique assim


como de África em geral são:

 Procurar identidade através da reunião de elementos dispersos de uma memória colectiva;


 Revalorizar as descobertas recentes que a história e a arqueologia acumularam, pondo a
descoberta civilizações inteiras;
 Explicar o papel motor desempenhado por Moçambique na história universal.
Conclusão

A discussão apresentada neste trabalho tem como objectivo apresentar uma visão
esquematizada da relação entre os arquivos, memória, história e produção da historiografia
em Moçambique. Para tal, buscou-se na bibliografia básica e complementar aspectos
importantes sobre estes pontos de reflexão e nota-se que estes pontos têm uma relação, uma
vez que os arquivos são conjuntos de documentos e estes são fundamentais para a construção
das memórias e que, por sua vez, estas são importantes para escrever a história, ou seja, para a
produção historiográfica que tem como base a utilização de documentos produzidos pelo
historiador.

Não haverá história sem documentos e devemos olhar para os documentos como uma
construção, como um produto da sociedade que os fabricou. E devido à aproximação da
história aos documentos arquivísticos e do reconhecimento dos mesmos, criou-se uma
tradição de actuação dos historiadores em instituições de memória. E a historiografia, de
forma geral, tem uma relevância primordial na formação da história e seus conceitos, e é
fundamental que os historiadores actualizem de tempos em tempos os seus conceitos para
melhor aperfeiçoar as suas pesquisas e melhorar seus conhecimentos.
Referências Bibliográficas

GIORDANI, Mário Curtis. História da Antiguidade oriental. Rio de Janeiro: Editora vozes,
1969. Pp. 5 – 10.

PÉLISSIER, René, 1994 [1984], história de Moçambique: formação e oposição (1854-1918).


Volume I. Lisboa: Estampa.

KI-ZERBO, J. História Geral da África volume I: Metodologia e pré-história da África.


UNESCO, 2010. PP. 20-263

BRAGANÇA, Aquimo; WALLERSTEIN, Immanuel,n 1978, Quem é o inimigo (I). Anatomia


do colonialismo. Lisboa: Iniciativas Editoriais.

COOPER, Frederick, 2005, Colonialismn in question. Theory knowledge, history. Berkeley:


University of California Press

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