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Apostila

FUNDAMENTOS
HISTÓRICOS NA
EDUCAÇÃO

Formação que
transforma!
BONS
ESTUDOS!

R. TUPINAMBÁ, 606
MUNDO NOVO  MS
79980000

/UNIFAHE

WWW.UNIFAHE.COM
Apostila

Fundamentos Históricos na Educação

Sumário:

Introdução
1. Educação: uma Trajetória Histórica
2. A Construção da História da Educação no Brasil

3. Linhas Teóricas da Educação

4. Considerações Finais

Bibliografia – Literatura Complementa


FUNDAMENTOS HISTÓRICOS NA EDUCAÇÃO

Introdução

A educação é uma prática eminentemente social, que está presente em


todas as sociedades e em todos os tempos históricos. O ser humano
desenvolveu maneiras de educação adequadas ao seu desenvolvimento
cultural, social, econômico e político. A educação, como campo de conhecimento
científico, é fundamentalmente interdisciplinar e, sendo assim, abrange
contribuições de muitos campos de conhecimentos, principalmente das Ciências
Humanas.

A Filosofia, a Sociologia e a História da Educação apresentam uma


contribuição como fundamento da ciência da educação permitindo um panorama
sociológico e histórico, contribuindo com o entendimento das dinâmicas sociais
que influenciam e definem as metodologias e as práticas educativas, assim como
as políticas educativas e os processos pedagógicos que são incorporados e de
que maneira o fenômeno educativo tem sido fundamentado entre os contextos
históricos.

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS NA EDUCAÇÃO

O conteúdo de tais áreas do conhecimento pode permitir a compreensão


da realidade educacional dentro do contexto da sociedade brasileira. A
Importância dos conhecimentos sócio históricos é bastante pertinente,
considerando que tem a função de possibilitar o entendimento do universo social
e histórico dentro dos processos educativos.

Tanto a Sociologia quanto a História podem contribuir para entender a


dinâmica da sociedade e as relações de poder que podem interferir na educação.
Também podem orientar a formação humana dos indivíduos na perspectiva do
contexto em que vivem, na compreensão das dimensões sociais e culturais.

Quando refletimos sobre a realidade, muitas vezes não conseguimos sair


do campo das ideias pré-concebidas na esfera do senso comum. Em muitos
casos, não procuramos refletir adequadamente e abusamos do ceticismo para
estabelecer certos conceitos que almejam explicar o que somos e como somos.
Passamos a acreditar que essas ideias são as únicas e que devemos somente
segui-las.

Entretanto, o ser humano precisa ir além da simples absorção das ideias


costumeiras, alicerçadas pelo senso comum, buscando com a reflexão filosófica
apreender sua realidade, sendo um participante ativo da construção do
conhecimento que embasa suas reflexões, tornando-se sujeito de sua própria
existência. Para que isso possa ocorrer, é necessário compreender que o ser
humano é construído a partir de sua própria existência ao longo da história, que
não é somente um amontoado de fatos de um passado distante, mas está
configurada como um processo em constante mudança, onde passado, presente
e futuro são momentos em um contínuo infinito.

O ser humano não sobrevive no mundo sozinho e isolado, sendo um ser


social por excelência. Assim, é um ser que interage continuamente com outros
seres, de sua própria espécie ou de outras, de modo direto ou indireto, atuando
por sua sobrevivência. Desde as primeiras comunidades até a atualidade, os
seres humanos se relacionam entre si formando condições que possibilitem a
sua existência material, ainda que esta procura esteja sendo motivada por
interesses individuais. Assim, relações econômico-sociais são estabelecidas

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entre as pessoas, onde o trabalho, em todas as suas variações, é a principal


fonte dos meios materiais necessários para a sobrevivência humana.

Quando falamos em educação, é inevitável que sejam abordados tanto seu


papel socializador, como seu aspecto cultural. Isto implica necessariamente em
analisar seus fundamentos históricos e filosóficos, visto que a educação só é
possível pela transmissão do conhecimento no transcorrer do tempo, por
intermédio do diálogo e do contato entre as pessoas. Sem socialização,
principalmente no contexto escolar, não existe educação.

Portanto, é importante que se discuta se a educação realmente é um meio


de socialização e se este deve ser a sua principal meta. Este é um assunto
amplamente debatido e ainda não esgotado, o qual deu origem a várias
tendências pedagógicas, bem como a diversas propostas de direcionamento
educacional. Em sentido amplo, podemos definir educação como o meio em que
os hábitos, costumes e valores de um grupo social são passados de uma
geração para a geração seguinte.

A educação vai sendo elaborada por intermédio das situações e


experiências vividas por cada pessoa ao longo da sua vida. O conceito de
educação abrange ainda o nível da cortesia, delicadeza e civilidade de um
indivíduo, bem como sua capacidade de socialização. A educação é então o
conjunto de ações e influências exercidas voluntariamente por um ser humano
sobre outro, costumeiramente de um adulto para um jovem. Essas ações
almejam atingir um determinado propósito para que o indivíduo possa
desempenhar uma determinada função nos contextos sociais, econômicos,
culturais e políticos de um grupo social.

Em sua configuração técnica, a educação é o processo permanente de


desenvolvimento das habilidades físicas, intelectuais e morais dos seres
humanos, com a finalidade de uma melhor integração na sociedade ou em seu
próprio grupo. No âmbito formal, educação é todo o processo de formação e
ensino aprendizagem inscrito nos currículos das instituições oficiais de ensino,
sejam elas públicas ou privadas.

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No Brasil, conforme a Lei de Diretrizes e Bases, a Educação divide-se em dois


níveis:

a) educação básica

b) ensino superior.

A educação básica abrange a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e


o Ensino Médio. A educação brasileira tem como referência o grupo de órgãos
que atuam na gestão do ensino público e na fiscalização do ensino particular.
Durante o processo educativo em instituições de ensino, os conhecimentos e
habilidades são transmitidos para as crianças, jovens e adultos com o intuito de
desenvolver o raciocínio, estimular o pensamento sobre problemas diversos,
auxiliar no desenvolvimento intelectual e na formação de cidadãos que possam
gerar transformações construtivas na sociedade.

Antes de adentrarmos esta esfera, é importante debater o cerne do que


torna a educação possível: a socialização e seu vínculo com a educação. A
socialização tem como pressuposto a interação social e a capacidade de
integrar-se a um grupo, assumindo padrões sociais conscientes ou
inconscientes, o que influencia no modo como o sujeito percebe o mundo, o outro
e a si mesmo. O processo de socialização começa no nascimento do sujeito, ou
talvez em sua concepção, e só finda (ou não) com a sua morte, sendo a
linguagem o principal meio para interagir e integrar os indivíduos.

