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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇABIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA


CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA

Momade Omar, Código: 708212307

Educação, Ensino e Instrução: da Teoria à Praticidade-Discussão reflexiva

Docente: Maria Teresa Salite

Maio de 2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇABIQUE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
CURSO DE LICENCIATURA EM ENSINO DE HISTÓRIA

Momade Omar, Código: 708212307

Educação, Ensino e Instrução: da Teoria à Praticidade-Discussão reflexiva

Trabalho de Campo da disciplina de Didáctica de


História II, de carácter avaliativo, submetido ao
Instituto de Educação à Distância, Universidade
Católica de Moçambique, como requisito parcial
para obtenção de Grau de Licenciatura em
Ensino de História.

Docente: Luís Meno

Maio de 2023
Índice
Introdução...............................................................................................................................3

1. Educação, Ensino e Instrução: da Teoria à Praticidade-Discussão Reflexiva:.....................4

1.1. Educação..........................................................................................................................4

1.1.1. Educação Nova..............................................................................................................6

1.1.2. Educação tradicional.....................................................................................................7

1.1.3. Educação Internacionalizada........................................................................................7

1.1.4. Educação Popular..........................................................................................................7

1.2. Conceito de Ensino...........................................................................................................8

1.3. Conceito de Didáctica.......................................................................................................9

1.4. Conceito da Didáctica da História..................................................................................10

Conclusão..............................................................................................................................12

Referencias Bibliográficas.....................................................................................................13
Introdução

As categorias da temática em epígrafe estão sempre às mesas de debates, sobretudo as duas


primeiras: “educação” e “ensino”, que imbricadamente carregam o substantivo feminino
“instrução”. Nessa perspectiva, doravante desenvolvemos algumas reflexões que julgamos
necessárias e oportunas a partir da seguinte indagação como fio condutor desta escrita:
como se realiza o acto de educar ou ensinar na prática curricular quotidiana de educadores e
professores. O trabalho tem como tema: “Educação, Ensino e Instrução: da Teoria à
Praticidade-Discussão reflexiva: uma análise sociológica da influência do contexto, cujo
objectivo geral é de dar o conceito da Educação, o ensino e a Instrução.

Na definição de Witt (2016, p. 168), a educação é uma instituição social dedicada ao


processo formal de transmissão da cultura dos (por meio de) professores para os alunos.
Como qualquer outra instituição social, a educação, tem vários campos e variáveis que
podem ser analisados por várias ciências em função do interesse de cada especialista tais
como sala de aulas, alunos, professores, políticas de educação, métodos de ensino, currículo,
políticas de formação de professores, desempenho escolar, reprovações, desistências
escolares, motivação na salas de aulas, participação dos alunos, entre outras.

Estas variáveis podem ser apreendidas por várias ciências sociais e humanas, tais como,
sociologia, antropologia, psicologia, pedagogia, filosofia, entre outras. A educação é uma
instituição social que desempenha um papel importante no desenvolvimento de qualquer
país ou nação.
1. Educação, Ensino e Instrução: da Teoria à Praticidade-Discussão Reflexiva:

1.1. Educação

Segundo BRANDÃO (2007) diz que no mundo diverso a educação existe diferente: portanto,
em pequenas sociedades tribais de povos caçadores, agricultores ou pastores nómadas; em
sociedades camponesas, em países desenvolvidos e industrializados; em mundos sociais sem
classes, de classes, com este ou aquele tipo de conflito entre as suas classes; em tipos de
sociedades e culturas sem Estado, com um Estado em formação ou com ele consolidado
entre e sobre as pessoas. Segundo o que nos afirma Brandão acima, podemos concluir que
existe educação de cada categoria de sujeitos de um povo; ela existe em cada povo, ou entre
povos que se encontram. Existe entre povos que submetem e dominam outros povos,
usando a educação como um recurso a mais de sua dominância. Da família à comunidade, a
educação existe difusa em todos os mundos sociais, entre as incontáveis práticas dos
mistérios do aprender; primeiro, sem classes de alunos, sem livros e sem professores
especialistas; mais adiante com escolas, salas, professores e métodos pedagógicos.

