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SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
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SUMÁRIO
Pedagogia tradicional
Do século XVII até o final do século XIX, a Didática ficou conhecida como a
Didática Tradicional. Além de Comenius, seus maiores representantes são: Jean
Jacques Rousseau (1712-1778), Henrique Pestalozzi (1746-1827) e Johan
Friedrich Herbart (17661841). As ideias desses pedagogos constituem as bases do
pensamento pedagógico de toda Europa e influenciaram os outros continentes.
Suas teorias da educação originaram a Pedagogia Tradicional. O primado da
Pedagogia tradicional é a transmissão do saber. Acredita-se que o saber
acumulado pela humanidade deve ser rigorosamente adquirido para o
desenvolvimento intelectual e moral das pessoas.
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Pedagogia Renovada
Pedagogia tecnicista
Pedagogia Crítica
A Modernidade e a Pós-Modernidade
novos, da razão que descobre as ideias eternos para a ação que, racionalizando o
mundo, liberta o sujeito e o recompõe. (Touraine, 1994, p. 243)
Na Modernidade o homem se conscientiza de suas capacidades racionais
para o desvendamento dos segredos da natureza, buscando empregá-las para
solucionar seus problemas, e com isso substitui uma cultura teocêntrica e
metafísica por uma cultura antropocêntrica e secular (Goergen, 2001). Em suma, as
principais características do projeto moderno são “a ilimitada confiança na razão,
capaz de dominar os princípios naturais em proveito dos homens e a crença numa
trajetória humana que, pelo mesmo uso da razão, garantiria à sociedade um futuro
melhor” (Goergen, 2001, p.12-13).
A ideia de modernidade, na sua forma mais ambiciosa, foi a afirmação de
que o homem é o que ele faz, e que, portanto, deve existir uma correspondência
cada vez mais estreita entre produção, tornada mais eficaz pela ciência, a
tecnologia ou a administração, a organização da sociedade, regulada pela lei e a
vida pessoal, animada pelo interesse, mas também pela vontade de se liberar de
todas as opressões. (...) É a razão que anima a ciência e suas aplicações; é ela
também que comanda a adaptação da vida social às necessidades individuais ou
coletivas; é ela, finalmente, que substitui a arbitrariedade e a violência pelo Estado
de direito e pelo mercado. A humanidade, agindo segundo suas leis, avança
simultaneamente em direção à abundância, à liberdade e à felicidade” (Touraine,
1994, p. 9)
A partir disso, o homem depende da sua capacidade racional de desvendar
os segredos da natureza, descobrir suas regularidades e colocar estes
conhecimentos a serviço do homem pela tecnologia. A razão torna-se a nova força
do homem pela qual ele pode intervir no mundo natural e social, promovendo a
emancipação do homem através da ciência e da tecnologia. Conforme Goergen
(2001)
...se antes era a fé, agora é a razão que garante a salvação. O processo de
secularização representou também o estreitamento do conceito de salvação. O que
se passa a chamar emancipação refere-se apenas ao secular, ao material, ao
aspecto histórico-físico do homem. Da mesma forma, o novo instrumento de
salvação – a razão – sofre um reducionismo na medida em que ela, mais e mais, é
restritiva à sua dimensão científica, matemática (Goergen, 2001, p.17).
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normas e das imposições, isto é, uma escola que reproduz, mas que também
produz; onde “as diferentes culturas que se entrecruzam no espaço escolar
impregnam o sentido dos intercâmbios e o valor das transações em meio às quais
se desenvolve a construção de significados de cada indivíduo” (Pérez Gómez,
2001, p.16).
Isto leva a repensar a escola em função das relações entre oferta e
demanda, pois o poder cultural não está mais localizado em uma escola; ele infiltra-
se em qualquer espaço através dos meios de comunicação de massa, o que muda
a posição da escola. Antigamente a família exercia o papel de controle sobre esse
poder cultural – o qual somente se aprendia na escola – reajustando a criança ao
seu meio, sua família. Certeau escreve que hoje a escola pode exercer um lugar de
controle onde se aprende a utilizar as informações recebidas fora da escola.
No passado, a escola era o canal da centralização. Hoje, a informação
unitária vem pelo canal múltiplo da televisão, da publicidade, do comércio, dos
cartazes etc. E a escola pode formar um núcleo crítico onde os professores e os
alunos elaboram uma prática própria dessa informação vinda de outros lugares.
(Certeau, 1995, p.138)
Essa grande facilidade de se obter informações, de teoricamente aprender
sem esforço nenhum é, em grande parte, responsável pela perda de interesse dos
jovens pela escola. É muito mais rápido obter uma informação pela Internet, do que
ter que pesquisar nos livros da biblioteca; é muito mais divertido assistir televisão,
com todo o seu movimento e suas cores, do que ficar sentado em uma sala de aula
olhando para o professor falar. Mas o que grande parte não percebe é que ao
buscar informações através dos meios de comunicação de massa estas já vêm
prontas, isto é, nelas já está embutida a opinião de alguém, o que o dispensa de
formular a sua, como coloca Fferres
O universo do telespectador é dinâmico, enquanto que o do leitor é estático.