Vista em seu sentido amplo, a linguagem, por intermédio da cultura,


elabora significados, sendo que podemos afirmar que o ser humano só se
humaniza a partir da socialização e da assimilação da cultura humana. A cultura
pode ser definida como um conjunto de valores que une e dá identidade a um
grupo social, refletindo os saberes acumulados por gerações. Desse modo,
abordando-se a educação como a transmissão e assimilação de conhecimentos,
cabe investigar qual é o papel da educação para que a interação entre as
pessoas se efetive.

Existem inúmeras formas de educação, não sendo possível falar de


educação de modo abstrato, muito menos desconsiderando sua história. Além

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disso, os objetivos da atividade educacional também não são os mesmos em


todos os tempos, em todos os lugares e nem em todas as sociedades. Se a
educação se configura como a forma como a sociedade educa seus membros,
então, para que possamos compreende-la, precisamos também compreender a
sociedade. Deste modo, na proporção em que a compreendermos, também
entenderemos aquela.

Para compreender o papel da educação na socialização, é importante levar


em conta a transmissão da cultura dentro e fora da instituição escolar. A
transmissão dos conhecimentos angariados pela humanidade, não ocorre
somente na escola, mas acontece também de modo informal, sem critérios,
horários, hierarquia ou processo avaliativo.

Assim, a educação informal é elaborada a partir das necessidades


concretas da vida, configurando os saberes de acordo com as exigências
necessárias para a sobrevivência. Partindo-se desta concepção, percebe-se que
o conhecimento escolar muitas vezes se afasta da realidade, impossibilitando a
construção democrática do conhecimento e excluindo diversas categorias
sociais, limitando assim o acesso ao saber, que sempre é fator de poder.

A instituição escolar possui normas e padrões, colocados pelos órgãos


governamentais que controlam o sistema educacional, almejando organizar seu
funcionamento. De maneira diversa da educação informal, o conhecimento
escolar possui uma sistematização transmitida a partir de critérios e métodos,
composta por conhecimentos científicos que acabam por adquirir contornos
dogmáticos.

Teoricamente, a escola deveria criar uma conexão com a realidade


concreta, viabilizando uma flexibilidade de currículos. Mas o problema é que a
educação formal, baseada na tarefa repetitiva, reproduz o fordismo industrial,
compartimentalizando tarefas e limitando o processo de interação entre os
alunos. O fordismo educacional faz com que os docentes se transformem em
tarefeiros, semelhante a operários em linhas de montagem, determinando a
perda da noção de conjunto por parte dos educandos.

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Ainda assim, podemos dizer que a educação formal contém a informal,


visto que o educador necessariamente não se limita a transmitir conteúdo. O
educador deveria ensinar e praticar a tolerância com o outro, a convivência
pacífica, incentivando a curiosidade para saber sobre as diferenças e
incentivando a socialização. Esta é o fulcro de duas visões distintas que
apresentam soluções diferentes do que se compreende como função da escola,
sendo que estas visões configuram duas abordagens clássicas.

O conceito de paradigma implica em um modelo que serve de base para a


construção da ciência. Ambos os paradigmas acima mencionados, embasam a
elaboração de teorias e tendências pedagógicas, representando marcos
referenciais e lógicas de pensamento.

A história da educação é parte integrante da história da cultura, a qual faz


parte da história geral. Em cada momento histórico, a educação se voltou para
determinados objetivos, os quais refletiam as visões do ser humano sobre seu
mundo. Para entendermos a história da educação, é fundamental situá-la na
história geral, compreendendo as diversas transformações pelas quais passou o
ensino planejado e a transmissão de conhecimento de um ser humano para
outro.

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1. Educação: Uma Trajetória Histórica

Educação primitiva

Supõe-se que a educação entre os grupos primitivos acontecia de modo


espontâneo, com as crianças e jovens aprendendo por imitação, observando os
adultos em suas atividades cotidianas básicas, que eram a pesca, a caça, a
agricultura, a construção de moradias, entre outros conhecimentos práticos. A
observação de fenômenos meteorológicos e astronômicos, os rituais religiosos
e os preparativos para a guerra, também passaram a fazer parte da educação
dos jovens, que precisavam ser treinados para estas importantes atividades
sociais.

No Neolítico (cerca de 8.000 a 10.000 anos atrás), ocorre uma verdadeira


revolução cultural com o surgimento das primeiras civilizações agrícolas. As
comunidades humanas se tornam sedentárias, cultivando os campos e criando
animais domésticos. Aperfeiçoam e enriquecem as técnicas de fabricação de
vasos cerâmicos, de tecelagem no tear, do preparo e cultivo da terra com o
arado. Surge uma divisão do trabalho cada vez mais nítida entre homem e
mulher e um predomínio do homem sobre a mulher, após uma fase mais arcaica
que exalta a feminilidade no culto da Grande Mãe.

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Educação egípcia

No antigo Egito, como em toda sociedade que produz riquezas a partir da


exploração da maioria dos seus habitantes, o saber não é popularizado e cada
estrato social só tem acesso a uma determinada forma de educação.
Genericamente, pode-se afirmar que no antigo Egito existiam quatro grupos
sociais que recebiam um ensino diferenciado: o faraó e os nobres, os escribas e
administradores, os artesãos e, por último, os escravos.

Ao redor de 2.600 anos antes de Cristo, os filhos do faraó, os futuros


conselheiros do império e os nobres do Egito, são instruídos para dominar a arte
da palavra. Para comandar e manter a ordem na sociedade é imprescindível o
domínio da palavra, visto ser indispensável saber falar em público para atuar nos
conselhos compartimentalizados do poder, bem como para acalmar os ânimos
nos momentos de exaltação popular, justificando a repressão dos insatisfeitos e
reafirmando os valores dominantes como os únicos aptos a organizar a
sociedade.

Ao redor de 2.000 antes de Cristo, os nobres do Egito conquistam a


prerrogativa de governar suas regiões, instaurando-se um regime de maior
autonomia em relação ao poder do faraó. O país se divide em feudos e começa
uma fase de desordem e agitação social. Neste contexto, o ensino destinado às
elites elabora uma formação mais aperfeiçoada do homem político. A educação
física também passa a ser priorizada como parte da preparação necessária para
eventuais combates contra povos estrangeiros.