Para melhor esclarecermos a definição concreta da educação recorremos no trecho a baixo


que se refere do menino Filipe, que ira nos levar a uma conclusão ampla:

Filipe, é um menino que vive no distrito de Muembe na província do Niassa. Naquela região,
é costume as meninas e os meninos passarem por ritos de iniciação, quando se chega a uma
determinada idade, sobretudo na transição da infância para adolescência. Segundo a
tradição, os ritos de iniciação são indispensáveis para o crescimento e inserção da pessoa.
Entretanto, apesar de tudo, as meninas e os meninos também são encaminhados para
frequentar os estabelecimentos (escolas) onde muitas vezes são notórias mensagens e
acções para a manutenção da rapariga na escola e combate a desistência... De referir que a
História de Moçambique destaca o nome Mataka, quando se refere a luta de resistência
contra os portugueses no Norte de Moçambique. (Texto adaptado).

Educação é um processo de interacção entre a pessoa humana, em todos os aspectos, com


vista a definição prévia do tipo de cidadão que se pretende para uma sociedade. O processo
educativo é dinâmico, porque a sua acção esta dependente das características de cada
sociedade e do tempo, ela acompanha a evolução geral da sociedade.
A palavra Pedagogia tem origem na Grécia Antiga e vem das palavras:
“paidos” (da criança) e “agein” (conduzir). Então, o termo pedagogia,
etimologicamente falando, é a ciência de dirigir crianças (GHIRALDELLI
JÚNIOR, 2004, p. 9).

Por seu lado, Brandão corrobora esta posição afirmando que:

O homem que transforma, com o trabalho e a consciência, partes da


natureza em invenções de sua cultura, aprendeu com o tempo a transformar
partes das trocas feitas no interior desta cultura em situações sociais de
aprender-ensinar e aprender: em educação. Na espécie humana, a educação
não continua apenas no trabalho da vida. Ela se instala dentro de um
domínio propriamente humano de trocas: de símbolos, de intenções, de
padrões de cultura e de relações de poder, mas, a seu modo, ele continua no
Homem o trabalho da natureza de fazê-lo evoluir, de torná-lo mais humano.
(2007, p. 14)

Portanto, partindo do trecho a cima, concluímos que na verdade, Ninguém escapa da


educação, seja em casa, na rua, na igreja, na mesquita ou na escola, de um modo ou de
muitos todos nós envolvemos pedaços da vida com ela: para aprender, para ensinar, para
aprender e ensinar. Para saber, para fazer, para ser ou para conviver, todos os dias
misturamos a vida com a educação.

No entanto, a educação é como uma outra, uma fracção do modo de vida dos grupos sociais
que a criam e recriam, entre tantas outras invenções de sua cultura, em sua sociedade.
Formas de educação que produzem e praticam, para que elas reproduzam, entre todos os
que ensinam e aprendem, o saber que atravessa as palavras da tribo, os códigos sociais de
conduta, as regras do trabalho, os segredos da arte ou da religião, do artesanato ou da
tecnologia que qualquer povo precisa para reinventar, todos os dias, a vida do grupo e a de
cada um de seus sujeitos, através de trocas sem fim com a natureza e entre os homens,
trocas que existem dentro do mundo social onde a própria educação habita, e desde onde
ajuda a explicar às vezes a ocultar, às vezes a inculcar de geração em geração, a necessidade
da existência de sua ordem.

Se recorrermos nos dois (2) dicionários brasileiros mais conhecidos e citados por Brandão
(2007) descrevem que a educação é definida como sendo uma "Acção e efeito de educar, de
desenvolver as faculdades físicas, intelectuais e morais da criança e, em geral, do ser
humano; disciplinamento, instrução, ensino." (Dicionário Contemporâneo da Língua
Portuguesa, Caldas Aulete) "Acção exercida pelas gerações (oito) 8 adultas sobre as gerações
jovens para adaptá-las à vida social; trabalho sistematizado, selectivo, orientador, pelo qual
nos ajustamos à vida, de acordo com as necessidades ideais e propósitos dominantes; ato ou
efeito de educar; aperfeiçoamento integral de todas as faculdades humanas, polidez,
cortesia.

Desse modo (Herman Horse, citado em Brandão, 2007:):

" A Educação é o processo externo de adaptação superior do ser


humano, física e mentalmente desenvolvido, livre e consciente, a
Deus, tal como se manifesta no meio intelectual, emocional e volitivo
do homem".