A televisão privilegia a gratificação sensorial, visual e auditiva, enquanto que o livro
privilegia a reflexão. A linguagem verbal é uma abstração da experiência, enquanto
que a imagem é uma representação concreta da experiência. Se o livro privilegia o
conhecer, a imagem privilegia o reconhecer. (Ferrés, 1994 apud Pérez Gómez,
2001, p.115)
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aprimoramento das novas tecnologias pelo profissional da educação para que este
tenha habilidade no manuseio dos recursos tecnológicos com criatividade.
Que o mundo está em transformação constante não é novidade, a história
está aí para testemunhar, a única grande surpresa é a aceleração do ritmo dessas
transformações. O mundo atual é marcado pela aceleração das transformações e
do conhecimento, pela expansão da tecnologia, dos meios de comunicação, pela
contestação dos valores estabelecidos pela explosão demográfica e
inevitavelmente, um mundo com novas exigências educativas e professores
adaptáveis as novas mudanças da sociedade.
Os sistemas educacionais sempre revelaram-se insatisfatórios para a
formação de educadores, em determinado momento as necessidades da sociedade
e os métodos prontos, em outras situações dar liberdade de produção e os
equívocos continuaram, é importante lembrar que o ser humano é resistente a
mudança, e no momento atual ela é necessária, não só aos profissionais da escola
como também as famílias, pois entes existiam um distanciamento e hoje as portas
da escola estão abertas, mostrando que mesmo existindo a resistência a mudança
estas acontecem, porém no seu tempo e nesta era tecnológica existe a
necessidade de mais agilidade e maior compreensão daquilo que se pretende
conquistar e ir em busca.
Sobre essa temática Dowbor (1998, p. 259), diz que:...será preciso trabalhar
em dois tempos: o tempo do passado e o tempo do futuro. Fazer tudo hoje para
superar as condições do atraso e, ao mesmo tempo, criar as condições para
aproveitar amanhã as possibilidades das novas tecnologias.
A evolução em busca de conhecimento por parte dos educadores tem
levando-os a busca constante de atualização, busca esta forçada pela necessidade
de acompanhar o progresso, no passado o educador sabia o que se esperava dele
e o sistema educacional não era tão exigente e procurava atender a essa
expectativa. Havia modelos a seguir, papéis bem delineados a desempenhar, hoje
foi modificado profundamente com as tecnologias de informação e comunicação.
As relações educacionais, por exemplo, sofreram tão grandes transformações que
os educadores sentem maior dificuldade em mediar o conhecimento com
determinados alunos.
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um de seu aluno, que não discrimine ninguém nem se mostre mais próximo de
alguns.
Diante de tudo que foi apresentado podemos afirmar que o futuro exigirá um
profissional que tenha várias competências, ou seja, no mundo da globalização e
da internet, nenhum profissional pode ser o mesmo que acreditava somente no seu
conhecimento.
Para encarar as transformações que já ocorreram, o profissional deve se
preparar, e antes de tudo é preciso estar aberto para atuar em várias áreas e saber
lidar, cada vez mais, com a tecnologia e aperfeiçoar as relações humanas. O
caminho é ter conhecimento para atuar em diferentes áreas do conhecimento com
qualidade, relacionar-se bem com a as pessoas, buscar especializar-se em vários
assuntos prezar a qualidade de vida.
Viver em um mundo de constante transformação onde o conhecimento torna-
se cada vez mais, fator diferenciador. Os futuros educadores, serão responsáveis
pela organização deste conhecimento junto aos aprendizes. É necessário que estes
educadores tenham clareza de que o processo ensino-aprendizagem encontra-se
em reformulação contínua diante das transformações sociais e do avanço
tecnológico e cientifico. Segundo Moura (2009):
Hoje podemos começar uma aula sobre crônica: solicitando ao aluno trazer
de casa um texto recortado de uma folha de jornal velho; facilmente ele o encontra;
pedir a cada um para fazer a leitura da produção encontrada; socializar os
conteúdos; estudar o vocabulário; fazer a interpretação; e desta mídia passar para
um vídeo sobre o texto jornalístico, ou uma palestra e no fim desta etapa. Iniciar a
nova etapa do trabalho no Laboratório de Informática da Escola usando a
tecnologia: para digitalizar os textos, buscar nas ferramentas de busca mais
significações e suporte e produzir um artigo coletivo pela turma, um uma página
gratuita na Internet sobre aquele assunto, ou até mesmo um livro. Fazer ao fim do
Processo uma Grande Apresentação na Escola para todos os alunos e
comunidade. Seria realmente um Show com Data Show.
Portanto, não pode existir comodismo, acreditar que o conhecimento que
possui é suficiente, mas é preciso buscar um aperfeiçoamento constante se quiser
permanecer no mercado de trabalho como profissionais competentes e dinâmicos.
A busca pela formação continuada deverá ser uma constante na formação do
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REFERÊNCIAS