É importante notar que os nobres e a família do faraó não se preocupam


em ensinar seus filhos a ler ou escrever. Ocorre que, nesses tempos remotos, a
escrita surge como uma ferramenta que possibilita registrar os atos oficiais e
administrativos. Devido a este fato, a atividade da escrita é encarada como
prerrogativa dos escribas que, em geral, aprendem esta arte com seus
progenitores, formando uma casta própria.

Os relacionamentos que se desenvolvem nos círculos do poder, geram a


imposição de que o ensino destinado a estas pessoas incorpore um profundo
sentimento de obediência e submissão ao faraó e aos superiores hierárquicos.

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No antigo Egito, como em toda sociedade dividida em castas, os grupos


dominantes utilizam o processo educacional como uma forma de moldar as
várias camadas da população. Assim como o oleiro confere formato à argila para
que ela se transforme em um objeto útil, as elites egípcias se preocupam em
formar cada setor de sua sociedade conforme a necessidade de garantir a
obediência e a ordem, proporcionando a concretização de seus interesses. Na
civilização egípcia já podemos observar um traço que vai se manter ao longo da
história: há sempre um vínculo direto entre o tipo de educação e a posição que
o indivíduo ocupa na pirâmide social.

Educação clássica

Na Roma antiga, o primeiro educador é o “pater familiae”. Desde que a


cidade foi fundada, a prioridade da educação paterna é uma lei do Estado,
segundo a qual o pai é dono inconteste de seus filhos e chefe de sua família. A
antiga monarquia romana, era uma república formada pelos proprietários de
terras e dos núcleos rurais (familiae), dos quais faziam parte as mulheres, os
filhos, os escravos, os animais e todos os outros bens materiais ou imateriais. O
pai-proprietário (pater) exercia um poder soberano que, entre outras
prerrogativas, lhe facultava matar os filhos anormais, prender, flagelar, condenar
aos trabalhos agrícolas forçados, vender ou matar os filhos desobedientes,
mesmo quando já adultos, estes ocupavam eventualmente cargos públicos.

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A educação no seio da família romana visava primordialmente o ensino das


letras, do direito, o domínio da retórica e das condições para desempenhar as
atividades políticas, características das classes dominantes. A organização do
Estado romano impedia o livre acesso do povo (populus) à arte da palavra. As
poucas escolas que existiam tornaram-se cada vez mais um meio para a
formação de um grupo limitado de pessoas, como os burocratas responsáveis
pelo poder do Estado. Neste contexto, com exceção da agricultura, que era um
aspecto e uma fonte de poder do “pater famílias”, todas as atividades produtivas
braçais eram consideradas indignas de um cidadão livre.

Executadas pelos escravos ou pelos estrangeiros que migravam para


Roma, o ensino das atividades técnicas produtivas é atributo dos membros
dessas classes sociais. Diferente da situação no Egito arcaico, em Roma surge
a necessidade de ensinar os conhecimentos e as habilidades de algumas
profissões em escolas específicas. Este era um costume que os líderes mais
empreendedores praticavam para melhor controlar o trabalho servil,
aperfeiçoando sua qualidade.

Formando escravos e servos mais qualificados para serem utilizados em


suas propriedades, as “escolas profissionalizantes” da época possibilitavam ao
“pater famílias” utilizar o ensino como investimento material, visto que este podia
vender ou alugar os escravos com formação profissional específica a um preço
bem mais elevado. Ao longo dos séculos, as descobertas da ciência e da técnica
impõem modificações aos processos de aprendizagem, sendo que cada etapa
do desenvolvimento histórico coloca a necessidade de resolver o antigo
problema de como e quanto instruir quem não é destinado aos círculos do poder
e sim à produção.

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Educação medieval

Desenvolvida na época em que o cristianismo domina toda a Europa (V –


XV d. C.), o traço marcante da educação medieval era o de ser essencialmente
religiosa e dogmática, com o predomínio de matérias abstratas ou literárias, em
detrimento da educação intelectual e científica. O latim era utilizado como língua
única dos processos educacionais. A Igreja Católica delineava
monopolisticamente os modelos educativos e as práticas de formação.

Na Idade Média, com o monopólio da cultura e do pensamento pela Igreja


Católica, a educação teve profunda influência religiosa. Eram os líderes da Igreja
que determinavam o que deveria ser estudado, juntamente com os conteúdos e
objetivos da educação. As escolas eram, assim, obrigatoriamente vinculadas às
instituições religiosas católicas. Ainda que controlada pela Igreja, a educação
não se restringiu apenas ao campo religioso, permitindo também o estudo das
ciências, técnicas e habilidades.

Nesse período medieval, existiam escolas anexas às catedrais ou escolas


monásticas que funcionavam nos mosteiros. Desse modo, a Igreja assumiu a
tarefa de aplicar a educação e a cultura e o seu papel foi fundamental para o
nosso legado educacional contemporâneo. A escola, na era medieval, era
chefiada por um cônego, ao qual se denominava “scholarius” ou “scholasticus”.

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Os professores provinham dos contingentes de clérigos de ordens


menores, lecionando as denominadas “sete artes liberais”: gramática, retórica,
lógica, aritmética, geografia, astronomia e música, as quais constituíram, em
eras posteriores, o conteúdo de ensino de muitas universidades.

Para que o ensino ocorresse, era necessária uma autorização cedida


pelos bispos e pelos diretores das escolas eclesiásticas que, temendo a perda
de influência, dificultavam ao extremo essa concessão. Em reação a essas
limitações, professores e alunos passaram a se organizar em associações
denominadas “universitas”, termo que originou posteriormente a palavra
universidades.

As universidades eram formadas por quatro divisões ou faculdades. A


faculdade de Artes era o lugar onde ocorria a educação mais genérica. As
faculdades de Direito, Medicina e Teologia elaboravam o conhecimento de modo
mais específico. Os diretores das faculdades eram denominados decanos,
sendo eleitos pelos professores. O decano da Faculdade de Artes ocupava o
posto de reitor e era o representante oficial da universidade.

A maior parte dos estudantes da Idade Média era proveniente da nobreza,


visto ser esta camada social a que possuía recursos financeiros para sustentar
os altos custos dos filhos nas escolas. Os nobres deliberavam quais filhos iriam
para a área militar, para a formação técnica, ou a formação religiosa. Os
camponeses e seus filhos, carentes de recursos financeiros e atrelados às
obrigações servis, não podiam ter acesso à educação escolar, permanecendo
analfabetos por toda vida.

Nos séculos XIV e XV, com a consolidação da classe burguesa, as escolas


e universidades passaram a receber muitos alunos provenientes desta nova
camada social. Os filhos da burguesia frequentavam escolas e universidades
que ministravam formação mais genérica ou de caráter técnico. Os burgueses
priorizavam a formação de seus filhos em áreas como Medicina, Artes, Direito,
Filosofia e Arquitetura. Muitas vezes, também direcionavam os estudos dos
filhos para que estes pudessem dar continuidade aos negócios da família nas
áreas de comércio ou finanças.