"O termo Educação, Do latim 'educere', que significa extrair, tirar, desenvolver. Consiste,
essencialmente, na formação do homem de carácter. A educação é um processo vital, para o
qual concorrem forças naturais e espirituais, conjugadas pela acção consciente do educador
e pela vontade livre do educando. Não pode, pois, ser confundida com o simples
desenvolvimento ou crescimento dos seres vivos, nem com a mera adaptação do indivíduo
ao meio. É actividade criadora, que visa a levar o ser humano a realizar as suas
potencialidades físicas, morais, espirituais e intelectuais. Não se reduz à preparação para fins
exclusivamente utilitários, como uma profissão, nem para desenvolvimento de
características parciais da personalidade, como um dom artístico, mas abrange o homem
integral, em todos os aspectos de seu corpo e de sua alma, ou seja, em toda a extensão de
sua vida sensível, espiritual, intelectual, moral, individual, doméstica e social, para elevá-la,
regulá-la e aperfeiçoá-la. É processo contínuo, que começa nas origens do ser humano e se
estende até à morte."

1.1.1. Educação Nova

A educação nova emergiu-se primeiramente da obra de Rousseau, que praticamente


desenvolveu-se nos últimos dois séculos e que levou a múltiplas conquistas, sobretudo no
campo das ciências da educação e das metodologias de ensino. O conceito de John Dewey
de aprender fazendo e as Técnicas Freinet (por exemplo, aula passeio, texto livre, imprensa
escolar, auto-avaliação), são aquisições decisivas na história da pedagogia (Gadotti, 2000).
1.1.2. Educação tradicional

O paradigma educativo dominante na era do século XX, foi chamado de Educação


tradicional, é aquele que privilegia a obediência, a memorização e a repetição de conteúdos.
Enraizada na sociedade de classes escravistas da Idade Antiga, destinada a uma pequena
minoria, a educação tradicional iniciou seu declínio no movimento renascentista, porém,
prevaleceu até hoje.

1.1.3. Educação Internacionalizada

Em meados do século XX, os educadores e os políticos conceptualizaram uma educação


internacionalizada, sob os auspícios da UNESCO (GODOTTI, 2000), nesta altura, os países
mais desenvolvidos já haviam universalizado o ensino fundamental e erradicado o
analfabetismo, impulsionados pelos sistemas nacionais de educação e seus inúmeros planos
educativos, que reduziam custos e ampliavam benefícios, como resultado, verifica-se que a
estrutura básica de todos os sistemas educacionais é genericamente uniforme. O fenómeno
da globalização que se acentuou no final do século XX reforçou ainda mais o conceito de
uma educação igual para todos, como parâmetro curricular comum e não mais como
princípio de justiça social.

1.1.4. Educação Popular

Portanto, este paradigma, inicialmente inspirado no trabalho de Paulo Freire na década de


1960, encontrou sua categoria fundamental na conscientização, a prática e a reflexão. Sobre
a prática levaram à incorporação de outra categoria importante, a organização, o que
significa que para transformar, é essencial ter consciência e organização. A educação popular
de hoje segue principalmente em duas direcções: na educação pública popular (Estado) e na
educação popular comunitária, na educação ambiental ou sustentável (sobretudo não
governamental).

A educação popular foi o primeiro grande passo para quebrar a hegemonia da educação
tradicional, autoritária, vertical, na direcção de maiores possibilidades de colaboração e
parcerias com o Estado, abriu-se, assim, espaço para a construção da educação pública
popular, procurando tornar popular a educação oferecida pelo Estado.
No entanto, segundo GADOTTI (2000), a grande utopia da educação popular dos anos 50
visava a conquista do estado e a mudança radical da política económica e social,
actualmente, verifica-se que a educação popular se dispersa em milhares de pequenas
experiências, perdendo a sua grande unidade teórica, mas ganhando em diversidade. Esses
pequenos grupos e movimentos representam as verdadeiras forças constituintes da nova
sociedade, lutando nas mais variadas frentes: luta pela terra, direitos civis, direitos humanos,
alfabetização, direito da mulher, luta de minorias étnicas, religiosas, culturais, movimentos
ecológicos, por moradia, de crianças de rua, entre outros.

Estes múltiplos movimentos encerram em si mesmo um novo entendimento da educação


popular e do estado. Por conseguinte, as conquistas democráticas levaram à fragmentação
da educação. Se por um lado ela ganhou um novo ímpeto e incentivo estatal, visível em
múltiplas políticas públicas, por outro lado, prevaleceu enquanto educação não formal,
dissipando-se em incontáveis projectos. Se por um lado perdeu em unidade, ganhou em
diversidade e conseguiu incorporarse ao pensamento pedagógico universal e orienta a
actuação de muitos educadores espalhados pelo mundo.

