O presente estudo mostra por meio de embasamento teóricos trazer a escola e as transformações socias. As primeiras escolas surgiram com a chegada dos Jesuítas no Brasil em 1549, com o principal objetivo de formar sacerdotes e catequizar os índios. Portanto, as primeiras escolas tinha como base instalada na igreja, seu ensino era totalmente tradicional, onde o aluno não tinha seu lugar de fala e o professor era a única fonte de conhecimento, além de tudo o ensino dessa época era voltado apenas para os nobres. Porém foi a partir da Revolução Industrial no século 18, o mercado de trabalho passou a reconhecer a educação como o direito de todos os cidadãos e a partir disso foi preciso criar um novo sistema. O mundo estava em meio a um processo de transformação que demandava uma escola renovada, capaz de implementar um ensino técnico e profissional, a fim de assegurar uma mão de obra qualificada capaz de contribuir com o crescimento da indústria. Em virtude das mudanças econômicas, políticas, sociais e culturais que caracterizam o cenário contemporâneo, a função da escola tem sido objeto de questionamento, dado que a sociedade demanda um tipo de trabalhador que seja mais flexível e polivalente, capaz de aprender e emendar continuamente e que possa atender às demandas dinâmicas que se diversificam em quantidade e qualidade. Ademais, a escola tem a responsabilidade de desenvolver conhecimentos, habilidades e atributos para a promoção consciente, autônomo e crítica da cidadania, o que exige a articulação do saber para o mundo do trabalho e para o mundo das relações sociais. Contundo no século 19, é formada a 7ª Constituição Federal de 1988 (Constituição cidadã) que coloca em destaque a perspectiva política quanto a natureza pública da educação. Isso se dá não apenas pela definição explícita dos seus objetivos, mas também pela estruturação integral do sistema educacional. O direito à educação é mencionado como um direito social no artigo 6º, enquanto que a competência legislativa é especificada nos artigos 22, XXIV e 24, IX. Há ainda toda uma parte do título da Ordem Social dedicada a responsabilizar o Estado e a família, tratar do acesso e da qualidade, organizar o sistema educacional, vincular o financiamento e distribuir encargos e competências para os entes da federação. Essas questões tem como objetivo entender o papel da educação na criação e manutenção das relações sociais. Isso envolve explorar como a economia, a produção, q tecnologia, o trabalho, a força de trabalho e a formação humana se relacionam entre si. Mészáros analisa essas interações de forma mais específica. Além da reprodução, numa escala ampliada, das múltiplas habilidades se nas quais a atividade produtiva não poderia ser realizada, o complexo sistema educacional da sociedade é também responsável pela produção e reprodução da estrutura de valores dentro da qual os indivíduos definem seus próprios objetivos e fins específicos. As relações sociais de produção capitalistas não se perpetuam automaticamente. (MÉSZÁROS, 1981, p. 260) Na atual realidade global, que é comumente conhecida como a sociedade do conhecimento, o processo de aprendizagem não ocorre mais da mesma forma que anteriormente, baseado no modelo pedagógico do trabalho taylorista/fordista, que se fundamentava na separação entre o pensamento e a ação, na fragmentação do conhecimento e na memorização, em que o livro didático era responsável pela qualidade da aprendizagem. Hoje em dia, as possibilidades de aprendizado se ampliaram e podem ocorrer em diversos espaços, como nas ruas, na televisão, no computador, entre outros. Isso significa que o espaço educacional se tornou mais abrangente, mas isso não indica o fim da escola. Em vez disso, é necessário que as escolas se reestruturem para atender às exigências das transformações no mundo do trabalho e seus impactos sobre a vida social. Esse ponto de vista de Frigotto. Na perspectiva das classes dominantes, historicamente, a educação dos diferentes grupos sociais de trabalhadores deve dar-se a fim de habilitá-los técnica, social e ideologicamente para o trabalho. Trata-se de subordinar a função social da educação de forma controlada para responder às demandas do capital. (FRIGOTTO, 1999, p.26). Conforme afirmando por Álvares Vieira Pinto (1989, p.29), “a educação é o processo pela qual a sociedade forma seus membros à sua imagem e em função de seus interesses”. No âmbito educacional, diversas pessoas provenientes de distintos contexto sociais e marcados por diferentes histórias e experiências interagem. É, portanto, essencial buscar meios para democratizar o ensino. A escola é uma instituição fundamental na sociedade, que desempenha um papel importante na formação e desenvolvimento das pessoas, especialmente das crianças e jovens. Através da educação, a escola prepara os indivíduos para enfrentarem os desafios do mundo contemporâneo e contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, a escola não é uma instituição isolada da sociedade em que está inserida. Pelo contrário, ela é influenciada pelas transformações sociais que ocorrem ao seu redor, e também exerce uma influência sobre elas. As mudanças sociais têm impacto direto na forma como a escola funciona e nos conteúdos e metodologias que ela utiliza para educar os estudantes. Por exemplo, as mudanças na estrutura familiar, como o aumento do número de mães que trabalham fora de casa, têm levado a uma maior demanda por escolas em tempo integral e por atividades extracurriculares que possam cuidar das crianças fora do horário escolar. Da mesma forma, a crescente diversidade cultural e étnica da sociedade tem exigido que a escola repense seus currículos e metodologias para atender às necessidades de estudantes de diferentes origens e culturas. Além disso, as transformações sociais têm colocado novos desafios para a escola no que diz respeito à formação de cidadãos críticos e responsáveis. A escola deve ser capaz de ensinar valores como a tolerância, a solidariedade e a empatia, além de desenvolver habilidades como o pensamento crítico e a capacidade de resolver problemas complexos. Por fim, a escola também pode ser um agente de mudança social, contribuindo para a transformação da sociedade. Isso pode ser feito através da promoção da igualdade de oportunidades educacionais, da luta contra a discriminação e do desenvolvimento de projetos educativos que busquem soluções para os problemas sociais. Em resumo, a escola e as transformações sociais estão intimamente relacionadas, e a escola tem um papel importante a desempenhar na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Para isso, é necessário que a escola esteja aberta às mudanças e que busque constantemente se adaptar aos novos desafios que surgem. Referencias MÉSZÁROS, István. A teoria da alienação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998. FRIGOTTO, G. Educação e a crise do capitalismo real. 3 ed. São Paulo: Cortez,1999. ALVES, Francisco Marcos. Educação e transformação da sociedade. Revista Educação Pública, v.20, n°34, 8 de setembro de 2020. Disponível em: https://educacaopublica.cecierj.edu.br/artigos/20/34/educacao-e-transformacao- da-sociedade. Acesso em: 30 mar. 2023. https://www12.senado.leg.br/noticias/glossario-legislativo/constituicoes- brasileiras PINTO, A. V. Sete lições sobre educação de adultos