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Educação humanista

No século XIV e XV expandem-se os horizontes geográficos, possibilitando


uma profunda transformação cultural, social, política, religiosa e econômica,
deflagrada pelas relações de comércio da Europa com os povos do Oriente, da
África, da Ásia e da América. Esta expansão permitiu não só uma entrada em
escala ampla de bens alimentares e de consumo, como também determinou
novas formas de pensar, novos costumes e valores, surgidos através do contato
com outros povos.

Após o século XV, durante a Renascença, surge a educação humanista,


como uma retomada do conhecimento greco-romano. A disciplina e autoridade,
até então predominantes nas instituições escolares, abrem espaço para o
desenvolvimento do pensamento livre e crítico. As disciplinas científicas voltam
ao currículo, ainda que em segundo plano. Surge o colégio humanista, onde
estuda-se o latim e o grego. Os exercícios físicos são valorizados, como parte
de uma preocupação com a saúde.

Esta fartura, típica de uma sociedade baseada nos princípios da civilização


urbana e cosmopolita, originou um modo de pensar baseado na valorização da
dignidade do homem, considerado como centro do universo, enfatizando sua
forma de agir e pensar, ampliando os horizontes para o desenvolvimento da

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personalidade, orientando o seu pensamento para uma nova perspectiva da


vida.

No século XVI ocorre a reforma religiosa e, como consequência, uma


educação cristã reformada, católica ou protestante. A educação católica
posterior à Renascença, foi caracterizada pelo movimento religioso conhecido
como Contrarreforma. A Companhia de Jesus, organização religiosa fundada por
Inácio de Loyola, tornou-se a mais eficaz arma contra os protestantes. As ordens
religiosas, com destaque para os jesuítas, disseminaram o cristianismo através
da educação ao longo de séculos. O “Ratio Studiorum” pode ser considerado o
“currículo” dos jesuítas, os quais propunham uma educação baseada nas
escolas humanistas.

Educação realista

Baseadas na filosofia e nas ciências de Galileu, Copérnico, Newton e


Descartes, a educação realista origina os métodos de educação modernos. O
século XVII determina o surgimento da educação realista, a qual estabelece uma

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transição entre a pedagogia do renascimento e a pedagogia iluminista do século


XVIII. A educação realista recebe grande influência do empirismo de Francis
Bacon e do racionalismo de Descartes. É também muito influenciada pelo
movimento científico da época, com destaque para Galileu e Kepler, bem como
a imensa revolução no conhecimento ocasionada pela teoria heliocêntrica de
Nicolau Copérnico, no século XVI.

A educação realista procura substituir o conhecimento verbalista anterior


pelo conhecimento das coisas. Neste sentido, busca criar uma nova didática.
Reafirma com ainda mais ênfase a individualidade dos alunos, advogando na
ordem social e moral o princípio da tolerância, do respeito à personalidade e de
fraternidade entre os homens.

Educação Naturalista

Baseada nas ideias de Jean-Jacques Rousseau, a educação naturalista


influenciou decisivamente a educação moderna. Rousseau propunha como
pressupostos para a educação a liberdade, a atividade pela experiência e a
diferença de natureza entre a mente da criança e do adulto, deixando de
enxergar a criança como um adulto em miniatura e passando a considera-la
como um ser em desenvolvimento. Esta era a proposta de uma educação
integral, visando atender aos aspectos físicos, intelectuais e morais.

Para Rousseau, cada aluno deveria ter apenas um educador. Suas ideias
inspiraram pensadores e educadores de tempos posteriores, com destaque para
Pestalozzi. A educação naturalista se relacionava com os métodos científicos,
considerando que todos os seres do universo são naturais e que todo o saber
sobre o universo só é viável através de investigações científicas. Isto não
significa o retorno a uma vida selvagem e primitiva, mas sim, distante da vida
artificial que girava ao redor das convenções sociais. A educação deveria
proporcionar a ação através de interesses naturais e não por regras exteriores e
artificiais impositivas, pois somente desta maneira o homem poderia ser o dono
de si próprio.

Rousseau elaborou novas ideias para se contrapor àquelas que


predominavam em sua época, principalmente a concepção de que a educação

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da criança deveria ter seu foco nos interesses da vida adulta. Foi ele quem
introduziu o conceito de que as crianças são seres com características próprias,
não mais podendo ser considerada como um adulto em miniatura. Através de
suas ideias, caíram as concepções dominantes que determinavam que a
educação era o processo pelo qual a criança assimila conhecimentos, atitudes e
hábitos próprios da civilização, sem assumir um papel ativo e transformador.

Rousseau considerava cada etapa da vida como possuindo características


próprias. O homem e a sociedade se transformam, sendo a educação um
elemento fundamental para a flexibilidade adaptativa que permite a adequação
a essas transformações. Se cada etapa da vida tem suas próprias
características, a educação infantil não pode mais ser considerada uma
preparação para a vida adulta, como era predominantemente considerada pelos
educadores de sua época.

Rousseau determinou que a educação não é exterior ao sujeito, sendo a


expressão livre da criança na sua interação com a natureza. Contrariamente à
rígida disciplina e ao excessivo uso da memória que predominavam na
educação, propunha que se trabalhasse com a criança as brincadeiras, o
esporte, a agricultura, a utilização de ferramentas de variados ofícios, a
linguagem, o canto, a aritmética e a geometria. Por intermédio dessas atividades,
a criança estaria treinando as habilidades relacionadas com medidas
quantitativas, enquanto seriam desenvolvidas atividades vinculadas à vida e aos
seus interesses concretos.

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2. A Construção da História da Educação no Brasil

A História da Educação no Brasil, surgiu como conteúdo da Filosofia da


Educação. Esse conceito, com aceitação ampla, dinamiza o debate sobre a
transformação no perfil da disciplina de História da Educação no transcorrer do
século XX. Investigadores da área da História da Educação têm estudado os
fatores que ocasionaram a aproximação da História e da Filosofia da Educação,
sendo que não são poucos os fatores responsáveis por essa aproximação.

Ainda que tenha sido criada como uma das especializações da História, a
História da Educação foi elaborada com mais afinidade ao campo da Educação,
da Pedagogia e da Filosofia. O modelo que determinou as mesmas diretrizes
para a História da Educação e para a Filosofia da Educação, foi consagrado em
1939, no Brasil, com o surgimento do Curso de Pedagogia, que constituía uma
seção na Faculdade Nacional de Filosofia. Durante este período, a História da
Educação obteve a qualificação de disciplina obrigatória.