Sua vez a educação popular, enquanto modelo teórico conceituado tem oferecido
alternativas como a reforma dos sistemas de escolarização pública, a vinculação da
educação popular ao poder local e à economia popular abre, também, novas e inéditas
possibilidades para a prática da educação. O modelo teórico da educação popular, elaborado
na reflexão sobre a prática da educação durante várias décadas, tornou-se, sem dúvida, uma
das grandes contribuições da América Latina à teoria e à prática educativa em âmbito
internacional. A noção de aprender a partir do conhecimento do sujeito, a noção de ensinar
a partir de palavras e temas geradores, a educação como ato de conhecimento e de
transformação social e a politicidade da educação são apenas alguns dos legados da
educação popular à pedagogia crítica universal.

1.2. Conceito de Ensino

Existe entre ensino e educação uma diferença basilar. Enquanto o primeiro se refere
principalmente ao ensino de conteúdos e conhecimentos, o segundo possui contornos mais
complexos, que envolvem aprendizagens curriculares, mas também valores e atitudes, que
visam formar melhor o indivíduo na sua totalidade. No sentido mais amplo, educação vai
além do ensinar, envolve a provisão de possibilidades de autoconhecimento e valores éticos.
Ensino centra-se na transmissão de conhecimento enquanto educação visa a transmissão
dos valores necessários ao convívio, manutenção e desenvolvimento da sociedade como um
todo, de forma a fazê-la funcionar como um único corpo orgânico.

Como nos explica SPOHR:

O ensino, que é instrução, se dirige ao intelecto e o enriquece. A


educação visa os sentimentos e os põe sob o controle da vontade.
Assim, pode-se adquirir um ótimo caráter de conduta com pouca
instrução, o que já permite viver feliz. Por outro lado, pode ser
cultivado, sem nenhuma educação, um péssimo caráter de conduta,
que será tanto pior quanto mais instrução houver - é aqui que se
enquadram todos os corruptos e grandes golpistas que tiveram muito
ensino e pouca educação, e que nunca serão realmente felizes.
(SPOHR, 2006)

Para GONÇALVES (2001) defini o ensino como sendo uma forma sistemática de transmissão
de conhecimentos utilizada pelos humanos para instruir e educar seus semelhantes,
geralmente em locais conhecidos como escolas.

Trata-se do sistema e do método de instruir, constituído pelo conjunto de conhecimentos,


princípios e ideias que se ensinam a alguém. Portanto ele é uma forma de passar o
conhecimento de uma pessoa para outra de maneira sistemática. E esse sistema pode existir
tanto em casa, na rua, no mercado, em escolas e universidade como também dentro de
determinadas empresas, a fim de que seus colaboradores adquiram habilidades necessárias
para desempenharem suas actividades de maneira ainda mais eficiente

1.3. Conceito de Didáctica

A palavra didáctica deriva da expressão grega - techné didaktiké -, que se traduz por arte ou
técnica de ensinar, foi apresentada oficialmente por Ratke, em 1617, na obra Introdução
geral à didáctica ou arte de ensinar. A expressão foi, entretanto, consagrada através de
Comênio, quando escreveu a Didáctica Tcheca, obra esta que foi traduzida para o latim
(1633) com o título Didáctica Magna: tratado universal de ensinar tudo a todos (publicada
em 1657), esta obra é considerada um marco significativo no processo de sistematização da
Didáctica, 12 popularizando-se na literatura pedagógica.
O qualificativo Magna expressa o carácter universal das conquistas do homem no início da
Idade Moderna. Já o termo tratado refere-se a um conjunto de princípios que orientariam o
novo ensino. Arte em referência à imitação que os artesãos faziam, segundo os modelos da
natureza. Universal: a didáctica adquire a amplitude dos conhecimentos sociais para que
fossem ensinados. Por fim, uma didáctica para ensinar tudo a todos (mulheres, homens,
crianças e jovens, não privilegiando somente os filhos da nobreza. (Gasparin, 2004; Oliveira,
1988, Cit. em Althaus & Zanon, 2009, p.2)

A Didáctica - preocupa-se com as variáveis internas do processo ensino-aprendizagem, sem


considerar o contexto político-social, procurando desenvolver uma alternativa não
psicológica, centrando-se nos aspectos da “tecnologia educacional”, tendo como
preocupação básica a eficácia e a eficiência do processo de ensino. A actuação da Didáctica
está voltada para o planeamento didáctico formal, na formulação de objectivos de ensino,
na elaboração de materiais instrucionais, organização e eficiência técnica desse ensino e a
uma avaliação objectiva da aprendizagem.

