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Ao pensarmos na concepção de ser humano, nos deparamos com uma ideologia complexa e
com diferentes vertentes, pois não se trata de uma ideia única, pronta e acabada, sendo ele
dotado de capacidades e sociabilidades que lhes são inerentes/naturais, uma natureza que
lhes permite um desenvolvimento rico e variado, sendo a sociedade apenas um lócus para o
seu desenvolvimento.
Para a filosofia o ser humano é caracterizado como um ser vivo racional, capaz de distinguir
coisas e elaborar conceitos através de sua racionalidade. Já para a sociologia, o ser humano
é considerado o indivíduo que é capaz de viver em sociedade com os demais, passivo de
influenciar e ser influenciado, transformando o meio o qual vive e ao mesmo temo se
transformado. Para Paro (2009 a, p. 17),
[...] O conceito de humano não se restringe ao seu corpo, inclui aquilo que o homem
faz, aquilo que ele produz, e é assim que ele faz história, que ele produz a sua vida. É
assim que nos fazemos humano-históricos: sendo sujeitos. E sendo sujeitos, nós
produzimos várias coisas, produzimos não apenas conhecimentos e informações, mas
produzimos também valores, filosofia, ciência, arte, direito... Em outras palavras, o
homem para fazer-se histórico, produz cultura.
Nesse sentido podemos perceber que cada indivíduo é único e possui características físicas,
emocionais e cognitivas distintas. Reconhecer a dignidade e os direitos inalienáveis de cada
pessoa é essencial para uma abordagem humanizada.
Isso só reforça a nossa reflexão sobre a grande responsabilidade que recai sobre a escola,
pois é nela, o meio pelo qual esses aspectos se intensificam e se reúnem, não digo que ela
seja o único lugar, mas é sem dúvidas nenhuma, um dos ambientes que mais se intensificam
tamanha diversidade, os quais devem serem trabalhados em completude para construção do
ser humano.
Concepção de ciências
Ciência vem do latim Scientia, que significa sabedoria e/ou conhecimento. Por isso, ciência
pode ser entendida como um conjunto de conhecimento, normas e técnicas que se adquire
através dos métodos científicos, que “busca compreender, explicar ou modificar a realidade
existente ou observada, gerando desta forma o conhecimento científico” (Krasilchik, 2000),
esse é um conceito geral sobre ciência.
Educação integral
Nos últimos anos, muito tem se falado em educação integral, principalmente no campo das
políticas públicas educacionais, que evidencia a necessidade de sua ampliação em todos os
segmentos educacionais. Isso é relacionado pela ideia da promoção de maior eficácia no
ensino, no que se refere a sua expansão e melhoria das atividades, conteúdos e habilidades
dos indivíduos no período oposto ao das aulas ditas convencionais. Para Guará (2006, p. 16)
Sendo assim, podemos enfatizar que a educação integral se refere à visão que uma
organização ou instituição possui sobre a educação que busca o desenvolvimento integral dos
indivíduos, considerando-o não apenas os aspectos acadêmicos, mas também os aspectos
sociais, emocionais e físicos. Envolvendo a valorização da formação integral das pessoas,
promovendo a aprendizagem de habilidades socioemocionais, o estímulo à criatividade, o
senso de responsabilidade social e a construção de valores. Essa concepção busca
proporcionar aos estudantes uma educação mais abrangente, preparando-os para a vida em
sociedade de forma mais completa.
A concepção trabalho
A concepção institucional do trabalho envolve entender que ele vai além do aspecto produtivo
e econômico. Valorizar a dignidade do trabalho, promover condições justas, seguras e
saudáveis, bem como fomentar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional são elementos
essenciais para uma abordagem humanizada do trabalho. Ela envolve a compreensão da
importância do trabalho como fonte de sustento, realização pessoal e contribuição para a
sociedade. Essa concepção pode variar, desde abordagens mais tradicionais, focadas na
produtividade e eficiência, até abordagens mais humanizadas, que valorizam o bem-estar dos
colaboradores, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional e a busca por um trabalho
significativo.
Referências bibliográficas
PARO, V. H. Educação integral em tempo integral: uma concepção de educação para a modernidade.
In: COELHO, L. M. C. C. (Org.). Educação integral em tempo integral: estudos e experiências em
processo. Petrópolis, RJ: DP et Alli, 2009a. p. 13-20.
KRASILCHIK M. Reformas e realidade o caso do ensino das ciências. São Paulo em Perspectivas
vol.14 no.1 São Paulo Jan./Mar. 2000 LACERDA G. Alfabetização científica e formação
profissional. Educ. Soc.1997; (60): 91-108.
https://cadernos.cenpec.org.br/cadernos/index.php/cadernos/article/view/168