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS NA EDUCAÇÃO

Em 1946, com a promulgação da Lei Orgânica do Ensino Normal


(Decreto-Lei nº 8.530), foi que essa disciplina, em conjunto com a Filosofia da
Educação, tornou-se parte integrante da grade curricular de todas as escolas
normais do país. Posteriormente, com a LDB 5692/61 e com o Parecer 251/62,
o Conselho Federal de Educação determinou que o currículo mínimo dos Cursos
de Pedagogia precisaria incluir a disciplina de História da Educação, sendo que
isso ocorre até os dias atuais.

Na medida em que os docentes e alunos da História da Educação adquiriam


familiaridade com os conteúdos da Educação e da Pedagogia em geral,
estudando as doutrinas pedagógicas e os pedagogos consagrados, os estudos
e investigações direcionavam-se para a história das ideias pedagógicas. A
origem desses recortes temáticos era a obra dos grandes pensadores da
Filosofia e da Educação, sendo que muitos dos compêndios e dos livros didáticos
estudados em História da Educação Geral eram os manuais da Filosofia da
Educação, como os de F. Larroyo (1944), R. Hubert (1949), Paul Monroe (1949),
Lorenzo Luzuriaga (1951) e Abbagnano (1957), entre outros. Esta assimilação
determinou o afastamento das produções sobre história da educação da prática
dos arquivos, incentivando as interpretações que pretendiam atribuir-lhe um
valor moral.

Outra constatação é a de que a educação e seus objetos não


despertavam o interesse dos historiadores. Na área da História, a educação tinha
o status de um objeto ignorado ou considerado menos nobre. Um bom exemplo
desse estado de coisas nos é dado pelo livro organizado pelos historiadores Ciro
Flamarion Cardoso e Ronaldo Vainfás, Domínios da História, Ensaios de Teoria
e Metodologia (1997), onde se encontram textos de 19 profissionais da área,
versando sobre diferentes ramos da História: História Econômica, História
Social, História das Ideias, História das Mentalidades e História Cultural, História
Agrária, História Urbana, História das Paisagens, História Empresarial, História
da Família e Demografia Histórica, História do Cotidiano e da Vida Privada,
História das Mulheres, História das Religiões e Religiosidades. Entretanto, a
História da Educação foi ignorada, não entrando neste compêndio.

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS NA EDUCAÇÃO

A História da Educação, enquanto disciplina dos cursos de formação de


docentes, assumiu um perfil mais formativo, de transmissão de valores. Os
conteúdos didáticos e pedagógicos trabalhados na disciplina de História da
Educação, almejavam justificar a tarefa educativa e fundamentar a formulação
dos objetivos da educação, mais do que definir as características do fenômeno
educativo. Os conteúdos estavam imbuídos da postura messiânica e
salvacionista divulgada pela civilização cristã, sendo que esses conteúdos
visavam à preservação e à permanência dos valores morais e dos ideais
humanos cristãos.

Em seguida, a História da Educação solidificou-se como uma ciência acessória


da Pedagogia, enquanto outros campos do conhecimento, considerados
básicos, como a Psicologia, a Biologia e a Sociologia, se propuseram a tarefa de
explicitar o fenômeno educativo.

A multiplicidade de formação e de perfil dos intelectuais envolvidos com a


disciplina era grande, sendo que os compêndios e manuais didáticos eram
elaborados por intelectuais de diferentes áreas do conhecimento. É interessante
notar que os manuais que de algum modo gestaram um discurso fundador em
História da Educação, foram redigidos por médicos, como Júlio Afrânio Peixoto,
que escreveu Noções de História da Educação (1933), e Raul Briquet, autor de
História da Educação: Evolução do Pensamento Educacional (1946);
advogados, como Primitivo Moacyr, que foi autor de A instrução e o Império:
Subsídios para a História da Educação no Brasil, 1823-1853 (1936), e Fernando
de Azevedo, que escreveu A cultura brasileira (1943); religiosos católicos, como
Theobaldo Miranda Santos, autor de Noções de História da Educação (1945).

Esses manuais ou compêndios pedagógicos são considerados até os dias


de hoje como fonte obrigatória entre os historiadores da educação. Intelectuais
do porte de Afrânio Peixoto, Primitivo Moacyr, Fernando Azevedo, Theobaldo
Santos, Raul Briquet, juntamente com Anísio Teixeira, Gilberto Freire, Mário de
Andrade, Carlos Drummond de Andrade, Sérgio Buarque de Holanda, Caio
Prado Junior, Câmara Cascudo, entre outros, formaram a base para uma nova
rede de interpretação histórica brasileira, consagrando-se junto ao público leitor.

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS NA EDUCAÇÃO

Esses intelectuais elaboraram uma tendência historiográfica de ampla


tradição que configurou uma memória nacional determinada, onde são
priorizados determinados temas em detrimento de outros. Desse modo, esses
autores geraram um corpus literário que, embasada em uma tradição
historiográfica, legitimou certas leituras, tornando-as autorizadas e quase que
obrigatórias em História da Educação. Ainda assim, causa espanto o fato de que
os intelectuais mais lidos em História da Educação, eventualmente assumem o
papel de historiadores da educação, visto que a História da Educação era uma
´rea fartamente explorada por intelectuais que não eram educadores e nem
historiadores.

Os fatores derivados da união entre a História e a Filosofia da Educação,


determinaram certos encaminhamentos que consolidaram uma imagem de que
a História da Educação é uma disciplina marginal, visto ter sido construída
majoritariamente por educadores ou pedagogos, que não tinham formação para
exercer a função do historiador, sendo amadores no tocante à operação
historiográfica, conforme ditam as lições do historiador de ofício e padre jesuíta
francês Michel de Certeau (1982).

Para enfrentar essa situação, os historiadores da educação


primeiramente se conscientizaram da inadequação da proximidade entre a
História e a Filosofia da Educação, verificando que a sua fusão apagou os
contornos e os limites entre essas disciplinas. A seguir, afastaram-se dos
procedimentos típicos da pesquisa filosófica e se aproximaram da investigação
histórica. Desse modo, História da Educação enquanto área autônoma,
separada da Filosofia da Educação, é fenômeno relativamente recente e não
totalmente consolidado no âmbito da Pedagogia.