1.4. Conceito da Didáctica da História

Com base nas definições anteriores didáctica é uma ciência, que se dedica a arte de ensinar
(direcção técnica da aprendizagem). E ainda, Piletti sintetiza dizendo que:

“…Estuda a técnica de ensino em todos os seus aspectos práticos e


operacionais, podendo ser definida como a técnica de estimular, dirigir
e encaminhar, no decurso da aprendizagem, a formação do homem,
(Peletti, 2004, p.42)”.

A didáctica é uma disciplina pedagógica, ou seja, um ramo da pedagogia, ao lado de outras


disciplinas pedagógicas como a teoria da educação, a teoria da organização escolar, a teoria
da escola, a psicologia educacional, a sociologia educacional, entre outras. Faz a ponte entre
as disciplinas de fundamentação teórica e as práticas de ensino, provendo a reflexão teórica
sobre o ensino-aprendizagem proporcionada pela teoria pedagógica e outras ciências da
educação. (Libâneo, 2014, p. 12).
Sendo assim, damos a definição da Didáctica de História, como sendo uma ciência que
estuda as técnicas de transmissão dos conhecimentos da história, (Gani & Uanicela, s/d).
Para termos uma definição muito ampla, RUSEN citado por BORGES, (2016) a tarefa da
Didáctica da História ocupa-se da investigação do aprendizado histórico, que coloca em
relevo o modo como o passado é experienciado e interpretado de modo a compreender o
presente e antecipar o futuro. Por isso, para ele, alhures a consciência histórica é o modo
pelo qual a relação dinâmica entre experiência do tempo e intenção no tempo se realiza no
processo da vida humana, colaborando para que, mais que saber, o aluno disponha de
formas de saber, ou seja, de princípios cognitivos que determinam a aplicação dos saberes
aos problemas de orientação.

Logo, a Didáctica da História deveria se ocupar com a aprendizagem histórica, o que, por
conseguinte, inclui o ensino histórico, de modo que o conhecimento histórico se assuma
como uma realidade elementar e geral de uma explicação humana do mundo e de si mesmo,
e assim seria sido elevada a uma categoria de um tema de investigação própria, de
significado inquestionavelmente prático para a vida. Didáctica de História é uma ciência que
estuda as técnicas de transmissão dos conhecimentos da história.

Conclusão

Podemos concluir que o ensino é a acção e o efeito de ensinar (instruir, doutrinar e amestrar
com regras ou preceitos). Posto nesta breve escrita editorial às diferenças e semelhanças das
categorias educação e ensino quanto às suas tendências e fundamentações teórico-
epistemológicas. Num primeiro momento pautamos que educação é objecto de investigação
e análise da pedagogia. Em seguida, abordarmos a categoria ensino como objecto de análise
e pesquisa da didáctica que não acontece desmembrada de aprendizagem e aclaramos
também sobre o substantivo feminino instrução como adendo à categoria ensino.

Portanto, Hoje a Didáctica preconiza uma concepção pedagógica progressista e uma prática
educacional centrada no diálogo, na participação activa do aluno, no contacto com a
realidade, na discussão dos problemas, na reflexão, na análise crítica dos conteúdos, enfim,
na vivência democrática em sala de aula.

Referencias Bibliográficas

Borges, R. G. (2016). Didáctica da História e a ciência da Educação: Problematizações para a


formação de professores. Locus: revista de história, Juiz de Fora, v. 22, n. 2.
Brandão, C. R. (2007). O que é educação. 49ª Ed. São Paulo: Editora Brasiliense. P. 14-36

Gadotti, M. (2000). Perspectivas actuais da educação. São Paulo em Perspectiva, n.2, v.1.

Gonçalves, S. (2001). Teorias da aprendizagem: práticas de ensino. ESEC.

Júnior, Ghiraldelli Paulo. O que é pedagogia. São Paulo: Brasiliense, 2004.p. 9

Libâneo, J. C. (2014). Didáctica. São Paulo: Cortez.

Piletti, C. (2004). Didáctica Geral. 23ª Ed. São Paulo: Ática.

Spohr, A. (2006). A diferença entre ensino e educação. Gazeta Zero Hora, Porto Alegre.
Disponível em: . Acesso em: 10 Maio. 2023.

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