Ainda que tenha se ampliado a partir dos anos de 1980 e se consolidado


em 1990, esse movimento viu suas primeiras iniciativas surgirem em meados do
século XX, em São Paulo, onde, desde os anos 1950, alguns intelectuais,
articulados principalmente ao redor da cátedra de História e Filosofia da
Educação, sob a coordenação dos Profs. Laerte Ramos de Carvalho e de Roque
Spencer Maciel de Barros, do Departamento de Pedagogia da USP, e
posteriormente da Faculdade de Educação, fundaram um núcleo de estudos e

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de pesquisas que se ampliou com a expansão dos Institutos de Ensino Superior


no Estado de São Paulo.

Este grupo reuniu nomes como Heládio César Gonçalves Antunha; José
Mario Pires Azanha e Maria de Lourdes Mariotto Haidar, da Pedagogia-USP;
Casemiro Reis Filho, da FFCL de Rio Preto; Rivadávia Marquês Júnior, Jorge
Nagle e Tirsa Regazzini Péres, da FFCL de Araraquara; e, posteriormente, Maria
Aparecida Rocha Bauab (Rio Preto), Maria da Glória de Rosa (Marília) e Miriam
Xavier Fragoso (Assis), dentre outros pesquisadores.

Durante o mesmo período, no Rio de Janeiro, nomes como Pe. Seraphim


Leite, Zoraide Rocha de Freitas, Luiz Alves de Mattos, Celso Suckow da
Fonseca, Pe. Leonel Franca e Geraldo Bastos Silva, trouxeram um aporte teórico
valioso, com suas pesquisas e sua produção, no sentido de que a História da
Educação brasileira adquirisse status e autonomia disciplinar.

Em São Paulo, esse movimento propiciou o advento de uma consciência


em história da educação, procurando consolidar e divulgar uma metodologia
própria, gerando condições para a profissionalização dos professores
universitários enquanto autores, realizando a delimitação de um campo de
estudos e de construção de conhecimentos, além de viabilizar a formação de um
público leitor específico. Com todas essas iniciativas, as pesquisas e produções
desses grupos em História da Educação, adquiriram maior visibilidade com a
criação dos programas de pós-graduação.

Os primeiros programas de pós-graduação organizados no Brasil foram o


da PUC no Rio de Janeiro, em 1965, e o da PUC de São Paulo, em 1969. Da
década de 1970 em diante, outros programas foram criados, expandindo e
constituindo fóruns de debates e de investigações em que o pensamento
marxista e os ideais contemporâneos da Igreja Católica obtiveram confluência e
convivência, muitas vezes de forma conflituosa.

A produção divulgada pelos programas de pós-graduação em História da


Educação, tem sido intensamente analisada, por exemplo, no que tange a
identidade do historiador da educação, entendendo-se que esta identidade foi
gerada de modo multifacetado e plural. Talvez, devido a esse fato, não era tarefa

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fácil a identificação, no período anterior à década de 1980, da perspectiva


histórica nos trabalhos de História da Educação. A partir de 1980 é que se passa
a acreditar e demonstrar que o movimento de aproximação dos educadores com
a História, como campo teórico, consolidou-se, ganhando mais influência.

Foram muitas as iniciativas, durante esse período, que auxiliaram na


consolidação da História da Educação como campo disciplinar de estudos e de
pesquisas com características próprias. No Diretório dos Grupos de Pesquisas
do CNPq pode-se confirmar como se desenvolveram e se expandiram os
diversos núcleos de estudos e pesquisas em História da Educação, constituídos
em universidades nas mais diferentes regiões do Brasil.

A comunidade formada pelos historiadores da educação reúne-se


regularmente nos eventos, seminários e congressos organizados pelas
diferentes instituições de ensino e pesquisa, sendo que o Congresso Brasileiro
de História da Educação, vem ocorrendo desde 2000, de forma bienal. Este
evento marca a formação da Sociedade Brasileira de História da Educação
(SBHE), em 1999.

Os historiadores da educação reúnem-se, também de dois em dois anos,


em eventos internacionais, como o Congresso Ibero-Americano de História da
Educação Latino-Americana, que acontece desde 1992, e o Congresso Luso-
Brasileiro de História da Educação, desde 1996. Em âmbito internacional, deve-
se registrar a importância da participação dos historiadores da educação no
International Standing Conference for the History of Education (ISCHE), evento
internacional que reúne, desde 1978, todas as associações mundiais em História
da Educação.

Ao lado das associações e dos eventos nacionais ou internacionais que


têm o objetivo de divulgar a produção dá área, forma criados outros mecanismos
de divulgação científica, como, por exemplo, as revistas especializadas em
História da Educação. Vários periódicos encontram-se consolidados, sendo que
podemos destacar a Revista Brasileira de História da Educação, editada pela
SBHE (Sociedade Brasileira de História da Educação).

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Os meios de divulgação sólidos demonstram a consolidação de uma


comunidade científica em História da Educação, disponibilizando uma produção
onde os recortes são panorâmicos ou específicos, com uma produção que não
possui consenso teórico e que não renega os tradicionais temas de estudo,
ousando e construindo novos temas.

Podemos, assim, dizer que a História da Educação passou por duas


fases. A primeira vai até os anos 1960, quando se encontrava agrupada à
Filosofia da Educação, disciplina mais dirigida para os ideais educativos e para
os objetivos da educação. Da década de 1980 em diante, iniciativas vinculadas
aos ideais do marxismo e da perspectiva da Nova História Cultural,
transformaram a disciplina, firmando-a como campo de conhecimento
específico, com diversos enfoques e em diálogo permanente com outras áreas,
como a sociologia, psicologia, antropologia, linguística, a geografia e outras.

Quando observamos o conteúdo da produção acadêmica sobre história


da educação disponível, podemos notar, para além das especificidades
temáticas, os motivos e as preocupações que se entremeiam em muitos dos
discursos, com as incertezas vinculadas à aquisição da destreza do historiador
da educação na formação dos educadores.

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3. Linhas Teóricas da Educação

Para que seja possível analisar as linhas teóricas que embasam a


Educação, é necessário levar em consideração que as práticas educacionais
têm o objetivo de organização social, levando-nos a refletir sobre as finalidades
da Educação em relação à sociedade.

Se a educação está preenchida de sentido, conceitos, valores e objetivos


que a norteiam, precisamos determinar o sentido e valor da educação para a
sociedade. Buscando a compreensão dos sentidos da Educação, estaremos
frente à múltiplas concepções, cada qual imprimindo à Educação finalidades
sociais diferentes.

Teorias Liberais da Educação

No que se refere a Educação liberal, vinculada às teorias não-críticas da


Educação, ocorre uma concepção da sociedade como um conjunto de seres
humanos constituindo um todo orgânico e harmonioso, onde os desvios
observados em grupos ou indivíduos se colocam à margem desse todo. Assim,
existe o interesse na manutenção e conservação da sociedade, procurando-se
integrar novos elementos, assim como daqueles em posição marginal. A
Educação, nesta linha de pensamento, se coloca como externa à sociedade,
almejando a contribuição com a ordem e o equilíbrio e promovendo a coesão
social, funcionando de maneira autônoma, de forma a não ser influenciada pela
sociedade. A educação seria, desse modo, uma instância quase que exterior ao
corpo social, contribuindo para o seu ordenamento e equilíbrio constantes.

Assim, a educação tem por significado e objetivo a adaptação do indivíduo


à sociedade, devendo consolidar os laços sociais, promover a coesão social e
garantir a integração de todos os indivíduos no corpo social, encarando as novas
gerações como um nicho de investimento produtivo, visto que formando suas
mentes e direcionando suas ações, torna-se possível a adaptação social.

Esta concepção da Educação como redentora da sociedade, disseminou-


se por épocas diversas, estando presente ainda hoje nas propostas racionais de
isenção de comprometimento político por parte dos educadores. A perspectiva

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redentora expressa-se nas pedagogias denominadas liberais: pedagogia


tradicional; pedagogia renovada-progressivista e não-diretiva, ou pedagogia
nova; e pedagogia tecnicista. Estas pedagogias vinculam-se ao sistema liberal,
onde deve-se priorizar a liberdade e os interesses individuais da sociedade, e
onde a propriedade privada é a base da organização social.

A pedagogia liberal propõe que a escola deve ter por função a formação
dos indivíduos para o desempenho harmonioso de seus papéis sociais,
conforme suas aptidões individuais, em vista disso, é necessário que os
indivíduos aprendam a se adaptar aos valores e às normas vigentes na
sociedade, através do desenvolvimento da cultura individual.

A pedagogia liberal tem como foco o ensino de caráter humanístico,


baseado na cultura geral. A Educação busca a realização do aluno como pessoa,
a partir de seu próprio esforço. A relação entre professor e aluno é hierarquizada,
na medida em que o professor é o centro planejador da transmissão de
conhecimentos.

A tendência educacional da chamada Escola Nova, considera que a


Educação é um processo interno, sendo que o aluno passa a ocupar o centro na
relação professor-aluno. Ocorre uma preocupação com as necessidades e
interesses dos alunos, de forma que a adaptação ao meio social acontece a partir
de seu reconhecimento como sujeito do conhecimento. A cultura é considerada
como fundamental para o desenvolvimento das competências individuais do
aluno.

O movimento educacional conhecido como escola nova aparece no final


do século XIX para criar novas propostas para a educação, buscando eliminar o
descompasso com a realidade na qual se encontra inserida. Ocorre um esforço
de superação da pedagogia da essência pela pedagogia da existência. Não mais
se deve submeter o ser humano a valores e dogmas tradicionais e eternos, nem
o educar para a realização de sua essência própria.

A pedagogia da existência direciona-se para a problemática do indivíduo


único que vive e interage em um mundo dinâmico. A Pedagogia Renovada
divide-se em dois ramos: Progressivista e Não-Diretiva.

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Na Pedagogia Renovada Progressivista, o objetivo é de que a escola


procure refletir a vida, harmonizando as necessidades individuais dos alunos ao
meio social, valorizando os processos mentais e as habilidades cognitivas. Os
principais autores que influenciaram a vertente da Escola Nova são: Maria
Montessori (1870-1952), Jean-Ovide Decroly (1871-1932), John Dewey (1859-
1952), Jean Piaget (1896-1980), e no Brasil Anísio Teixeira (1900-1971).

A Pedagogia Renovada Não-Diretiva volta-se para a auto realização e


desenvolvimento pessoal do aluno, objetivando as relações interpessoais
estabelecidas e preocupando-se mais com as questões psicológicas do que com
as sociais ou pedagógicas, sem ênfase no conteúdo. Seu principal representante
é o psicólogo norte-americano Carl Rogers (1902-1987).

Na tendência tecnicista da pedagogia, a Educação se subordina à


sociedade, priorizando a preparação de recursos humanos para ocupar os
postos de trabalho nas indústrias. A ênfase dessa pedagogia é o domínio da
tecnologia, sendo a Educação entendida ela mesma como um recurso
tecnológico. O objetivo da escola é a modelagem do comportamento humano
utilizando-se técnicas e procedimentos específicos, possibilitando a organização
dos processos de aquisição de habilidades, atitudes e conhecimentos pelos
alunos, capacitando-os para o ajustamento às metas sociais, econômicas e
políticas da sociedade industrial e tecnológica.

Teorias Críticas/Marxistas da Educação

De modo diverso dos demais eixos, a tendência crítico/marxista não


propõe um modo de ação para a Educação, não podendo ser significada como
uma pedagogia, mas sim como militância política. Sua intenção é demonstrar
como opera a Educação na sociedade a partir do paradigma marxista,
considerado como “a realidade social científica”, submetida e exegese dos
teóricos comprometidos com um plano de poder, procurando se impor junto às
instituições de ensino como parte de um programa de estatização e coletivização
da produção, justificado como redentor das classes oprimidas, definidas
segundo o marxismo.

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Esta linha de pensamento compreende a Educação como um meio de


transformação política, onde a sociedade é enxergada a partir de divisões de
classes com interesses divergentes, divisões estas que costumam ser
insistentemente ressaltadas e estimuladas pelos próprios propositores desta
forma de atuação política, que se coloca como teoria educacional.

A tendência crítica/marxista, compreende a Educação enquanto


mediação de uma proposta política e de um projeto social de cunho estatizante,
apoiando-se no aparelhamento do poder público para possibilitar a instauração
de suas políticas educacionais. Nessa linha teórica, a Educação é colocada
como parte da sociedade, apresentando certos determinantes e condicionantes
definidos pela teoria marxista, ainda que não exclusivamente restrita a eles.

Para a teoria crítica, a Educação é compreendida como um campo


dialético, voltada a um projeto ideal de sociedade, baseado nas propostas
comunistas de Marx e Engels. Como a pedagogia crítica não pode se
institucionalizar em uma sociedade capitalista, ela passa a ser um instrumento
de luta política dos professores vinculados a partidos que propõem a
coletivização obrigatória da sociedade a partir do domínio da chamada “classe
proletária”, constituída basicamente pelos operários das indústrias, os quais
devem ser tutelados e representados pelos líderes políticos profissionais e
intelectuais marxistas, ao lado de outras práticas sociais de cunho militante e
arregimentador de pessoas “críticas” e “sujeitos históricos”.

Os representantes governamentais da pedagogia crítica, inspirada nas


reflexões teóricas marxistas, utilizou-se da denominada pedagogia libertadora
de Paulo Freire, contrária aos princípios básicos do estatismo, acabando por
gerar péssimos resultados práticos e colocando o Brasil entre os últimos países
do mundo nos rankings de qualidade educacional.

Na perspectiva de Paulo Freire, professor e aluno são considerados


sujeitos de conhecimento, onde o diálogo é valorizado, visto que os conteúdos
escolares devem estar relacionados às histórias de vida e vivências dos alunos.
De perfil antiautoritário e anti-estatista, a pedagogia libertadora de Paulo Freire
valoriza a experiência do indivíduo, considerando como significativos os

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processos coletivos de aprendizagem, que permitem as trocas, discussões,


participações. Desse modo, o conteúdo de ensino, considerado formal, não é o
centro das práticas pedagógicas.

Esta tendência foca-se na autogestão pedagógica, buscando contrapor-


se às práticas burocráticas do Estado, que funcionam como suas ferramentas de
controle e ação. Há nessa perspectiva a valorização do grupo, das experiências
de vida, o que implica numa ação educacional não impositiva, autoritária. Desse
modo, a relação professor-aluno não ocorre como uma intervenção diretiva do
professor sobre o aluno, mas sim na orientação do grupo de modo que haja
reflexão. O conteúdo escolar não é obrigatório, sendo disponibilizado para os
alunos de modo a complementar sua formação.

Na pedagogia libertadora, a abordagem do conteúdo escolar é


considerada tarefa essencial da escola, porém essa transmissão não ocorre de
maneira desvinculada da realidade do indivíduo, na medida em que os
conteúdos estão implicados com as realidades de vida e social dos alunos.
Compreende-se então, que a escola funciona como mediação entre o individual
e o social, exercendo aí a articulação entre a transmissão dos conteúdos e a
assimilação ativa por parte de um aluno inserido num contexto de relações
sociais. Foi esta proposta que determinou a apropriação e utilização desvirtuada
das propostas de Paulo Freire, por parte de uma máquina político-partidária que
dominou de forma hegemônica as instituições públicas de ensino brasileiras,
desvirtuando o caráter anti-estatal da pedagogia libertadora para utilizar a
proposta de ensino coletivo como meio de doutrinação para uma proposta de
poder autoritária e estatizante, que não admite alternativas para sua visão da
realidade.

A consequência desta tentativa de utilizar a educação como meio de


dominação política, resultou no atual estado de coisas, onde a educação
brasileira se coloca abaixo de países africanos subdesenvolvidos, como a
Etiópia, Quênia e Zimbábue.

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É importante diferenciar entre a metodologia de Paulo Freire e a


apropriação desvirtuada que os “educadores” com vínculos político-partidários
procuram impingir à população brasileira, sendo que estão a serviço de
interesses econômicos e políticos internacionais escusos, fortemente
alicerçados no aparelhamento político marxista propositalmente engendrado
pelos governos que dominaram o Brasil por mais de uma década, drenando
dinheiro público para seus próprios bolsos e para os governos mais corruptos e
ditatoriais que ainda persistem no mundo.

Alicerçados em uma História da Educação livre de enfoques parciais, os


educadores devem se colocar como bastiões da liberdade e da harmonia social,
utilizando sem preconceitos todos os recursos que sejam mais favoráveis ao
aumento do bem estar e da qualidade de vida dos seus alunos, que certamente
serão potencializados com o acesso à informação e à cultura, além da
capacitação profissional adequada aos talentos de cada um. A ação construtiva
e concreta deve substituir o discurso de separação e ódio que tanto mal tem
causado a nossos jovens.

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4. Considerações Finais

Podemos perceber como a Educação se coloca como palco de embates


de ordem econômica, política e social, sendo fundamental que os docentes se
conscientizem de todos os aspectos manipulatórios que podem existir por trás
de propostas pedagógicas aparentemente libertárias, as quais são fruto de um
desenvolvimento histórico cujo conhecimento deve embasar as análises e
escolhas de atuação dos educadores.

Podemos retirar lições valiosas de todas as metodologias que já surgiram


ao longo do tempo, como respostas às necessidades e anseios da sociedade
que, devido ao seu caráter conjuntural, também engendram respostas
conjunturais e provisórias. Sendo assim, podemos adaptar metodologias
diversas aos nosso próprios anseios e expectativas enquanto educadores,
contanto que permaneçamos de olhos bem abertos para não cair em armadilhas
político-partidárias, mantendo a gestão de nossa atuação pedagógica em nossas
próprias mãos, adequando técnicas e métodos diversos às situações do
cotidiano escolar enfrentadas por todos os professores.

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Nesse sentido, o estudo histórico dos procedimentos educacionais, nos


permite uma visão distanciada e imparcial, que tem como efeito a liberdade de
recorrer a metodologias que não precisam ficar restritas aos interesses que
determinaram seu surgimento. A história pode se configurar como uma
verdadeira paleta de pintor, onde a obra final será única, através da combinação
de diversas nuances presentes em todas as metodologias já desenvolvidas, as
quais podem contribuir cada qual com sua parcela de procedimentos que podem
se combinar a outros, para gerar soluções particulares e construtivas para cada
situação educacional.

Assista os vídeos nos links abaixo, para aprofundar as reflexões obre o


tema: Fundamentos Históricos na Educação.

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FUNDAMENTOS HISTÓRICOS NA EDUCAÇÃO

https://www.youtube.com/watch?v=eTYWvbW8XPw&list=PLgMtURtRYqGUQP-
-8QBEeHb7EHYysBgEW&index=4

https://www.youtube.com/watch?v=rLSmU6deuPQ&list=PLgMtURtRYqGUQP--
8QBEeHb7EHYysBgEW&index=2&t=0s

Bibliografia – Literatura Complementar

LOPES, Eliane M.; GALVÃO, Ana Maria O. História da educação. Rio de Janeiro:
DP&A, 2001.

LUZURIAGA, Lorenzo. História da educação e da pedagogia. 13 ed. São Paulo:


Nacional, 1981.

ALTHUSSER, Louis. Aparelhos ideológicos de Estado: nota sobre os aparelhos


ideológicos de Estado. 2 ed. Trad: Walter Evangelista e M. Laura de Castro. RJ:
Edições Graal, 1985.

CARNOY, Martin. Estado e teoria política. São Paulo: Papirus, 1988.

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